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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

[Secção Criminal] "A Rapariga no Comboio [Topseller]


Ficha Técnica do Livro:


Título: A Rapariga no Comboio


Autora: Paula Hawkins

Editora: Topseller [Grupo 20/20]


1ª Edição: Junho de 2015


Edição Actual: 18ª


Páginas: 320


Género: Thriller




Crítica por Cláudia de Andrade para o Blog Os Livros Nossos:


Presa no remoinho do dia-a-dia, vivendo cada dia de uma forma automática como se fosse passageira no próprio corpo, amaldiçoada a viver os dias sempre iguais… Como se a vida não fosse mais do que uma longa e melosa espera pela morte… Esta é Rachel, a personagem principal.

Quando o seu casamento acaba, Rachel passa a viver dormente. Assombrada pela nova vida idílica do ex-marido, com a sua nova esposa perfeita e bebé recém-nascida… Rachel parece o contraste total, desfeita pela separação e pela morte do sonho de uma vida ao seu lado. 

Entregue ao álcool, após perder o emprego, com o dinheiro a acabar e a viver no quarto de uma amiga a quem ainda nem teve coragem de contar que está desempregada, Rachel continua a apanhar todos os dias o comboio para Londres, como se este facto a mantivesse agarrada a uma ténue normalidade.

Durante a viagem vai imaginando a vida das pessoas que vê pela janela, em especial a de um casal que mora na sua antiga rua… em particular da mulher da casa, da qual aguarda ansiosa um vislumbre… a quem imagina um nome, uma profissão, confabulando uma vida de sonho. A vida que talvez, num passado distante, tenha imaginado para si mesma.

Numa manhã nota algo errado com o casal que observara há tanto, algo breve, quase ininteligível… e mais tarde vem a saber que a mulher que preenchia o seu imaginário está desaparecida…

Embrenhada na bruma do álcool, Rachel vê-se arrastada para uma investigação em que passa de pessoa de interesse, a suspeita, a bêbeda obcecada… a incómodo não relevante.

Mas a verdade é que Rachel viu mais do que pensa…sabe mais do que imagina e está mais ligada ao que aconteceu do que se permite aceitar...

Os pontos começam-se a unir… 

Mas será que pode confiar em si mesma?

Com a adaptação a espreitar nas salas de cinema, com a magnífica Emily Blunt no papel principal, torna-se inevitável ler este thriller que nos mantém nas pontas dos pés…dos dedos até ao final.

Dia 5 de Outubro será possível encontrar o filme nas salas de Cinema Nacionais!





segunda-feira, 16 de maio de 2016

[Secção Criminal] " Segredos Obscuros", de Michael Hjorth e Hans Rosenfeldt [Suma de Letras]

Ficha Técnica:

Título:Segredos Obscuros


Autores: Michael Hjorth e Hans Rosenfeldt


Editora: Suma de Letras [Grupo Penguin Random House]


Edição: Julho de 2015


Páginas: 544


Género: Policial/Thriller/Nórdico


Classificação GoodReads: 5/5 Estrelas


Crítica por Cláudia de Andrade para o Blog Os Livros Nossos:


FA-BU-LO-SO !

Há muito que não lia um livro que devorasse assim… até ao fim (li-o em 2 dias!!). 
Das mentes brilhantes de Michael Hjorth e Hans Rosenfeldt (lembram-se da série sueca prodigiosa “the bridge”? Pois é ele o seu criador…), “Segredos Obscuros” leva-nos a acompanhar a investigação policial ao homicídio (recheado de requintes de malvadez) de um jovem de 17 anos – Roger Eriksson numa cidadezita tranquila, onde aparentemente nada se passa.

Cedo se percebe a incapacidade de Haraldsson, o detective encarregue da investigação (e para quem esta é meramente uma forma de atingir o estrelato que tanto almeja e vingar-se da chefe – Hanser, que ficou com a promoção que ele julgava ser sua por direito) para um caso de tão alto perfil, pelo que Hanser opta por chamar uma equipa especializada – Riksmord, para a resolução breve de um caso que chama inevitavelmente, e cada vez mais, as atenções dos media.

