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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Formula E: Zurique é estreia no calendário

A FIA anunciou esta noite que vai voltar à Suíça, depois de 62 anos de ausência. A Formula E vai fazer uma corrida em Zurique, a 10 de junho de 2018, e a data no calendário foi hoje confirmada, em Paris, após a reunião do Conselho Mundial.

O regresso da competição a terras suíças acontece 62 anos após a sua proíbição, que foi implementada após o acidente nas 24 horas de Le Mans desse ano, causando 80 mortos. Para além da periculosidade da competição, nos últimos tempos, outras razões surgiram para manter a proíbição, como o barulho dos motores e a poluição atmosférica. 

Contudo, em 2015, ela foi levantada para os carros elétricos, o que fez acelerar um possivel regresso. Simona de Silvestro fez uma demonstração em Genebra nesse ano e Jarno Trulli apresentou um projeto para uma corrida nas ruas de Lugano, no sul do país. Contudo, somente este ano é que conseguiram colocar uma corrida nas ruas de Zurique, no regresso do automobilismo, 64 anos depois de Bremgarten, em Berna, receber pela última vez uma corrida de Formula 1. 

Eis o novo calendário da Formula E, com três jornadas duplas, em Hong Kong, Nova Iorque e Montreal:

2-3 de dezembro 2017 - ePrix de Hong Kong
13 de janeiro 2018 - ePrix de Marrakesh (Marrocos)
3 de fevereiro - ePrix de Santiago (Chile)
3 de março - ePrix do México (Hermanos Rodriguez)
17 de março - ePrix de São Paulo (Brasil)
14 de abril - ePrix de Roma (Itália)
28 de abril - ePrix de Paris (França)
19 de maio - ePrix de Berlim (Alemanha)
10 de junho - ePrix de Zurique (Suíça)
14-15 de julho - ePrix de Nova Iorque (Estados Unidos)
29-30 de julho - ePrix de Montreal (Canadá)

sábado, 10 de dezembro de 2016

A vida de Clay Regazzoni vai dar um documentário

Quase dez anos após a sua morte - assinalados a 15 de dezembro - a TV suíça vai apresentar um documentário de 52 minutos sobre a carreira de Clay Regazzoni, sobre a sua passagem pela Formula 1, entre 1970 e 1980. Nesse documentário, irão aparecer testemunhos dos seus familiares, nomeadamente da sua mulher e filhos, bem como de pessoas que conviveram com ele ao longo da sua vida, como por exemplo, Arturo Merzário, bem como testemunhos do passado como Enzo Ferrari.

O autor do documentário, Felice Zenoni, falou sobre o longo processo que resultou na sua realização: "Inicialmente, há cerca de sete anos, tentamos fazer um documentário de 90 minutos para o cinema. Infelizmente, naquela época, nós encontramos o dinheiro para fazer o filme. Logo, a ideia permaneceu por um tempo 'na gaveta'...", começou por dizer.

"Contudo, em 2015, tendo em vista o décimo aniversário da morte de Clay, a TV suíça nos deu o 'ok' para fazermos um filme com duração de 52 minutos. O Regazzoni para mim, tendo em devida conta toda a história da Fórmula 1, é um caso excepcional. É verdade que, em 1974, ele era apenas um vice-campeão, mas depois do seu acidente de 1980, em Long Beach, e pela coragem que ele mostrou a todos, tornou-se dez vezes campeão do mundo, conseguindo enfrentar as dificuldades na sua nova vida".

"Eu espero que tenha mostrado o verdadeiro Clay com este filme. É uma lição importante que ele deu a todos nós na vida, e, portanto, eu acho que sua história foi e continuará a ser muito relevante...", concluiu.

Nascido a 5 de setembro de 1939, Regazzoni chegou à Formula 1 em 1970, ao serviço da Ferrari, vtendo vencido em Monza, logo na sua quinta corrida. Esteve na BRM em 1973, e voltou à Scuderia no ano seguinte, recomendando Niki Lauda ao seu patrão. Vice-campeão do mundo em 1974 - batiudo apenas por Emerson Fittipaldi - foi para a Ensign em 1977, e depois para a Shadow em 1978. No ano seguinte foi para a Williams, dando a sua primeira vitória para a equipa, em Silverstone. Em 1980, regressou à Ensign onde teve um grave acidente em Long Beach, lesionando a sua coluna e não voltando mais a andar.

Depois disso, voltou a competir em ralis como o Dakar, enquanto comentava Formula 1 para a RAI, entre outros. Morreu a 15 de dezembro de 2006 em Bolonha, num acidente de carro. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A imagem do dia (II)

O funeral de um herói. Mais de 50 mil pessoas saíram à rua em Friburgo, na Suíça, para se despedir de Jo Siffert, morto faz hoje 45 anos, durante o Victory Race, em Brands Hatch. Um condutor anda lentamente a bordo do Porsche 917 pintado com as cores da John Wyer, que o piloto usou desde 1969 e 1971, e ajudou a marca alemã a ser campeã na Endurance.

Aos 35 anos de idade, Siffert tinha tido uma excelente temporada. Vencera na Áustria, fora segundo em Watkins Glen, atrás do vencedor, Francois Cevért, acabando a temporada com 19 pontos e o quinto lugar, a bordo de um BRM. Na Endurance, tinha ajudado a vencer o campeonato para a marca alemã.

O ano iria acabar com uma corrida extra-campeonato, que deveria ser o GP do México. Contudo - grande ironia - a corrida fora cancelada com a morte do seu piloto, Pedro Rodriguez. Cujo companheiro de equipa na Porsche e na BRM era... Siffert.

