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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Modelos errados

Se alguma dúvida havia sobre a correcção dos modelos climáticos que por aí andam, a evolução do gelo no Árctico, neste ano de 2009, não deixa margens para duvidar da estupidez de tais modelos. Com base em dados de Julho, há menos de dois meses, 13 investigadores estimaram qual seria a extensão mínima do gelo Árctico em Setembro. Os métodos utilizados foram diversos, desde os referidos modelos, até métodos perfeitamente heurísticos.

Resumindo, a extensão mínima do gelo do Árctico foi este ano de cerca de 5.1 milhões de Km2. Nenhuma das previsões atingiu sequer este valor! Como se pode ver pela imagem resumida ao lado, os modelos foram os que se portaram de uma forma genérica pior, embora dois deles se tenham aproximado do valor final.

Num dia em que os valores de extensão de gelo já superaram os de 2005, temos todos que seriamente equacionar a fiabilidade dos estudos destes cientistas da treta. Não acertam uma!

www.arcus.org/search/seaiceoutlook/2009_outlook/august_report/downloads/pdf/panarctic/august_2009_sea-ice-outlook_full-report.pdf

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Plantas sobem a montanha

Um artigo saído hoje no DN, baseado num artigo da revista Science, chama a atenção para o facto de que o calor leva as plantas a procurar o seu clima montanha acima. O artigo dá mesmo a sensação que as plantas tem pernas, e fogem montanha acima... Pelo menos 171 espécies, subiram em média 29 metros, entre 1986 e 2005, para escaparem ao aumento das temperaturas! A conclusão brilhante é do investigador francês Jonathan Lenoir, que investigou cinco regiões montanhosas europeias, com altitudes superiores a 2600 metros, nomeadamente nos Alpes, Pirenéus, Jura e Córsega.

Esta treta deste artigo faz-me lembrar outro de há duas semanas atrás, mas envolvendo répteis e anfíbios em Madagascar. Curiosamente, subiram mais em menos tempo, mas claro, são animais! O artigo até é giro, e dá para rir com tanta asneira. Como, por exemplo, o facto de que os investigadores da Universidade de Antananarivo ignorarem que, na sua cidade, as temperaturas tem baixado de forma sistemática nos últimos 100 anos, conforme pode ser observado no último link!

http://dn.sapo.pt/2008/06/27/ciencia/plantas_evitam_calor_montanha.html
www.livescience.com/animals/080612-mountain-species.html
http://data.giss.nasa.gov/cgi-bin/gistemp/gistemp_station.py?id=125670830002&data_set=1&num_neighbors=1

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mais vale um pássaro na mão que muitos a voar?

A teoria do aquecimento global previu que as aves que habitassem zonas mais frias seriam negativamente afectadas pelo aumento das temperaturas. E isso seria mais verdade a latitudes e altitudes mais elevadas, pelo facto de serem áreas onde as mudanças parecem estar a ocorrer mais rapidamente.

O trabalho de investigação de Javier Seoane e Luis M. Carrascal na "Global Ecology and Biogeography" de Janeiro de 2008 revela todavia uma realidade muito distinta, mesmo aqui ao lado, em Espanha. No estudo, metade das espécies estudadas registaram um aumento muito significativo, apesar das preocupações de muitos de que o número de aves esteja a diminuir. Na verdade, apenas 10% mostraram uma descida clara.

As conclusões principais são claras: O padrão claro na tendência de evolução da população de aves encontrado entra em desacordo com os efeitos propostos por via do aquecimento global. Sugerem que outros factores, que não o aumento da temperatura, sejam considerados para explicar as recentes evoluções em termos de biodiversidade.

www.blackwell-synergy.com/doi/pdf/10.1111/j.1466-8238.2007.00351.x

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Barragem do Sabor

A barragem do Sabor sempre me fascinou. A quantidade de pessoas a vociferar sobre o assunto, sem nunca por lá terem sequer passado!

Aparentemente, uma investigadora descobriu que por lá moram quatro espécies de libélulas protegidas pela Directiva europeia Habitats. Mas o mais interessante é o enquadramento da notícia:

-Actualmente, a informação sobre as 63 espécies de libélulas registadas em Portugal e os outros invertebrados é ainda “muito escassa”. “São grupos mais distantes das pessoas. Não são conhecidos. Este menor interesse dificulta a obtenção de fundos para estudar estes grupos, curiosamente os mais diversos do mundo”.

-Mas seriam mais se houvesse pessoas para as estudar. Nem sabemos o que anda lá fora

-A investigadora avança que está ainda em fase embrionária um Atlas nacional de libélulas, para colmatar lacunas. “Ainda há muito a conhecer”, assevera.

Em que ficamos? Poucas libélulas? Ou poucas investigadoras deste calibre?

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1308231&idCanal=62