A microgeração, também conhecida por microprodução, é um dos maiores escândalos da energia em Portugal. Tenho-a referido poucas vezes no blog. Conforme podem ver pela imagem ao lado, retirada deste documento da ERSE, o preço da energia paga à microprodução é VÁRIAS vezes superior aquele que pagamos efectivamente pela electricidade em nossas casas! E reparem que a imagem até engana, porque há duas escalas diferentes no eixo dos yy!!!
O esquema da microgeração é uma aberração económica. Imaginem que um quilo de batatas custa a um agricultor 50 cêntimos a produzir, e que o supermercado onde vocês fazem as compras vende esse mesmo quilo de batatas a um euro e meio. Agora imaginem que o supermercado era obrigado a comprar esse mesmo quilo de batatas a 5 euros a um agricultor verde, e a vendê-las a si pelo mesmo euro e meio. Reparem como o vilão passa rapidamente a vítima! Bem, neste caso, o vilão EDP não tem que se preocupar com o supermercado, até porque quem paga são os consumidores/contribuintes! Confusos? Não admira, é assim a microprodução!
A lata dos microprodutores é ainda maior porque todos sabemos que a grande maioria dos proprietários é da classe média/alta. Ora vejam lá se as instalações de painéis fotovoltaicos que conhecem não são essencialmente em vivendas? Como o blog Luz Ligada muito bem referiu, a microgeração é anti-social!!! Uma oportunidade de ouro para a esquerda e os seus amigos melancias reclamarem o corte destes subsídios... Mas não, porque eles são alguns dos que mais xuxam deste esquema...
Como o roubo é de tal forma descarado, sente-se alguma preocupação nas hostes. No meio de tanta fraude, os esquemas são uma evidência! Parece que houve investigação, mas dos resultados não reza a História! Por isso não admira que já existissem mais de 10 000 microprodutores a xuxar no início do ano, sendo que neste momento são já cerca de 12 000!!! E pelas listagens de registos disponibilizados, muitos mais abortos produtivos estão prontos a começar a mamar!
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domingo, 16 de outubro de 2011
Microgeração
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Protecção à fraude da microgeração
Há coisas que nem lembram ao Diabo. Um leitor enviou-me um link para um site, para eu dar uma opinião. Eu penso que o leitor sabia qual a resposta que lhe ia dar... O site chama-se Instituto do Cliente, e "oferece" protecção económica, financeira, ambiental, técnica, médica e social, por "apenas" 9 euros por mês!
A página que o leitor descobriu, visível na imagem (clique para ver melhor), é relativa à energia solar e ao esquema da micro-produção, e promete um "lucro de 50 a 500 mil euros". Vejam a explicação deste instituto (realces da minha responsabilidade):
As contas são efectuadas de seguida (realces não da minha responsabilidade):
Ora vejam lá se isto não é uma grande "protecção"! Nem me dei ao trabalho de verificar se as contas estão certas ou não; a verdade é que o esquema da micro-geração é tão fraudulento, tão anti-social, que devia ser imediatamente terminado! Pelo menos, já levou uma grande machadada!
A página que o leitor descobriu, visível na imagem (clique para ver melhor), é relativa à energia solar e ao esquema da micro-produção, e promete um "lucro de 50 a 500 mil euros". Vejam a explicação deste instituto (realces da minha responsabilidade):
A CE decidiu promover as energias renováveis, através dos DL 118-A/2010 e DL 34/2011, permitindo vender energia à EDP a um preço muito elevado. Por seu lado o Instituto do Cliente conseguiu para si os melhores preços, marcas e instaladores. |
As contas são efectuadas de seguida (realces não da minha responsabilidade):
O retorno é de 15% a 25% durante 8 anos e de 10% a 15% nos seguintes 17 (sem qualquer investimento se usar crédito). Uma microgeração terá um rendimento de 50.000€ (65.000€ se a casa passar a A/A+). Numa minigeração o retorno será de 100.000€ a 500.000€ em 25 anos |
Ora vejam lá se isto não é uma grande "protecção"! Nem me dei ao trabalho de verificar se as contas estão certas ou não; a verdade é que o esquema da micro-geração é tão fraudulento, tão anti-social, que devia ser imediatamente terminado! Pelo menos, já levou uma grande machadada!
