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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

[Secção Criminal] "Morre, Alex Cross", de James Patterson [Topseller]

Ficha Técnica:

Título: Morre, Alex Cross


Autor: James Patterson


Edição: Outubro de 2016


Editora: Topseller


Nº de Páginas: 352


Género: Policial


Classificação atribuída no GoodReads: 4/5 estrelas



Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:

Morre, Alex Cross, de James Patterson, traz-nos mais um ritmado romance policial do prestigiado autor Norte-Americano da série do já conhecido detective da Polícia Metropolitana de Washington, com todos os ingredientes que encontramos num bom filme de acção.

Alex Cross vê-se envolvido na investigação do desaparecimento dos filhos do Presidente dos Estados Unidos - Zoe e Ethan Coyle enquanto a capital se vê sob a ameaça de uma misteriosa organização terrorista do Médio Oriente, enquanto as diversas forças de investigação unem esforços e ultrapassam rivalidades para tentar vencer os fortes desafios que se lhes colocam.

O protagonista, Alex Cross, mostra-se envolvido na sua paixão pela investigação policial, enquanto acompanha a elevada tensão das agências de investigação, sendo comum a todos os agentes policiais o medo de chegar demasiado tarde perto dos filhos do Presidente dos Estados Unidos.

Simultaneamente, assistimos à entrada em solo Americano do Casal Saudita Al Dossari, operacionais de uma perigosa organização extremista do Médio Oriente cujo objetivo é tirar vidas e lançar sobre Washington um manto de terror e medo extensível a toda a população local, ainda que, para atingir tais metas, tenham de perder as próprias vidas.

Somos novamente transportados para os corredores do poder, ao mais alto nível político, confrontados com a ameaça terrorista que paira sobre os Estados Unidos e tudo o que este pais representa no panorama político e económico global.

Heróis e Vilões desfilam perante os olhos dos leitores com personalidades bem vincadas, revelando inteligência, determinação e empenho nas respectivas causas.

Depois, como que para atenuar a elevada tensão da trama narrativa, voltamos a encontrar o núcleo familiar de Alex Cross, sendo impossível evitar um sorriso carinhoso com as tiradas e ensinamentos sábios da avó Regina (Nana). É fácil empatizar com a união do clã Cross.

Acção, perigo, uma verdadeira corrida contra o tempo, a conciliação possível entre as exigências da vida profissional e pessoal, no ritmo rápido e envolvente a que o autor já, há muito, vem habituando os seus leitores. Entretenimento ao mais alto nível, ideal para quem já é fã, ou para leitores que queiram descobrir Patterson no seu registo muito pessoal e costumeiro, que não desaponta.





quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

[Renda & Saltos Altos] "Um Anjo da Guarda", de James Patterson e Gabrielle Charbonnet [Topseller]