Um toque entre ele e o March de Ronnie Peterson na primeira volta, danificou um braço da suspensão suficiente para que, na volta 14, perdesse o controlo do seu carro e ficasse debaixo dele, enquanto ele ardia. No final, descobriu-se que ele não morreu no impacto, mas sim sufocado pelo dióxido de carbono emanado pelos componentes tóxicos do seu carro. Uma forma inglória de morrer, sentida por todos nessa altura.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A imagem do dia

Todos sabem que a Formula 1 não corre na Suiça desde 1955, por alturas do infame desastre das 24 Horas de Le Mans, e que essa proibição só foi levantada parcialmente este ano para acolher os carros eléctricos. Também muitos sabem que houve uma corrida chamada de "GP da Suiça", em 1982, mas que aconteceu no circuito de Dijon-Prenois, talvez para ver se a França poderia encaixar duas corridas por ano, tal como a Itália fazia o GP de San Marino para poder encaixar dois circuito italiano no seu calendário, ou depois a Alemanha, quando "inventou" o GP da Europa para encaixar Hockenheim e Nurburgring no calendário.

Pois bem, este cartaz desmente um pouco a ideia de que não houve corridas durante 27 anos. Em 1975, a Marlboro pediu ao Automóvel Clube Suíço se não poderiam organizar o "GP da Suíça", no sentido de apoiar uma possível regresso na Formula 1. E em relação ao obstáculo óbvio, uma solução foi imediatamente arranjada: iriam correr no veloz circuito de Dijon-Prenois, no leste de França, não muito longe da fronteira suíça.


A 24 de agosto, entre as corridas da Áustria e de Itália, dezasseis carros alinharam para a corrida, com Jean-Pierre Jarier a trazer um motor Cosworth no seu carro - a equipa andava a experimentar um Matra V12 no seu Shadow, para ver se era mais potente, veloz e resistente do que o Cosworth V8. E claro, todos os pilotos da tabaqueira apareceram, desde Clay Regazzoni, na Ferrari, passando por Emerson Fittipaldi e Jochen Mass, nos seus McLarens, e mesmo os que corriam pela concorrência, como Ronnie Peterson, da decadente Lotus. A Williams era a equipa que trazia carros para Jacques Laffite e outro local, Jo Volanthen, e até a Maki aparecia, trazendo consigo Tony Trimmer.

A Hesketh trazia para ali a versão C do seu modelo 308, que iria ser guiado por James Hunt, e não desiludiu. 


Jarier provou que tinha acertado no motor, quando fez a pole-position com um tempo de... 59 segundos (Dijon ainda não tinha feito a variante maior), com Fittipaldi ao seu lado. Na partida, o francês voava perante a concorrência, enquanto que Fittipaldi "queimava" a embraiagem e desistia no inicio da segunda volta. Ele liderou sem problemas até à volta 34, altura em que a sua caixa de velocidades cedeu, mas não sem fazer a volta mais rápida.

A partir dali, Regazzoni herdou a liderança até ao fim, acabando a corrida no lugar mais alto do pódio, conseguido uma vitória "em casa", com Patrick Depailler e Jochen Mass a acompanhá-lo. De facto, a organização da corrida foi um sucesso, e poderia entrar no calendário de 1976, e poderia alternar nos anos em que a corrida fosse em Paul Ricard, mas tal só aconteceu... sete anos depois. Foi nada mais do que uma experiência.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Rumor do dia: Suiça vai receber a Formula E em 2016

O calendário da Formula E poderá sofrer uma alteração em breve, e vai ser inédito: pela primeira vez desde 1954, uma prova de circuito poderá correr em terras suiças. Uma corrida prevista para a cidade de Lugano poderá acontecer a 7 de maio de 2016. De acordo com a Autosport britânica, o acordo está feito e só falta o pagamento de dez milhões de euros até ao dia 30 de setembro para o ter nas próximas três temporadas.

Já se falava disso há duas semanas, mas a ideia era apenas de ter a corrida em 2017, na terceira temporada da competição, com o apoio de Jarno Trulli, mas um porta-voz de Marco Borradori, o presidente da câmara de Lugano, afirma que caso consiga o valor em breve, poderá antecipar a corrida em um ano. Caso aconteça, será entre as rondas de Paris e Berlim, na primavera europeia.

Entretanto, Sebastien Buemi falou durante os testes em Donington Park sobre a chance do regresso do automobilismo à sua terra natal e mostrava-se entusiasmado com essa hipótese:

"Nós nunca tivemos quaisquer corridas ou circuitos de qualquer tipo", começou por afirmar. "O dia em que a Fórmula E vir para a Suíça seria uma coisa enorme para povo suíço. Nós tivemos alguns grandes pilotos na Formula 1 como o Jo Siffert, Clay Regazzoni e Marc Surer e nós temos um monte de pessoas entusiastas pelo automobilismo", continuou.

"É evidente que seria excelente se tivermos uma corrida. Se eles colocarem na segunda temporada eu não sei como eles irão gerir isso no calendário, por isso vamos esperar para ver. Estou realmente esperançoso por finalmente vê-lo no calendário, e caso aconteça, seria algo enorme para mim, para a minha família, os meus amigos e o povo suíço em geral", concluiu.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Noticias: Lugano candidata-se a receber a Formula E


Já se sabe do calendário da Formula E para a próxima temporada, mas existem ainda uma vaga por preencher, e a termos o mesmo espírito do que aconteceu na última temporada, onde foram anunciados algumas corridas a meio desta, as chances de termos corridas na Suiça são bem reais. Depois de ter sido levantado a proibição de correr em solo helvético (apenas para carros elétricos), surgiu agora a proposta de uma corrida em Lugano, no sul do país, bem perto da fronteira italiana.

Não se sabe ainda quem são os seus potenciais organizadores, mas o site Motorsport fala que Jarno Trulli e Francesco Guarnieri - que vivem em Lugano - estão envolvidos no projeto, e o seu presidente da câmara, Marco Borradori, garante que este já foi assinado e acontecerá a 7 de maio do ano que vêm. Apesar de nada estar revelado no calendário atual, a FIA está aberta a mudanças nesse sentido.