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sábado, 12 de maio de 2012
PNAER/PNAEE: Contributo aberto
Há três semanas alertava os leitores para a disponibilização online da nova proposta do PNAER e PNAEE, que se designa de “Linhas de orientação para a revisão dos Planos Nacionais de Ação para as Energias Renováveis e para a Eficiência Energética”. Entretanto, o documento deixou de estar disponível no site da DGEG, e até hoje não voltou a aparecer! Entretanto, enviei o documento para múltiplos leitores que mo pediram (quem quiser pode continuar a pedir por email). No site da DGEG, a própria notícia que referenciava a consulta pública desapareceu, sem qualquer indicação do ocorrido, e o desaparecimento já chegou aos Media.
Como o prazo da consulta pública é até 18 de Maio, não tendo sido cancelado, e como prometido, deixo abaixo os meus comentários, que submeterei à DGEG na próxima semana. Encorajo os leitores a enviarem também os seus comentários para o endereço de email disponibilizado pela DGEG, consultapublica2012@dgge.pt. Para isso, podem pescar ideias abaixo, mas a intenção não é fazerem copy&paste... Mas, na lógica que a Troika sugere, há que envergonhar o status quo actual, pelo que o vosso comentário contribuirá para um planeamento mais regrado para os próximos anos.
Exmos. Senhores,
No âmbito do processo de revisão dos PNAER e PNAEE, em consulta pública até 18 de Maio, junto os meus contributos.
O documento tem algumas boas medidas, com as quais necessariamente se concorda. Mesmo alterações ao PNAER/PNAEE anterior vão no bom sentido, como sejam a eliminação de medidas como a E8M4 (Escola Microprodutora), RS6M1 (Microprodução), ou a recente decisão de suspensão todos os novos licenciamentos da PRE. Assim sendo, os comentários subsequentes são respeitantes a dúvidas acerca das propostas efectuadas, ou então de propostas com as quais não podemos concordar. Nestas últimas, avançamos com propostas alternativas.
Como o prazo da consulta pública é até 18 de Maio, não tendo sido cancelado, e como prometido, deixo abaixo os meus comentários, que submeterei à DGEG na próxima semana. Encorajo os leitores a enviarem também os seus comentários para o endereço de email disponibilizado pela DGEG, consultapublica2012@dgge.pt. Para isso, podem pescar ideias abaixo, mas a intenção não é fazerem copy&paste... Mas, na lógica que a Troika sugere, há que envergonhar o status quo actual, pelo que o vosso comentário contribuirá para um planeamento mais regrado para os próximos anos.
Exmos. Senhores,
No âmbito do processo de revisão dos PNAER e PNAEE, em consulta pública até 18 de Maio, junto os meus contributos.
O documento tem algumas boas medidas, com as quais necessariamente se concorda. Mesmo alterações ao PNAER/PNAEE anterior vão no bom sentido, como sejam a eliminação de medidas como a E8M4 (Escola Microprodutora), RS6M1 (Microprodução), ou a recente decisão de suspensão todos os novos licenciamentos da PRE. Assim sendo, os comentários subsequentes são respeitantes a dúvidas acerca das propostas efectuadas, ou então de propostas com as quais não podemos concordar. Nestas últimas, avançamos com propostas alternativas.
- Pressupostos macroeconómicos pouco ajustados à realidade
Não deixa de ser preocupante que os pressupostos assumidos pareçam estar pouco ajustados à nossa realidade. Em termos de evolução macroeconómica, dificilmente o País conseguirá crescer ao ritmo anunciado depois de 2013, sabendo-se à partida das enormes dívidas contraídas em termos das PPPs, e mais especificamente na área da energia, no enorme défice tarifário e tarifas feed-in contratualizadas até ao final da década. - Pressuposto pouco provável de evolução do preço de petróleo
Em termos da evolução do preço de petróleo, as previsões de estabilidade são ainda menos fundamentadas! Por um lado, os conceitos de peak-oil defendem valores bastantes superiores do preço de barril, enquanto a utilização de novas fontes (eg. shale-oil) proporcionarão porventura preços inferiores. Assumir preços de barril de petróleo de 112 USD em 2020 é, no mínimo, arriscado. - Evolução de preços deveria estar em Euros, e não em dólares
Mas mais preocupante é assumir valores em dólares americanos, sendo que um documento desta importância deveria ter expresso os valores em EUROS, a moeda do nosso País! - Previsões de evolução de gás natural não equacionam cenários recentes
Igualmente preocupante são as previsões para a evolução do preço do gás natural, onde manifestamente não se equaciona o impacto da extracção de gás de xisto, que já fez baixar o preço do gás nos Estados Unidos para valores próximos dos mínimos das últimas duas décadas! - Não se equacionam prováveis reservas de gás natural