Autores: James Patterson e Gabrielle Charbonnet

Edição: Novembro de 2014


Páginas: 304

Género:  Romance/Ficção Romântica


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


  Um Anjo da Guarda, é uma doce e romântica narrativa, ideal para uma leitura rápida e descontraída e capaz de nos deixar completamente rendidos à simplicidade e ternura da trama.
   Como personagens centrais iremos encontrar Jane Margaux, filha da bem sucedida e autoritária produtora da Brodway Vivienne Margaux.
   Embora ao nível material, Jane leve uma vida desafogada, e pese embora o facto de trabalhar com a mãe, esteja a começar a desbravar o seu próprio caminho, por mérito próprio, na área da produção de espectáculos, a jovem sente que lhe faltam autonomia e independência em relação à mãe.
  Em termos emocionais, apesar de manter uma relação amorosa com o atraente, vaidoso e fútil actor Hugh Mcgrath (talvez a personagem que todos os leitores vão adorar detestar), a verdade é que Jane sente que esta relação não parece ser suficientemente sólida, recíproca e sincera, subsistindo um vazio emocional que anseia secretamente ver preenchido.
   Michael é um homem atraente e muito misterioso cuja missão na vida é cumprir uma tarefa muito especial - assumir o papel de amigo imaginário de crianças, até que estas completem o seu nono aniversário. De todas as crianças com que se cruzou, uma deixou uma marca muito especial no seu coração, trata-se de Jane Margaux.
   A escrita é fluída, leve, doce e envolvente, como é habitual neste registo romântico de James Patterson, e as páginas vão sendo viradas sem nos darmos conta!
   A narrativa conta com um toque de fantasia (Michael, o amigo imaginário que reencontra Jane na idade adulta e que fará a jovem colocar em dúvida a sua própria sanidade mental, em momentos que têm também um toque de humor bastante vincado, mas que serão do agrado dos leitores mais românticos).
   Uma personagem bastante forte é Vivianne Margaux, dominadora, poderosa, autoritária, interfere de forma intrusiva na vida da filha - Jane - mas ama-a incondicionalmente, embora nem sempre consiga expressar de forma mais saudável e funcional tais sentimentos.
   A história, sendo simples, suscita-nos algumas reflexões acerca do modo mais ou menos equilibrado como podem decorrer as relações entre pais e filhos, especialmente, leva a concluir que nem sempre as classes sociais mais elevadas conseguem proporcionar o ambiente mais desejado em termos de afectos e sua expressão, mas também há sempre hipótese de corrigir alguns erros, desde que as consciências se agitem.
   Uma leitura que recomendamos a românticos inveterados, e que constitui uma boa escolha para leitores mais jovens. Mais uma vez, James Patterson conseguiu ser bem sucedido num género que é bastante diverso do seu registo principal, enquanto autor aclamado de policiais.

   Gostamos e recomendamos!

Classificação atribuída no Goodreads: 4/5 estrelas


  


terça-feira, 12 de agosto de 2014

[Secção Criminal] " Invisível", de James Patterson com David Ellis [Topseller]


Título: Invisível

Autores: James Patterson com David Ellis

Editora: TOPSELLER [Grupo 20/20]

Páginas: 352

Preço: 17,49 €

Género. Thriller/policial

Saiba mais detalhes sobre esta obra, considerada o livro do Verão AQUI

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Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


   Invisível, de James Patterson leva-nos a uma alucinante viagem pelos Estados Unidos, percorrendo a tortuosa mente de um perigoso Serial Killer, responsável por inúmeros incêndios, homicídios e cruéis mutilações inflingidas às vítimas, sempre sob a aparência de focos de incêndio acidentais e não de origem criminosa, que vão iludindo as autoridades, por todo o país.

  Uma mulher - Emma Dockery /Emmy - analista de informação do FBI, recentemente caída em desgraça estando suspensa pelo superior hierárquico - o arrogante, pretensioso e maldoso Julius Dickinson - pelo facto de ter resistido a avanços de natureza sexual, acredita obsessivamente estar à solta um inteligente e perigoso homicida em série, que se revela verdadeiramente invisível, cometendo os crimes sem deixar rasto, e deslocando-se por diversas regiões dos Estados Unidos, deixando atrás de si um rasto de extrema violência e morte.

   Emmy chora ainda a morte da sua irmã gémea - Marta - que acredita tenha sido vítima deste criminoso, mas à sua volta, e  enquanto tenta demonstrar argumentos válidos para dar início a uma investigação oficial a a ser conduzida pelo FBI em colaboração com as autoridades locais, apenas encontra fortes resistências e um enorme cepticismo, talvez também pelo facto de a sua imagem pessoal estar algo descredibilizada, por ter sofrido um trauma familiar recente com a trágica perda da irmã, e pela circunstância de o superior hierárquico ter dado da jovem uma imagem de desequilíbrio emocional e instabilidade.