Eis o video da proposta para a corrida suíça, que a acontecer, poderia colocar o automobilismo de volta a aquelas paragens, mais de 60 anos depois.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Formula E: Fabio Leimer será piloto da Virgin em Londres

O suíço Fabio Leimer será piloto da Virgin na ronda dupla da Formula e no Parque Battersea, em Londres, que vai acontecer neste fim de semana e encerrará a primeira temporada da Formula E. Ele vai correr no lugar do espanhol Jaime Alguersuari e vai ser o terceiro helvético a participar nesta corrida, ao lado de Sebastien Buemi e de Simona de Silvestro.

"Como um piloto de corridas, eu adoro um desafio e assim, ao juntar-me à Virgin Racing para a London ePrix vai ser um grande teste", começou por dizer Leimer.

"Vai ser uma incrível experiência de corrida num circuito de rua, no meio de Londres e uma ocasião ainda mais especial para a equipa na sua corrida caseira. Estou ansioso por correr ao lado do Sam [Sam Bird] e espero contribuir para um final de sucesso para a equipa", concluiu.

Aos 26 anos de idade (nascido a 17 de abril de 1989) Leimer é atualmente terceiro piloto da Manor-Marussia. Estreou-se nos monolugares em 2006, na Formula BMW alemã, antes de ir no ano seguinte para a formula Renault europeia. Em 2008 esteve na International Formula Master, onde foi vice-campeão pela Jenzer Motorsport, para no ano seguinte acabar por ser campeão.

Em 2010, passou para a GP2, ao serviço da portuguesa Ocean Racing, onde venceu uma corrida em Barcelona, antes de no ano seguinte se transferir para a Rapax, vencendo outra corrida. Venceu a GP Final, em Abu Dhabi, e em 2012, pela Racing Engeneering, foi sétimo classificado, antes de ser campeão em 2013. Contudo, isso não lhe deu o acesso à Formula 1, e em 2014, passou para a Endurance, onde correu ao serviço da "caseira" Rebellion Racing, conseguindo como melhor resultado um sexto lugar no Bahrein.

terça-feira, 3 de março de 2015

Simona e o regresso do automobilismo à Suiça

Esta semana, soube de algo muito interessante, mas no meio da história e das "estórias" sobre o estado de saúde de Fernando Alonso, passou despercebido: a Suiça vai levantar a proibição das corridas de automóveis no seu país, uma lei com 60 anos. Contudo, tem um "catch": é apenas aos carros elétricos.

Tudo isto acontece numa altura em que Simona de Silvestro fez por estes dias uma demonstração com o carro da Formula E nas ruas de Genebra (e do qual falo disso no Motordrome Brasil) apoiado por dois dos patrocinadores da competição - por sinal, também suíços - e na semana em que abre portas o Salão Automóvel de Genebra.

A lei foi proposta por um deputado federal, Fathi Derder, e implica o levantamento apenas aos automóveis elétricos, o que poderá dizer que dentro em breve, poderá haver corridas nas ruas de Genebra, Berna ou Zurique, dado que os automóveis elétricos pouco ou (quase nenhum) barulho fazem. A lei foi aprovada para apreciação no Conselho Federal suiço e caso seja aprovada, abrirá caminho a algo que não existe desde 1954. Mas apenas aos carros elétricos...

Interessante também foi ver De Silvestro a bordo daquele carro. Não só para promover a competição, mas também poderá ser um sinal de que a Formula E poderá querer os seus serviços. É que as próximas duas corridas são nos Estados Unidos, lugar onde competiu nas últimas temporadas, ao serviço da IndyCar, e depois da sua tentativa falhada de ser terceira piloto da Sauber, a piloto de 26 anos tenta novo regresso à competição. E acho que dar um volante a ela nas duas corridas americanas seria uma oportunidade bem interessante, pois ela é mais veloz do que as outras duas mulheres, a britânica Katherine Legge e a italiana Michela Cerutti.

Veremos como é que isto acabará. Mas parece que a Formula E está a marcar pontos até em sitios inesperados...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

As reações da "Swissleaks"

Falando na passada segunda-feira sobre o mais recente escândalo de fuga aos impostos em terras suiças, que está a ser referido como "Swissleaks", sabia-se que havia desportistas entre os mais de cem mil nomes referidos na "lista Falsiani", referentes a clientes do banco HSBC (Hong Kong and Shangai Bank) entre 2007 e 2008. Fernando Alonso, Michael Schumacher, Flávio Briatore e Valentino Rossi estavam entre eles, mas ressalva-se que isso não significa que toda esta gente andou a fugir às autoridades tributárias dos seus países.

Tanto que algumas dessas pessoas já reagiram e prestaram esclarecimentos, como Flávio Briatore, que diz que não têm domicilio fiscal em Itália há mais de 25 anos, ou então, decidiram agir judicialmente, como Fernando Alonso, que se viu manchado no seu nome e honra. “Fernando Alonso Díaz ordenou a seus advogados a imediata e urgente interposição de várias demandas por infração ao seu direito de honra diante a distintos meios de comunicação como consequência da publicação de informações em que se vincula sua imagem a eventuais delitos fiscais e a posse de patrimônios não declarados às autoridades fiscais competentes”. disse o piloto num comunicado à imprensa.

Em entrevista ao diário espanhol "Marca", um acessor do piloto da McLaren afirmou que estando a viver na Suiça naquela altura, não tinha qualquer obrigação de pagar os impostos no seu país. “Fernando vivia ali [na Suíça] e pagava ali. Nunca teve nada na Espanha desde que foi viver na Grã-Bretanha com uma mão na frente e outra atrás. O fisco nunca nos pediu nada”, começou por referir. “Coloca-se sob suspeita um comportamento inatacável, que é o que Fernando teve durante todos estes anos”, acrescentou.

Já Briatore também lançou um comunicado, afirmando que as autoridades fiscais italianas sabem que é um expatriado e que apenas responde às autoridades fiscais suiças.

As contas e as cifras mencionadas têm mais de 10 anos, por isso o senhor Briatore não sabe confirmar ou negar os detalhes apontados pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo. O senhor Briatore pode confirmar que ele e algumas de suas propriedades eram administradas na Suíça e que tinha algumas contas bancárias ali de modo perfeitamente legal, respeitando todas as leis e regulamentos fiscais”, esclareceu. 