A propósito do gás natural, é preocupante que a DGEG não tenha equacionado as potenciais reservas de gás natural que parecem existir em Portugal! Por um lado, não levam em linha de conta a recente licença atribuída para prospecção de gás natural no Algarve, nem as potenciais reservas de gás de xisto, que relatórios internacionais apontam existir em Portugal. Porque não é feita nenhuma referência a este aspecto no PNAER/PNAEE? - Improvável e pouco realismo dos preços das licenças de CO2
A evolução dos preços das licenças de CO2 é igualmente pouco realista. Primeiro, porque o abandono dos grandes países do Protocolo de Quioto forçou em baixa o seu preço. Mesmo o preço no Mercado Europeu tem estado em queda livre! Depois, porque o abandono do nuclear por algumas potências mundiais vai-se traduzir em maiores emissões de CO2, e esses países vão ser os primeiros a não querer que esse mercado funcione, com nomeadamente a Alemanha à cabeça em termos europeus. Some-se o facto provado de que o Mercado de Emissões tem existido apenas para subsidiar alguns sectores (eg. cimenteiro), promovendo mesmo a retirada de competitividade às indústrias europeias, bem como um sem número de fraudes. Tudo isto faz com que o Mercado Europeu de Licenças de CO2 vá ter o mesmo destino do equivalente mercado americano: encerramento! - Evolução irrealista da capacidade do sistema electroprodutor
Os pressupostos relativos à evolução da capacidade do sistema electroprodutor são ainda mais criticáveis. Por um lado, já temos potência a mais. Isso é válido quer em termos de suportar os valores de ponta, onde a potência já suporta mais do dobro do requerido, quer em termos de suportar o consumo anual, onde a capacidade instalada é mais de três vezes superior à necessária. Por isso, a recente suspensão de mais licenciamentos é de louvar, apesar da capacidade do sistema electroprodutor continuar a aumentar no domínio da microprodução, que urge igualmente suspender o mais rapidamente possível. Por outro lado, a serem cumpridas as acções do PNAEE, na verdade é suposto que as suas consequências sejam a da diminuição do consumo de energia, e não do seu aumento! Por isso, é incompreensível que se aumente em mais 20% a potência total do sistema electroprodutor até 2020. Em particular, caso esse aumento venha efectivamente a existir, é muito importante que essa energia seja vendida em mercado aberto, sem qualquer subsidiação pública ou dos consumidores, nomeadamente através de tarifas feed-in. - Retirada perigosa da PRO Térmica
Em termos de PRO Térmica, a retirada das centrais de carvão afigura-se problemática. Em anos em que os recursos hídricos e eólicos sejam diminutos, como o foram simultaneamente este ano, é indesejável não existir capacidade térmica. Apostar unicamente em gás natural é colocar todos os ovos no mesmo cesto, o que é manifestamente arriscado. Tal decisão deveria ficar condicionada, nomeadamente, à prova e capacidade de utilização de reservas de gás natural em Portugal. - Evolução indesejada da cogeração não-FER
A estimativa de evolução da PRE estabelece um aumento reduzido mas prolongado, da cogeração não-FER. Num cenário de excesso de potência, tal não é desejável. Sendo certo que é conhecido que muita da produção em cogeração não cumpre os requisitos legais, o natural seria verificar-se uma diminuição nesta vertente. O facto de muita da cogeração não-FER ser ainda baseada em fuel-oil, devia levar a medidas de retirada de subsidiação, em vez do seu incremento. É incompreensível que se tenha feito um esforço de retirada do uso de fuel-oil, no Continente, para produção de electricidade, e se continue a subsidiar principescamente a sua utilização nos domínios da cogeração. - Crescimento das eólicas é indesejável
A estimativa de crescimento das eólicas no PRE é indesejável. O país já tem um excesso de eólicas, que desfiguram negativamente a paisagem de Portugal. Num cenário de excesso de capacidade instalada, e de uma maior eficiência energética, acrescentar ainda mais eólicas não tem justificação económica. Acresce o facto de que novos locais para instalação de eólicas serão necessariamente menos competitivos, em função da actual ocupação dos locais com maior potencial de vento. Qualquer cenário de sobreequipamento deverá significar a saída desses parques do PRE, directamente para o mercado livre. A eventual implementação de eólicas off-shore não deverá igualmente ser alocada no âmbito do PRE, devendo concorrer directamente em termos de mercado. - Crescimento do solar fotovoltaico e termo-eléctrico é indesejável
