Sinopse
Mandy Cooper, directora do Museu
de Arte Feminina da Cidade de Santa Fé, há muito que admira a pintora Catherine
Burke e segue com interesse a história da intensa relação amorosa que a artista
do século XIX manteve com Atacar, um belo americano nativo. Contudo, a ligação
de Mandy ao casal vai estreitar-se ainda mais. Mandy envolve-se com Jared
Cabrillo, o perigosamente atraente sobrinho-bisneto de Atacar, naquela que será
uma relação escaldante e avassaladora.
Jared, por sua vez, esconde um
segredo que vai mudar a vida de todos. Na posse do diário íntimo de Catherine,
que muitos pensavam estar perdido para sempre, conhece todos os desejos e
fantasias da artista. E decide recriar na sua relação com Mandy a paixão
escaldante que uniu Atacar e Catherine. Ele sabe exactamente como conquistar
uma mulher, incluindo o recurso à simbólica e sensual linguagem das flores… Mas
Jared sabe também o quão intensamente Catherine amava Atacar e o quão
perigosamente ele a amava. Será amor o que o une a Mandy?
O diário de Catherine é
intemporal, simultaneamente romântico, sensual e trágico. Mais de cem anos
depois, os segredos contidos nas suas páginas tanto podem unir Mandy e Jared
para sempre como destruí-los a ambos - atrever-se-ão eles a amar depois de tudo
por que passarem?
A Flor do Desejo é uma história envolvente sobre dois romances separados
pelo tempo, mas unidos e marcados
pela mesma paixão arrebatadora.
Opinião
Já li este romance na semana
passada, é o primeiro do género que leio. A sua compra deveu-se ao preço
lowcost a que o encontrei, na curiosidade em enveredar por este tipo de
romances e, claro, a sinopse e a capa, que revelam muito, cada uma à sua
maneira. E também por já ter lido opiniões divergentes que me deixaram curiosa.
Estava reticente sobre o que ia
encontrar dentro das páginas, mas fiquei agradada com o resultado. A contracapa
não mente, é descritivo de cariz sexual, mas também apresenta uma história
forte por trás. Aliás, duas. A autora vai contando duas histórias de amor em
paralelo.
Adorei os dois romances,
sinceramente não sei se conseguiria escolher. Como vêem pela sinopse, o
primeiro data do século XIX e coloca os problemas da época, entre Catherine e
Atacar (já disse que adoro o nome?). O segundo passa-se nos dias de hoje e visa
em encontrar um meio-termo entre o equilíbrio físico e emocional, entre Mandy e
Jared. De salientar que Jared é o sobrinho-neto de Atacar e que tem um segredo de família muito bem guardado e que Mandy anda à procura do diário de Catherine. Sherie foi bem-sucedida, em ambos os romances, mostrou duas épocas e quatro pessoas
muito diferentes, interligadas por um objectivo supremo.
As cenas escaldantes são muito
descritivas, às vezes com pormenores que eram dispensáveis, pois subentendem-se
claramente, mas fora isso, é um romance agradável.
A escrita da autora é simples,
fluída e cativante. Surpreendentemente, a parte que mais gostei não foi a parte
que li em outras opiniões, mas foi o facto de as personagens se irem
descobrindo a eles mesmos e cederem aos poucos ao amor.
Gostei do final. Uma das histórias
não acaba assim tão bem, admito que chorei (como Madalena que sou), mas também admito
que não podia ser de outra maneira. E se fosse não teria tido tanto impacto e a
história não alcançava o objectivo a que se propunha.
É claramente um romance feminino
(ainda não se tinha notado, pelas lágrimas que afirmei verter, pois não?),
com muita sensualidade e comoção.
Ivonne