   Persistente, e convicta da sua certeza, Emmy contará com o inusitado apoio de Harrison Bookman /Books um ex agente, e antigo noivo de Emmy, com quem a jovem recusara casar.  Books, embora céptico, acede a colaborar na investigação.

   Com um ritmo narrativo alucinante e intenso, que faz do livro um verdadeiro Page Turner, iremos acompanhar a equipa do FBI numa verdadeira caça ao homem, com os inerentes obstáculos da falta de meios e de colaboração plena das autoridades locais, e considerando-se também a verdadeira genialidade do assassino, que sempre julgou ficar impune.

   Uma linguagem apelativa, e descrições que resultam de pesquisa fidedigna e realista em termos de procedimentos processuais e legais aplicáveis na investigação criminal no âmbito do sistema judicial Norte Americano, este novo romance de Patterson lê-se como se estivéssemos a assistir a um thriller em versão de filme, e quem sabe, não será também futuramente adaptado ao cinema.

   Acção, Perigo, persistência, solidariedade, e uma descrição bastante crua e cruel do modus operandi do assassino, levam o leitor a suster a respiração até que chegue ao desenlace final.

   Se gosta de emoções fortes, e de um bom thriller de acção, com o bónus de um suave toque de romantismo que em nada prejudica a crueza da narrativa central, então, este é definitivamente o livro que não vai querer deixar de ler!

   James Patterson no seu melhor!

Classificação atribuída no GoodReads: 5/5 estrelas



  

domingo, 23 de junho de 2013

[Secção Criminal] "Confissões de Uma Suspeita de Assassínio", de James Patterson [TopSeller]


Título: Confissões de Uma Suspeita de Assassínio

Autor: James Patterson

Edição: Maio de 2013

Editora: TopSeller [Grupo 20/20]

Páginas: 288

Género: Policial

Leia mais detalhes sobre esta obra AQUI


Crítica por:  Cláudia Lé para o Blog Os Livros Nossos:

Já há muito tempo que não lia nada deste autor assim sendo, este livro foi uma autêntica lufada de ar fresco, uma vez que não segue de forma nenhuma, os parâmetros dos romances que já me habituara a ler do autor, e foge completamente ao estilo policial usual para mim. A personagem de Tandy durante toda a narrativa é misteriosa o q.b. para nos deixar sempre na incerteza dos seus verdadeiros propósitos; encontrar o assassino de seus pais... ou o encobrir o seu envolvimento no ato!

O estilo de vida luxuoso/ostentoso por parte da família Andel faz-nos sonhar muito para alem de nossas vidas ditas «normais» e perguntar como seria! Quem não se interroga como seria viver em mansões cujo hall de entrada poderá facilmente ocupar o mesmo espaço em metros quadrados que a habitação de qualquer uma de nós.

A escolha do sobrenome da família Angel é realmente uma ironia bem empregue pelo autor, uma vez todos os seus membros teriam um pouco de «devil» e não só de «angel?» nos comportamentos que demonstram ao longo do livro.

Preparem-se para surpresas, várias e até mesmo à página final, acabando por a trama ficar em suspense no que diz respeito ao futuro dos Angel. Claro está, faço questão de seguir a série e mal o próximo seja editado, será também por mim devorado!

A escrita do autor é fantástica, acessível e mesmo podendo ser considerado um livro YA, é a meu ver bastante interessante e envolvente; policial bastante diferente do que o autor já nos habituou, bem como aos romances que já li, demonstram que o autor é um verdadeiro «camaleão» no que diz respeito à sua escrita, tendo sempre em atenção, o público-alvo que cada livro pretende atingir.