A estimativa de crescimento do solar fotovoltaico e solar termo-eléctrico no PRE é indesejável. Os custos são absolutamente astronómicos, e não deverá ser permitido que esses custos transitem para os consumidores/contribuintes. Ainda que seja cortada em mais de metade o crescidmento da capacidade neste domínio, é desejável que qualquer nova capacidade adicional nestes domínios não seja enquadrada no PRE, podendo eventualmente ser comercializada em mercado. Tal fomentará o desenvolvimento da tecnologia, ao contrário da massificação da subsidiação actual. - Introdução da energia das ondas é indesejável
A estimativa de crescimento da energia das ondas é igualmente indesejável. Depois do falhanço repetido desta tecnologia em Portugal, e noutros países, não faz sentido a utilização de uma tecnologia enquanto não estiver madura. Qualquer nova capacidade adicional nestes domínios não deverá ser enquadrada no PRE, podendo eventualmente ser comercializada em mercado. - Perigo na promoção da cogeração
Em relação à cogeração, mesmo que FER, e mesmo que como medida de backup, deve se ter especial cuidado na promoção desta tecnolgia, dado que é um dos factores que mais condiciona negativamente, neste momento, a evolução dos preços da electricidade. O documento refere, e bem, que tais medidas exigiriam algum grau de investimento público, pelo que não é certamente uma solução, de momento. - Conflito na evolução do consumo de electricidade
As previsões do consumo de Eletricidade, apontam para um crescimento de cerca de 7,4% entre 2010 e 2020. Com objectivos tão ambiciosos a nível do PNAEE, não é esta meta de crescimento anual demasiado elevada, especialmente a esperada entre 2015 e 2020? - Estratégia perigosa de biocombustíveis
A estratégia de aposta em biocombustíveis tem-se revelada um fracasso assinalável. A sua produção não é ambientavelmente e economicamente sustentável. A nível mundial, tem revelado igualmente um forte impacto na produção de alimentos, contribuindo para a criação de mais problemas, do que aqueles que efectivamente resolve. Em Portugal, a estratégia deveria passar primeiro por nos tornarmos auto-suficientes em termos alimentares, e só depois pensarmos em ocupar a agricultura a produzir ineficientemente este tipo de combustível. - Eliminar microprodução
Os subsídios efectuados no âmbito da microprodução são a forma mais anti-social de geração de energia eléctrica em Portugal. A microgeração é apenas para uma classe alta, com capacidade para suportar os custos de instalação, ou então empresas que se estão a aproveitar das tarifas feed-in escandalosas existentes. Os licenciamentos de microprodução subsidiada deveriam ser imediatamente suspensos. - Promoção dos veículos eléctricos é anti-social
A medida T1, relativa à promoção da aquisição de veículos eléctricos não é desejável. Os carros eléctricos são uma tecnologia ineficiente, cara, sem incorporação nacional, e destinados a uma classe média-alta, que não deveria ser subvencionada pelos restantes contribuintes. O reduzido potencial da medida, de apenas 2 ktep, significa que o retorno da medida, pura e simplesmente, não existirá. Igualmente anti-social seria autorizar a circulação de veículos eléctricos em faixas de rodagem reservadas a transportes públicos (BUS) ou faixas específicas, dado que mais uma vez estes carros só podem ser adquiridos por uma classe média-alta. O mesmo se aplica para a isenção do ISV e IUC, mais uma medida extremamente anti-social!
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quinta-feira, 29 de março de 2012
O Pimentinha
O enfant terrible do ambiente em Portugal, Carlos Pimenta, aliás o Pimentinha, foi dizer das suas ante-ontem na Rádio Renascença. Fui alertado por um leitor atento, que me apontou na direcção desta entrevista concedida a José Pedro Frazão. Este mostrou querer fazer as perguntas certas, mas foi constantemente enrolado pelas manobras habituais do Pimentinha. Ainda assim, mostrou-se mais preparado que a maioria dos entrevistadores das melancias. A entrevista na sua totalidade pode ser ouvida aqui.
Mas o Pimentinha esteve no seu pior! Começou logo a atacar, aos 2:40, com o seguinte:
Quem não argumenta, e sabe que está a aldrabar os seus concidadãos, tem que atirar esta areia para os olhos dos Portugueses! Mas ele é um dos que mama da microgeração, como aliás refere aos 23:54, e que nós sabemos ser a forma mais anti-social de geração de energia em Portugal! Sabemos também que é o responsável máximo pela "EDF EN Portugal", o que significa que, muito simplesmente, os enormes subsídios que mamam dos contribuintes/consumidores portugueses vão direitinhos para a empresa francesa. Como José Pedro Frazão diz aos 10:20, saem do lombo do contribuinte! E não geram sequer emprego em Portugal, como já evidenciamos neste post, a não ser os de presidentes de empresas estrangeiras, e provavelmente mais uns quantos assessores. Portanto, é fácil concluir quem é que está a cometer crimes contra a Economia nacional...