De qualquer forma, Briatore não mora na Itália há mais de 25 anos e, portanto, não está sujeito às leis da Fazenda Italiana. As contas que tinha no HSBC foram notificadas há anos à autoridade judicial italiana, que nunca encontrou nenhuma irregularidade fiscal nelas”, completou.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Os desportistas da "SwissLeaks"

As exigências de transparência, que a cada ano que passa, são cada vez mais audíveis. E ao ver que, com a crise de 2008 e as exigências de que os países compram planos de austeridade, as pessoas querem que todos cumpram a lei. E quando se diz para cumprir a lei, significa que têm de pagar os seus impostos, por exemplo.

Só que estes tempos estão a demonstrar que os mais ricos fazem de tudo para não pagar, sejam empresas, sejam indivíduos. No final do ano passado, falou-se do "LuxLeaks", onde se descobriu que o governo luxemburguês deu incentivos às empresas para fugirem aos impostos, fazendo com que pagassem um minimo fiscal, arrecadando milhares de milhões de euros de receitas. E a pessoa que fez isso foi o atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Apesar da tentativa de moção de censura, em Bruxelas, ele ficou no poder.

Contudo, agora, a denuncia é outra. E este vêm da Suiça, outro paraíso fiscal, mas que ultimamente está a ser pressionado por vários estados para acabar com a sacralidade do sigilo bancário. Especialmente dos Estados Unidos, que ameaçou vetar a atividade dos seus bancos (Credit Suisse, UBS, entre outros) no seu país. Só que se há denuncias de estados, outras vezes são funcionários de bancos que denunciam essas más práticas às autoridades tributárias de outros países. E o mais recente caso - já chamado de "SwissLeaks" - têm a ver com um balcão do banco HSBC (Hong Kong and Shanghai Bank) em Genebra, que ajudou a desviar para outros paraísos fiscais centenas de milhares dos seus clientes, vindos dos quatro cantos do mundo, através de lavagens de dinheiro.

Estes dados dizem respeito apenas ao horizonte temporal entre Novembro de 2006 e Março de 2007, e foram fornecidos por um informático, Hervé Falciani, então trabalhador do banco em Genebra, ao Governo francês em 2008, que deu início a uma investigação. O jornal francês "Le Monde" teve acesso a parte da documentação e partilhou-a com o ICIJ e com jornalistas de mais de 40 países. 

Porque é que falo disso? É que entre as centenas de milhares desses clientes endinheirados, há dezenas de desportistas, e alguns do automobilismo. Michael Schumacher, Fernando Alonso, Heiki Kovalainen, o motociclista Valentino Rossi e o dirigente Flávio Briatore são alguns dos visados no esquema. Claro, abrir uma conta num paraíso fiscal não é crime - e sejamos honestos, qualquer um que tivesse uma fortuna nas suas mãos, faria o mesmo - mas temos de ver que muitas dessas fortunas são obtidas de modo ilícito. Sejam políticos que recebem dinheiro vindo de fundos duvidosos, ditadores que saqueiam os tesouros públicos para seu próprio proveito, traficantes de armas e drogas, são muitos desses exemplos.

Apesar de tudo, a própria investigação ressalva: “Não é nossa intenção sugerir ou indicar que quaisquer pessoas, companhias ou outras entidades incluídas neste aplicativo interativo quebraram a lei ou agiram de maneira imprópria”. Basicamente, o que querem afirmar é que a HSBC agiu de forma anti-ética.

Indo para os casos em particular, pode-se dizer que algumas situações já vinham do passado. Por exemplo, Valentino Rossi teve problemas com o governo italiano em 2008, quando morava em terras inglesas, e as autoridades tributárias reclamavam uma divida de 19 milhões de euros. Posteriormente, chegaram a acordo. Já Alonso, que na altura vivia em terras suíças, agora voltou a Oviedo e paga os impostos como cidadão espanhol. "Estou feliz por pagar o dinheiro. Não estou pobre, só menos rico”, falou.

Já Briatore tinha as suas empresas em domicilio fiscal suíço, tendo em 2008 sendo o titular ou tendo ligações a 38 contas ao todo, com o montante combinado de 73 milhões de dólares. O seu advogado já disse que todas elas são legitimas, vindas de negócios legítimos, e que não deve nada às autoridades fiscais do seu país. No caso de Schumacher, os valores não são referidos, e ele é residente em terras suíças há mais de 15 anos.

Sobre isto, a filial suíça do banco britânico garantiu, nesta segunda-feira, que promoveu uma "transformação radical" das práticas da instituição, após os "incumprimentos verificados em 2007", para evitar casos de fraude fiscal e de branqueamento de capitais. "O HSBC (Suíça) levou a cabo uma transformação radical em 2008 para evitar que os seus serviços sejam utilizados para defraudar o fisco ou para lavagem de dinheiro", disse o director-geral da filial, Franco Morra, num comunicado enviado à AFP.

Essas revelações relativas a práticas do passado, devem lembrar que o velho modelo de negócios do banco privado suíço já não é aceitável”, adiantou. O HSBC Suíça “não está interessado em estabelecer relações comerciais com clientes ou potenciais clientes que não respeitam as nossas exigências em relação à criminalidade financeira”, concluiu.

Contudo, alguns países exigem mais informações sobre a atividade dos seus concidadãos nesse banco. Um deles, a Bélgica, já pondera emitir mandatos de detenção aos seus diretores, pela demora em fornecer informações pedidas há cerca de três meses, e dos quais ainda não obtiveram resposta.

Em suma, não se pode dizer que estes desportistas fizeram algo ilegal, apesar de haver casos nebulosos. Mas vê-los no meio de familiares de ditadores africanos, traficantes de armas ou construtores civis que sobrefaturaram as obras não é lá uma grande companhia. E de uma certa forma, a fama de sigilo nas contas vinda das terras helvéticas começa a esboroar-se. Quer seja através de ações de outras nações, quer seja através de pessoas que "colocam a boca no trombone". A evasão fiscal é um assunto sério.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Noticias: Simona de Silvestro afastada da Sauber

A hipótese de vermos uma mulher-piloto na Formula 1 foi hoje afastada com a noticia do final do acordo entre a Sauber e a suiça Simona de Silvestro. Segundo o site alemão Speedweek, a razão pelo qual ela foi afastada teve a ver com questões financeiras.