Sebastian Bergman, psicólogo forense, aparece como um homem sem propósito, sem rumo e sem filtro, que, desde que perdeu a filha e a mulher afogadas no tsunami de 2004, atravessa a vida ao sabor da maré, alimentando a sua líbido com “one night stands” sequenciais, nas quais se proíbe qualquer ligação às mulheres com quem dorme, e a fazer qualquer tipo de frete pelo que quer que seja. Regressa a casa após o funeral da mãe (ao qual não compareceu), com o intuito de se  livrar da casa e dos pertences dos pais, o mais rapidamente possível e regressar á sua vida boémia. No entanto, uma carta antiga na casa dos pais revela um segredo antigo, que muda o desígnio de Sebastian, levando-o a forçar a sua reintegração na Riksmord.

O livro segue então todos os envolvidos na vida de Roger, dando a sensação que se agitou o lodo num lago calmo…revelando a podridão e os segredos que todos que o rodeavam traziam escondidos. 
Da mesma forma, a equipa de investigação luta com a imposição de Sebastian, a quem a fama (positiva mas mais a negativa) precede, enquanto perseguem pistas que cada vez mais parecem não levar a lado nenhum…

Onde ninguém é o que parece (nem a própria vítima)… parece que o agitar das águas vai trazer à superfície muitos esqueletos escondidos…

Imperdível!!




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

[Secção Criminal] "Um estranho lugar para morrer", de Derek B. Miller [Asa]


Ficha Técnica:


Título: Um estranho lugar para morrer


Autor: Derek B. Miller


Edição: 2014


Editora: Asa [Grupo LeYa]


Nº de Páginas: 304


Género: Thriller/policial


Saiba mais sobre esta obra AQUI


                                                                           [Sinopse]:

Sheldon, um judeu americano, parece ter chegado ao fim da linha. É viúvo, tem 80 anos, e revela sinais de demência. A filha, preocupada, decide levá-lo para Oslo, onde vive com o marido. Um dia, quando o deixa sozinho no apartamento, Sheldon ouve ruídos na escada. Percebe que é uma vizinha a ser perseguida, a tentar proteger desesperadamente um filho pequeno. A mulher acaba por ser morta selvaticamente. Mas o octogenário consegue, in extremis, esconder a criança dos perseguidores. É o ponto de partida de um romance onde tudo nos surpreende. Aos poucos, juntamos as peças do puzzle. Sheldon é afinal um ex-veterano da Guerra da Coreia, que há décadas vive num secreto inferno, a tentar expiar um crime involuntário. Num último esforço para se redimir, assume como missão salvar o filho da vizinha. Numa terra desconhecida para ambos, começa uma fuga épica, que os levará aos confins da Noruega - e uma perseguição implacável, movida por um gangue kosovar. 
Um estranho lugar para morrer, considerado o melhor romance do ano por uma série de publicações, desafia qualquer definição. O ritmo e a tensão absolutamente sufocantes remetem para o thriller moderno, do mais fino recorte escandinavo. Mas o autor, um ativista do desarmamento e dos direitos humanos, usa a dramática epopeia de Sheldon para pôr a nu a violência latente na cultura ocidental.

A inteligência de um romance literário sob a forma de thriller. New York Times


Crítica por Cláudia de Andrade para o Blogue Os Livros Nossos:

No encalce dos mais recentes policiais escandinavos, “Um estranho lugar para morrer” assoma-nos como um thriller psicológico intenso, com um herói surpreendente e com um final inesperado.

Sheldon (Donny) é um octogenário americano, judeu, que após a morte da mulher se muda para casa da neta em Oslo, onde esta vive com o marido. Apesar das tentativas para o fazerem sentir integrado, Sheldon sente-se desenquadrado e como que aceita prematuramente o seu fim.

Ao salvar o filho da vizinha que acaba brutalmente assassinada em sua casa, Sheldon enceta numa fuga por uma terra desconhecida, para proteger a criança (que lhe traz à mente e ao coração o seu próprio filho, morto em combate), do assassino da mãe.

Esta fuga é recheada de personagens reais e já idas que se imiscuem na mente de Sheldon enquanto o mesmo batalha para fazer as pazes com o seu passado e lida com um propósito reencontrado.

Perseguido por um assassino, que se revela ser bem mais do que aparenta, tal como pela polícia, somos convidados a acompanhar as personagens numa viagem aos recônditos da Noruega e aos lugares mais escuros das suas próprias mentes.