O Pimentinha só quer é mamar mais! Aos 25:30 surge mais uma pérola. Já havíamos visto na peixeirada que ninguém quer assumir como se pode baixar o custo da electricidade. Vejam o embuste do Pimentinha:
A entrevista está cheia desta lógica nonsense, mas que o Pimentinha verborreia sistematicamente. Como a do Inverno deste ano, com muito calor, como ele disse aos 37:40. Em que País esteve ele este Inverno? Em Portugal, onde se fartaram de morrer pessoas de frio, não foi de certeza... Enfim, dá para perceber que ele está cada vez mais gago. José Pedro Frazão contribuiu muito para isso, e esteve quase a ponto de calá-lo. Faltou-lhe o quase...
Mas o Pimentinha esteve no seu pior! Começou logo a atacar, aos 2:40, com o seguinte:
Olhe, o que se tem feito no País de incendiar as pessoas contra as renováveis eu posso dizer que é quase um crime contra a Economia nacional, o crime contra a nossa continuidade enquanto Nação. |
Quem não argumenta, e sabe que está a aldrabar os seus concidadãos, tem que atirar esta areia para os olhos dos Portugueses! Mas ele é um dos que mama da microgeração, como aliás refere aos 23:54, e que nós sabemos ser a forma mais anti-social de geração de energia em Portugal! Sabemos também que é o responsável máximo pela "EDF EN Portugal", o que significa que, muito simplesmente, os enormes subsídios que mamam dos contribuintes/consumidores portugueses vão direitinhos para a empresa francesa. Como José Pedro Frazão diz aos 10:20, saem do lombo do contribuinte! E não geram sequer emprego em Portugal, como já evidenciamos neste post, a não ser os de presidentes de empresas estrangeiras, e provavelmente mais uns quantos assessores. Portanto, é fácil concluir quem é que está a cometer crimes contra a Economia nacional...
O Pimentinha só quer é mamar mais! Aos 25:30 surge mais uma pérola. Já havíamos visto na peixeirada que ninguém quer assumir como se pode baixar o custo da electricidade. Vejam o embuste do Pimentinha:
José Pedro Frazão: Como é que se pode baixar a factura da electricidade? (...) José Pedro Frazão: O que é que propunha??? Realisticamente para baixar a factura da electricidade? (...) Carlos Pimenta: Mas, repare, você está a fazer um erro! E se eu lhe responder assim? (...) |
A entrevista está cheia desta lógica nonsense, mas que o Pimentinha verborreia sistematicamente. Como a do Inverno deste ano, com muito calor, como ele disse aos 37:40. Em que País esteve ele este Inverno? Em Portugal, onde se fartaram de morrer pessoas de frio, não foi de certeza... Enfim, dá para perceber que ele está cada vez mais gago. José Pedro Frazão contribuiu muito para isso, e esteve quase a ponto de calá-lo. Faltou-lhe o quase...
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sábado, 17 de maio de 2008
Por qué no te callas?
A afirmação podia aplicar-se ao nosso ministro das Finanças. Afirmou, em relação ao protesto dos taxistas (e de todos os portugueses em breve), que "Não vejo porque é que todos os contribuintes têm de subsidiar uma actividade particular".
O problema do ministro é que ele se esqueceu que todos nós portugueses estamos a subsidiar determinadas actividades particulares. A microgeração e as energias ditas verdes, em particular, nos temas da energia, deviam ser melhor dominadas pelo ministro.
Em Portugal não há números. Mas nos Estados Unidos foi recentemente revelado o nível de subsidiação da energia. O resultado é escandaloso:
Produção de Energia Eléctrica:
Carvão Limpo: $29.81 por MWh
Energia Solar: $24.34 por MWh
Eólica: $23.37 por MWh
Nuclear: $1.59 por MWh
Hidroeléctrica: $0.67 por MWh
Carvão "Normal": $0.44 por MWh
Gás Natural: $0.25 por MWh
Combustíveis:
Biocombustíveis: $5.72 por BTU
Energia Solar: $2.82 por BTU
Carvão Refinado: $1.35 por BTU
Gás Natural e Petróleo: $0.03 por BTU
www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=B80CFB0E-A288-4E9E-A831-8C3D46823D54
http://online.wsj.com/article/SB121055427930584069.html
O problema do ministro é que ele se esqueceu que todos nós portugueses estamos a subsidiar determinadas actividades particulares. A microgeração e as energias ditas verdes, em particular, nos temas da energia, deviam ser melhor dominadas pelo ministro.