"O programa de Simona não irá continuar por motivos financeiros. Todos que trabalharam com ela nos últimos seis meses estão muito desapontados, porque gostavam de trabalhar com ela. De momento estamos a equacionar outras possibilidades para que Simona possa continuar a trabalhar com a equipa, mas isso vai levar tempo”, afirmou um porta-voz da Sauber, num comunicado oficial.

A piloto suiça de 26 anos, que tinha feito dois testes a meio do ano com um chassis mais antigo, em Fiorano e em Valencia, era para ter participado nos treinos livres do GP dos Estados Unidos, em Austin. Antes disto, tinha estado durante três temporadas na IndyCar, onde conseguiu um pódio e o 13º posto na classificação final, na temporada passada.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Noticias: Michael Schumacher regressou a casa

Nove meses depois do seu acidente na estância de ski de Meribel, em França, e depois de um coma que durou mais de quatro meses, a família comunicou esta tarde que Michael Schumacher já está na sua casa na Suíça, e que será ali que irá continuar com a sua recuperação.

"A reabilitação de Michael será continuada a partir de agora de casa. Ele tem feito progressos nesse sentido nas últimas semanas e meses, mas dada a gravidade da sua lesão, ainda terá um longo e difícil caminho pela frente.", afirmou.

Para além disso, a família Schumacher agradece à assistência médica do Hospital Universitário de Lausanne pelo seu cuidado ao longo deste tempo: "Queremos agradecer a toda a equipa do CHUV Lausanne, pelo trabalho intensivo e especializado. Pedimos também que respeitem a privacidade da família Schumacher, abstendo-se de especulações sobre a saúde de Michael", concluiu o comunicado.

Recorde-se que Michael Schumacher sofreu um grave acidente quando esquiava na estância francesa de Méribel, sofrendo fraturas graves na cabeça. Operado por duas vezes no Hospital Universitário de Grenoble, o piloto sete vezes campeão do mundo esteve em coma artificial por mais de três meses até que recuperou as suas funções e foi transferido no inicio de junho para uma unidade hospitalar em Lausanne, na Suiça.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A prisão... e suicidio do suspeito de roubar documentos sobre Schumacher

As coisas sobre o "caso Schumacher" andam cada vez mais doidas. Lembram-se da história dos documentos sobre a sua ficha clinica, que foram roubados e que tentaram vender aos tabloides por 50 mil euros? Pois bem, a policia de Zurique afirmou ontem ter detido um homem, mas essa pessoa foi encontrada morta hoje de manhã, com suspeitas de suicídio, dado que foi encontrado enforcado com o lençol da sua cama.

Segundo a policia, o suspeito não identificado trabalhava na empresa de ambulâncias aéreas Rega e obteve os documentos quando Michael Schumacher era transportado de Grenoble para Lausanne, na Suiça, no inicio de junho. Poucos dias depois, surgiu a noticia de que esses documentos estavam à venda por cerca de 50 mil euros, o que fez iniciar um inquérito policial. 

Eis o comunicado oficial do Ministério Público de Zurique:

"Um homem foi encontrado enforcado na quarta-feira de manhã, 6 de agosto de 2014, na sua cela na prisão da polícia de Zurique. A avaliação da polícia do cantão de Zurique e do procurador [chegaram à conclusão de que] não encontraram nenhuma evidência da presença de terceiros. O falecido tinha sido preso em conexão com a divulgação dos registos médicos de Michael Schumacher em 5 de agosto de 2014.  

‎Com base nas informações da Rega [empresa de ambulâncias aéreas] e da família de Schumacher, o procurador do cantão de Zurique abriu um processo criminal por violação de sigilo profissional. Com base nos resultados desta investigação, o funcionário foi preso e interrogado pela polícia. Ele negou as acusações contra a polícia e questionou por que a audiência foi agendada pelo procurador para o dia seguinte. ‎

Na quarta-feira de manhã, o detido foi encontrado enforcado em sua cela na prisão da polícia de Zurique. O médico imediatamente confirmou sua morte. 

O Ministério Público de Zurique, como de costume em tais casos, vai abrir um inquérito."

Como é sabido, o heptacampeão do mundo sofreu um grave acidente de ski a 30 de dezembro de 2013, enquanto esquiava na estância de Méribel, nos Alpes franceses. Sofrendo graves danos a nível cerebral, foi operado por duas vezes, ficando em coma por cerca de três meses, até que lentamente despertou a consciência, embora o seu estado de saúde é palco de inúmeras especulações, dado que a família manteve secretismo sobre o seu estado de saúde, para além de afirmar que está consciente e em reabilitação.

sábado, 7 de dezembro de 2013

The End: Phiippe Favre (1961-2013)

O piloto suiço Philippe Favre, que teve uma carreira nos Turismos depois de passagens pela Formula 3 e Formula 3000, morreu ontem na estância francesa de Val de Thorens, após um acidente de ski. Tinha 51 anos e estava a cinco dias de comemorar o seu 52º aniversário. As circunstâncias deste acidente estão ainda por apurar, mas tudo indica que ele sofreu uma queda e bateu fortemente com a cabeça numa pedra, tendo tido morte quase imediata.

Com uma carreira longa em termos de Turismos e Endurance, Favre, nascido a 11 de dezembro de 1961, começou a sua carreira no karting, antes de em 1984, se ter estreado nos monolugares, na Formula Ford 1600 francesa. No ano seguinte vai para a Grã-Bretanha, correr na mais competitiva Formula Ford 1600, onde acabou no segundo lugar no campeonato e na Race of Champions, em Brands Hatch. Em 1987, passa para a Formula 3 britânica, onde vence no seu primeiro ano, em Donington Park. Após mais uma temporada nessa categoria, passa para a Formula 3000 em 1989.

