““O pediatra e psicanalista britânico Donald Winnicott dizia: “É saudável que um bebê conheça toda a extensão da sua raiva. Na vida, existe o princípio do desejo e o princípio da realidade. Uma criança a quem se cede em tudo imediatamente, ‘a quem nunca se recusou nada’, como dizem os pais, suporta mal a frustração. Muitos desses pais que cedem sempre vêem o filho no presente, ao passo que aqueles que sabem dar sem mimar vêem o filho no tempo e no futuro. Eles lhe oferecem perspectivas, lhe mostram o valor do desejo e da espera, para melhor saborear o que é obtido.”
As crianças, ao contrário do que se pensa, são muito preocupadas com regras. Parece que agir dentro de limites, cuidadosamente estabelecidos, oferece-lhes uma estrutura segura para lidar com uma situação nova e desconhecida.
É fundamental que os adultos tenham clareza de suas convicções e sejam fiéis a elas, pois, para os pequenos, eles são modelos vivos a serem seguidos. É por meio do convívio com essas fontes de referências que eles vão estruturando a sua própria personalidade
A criança que não aprende a ter limite cresce com uma deformação na percepção do outro. As conseqüências são muitas e, freqüentemente, bem graves como, por exemplo, desinteresse pelos estudos, falta de concentração, dificuldade de suportar frustrações, falta de persistência, desrespeito pelo outro – por colegas, irmãos, familiares e pelas autoridades. Com freqüência, essas crianças são confundidas com as que têm a síndrome da hiperatividade verdadeira, porque, de fato, iniciam um processo que pode assemelhar-se a esse distúrbio neurológico. Na verdade, muito provavelmente trata-se da hiperatividade situacional, pois, de tanto poder fazer tudo, de tanto ampliar seu espaço sem aprender a reconhecer o outro como ser humano, essa criança tende a desenvolver características de irritabilidade, instabilidade emocional, redução da capacidade de concentração e atenção, derivadas, como vimos, da falta de limite e da incapacidade crescente de tolerar frustrações e contrariedades.””
Depois disso, só nos resta avaliar e reavaliar nossa conduta. Eu, particularmente, concordo com tudo, mas na prática, às vezes, é tão complicado...
Aí a gente vai cedendo aqui e ali e revendo conceitos e posturas e com muito amor a gente chega lá, afinal quem disse que mãe não pode errar nunca?? A gente erra sim, volta atrás (graças a Deus), se arrepende, pede desculpa e fica tudo bem. E se a coisa apertar demais pede socorro pros universitários, colegas de auditório, vovós, titias, pro Içami Tiba** (meu mestre e Guru), em fim, pede ajuda...
Frases do guru IÇAMI TIBA:
-"É na auto-estima que reside a felicidade de um filho"
-“Nunca se deve dar tapas nos filhos, mesmo que sejam pedagógicos.”
- “Os pais devem se sentir tranqüilos em relação à educação dada a seus filhos, na medida em que lhes transmitem a responsabilidade pela própria felicidade, dando-lhes a autonomia de que eles certamente precisarão na vida adulta. Por fim, fica marcada a idéia de que os pais têm de garantir uma boa educação, que fizeram à sua parte da melhor maneira e assim contribuir para que seus filhos sejam felizes.”
** Limites na medida certa, Içami Tiba, editora Integrare
**Quem Ama, Educa, Içami Tiba, editora Gente
Beijos,
Cris João
Fotos:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/8116/imagens/crianacomraiva.jpg, http://guiadobebe.uol.com.br/bb3a4/images/rbee_46.jpg e http://blog.cancaonova.com/medicinaeseguranca/files/2009/06/bebe_nene63-300x200.jpg