Em Portugal não há números. Mas nos Estados Unidos foi recentemente revelado o nível de subsidiação da energia. O resultado é escandaloso:
Produção de Energia Eléctrica:
Carvão Limpo: $29.81 por MWh
Energia Solar: $24.34 por MWh
Eólica: $23.37 por MWh
Nuclear: $1.59 por MWh
Hidroeléctrica: $0.67 por MWh
Carvão "Normal": $0.44 por MWh
Gás Natural: $0.25 por MWh
Combustíveis:
Biocombustíveis: $5.72 por BTU
Energia Solar: $2.82 por BTU
Carvão Refinado: $1.35 por BTU
Gás Natural e Petróleo: $0.03 por BTU
www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=B80CFB0E-A288-4E9E-A831-8C3D46823D54
http://online.wsj.com/article/SB121055427930584069.html
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sexta-feira, 21 de março de 2008
Queixas das barragens
Os ecologistas são contra tudo e contra todos. Obviamente contra as barragens. O que eles ainda não perceberam é que as barragens são cada vez mais importantes, especialmente em Portugal. Como reserva de água e como forma de acumulação da energia produzida nomeadamente pelas eólicas...
Para eles "a microgeração, a expansão da energia solar ou a redução dos consumos" são a solução. A primeira, como vimos ainda esta semana, só funciona de forma altamente subvencionada. A segunda só de dia. E a terceira é uma utopia. Não vamos a lado nenhum com esta gente.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1323304&idCanal=92
www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=855321
Para eles "a microgeração, a expansão da energia solar ou a redução dos consumos" são a solução. A primeira, como vimos ainda esta semana, só funciona de forma altamente subvencionada. A segunda só de dia. E a terceira é uma utopia. Não vamos a lado nenhum com esta gente.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1323304&idCanal=92
www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=855321
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Peixeirada no Prós e Contras
A Fátima Campos Ferreira, no Prós e Contras de ontem, debateu com vários participantes, o tema do "Insustentável Custo da Energia". O vídeo do programa está disponível nestes links, primeira parte, e segunda parte. Também já está disponível no youtube, com a primeira de dez sequências abaixo.
O programa foi uma verdadeira peixeirada. O pior de todos foi o habitual Carlos Pimenta, que chegou a gritar e exaltar-se na parte final do programa (a partir do minuto 56:05 do segundo vídeo). Quem assim faz perde toda a credibilidade! Também exibiu os gráficos do costume, já aqui no blog completamente descredibilizados. Tal é o exemplo do custo dos MWh da energia eólica, nos 74 €/MWh (minuto 21:11 do primeiro vídeo), que desmontamos aqui, e que actualizamos aqui.
Particularmente mal esteve também Patrick Monteiro de Barros! Nem sequer iniciou a defesa da sua dama, o nuclear, com medo da mesa oposta... Ele, como todos os restantes, já perceberam que o nuclear seria igualmente um erro enorme em Portugal! No meio, por diversas vezes, a Fátima Campos Ferreira ainda tentou puxar umas palmas da audiência, para as renováveis... Mas ninguém bateu palmas!!! Mas quem deve ter ficado com as orelhas a arder foi o António Mexia, sucessivamente referido, mas convenientemente ausente...
Resumindo, o que ninguém explicou mesmo é como se baixa a factura! E como se pode ver pela reacção do público, ao minuto 36:36 do segundo vídeo, o que o Zé e a Maria queriam era baixar a tarifa da electricidade! Mas era tão fácil explicar essa parte... Considerando que há cerca de 6 milhões de consumidores de energia doméstica, devia-se:
Estas três simples medidas dão um total de poupança mensal de 11.97 €, em média para cada consumidor. E como se pode ver aos 40:20 do segundo vídeo, os Portugueses estão perfeitamente de acordo que estes "direitos adquiridos" têm igualmente que acabar! Na factura exemplo dada no Prós e Contras, no valor de 84.76 €, tal representaria uma poupança de mais de 14%. Era assim tão difícil explicar isto???