A sua carreira começa muito bem com uma pole-position, uma volta mais rápida e um segundo lugar em Silverstone, a sua primeira corrida na categoria, mas o resto da temporada não corresponde às suas expectativas, ao volante de um Lola da GA Motorsport, acabando até por não competir nas duas últimas corridas da temporada. Acabou a temporada na 13ª posição, com os mesmos seis pontos que tinha conquistado na corrida inicial. Voltou a competir em 1990, pela Leyton House Racing, mas foi mais modesto e não conseguiu qualquer ponto. Para além disso, compete no Japão, também na Formula 3000, mas não faz melhor.

A partir dali, faz uma passagem pela Indy Lights, em 1992, participando nas três últimas corridas do campeonato, conseguindo um sétimo lugar em Nazareth, antes da Kremer Racing Honda o contratar para fazer Endurance. Participa com eles em duas edições das 24 Horas de Le Mans, para logo a seguir competir na BPR Global Series, uma das antecessoras do Mundial de GT1, a bordo de um Venturi.

Em 2000, participa o Mundial de FIA GT, com um Lister Storm, onde consegue dois pódios em Hungaroring e Brno, antes de fazer novas participações na FIA Endurance Series, com um carro da equipa Luchinni, ao lado de Christopher Ricard. Por esta altura, tinha estabelecido uma companhia que tratava de eventos de pista, em França, e tutorava pilotos, como Henri Moser, que corria nos GT's.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Noticias: Procuradoria suiça vai investigar Ecclestone

Nesta terça-feira, no dia em que começou em Londres o julgamento sobre a desvalorização das ações da Formula 1, relativos ao "caso Gribowsky", Bernie Ecclestone soube que depois da Grã-Bretanha e da Alemanha, a justiça suiça decidiu investigar as alegações de corrupção no mesmo "caso Gribowsky". Um porta-voz da promotoria de Genebra confirmou hoje que as autoridades locais estão a examinar um pagamento de 44 milhões de dólares feito pela Bambino Trust, um fundo familiar de Ecclestone, ao banqueiro germânico Gerhard Gribkowsky.

"Uma investigação criminal foi iniciada”, explicou Henri Della Casa, porta-voz da procuradoria de Genebra. “Nós temos de estabelecer a veracidade dos fatos e se isso constitui uma violação criminal”, concluiu.

Entretanto, no High Court de Londres, e sem a presença de Ecclestone - só aparecerá na semana que vêm - os advogados de acusação e de defesa começaram as alegações iniciais sobre o caso. Do lado da acusação, o representante de Constantin Medein, Philip Marshall, afirmou em declarações captadas pela BBC, que "um banqueiro tinha assistido o senhor Ecclestone para facilitar a venda da Formula 1 Group a um comprador escolhido por Ecclestone". O advogado afirmou que "pagamentos corruptos" na ordem das 27 milhões de libras tinham sido feitos a Gerhard Gribowsky, um "oficial de alto escalão, a mando do senhor Ecclestone".

O advogado afirmou que o negócio permitiu a Bernie Ecclestone "manter a sua posição", dado que haveria "um risco real da remoção do senhor Ecclestone da sua posição na Formula 1 Group".

Do lado da defesa, os argumentos foram apresentados de forma escrita, onde o seu representante, Robert Miles, escreveu que as alegações carecem de crédito: "São alegações artificiais e manufaturadas", acrescentando que "estas alegações fracassam em cada um dos seus elementos. Não houve conspiração, nem qualquer intenção de prejudicar Constantin, pois este não sofreu qualquer prejuízo financeiro".

O representante de Ecclestone afirmou que Gribowsky iria ser pago pelos seus "serviços de consultadoria" e que Ecclestone "sofreu ameaças" de ordem fiscal: "Ficou acordado que Dr. Gribowsky iria ser pago pelos seus serviços de consultadoria, e que o senhor Ecclestone decidiu pagar uma determinada quantia devido às insinuações e ameaças de ordem fiscal feitas pelo Dr. Gribowsky". 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Noticias: Fornecedores vão colocar Sauber em tribunal

A história da Sauber nesta temporada arrisca-se a virar uma saga. As coisas acerca da sua situação já se sabiam desde há algumas semanas, mas esta sexta-feira os jornais suiços falam que um conjunto de fornecedores colocaram a equipa em tribunal, afirmando que ela deve ao todo cerca de um milhão de euros. Um dos que falam sobre isso, o jornal económico Handelszeitung, afirma que os fornecedores esperaram vários meses para que a equipa pudesse regularizar as situações em atraso. Como ele não conseguiu fazer isso, estes fornecedores avançaram para medidas mais drásticas.

Para piorar as coisas, outro dos jornais, o diário Tagesanziger, afirma que a marca precisa de pelo menos mais 30 milhões de euros para poder terminar a temporada, e que um dos fornecedores do qual têm salários em atraso é a Ferrari, por causa dos motores. Sabe-se que Peter Sauber anda desesperadamente por estes dias a fechar as negociações com um patrocinador. Fala-se de um russo, mas também há noticias de que uma marca de automóveis asiática poderá estar interessada em patrocinar ou comprar uma parte da equipa.

"Estamos em contacto com os nossos fornecedores e estamos a fazer todos os esforços para sairmos desta situação o mais depressa possível" afirmou Peter Sauber durante esta semana. 


sábado, 2 de fevereiro de 2013

Apresentações 2013: o Sauber C32

Em Hinwill, na Suiça, Peter Sauber e Monisha Kalternborn mostraram ao mundo o seu novo bólido, o C32, com uma nova dupla ao volante, constituida pelo veloz alemão Nico Hulkenberg e o estreante mexicano Esteban Gutierrez. Para além destes dois, esteve presente o holandês Robin Frijns, que vai ser o piloto reserva da equipa em 2013.