Mais uma vez os meus PARABÉNS à TopSeller, no que diz respeito aos autores selecionados, livros e qualidade dos mesmos livros. Já numa outra opinião havia referido, mas a qualidade gráfica tem vindo a ser superior ao encontrado  hoje em dia no mercado.



sábado, 1 de dezembro de 2012

[Secção Criminal], "Alex Cross", de James Patterson



Autor: James Patterson

Género: Ficção /Policial

Título: "Alex Cross"

Editora: TopSeller

Páginas: 384


Sinopse:

Alex Cross era uma estrela em ascensão na Polícia de Washington DC quando um desconhecido assassinou a sua mulher, Maria, à sua frente.
Anos mais tarde, Alex deixou as forças de segurança e regressou à carreira de psicólogo, revelando-se um bem-sucedido escritor de livros policiais. A vida com a sua avó, Nana Mama, e os filhos Damon, Jannie e o pequeno Alex parece correr na perfeição, e o detetive admite mesmo viver um novo amor.
É nesta fase que John Sampson, o seu antigo parceiro na Polícia, lhe pede ajuda para capturar um perigoso criminoso. Cross regressa então à ação, sem saber que se prepara para enfrentar o assassino da sua própria mulher.
Tem início a busca pelo homicida mais astuto e psicótico que jamais enfrentou, que o vai empurrar perigosamente para o ponto de rutura.
 
Crítica/Opinião por: Cátia Correia/ Os Livros Nossos

Segundo a informação que vem sobre o escritor no próprio livro, James Patterson foi quem criou mais personagens inesquecíveis do que qualquer outro escritor da atualidade. É ainda, segundo o Guiness World Records, o autor com mais livros até aos dias de hoje no topo da lista de bestsellers do New York Times. Desde o seu primeiro romance este senhor já vendeu mais de 250 milhões de exemplares dos seus livros, é qualquer coisa de fenomenal.
Descobri este escritor através da coleção O Clube das Investigadoras, que adorei e a partir dai fiquei fã da sua escrita leve, divertida, mas policial e com coisas sérias.
E eis que agora James Patterson surge novamente em Portugal com novas histórias, através da mais recente editora TopSeller, chancela da 20|20 Editora, que nos proporcionou livros da série Alex Cross e Maximum Ride (mais juvenil), esperamos que isto se prolongue e as edições continuem, pelo que pesquisei e a lamentar só tenho que este Alex Cross seja o 12º da série publicada lá fora, mas pronto, se daqui para o futuro vierem mais, já não é mau. Com este protagonista já tive a oportunidade de ler A conspiração da aranha, editado pela Presença, e penso que Os crimes da doninha (apesar de não ter lido) também conta com Alex Cross, no entanto desconheço a sua ordem e já estou um pouco confusa, vou tentar focar-me a partir daqui, com as edições da TopSeller, apesar do protagonista ser o mesmo, as histórias e resolução da ação são independentes, o que pode causar alguma confusão é a história pessoal do Alex Cross que vai evoluindo através dos vários livros, mas ainda assim, podem ler-se sem problema e é o que tenciono fazer.