Nota: A ERSE resolveu apagar o documento que referencio neste artigo... O que terão eles a esconder??? Podem ver que ele até ainda é referenciado nesta pesquisa do Google, sendo ainda visível um previsualização desse PDF, podendo-se igualmente confirmar a sua referência noutros sites da Internet... Se alguém precisar, tenho cópia.
O programa foi uma verdadeira peixeirada. O pior de todos foi o habitual Carlos Pimenta, que chegou a gritar e exaltar-se na parte final do programa (a partir do minuto 56:05 do segundo vídeo). Quem assim faz perde toda a credibilidade! Também exibiu os gráficos do costume, já aqui no blog completamente descredibilizados. Tal é o exemplo do custo dos MWh da energia eólica, nos 74 €/MWh (minuto 21:11 do primeiro vídeo), que desmontamos aqui, e que actualizamos aqui.
Particularmente mal esteve também Patrick Monteiro de Barros! Nem sequer iniciou a defesa da sua dama, o nuclear, com medo da mesa oposta... Ele, como todos os restantes, já perceberam que o nuclear seria igualmente um erro enorme em Portugal! No meio, por diversas vezes, a Fátima Campos Ferreira ainda tentou puxar umas palmas da audiência, para as renováveis... Mas ninguém bateu palmas!!! Mas quem deve ter ficado com as orelhas a arder foi o António Mexia, sucessivamente referido, mas convenientemente ausente...
Resumindo, o que ninguém explicou mesmo é como se baixa a factura! E como se pode ver pela reacção do público, ao minuto 36:36 do segundo vídeo, o que o Zé e a Maria queriam era baixar a tarifa da electricidade! Mas era tão fácil explicar essa parte... Considerando que há cerca de 6 milhões de consumidores de energia doméstica, devia-se:
- Acabar com as tarifas feed-in das eólicas e solar. Representaram cerca de 556 milhões de euros em 2011. Dá uma poupança média de 7.72 euros por mês.
- Acabar com as tarifas feed-in para a Microgeração, a forma mais anti-social de geração de electricidade. Custa cerca de 16 milhões de euros por ano (pag. 33 deste documento da ERSE), o que dá 0.22 euros por mês de poupança média.
- Acabar com as tarifas feed-in para a Cogeração não renovável. É uma poupança de mais 290 milhões de euros (pag. 33 deste documento da ERSE), o que daria a cada consumidor uma poupança mensal de 4.03 euros.
Estas três simples medidas dão um total de poupança mensal de 11.97 €, em média para cada consumidor. E como se pode ver aos 40:20 do segundo vídeo, os Portugueses estão perfeitamente de acordo que estes "direitos adquiridos" têm igualmente que acabar! Na factura exemplo dada no Prós e Contras, no valor de 84.76 €, tal representaria uma poupança de mais de 14%. Era assim tão difícil explicar isto???
Nota: A ERSE resolveu apagar o documento que referencio neste artigo... O que terão eles a esconder??? Podem ver que ele até ainda é referenciado nesta pesquisa do Google, sendo ainda visível um previsualização desse PDF, podendo-se igualmente confirmar a sua referência noutros sites da Internet... Se alguém precisar, tenho cópia.
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Parques eólicos suspensos
Um leitor fez-me chegar uma notícia agradável, em que se afirma que o Governo suspende atribuição de licenças para novos parques eólicos. Antes de mais, o Comunicado do Conselho de Ministros é:
Tudo isto decorre, em meu entender, de uma profunda revolução, que está em curso. Na segunda revisão do memorando de entendimento com a Troika, ficou definido que até ao final do mês de Janeiro, será analisado o regime de apoio aos produtores de energia em regime especial, bem como possíveis reduções na tarifa. E ao contrário do título da notícia, são muitos os produtores afectados, incluindo pelo menos também a energia solar, cogeração, biomassa e microgeração... Tudo parece indicar que isto vai endireitar! Entretanto, no mesmo comunicado do Conselho de Ministros, houve um outro ponto que me chamou a atenção. Deve ser tema para próxima investigação do Ecotretas:
3. O Governo decidiu suspender, com efeitos imediatos, a atribuição de potências de injeção na Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP), ressalvando a possibilidade de poderem ser excepcionados casos de relevante interesse público, em situações a regulamentar por resolução do Conselho de Ministros. Esta decisão decorre das orientações de política energética previstas no Programa do Governo e que apontam para a necessidade de ponderar e reavaliar o enquadramento legal da produção de eletricidade em regime especial. |