O C32 tem um leve degrau no bico, algo parecido com o que têm o Lotus-Renault E21, e esta temporada vai ser importante para a equipa. Quando comemoram os 20 anos da sua presença na Formula 1, e depois de terem conseguido a sua temporada mais positiva de sempre, com quatro pódios e duas voltas mais rápidas, este carro aparenta ser uma evolução do C31.

Algo que é confirmado pela sua diretora, Monisha Kalternborn: "O C32 é baseado no seu antecessor, que era um carro muito competitivo", começou por afirmar. "Estou bastante entusiasmada mas ao mesmo tempo algo nervosa. O objetivo é claro: queremos continuar a evoluir. Tínhamos vários pontos fortes e alguns pontos fracos, e os nossos engenheiros trabalharam para sustentar os pontos fortes e eliminar os pontos fracos", concluiu.

Matt Morris, responsável pelo projeto, afirmou que se dedicaram a melhorar um chassis que revelou ser muito competitivo: “Ao longo da última temporada, investimos muito tempo e energia  no sentido de uma melhor compreensão do nosso carro. Por isso, nos concentramos principalmente sobre os efeitos aerodinâmicos em toda a traseira do carro. Nossos especialistas em aerodinâmica fizeram um grande trabalho sobre isso, e essa base foi utilizada para desenvolver o C32”, comentou.

Em relação aos pilotos, Nico Hulkenberg afirmou que a sua unica preocupação é tentar ser consistente: “Espero que sigamos avançando a partir da boa base que tivemos no ano passado e que possamos conquistar bons resultados. Mas, com a nova temporada começa um novo jogo. Agora devemos esperar até que estejamos no circuito, e então, veremos”, começou por afirmar o piloto alemão de 25 anos.

“Por enquanto, não estou nervoso, estou tranquilo. A pulsação vai começar a acelerar de verdade antes da primeira corrida, em Melbourne. O objetivo para esta temporada é conquistar um rendimento constante e bom em cada corrida”, completou.

Quanto a Esteban Gutierrez, o "rookie" de 22 anos afirmou não estar nervoso na sua estreia na Formula 1: “Meu objetivo é focar nas coisas mais importantes da minha preparação, mas antes de Melbourne eu tenho certeza que teremos adrenalina ao máximo”, começou por afirmar.

Tenho que manter minha mente aberta para os testes, então poderei dar o melhor feedback para a equipa, já que esse é um estágio muito importante no desenvolvimento do carro na preparação para as corridas. No inicio, a tarefa mais importante vai ser de resolver todos os problemas de fiabilidade do carro, então nós poderemos dar um monte de voltas nos testes. Depois, claro, outro fator importante é a de adaptar ao carro em condições de classificação e de corrida, o que geralmente vem com a experiência das primeiras etapas”, concluiu.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

GP Memória - Suiça 1952

O final de 1951 e o inicio de 1952 foram tempos agitados para a Formula 1. A retirada de cena da Alfa Romeo, no final daquele ano, e o facto da Maserati não correr a tempo inteiro na competição fizeram com que a Ferrari fosse, sozinha, a unica equipa que podia estar em condições de correr o campeonato. Como a então Comission Sportive International não queria esvaziar ou terminar o campeonato dois anos depois do seu começo, decidiu que a partir daquela temporada, iriam incluir regras e equipas da Formula 2, para preencher as grelhas de partida nas corridas.

A temporada de 1952 iria começar com um vencedor quase certo, a Ferrari, mas quando máquinas e pilotos alinharam no circuito de Bremgarten, na Suiça, para a primeira prova da temporada, o natural favorito, Alberto Ascari, não estava presente, pois tinha ido a Indianápolis para tentar a sua sorte. Assim sendo, a Scuderia alinhava oficialmente com três carros, um para Nino Farina, outro para o Piero Tarrufi e um terceiro para o francês André Simon. Na lista de inscritos estavam mais alguns Ferraris, dois da Ecurie Espadon, para os locais Rudi Fischer e Peter Hirt, e outros dois para Louis Rosier, que corria com a sua própria equipa. Para além dele, outro francês, Maurice Trintignant, também estava inscrito.

A Maserati previa aparecer na corrida, com dois carros para os argentinos Juan Manuel Fangio e Froilan Gonzalez, mas acabaram por não aparecer. Mas havia mais dois Maserati privados, da Platé, para o local Toulo de Grafenried e o americano Harry Schell.

Quanto à Gordini, a equipa francesa inscrevia três carros para o nobre tailandês Bira e os franceses Robert Manzon e Jean Behra. Uma equipa inglesa, a HWM, tinha quatro carros inscritos para quatro dos seus pilotos: George Abecassis, Lance Macklin e os estreantes Peter Collins e Stirling Moss, o primeiro com 21 anos e o segundo com 23, e do qual se apostavam que seriam pilotos de muito futuro.

Mas havia mais máquinas britânicas em Bremgarten: dois Coopers, inscritos pela Ecurie Richmond, para Eric Brandon e Alan Brown, e um Frazer-Nash para Ken Wharton.

Havia mais um Simca-Gordini, para o local Max de Terra, e dois carros alemães, um Vertias de origem BMW guiado por Toni Ulmen e um AFM guiado pela lenda dos Grand Prix nos anos 30, Hans Stuck.


Após a sessão de treinos, a pole-position ficou nas mãos de Nino Farina, seguido por Piero Taruffi e do Gordini de Robert Manzon. André Simon foi o quarto, seguido de Rudi Fischer e o sexto posto ficou nas mãos do HWM-Alta de Peter Collins. Jean Behrta foi o sétimo, no seu Gordini, seguido de Toulo de Grafenried, no seu Maserati. A fechar o "top ten" estavam os HWM de Stirling Moss e George Abacassis.

A corrida começou com Farina a partir para a frente, seguido de Taruffi. As coisas ficaram assim até à 16ª volta, quando uma peça do carro do italiano parte-se e ele é obrigado a abandonar, ficando Taruffi na liderança. Apesar de tudo, Farina chega às boxes e vai correr no carro de André Simon, que estava a lutar pela segunda posição com o Gordini de Jean Behra. Farina volta à pista e apanha o francês, mas na volta 51, tem um problema mecânico e acaba por abandonar.