A destacar positivamente tenho organização do livro e da escrita, é um livro que à 1º vista parece grande, mas que por dentro se encontra dividido em muitos capítulos curtos e o livro dividido em várias partes, o que permite uma leitura bastante rápida, não cansando assim o leitor. Os capítulos pequenos são bons, embora às vezes sejam demasiado pequenos dificultando a interpretação da história, e isto aconteceu-me especificamente entre a morte da mulher do Alex e o nascimento do filho do qual ela estava grávida, tive a sensação que perdi aqui qualquer coisa, uma discrepância no tempo, mas adiante.
Falando do livro, neste drama policial somos levados a conhecer a vida de Alex Cross, no momento em que começa, é um detetive famoso, requisitado e a ganhar estatuto da polícia de Washington, ao mesmo tempo conhecemos o seu lado paternal, o seu lar, a sua adorada esposa Maria (assistente social), os amorosos filhos e a presente avó Nana.
Ao mesmo tempo começa a ser-nos apresentado o assassino de profissão – O carniceiro, um homem frio e escrupulosamente premeditado e vingativo, este nada tem a ver com Alex, até que se cruzam numa cena de crime, mas nada mais.
O tempo passa, e sem quê nem porquê, Maria, a mulher de Alex é assassinada em plena rua, enquanto caminhava ao lado do seu marido, deixando assim 3 filhos órfãos a cargo do pai e da avó. Alex entre num martírio para tentar descobrir quem atirou, mas o caso cai em esquecimento sem qualquer tipo de resolução.
A ação neste livro corre bastante depressa e se começou em 1993, já estamos em 2005, quando Alex pressionado pela família decide deixar o cargo que tinha na altura, já no FBI, para se dedicar aos seus e à sua profissão de formação – a psicologia, e acabar por viver algo que se parece com um novo amor.
Entretanto o Carniceiro continua a sua profissão, sendo requisitado mundialmente e nunca apanhado, embora muitos tentem acabar com ele, na sociedade é alguém com família e respeitado.
Nesta altura para Alex, o fantasma de Maria é novamente desperto, quando um suspeito revela a Sampson (antigo parceiro de Alex e atual detetive) que sabe quem matou a Maria e onde é que esse sujeito se encontra, mas quando Sampson volta com Alex para novo interrogatório, o suspeito já não pode falar.
A par de crimes que continuam a destabilizar a cidade Sampson pede a Alex a sua colaboração para descobrir o criminoso e é neste ponto que Alex Cross volta à roda viva da ação sem precedentes.
Como já referi é um livro muito rápido e por isso não posso contar mais, senão acabo por revelar a história, portanto aconselho a leitura. A par do que disse acima, partes da ação poderiam ser melhor explicadas ou contadas, embora não costume ter esta opinião, talvez dê um bom filme, pois a ação escrita em livro nem sempre é bem encenada. Para terminar, a história acaba já com um cheirinho a nova ação, por isso é mesmo o caso de dizer: to be continued, aguardamos!!
No entanto, continuo fã e recomendo a 100%, esta é só a minha opinião.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

[Opinião] "Um Casamento no Natal", de James Patterson e Richard DiLallo [Editorial Presença]

 
Autores: James Patterson & Richard DiLallo
 
 
 
Colecção: Grandes Narrativas
 
Edição: Outubro de 2012
 
Páginas: 192
 

Sinopse:
 
              Está tudo a postos para se festejar o Natal, mas este ano o maior motivo de celebração é o casamento de Gaby Summerhill. Desde que o marido morreu três anos antes, os seus quatro filhos seguiram rumos diferentes, consumidos pelos problemas das suas vidas. Mas quando Gaby anuncia que se vai casar – e que a identidade do noivo permanecerá secreta até ao dia do casamento – talvez assim consiga ter finalmente a família reunida. A partir de personagens envolventes e um enredo emotivo, Um Casamento no Natal lança um olhar luminoso sobre as relações familiares e a magia da época natalícia.
 
Crítica/Opinião Por: Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos:
 
 
   Um Casamento no Natal é um romance contemporâneo saído da pena de James Patterson e de Richard DiLallo que chega até nós com a chancela da Editorial Presença, no timing adequado para a sua leitura [quer porque estamos próximo da época festiva, quer ainda porque, perante a crise financeira instalada, cabe fazer uma análise e reapreciação dos valores em que se mostra sustentada a nossa sociedade].
 
   Trata-se de uma narrativa breve [apenas 192 páginas na edição Portuguesa] mas intensa e bastante profunda no que diz respeito ao seu conteúdo, muito embora se encontre escrita num tom bastante leve e fluído, e pautada por alguns momentos de suave ironia e até alguma comicidade, que permitem, de forma hábil, contrabalançar a carga menos positiva de algumas das temáticas abordadas na obra [e.g. violência doméstica, comportamentos desviantes na adolescência, consumo de estupefacientes, peso excessivo do trabalho na vida pessoal].
 