Tudo isto decorre, em meu entender, de uma profunda revolução, que está em curso. Na segunda revisão do memorando de entendimento com a Troika, ficou definido que até ao final do mês de Janeiro, será analisado o regime de apoio aos produtores de energia em regime especial, bem como possíveis reduções na tarifa. E ao contrário do título da notícia, são muitos os produtores afectados, incluindo pelo menos também a energia solar, cogeração, biomassa e microgeração... Tudo parece indicar que isto vai endireitar! Entretanto, no mesmo comunicado do Conselho de Ministros, houve um outro ponto que me chamou a atenção. Deve ser tema para próxima investigação do Ecotretas:
2. O Conselho de Ministros decidiu também declarar a resolução, por incumprimento, de seis contratos de investimento e de concessão de benefícios fiscais celebrados pelo Estado Português e as seguintes empresas: Itarion Solar, Lda., e Agni Inc - Desenvolvimento de Sistemas para Energias Alternativas, S.A., Faurecia - Sistemas de Escape Portugal, Lda., Peugeot Citroen Automóveis Portugal, S.A., Têxtil Manuel Gonçalves, S.A., Itarion Solar, Lda., Agni Inc - Desenvolvimento de Sistemas para Energias Alternativas, S.A., e Globe Motors Portugal - Material Eléctrico para a Indústria Automóvel, Lda. |
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quarta-feira, 13 de maio de 2009
Óbidos Solar
Ao princípio ainda pensei que pudesse ser gralha dos jornalistas. Mas não! Está escarrapachado no site da Câmara Municipal de Óbidos: O projecto "Óbidos Solar" tem como meta a instalação de painéis fotovoltaicos e solares térmicos para acesso à microgeração em 1500 fogos no Concelho. Até aqui, tudo bem.
O problema está no investimento. São apenas 37 milhões de euros. Ora isso dá a módica quantia de quase 25000 euros por cada um dos 1500 fogos! O retorno seria supostamente, como diz o site da Câmara, na redução da sua factura energética, pelo uso de energias renováveis na produção de energia eléctrica e Águas Quentes Sanitárias (AQS). Para quanto tempo acham que dá 25000 euros em energia?
O que vale é que o projecto só é apresentado detalhadamente daqui a umas semanas. Talvez aí se perceba onde estão as contas engatadas...
www.jornaldascaldas.com/index.php/2009/05/13/projecto-obidos-solar/
www.cm-obidos.pt/News/newsdetail.aspx?news=6151d1f9-7466-4393-8560-442d7ce1211a
O problema está no investimento. São apenas 37 milhões de euros. Ora isso dá a módica quantia de quase 25000 euros por cada um dos 1500 fogos! O retorno seria supostamente, como diz o site da Câmara, na redução da sua factura energética, pelo uso de energias renováveis na produção de energia eléctrica e Águas Quentes Sanitárias (AQS). Para quanto tempo acham que dá 25000 euros em energia?
O que vale é que o projecto só é apresentado detalhadamente daqui a umas semanas. Talvez aí se perceba onde estão as contas engatadas...
www.jornaldascaldas.com/index.php/2009/05/13/projecto-obidos-solar/
www.cm-obidos.pt/News/newsdetail.aspx?news=6151d1f9-7466-4393-8560-442d7ce1211a
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domingo, 12 de dezembro de 2010
171 euros por consumidor
Um leitor habitual enviou-me uma nota para mais um artigo inconveniente do Expresso, com direito a capa do caderno de Economia, tal como há duas semanas. O Expresso volta a ganhar assim um ex-leitor. A notícia referencia como cada consumidor irá pagar 171 euros pelas renováveis, em 2011. Segundo as contas do Expresso, a conta no próximo ano vai superar os 1000 milhões, para sustentar este vício do Sócrates.
O artigo desanca ainda na microgeração, cujos produtores recebem 8 vezes mais que o verdadeiro custo da electricidade ao consumidor, conforme se percebe pelo artigo interior, como podem ver ao lado. Ainda assim, o artigo peca por passar os argumentos daqueles sem razão, como os 800 milhões do Zorrinho, que são apenas 100 milhões, como desmontamos aqui. O artigo é, ainda assim, mais uma pedrada no charco!
O artigo desanca ainda na microgeração, cujos produtores recebem 8 vezes mais que o verdadeiro custo da electricidade ao consumidor, conforme se percebe pelo artigo interior, como podem ver ao lado. Ainda assim, o artigo peca por passar os argumentos daqueles sem razão, como os 800 milhões do Zorrinho, que são apenas 100 milhões, como desmontamos aqui. O artigo é, ainda assim, mais uma pedrada no charco!
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