Na frente, Taruffi estava na frente sem ser incomodado por Behra, que tinha herdado a segunda posição, mas este tem problemas de sobreaquecimento quando o seu tubo de escape cai, fazendo com que a posição fosse herdada pelo Ferrari de Rudi Fischer. Behra aguenta até ao fim, abrandando o seu ritmo.

No final, Taruffi fica com a vitória, a sua primeira na Formula 1, com Fischer a dar um inédito pódio à Suiça, com Behra a conseguir também o seu primeiro pódio da sua carreira, no seu Gordini. O britânico Ken Wharton é o quarto no seu Frazer-Nash, enquanto que o último lugar pontuável fica nas mãos de Alan Brown, no seu Cooper-Bristol.  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Apresentações 2012 (6): Sauber C31

Numa altura em que perdem o seu diretor tecnico, James Key, a Sauber apresentou esta manhã o seu carro para 2012, o C31. Na pista de Jerez de la Frontera, local onde acontecerão os primeiros testes da temporada, pode-se ver que o carro não é nada de muito fora do vulgar, excepto o "bico de pato" com o seu belo degrau que está a fazer dividir as opiniões de toda a gente. O objetivo da marca é o de entrar mais vezes no "top ten" nas qualificações e conseguir manter-se nos pontos por mais vezes, como aconteceu no inicio da temporada passada, com o modelo C30.

Na apresentação, Peter Sauber, o fundador e dono da equipa, afirmou sobre o carro: “Nosso objetivo é de terminar regularmente nos pontos e melhorar a nossa posição no campeonato. Estamos ansiosos em começar a temporada trabalhando ao lado dos nossos jovens e talentosos pilotos. Kamui [Kobayashi] fará a sua terceira temporada na Formula 1. Nós no ano pasado pedimos para que assumisse a responsabilidade de liderar a equipa e cumpriu maravilhosamente bem esse papel”.

Quanto ao mexicano Sérgio Perez, Sauber afirmou esperar que ele cumpra o seu papel: “Com sua temporada de estreia para trás, Sergio se aproxima de sua segunda temporada, que muitas vezes é a mais difícil na carreira de um piloto de Formula 1. Nossos pilotos têm potencial enorme e vamos trabalhar com os mesmos engenheiros de 2011 para seguir desenvolvendo essas promessas”, acrescentou.

O projetista-chefe da Sauber, Matt Morris, afirmou que a grande novidade do carro está na sua traseira. “O C31 é revolucionário, onde tivemos novas ideias, sobretudo na traseira do carro, e é uma evolução do que sabíamos que poderia nos levar a várias abordagens. Tivemos de melhorar os pontos fracos que encontramos no C30, mas ao mesmo tempo tivemos de manter os nossos pontos fortes. Tínhamos estabelecido um bom rumo no fim do ano passado com o C30 e queríamos seguir nisso, principalmente sobre o desenvolvimento da nossa asa móvel, e estamos optando por um carro que possa melhorar o acerto e desempenho na classificação sem comprometer nosso ritmo de corrida”, afirmou o engenheiro. 

Kamui Kobayashi, piloto principal da Sauber, declarou que o objetivo desta temporada é ficar no "top ten" tantas vezes quanto possivel: "2012 não será apenas a minha terceira temporada na Formula 1, mas também será a minha terceira com a Sauber", começou por dizer o piloto japonês. "Nós já passamos por muita coisa juntos e acho que podemos tirar proveito de toda essa experiência. No meu primeiro ano com a equipa, não tivemos um bom começo, mas conseguimos completar a segunda metade do campeonato mais fortes. Já no ano passado, foi exatamente o contrário", explicou. 

"Portanto, acho que, para 2012, o objetivo é permanecer constantemente dentro da zona de pontos. Estou realmente ansioso para o início de mais uma temporada", acrescentou. 

O outro piloto da equipa, o mexicano Sergio Perez, declarou que este segundo ano tentará chegar mais regularmente aos lugares da frente, depois de um ano de aprendizagem: “Meu primeiro ano na Formula 1 pareceu três anos, tiveram tantas coisas novas para levar”, começou por dizer o piloto mexicano. “Mas agora sinto que cheguei na Formula 1 e estou determinado a dar um passo à frente em 2012 e alcançar um melhor resultado para o time regularmente”, completou. 

O carro fará o seu shakedown no final desta tarde, em Jerez, com Kobayashi ao volante.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Noticias: FIA aprova a mudança de nomes de algumas equipas em 2012

A Comissão Técnica da FIA reuniu-se hoje em Genebra para tomar decisões relacionadas à mudança de nomes de algumas das equipas para 2012. E se as conclusões só serão comunicadas oficialmente a meio de dezembro, ou seja dentro de mês e meio, toda a gente fala que a FIA aprovou as mudanças de nomes das equipas para 2012. Assim sendo, a Lotus será Caterham, a Renault será Lotus e a Virgin será Marussia.

Caso assim seja, de uma certa forma, a disputa entre o Grupo Lotus e a Team Lotus, que já tinha sido decidido nos bastidores, estará oficiosamente resolvido. Digo oficiosamente, porque oficialmente, só saberemos em dezembro. E quanto à Marussia, foi apenas a construtora russa que comprou um pedaço maior da sua estrutura acionista e quer agora mudar o nome.

Mas pelo que ando a ler em alguns sites sobre esta reunião, ainda não li nada sobre o calendário de 2012. Digo isto porque pelo que vinha esta semana na Autosport portuguesa que iria haver um tópico acerca do calendário do ano que vêm, as equipas contestam enormemente sobre Bahrein e Coreia do Sul, e existem dúvidas sobre se o "tilkódromo" de Austin estará pronto a tempo do Grande Prémio dos Estados Unidos, dentro de precisamente um ano...

Sobre isso, quero ver se falo amanhã.