   Como personagem central na trama encontramos a simpática viúva Gaby Summerhill, que após três anos de luto na sequência da perda do marido, resolve dar a si mesma a hipótese de começar uma nova vida, contraindo casamento com um dos seus três excelentes pretendentes, aproveitando o ensejo do casamento para reunir novamente junto de si a família que apenas convivera pela última vez aquando do funeral do marido de Gabby. Gaby é uma verdadeira força da natureza, simpática, criativa, divertida e matriarcal [no bom sentido da palavra].
 
  Vamos ainda acompanhar a vida actual de cada um dos quatro filhos de Gaby, e dos respectivos contextos familiares/amorosos: Claire Donoghue, dona de casa,  casada com Hank Donoghue do qual tem três filhos - Gus com 14 anos e os gémeos Tobby e Gabrielle; Emmily Summerhill, Advogada, casada com Bart DeFranco; Seth Summerhill, romancista, namora com Andie Collins; Lizzie Rodgers, empregada na Wallmart, casada com Mike Rodgers, são pais de Tallulah, de 8 anos.
 
  Ao rol de personagens somam-se ainda os três pretendentes a desposar Gaby: Tom Hayden; Jacob Coleman e Martin Summerhill.
 
  Um dos detalhes curiosos deste livro é a profunda análise psicológica das personagens, cujo mundo interno, personalidade, vitórias e derrotas são retratados com clarividência, sendo fácil ao leitor ficar envolvido por uma vasta gama de emoções. A obra trasmite emoções fortes, e gere um perfeito equilíbrio entre comédia e drama.
 
  A personagem central - Gabby Summerville, é uma força da natureza, mãe de família, avó dedicada, professora dedicada à profissão e com uma forte componente de humanismo e solidariedade, está sempre presente para uma palavra ou um simples gesto de afecto. É a amiga que toda a gente gosta de ter sempre por perto nos bons e nos maus momentos.
 
  Gabby será bem sucedida no seu plano de reunir a família e amigos à sua volta pelo Natal, e vamos ter oportunidade de avaliar vários modelos sociais, presentes em cada um dos núcleos familiares dos filhos de Gabby.
 
   O livro contém uma mensagem final deveras positiva, mas ao mesmo tempo, é extremamente realista ao retratar problemas tão pessoais e tão presentes na nossa sociedade de hoje, sendo exemplos: o espectro da violência doméstica, o abuso de álcool e drogas por parte de adultos e mesmo de adolescentes problemáticos; a mudança assustadoramente brusca no quotidiano de uma família em que um dos membros enfrenta uma doença oncológica, sem no entento perder o bom humor; a vivência rígida do mundo do trabalho competitivo, por parte de um workaholic [num dos mais brilhantes retratos sociais que este livro nos transmite].
 
  Até ao final da narrativa, permanece o mistério quanto ao pretendente escolhido por Gabby, e muitas respostas serão também dadas quanto ao futuro dos quatro descendentes da simpática e unida família Summerhill. 
 
   A única reserva quanto a este livro é, talvez, uma excessiva brevidade na narrativa, cremos que, atenta a profundidade psicológica atribuída às personagens, poderia o livro ser um pouco mais extenso, no fundo quando se vira a última página, o leitor fica satisfeito, mas com a sensação de que queria ainda mais !
 
   Um obra que proporciona uns saudáveis momentos de entretenimento, mas que não nos deixa indiferentes às problemáticas sociais e familiares dos tempos modernos, e à necessidade de fazer transpor para as gerações vindouras a extrema relevância dos valores familiares e da solidariedade como instrumentos que melhor nos permitem enfrentar com outro ânimo os obstáculos da vida, assim como desfrutar em pleno dos bons momentos que a vida também proporciona.
 
Sem dúvida, uma boa leitura para esta época festiva. Recomendamos, e gostariamos de ver os próximos episódios da vida familiar dos Summerhill, uma família pela qual facilmente nos apaixonamos.