Os vinhos produzidos no Vale do São Francisco ainda não me convenceram. Ao menos os que experimentei e que estão na faixa deste blog. Talvez algum reserva especial possa me provar o contrário, mas por enquanto são vinhos comuns ou abaixo disso. Ao ler sobre a região, percebi que a aposta começou há mais de vinte anos e uma das vinícolas pioneiras foi a Botticelli. Então, ao encontrar este cabernet sauvignon nas prateleiras do Carrefour a R$15, não tive dúvidas em matar minha curiosidade, apesar de desconfiar desde logo dos 12% de teor alcoólico, que para esta uva está abaixo do costumeiro.
No copo, um púrpura bem escuro, quase turvo, com boa formação de lágrimas. Aromas florais de boa intensidade, lembrando violetas. Frutos vermelhos também, mas bem escondidos.
Pouco corpo, quase ralo, com taninos tímidos, mas boa acidez, o que permitiu acompanhar bem uma lasanha. Retrogosto agradável, floral. Final de média persistência, com álcool equilibrado e nada de madeira. Pronto pra beber.
É um vinho comum. Se fosse degustado às cegas, não diria tratar-se de um cabernet sauvignon, pois lhe faltam os aromas característicos e o corpo necessário. Valeu a experiência, mas temos melhores vinhos a esse preço. E o Vale do São Francisco continua me devendo... 
