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domingo, 14 de março de 2010

Grandes Êxitos do "The Braganza Mothers I" - "Carolina Salgado e a Função Pública"


É uma verdade incontornável: quanto mais desce o nível, mais nos sobem os contadores de visitas. Isto, hoje, parece uma Casa de Alterna, em dia de actuação de Carolina Salgado, e em vésperas de jogo do Dragão...

Até me parece estar a vê-la, toda agarrada ao varão, cinto de ligas, a fazer pela vida e pelos dois filhos... da vida, e, de repente, a entrar o outro Varão, o Varão do Norte, aquela soberba figura, uma espécie de Rei de España, mas de Solar de Barracas, e ela a cair de cu, no chão, ainda agarrada ao metal do varão, mas já a gritar, "tu és o amor da minha vida!..."

Carolina Salgado, no fundo, é uma espécie de Cinderela, sempre que tocava a meia-noite, a abóbora da vida dela transformava-se num leitão, em forma de Pinto da Costa, e era então um masturbar até não mais acabar, valha-nos deus.
Nenhum sapato lhe servia, excepto os de salto alto, que se vendem naquela sex-shop de três andares, defronte do "Moulin Rouge", onde os árabes rifavam frascos de mijo a Alemães decadentes, com a baliza toda rota.

Não é, todavia, Carolina que me traz aqui. Acho Carolina soberba: onde vocês só vêem a puta, vejo eu um Burne-Jones inacabado, uma maravilha saída do pincel de Dante-Gabriel Rosseti, em suma, um óleo Pré-Rafaelita, ascético, mergulhado numa aura simbolista de crepúsculo do Fim do Mundo. É, pois, natural, que um suíno de pata negra se tenha apaixonado por ela. Até eu, que sou insensível às dores da Noite, seria capaz de a tirar do varão, para a transformar numa mulher, limpa e honesta, como elas se querem, desde o tempo dos bailes dos Alunos de Apolo,
não o de Delfos,
mas o de Campo de Órique, velhas terras acolinadas por Lisboa acima, até à obra-prima do Taveira.

Cumpria Carolina a função em público, e teve a sorte de sair a tempo do baralho, não fosse cair no Quadro de Excedentárias, se bem que gajas com um ar daqueles, meio órfão, e meio de quem pode ser humilhada de toda a forma, pairem muitas por aí, mas sempre se safou a tempo, antes daquele burgesso das Finanças, com aquelas duas pregas descaídas de lado, e ar de pargo achatado, lhe deitar a mão.

Sempre que passo na peixaria do Carrefour, vêm-me à cabeça as Finanças deste Ladroário Lusitano, e consigo lá ver, em cima dos cubos de gelo, naquelas aparições de fim de noite, que me deprimem imenso, quando a voz da menina que ganha 400€ por mês anuncia que só faltam 5 minutos para fechar as portas, e é então que eu meto um salmonete no "soutien", e saio de fininho, para ter de comer no dia seguinte...

Quando fôr rico, hei-de pedir à menina da peixaria que me agarre no Ministro das Finanças, e -- como elas dizem -- mo "arranje", cortando ao meio e limpando as miudezas que ele, suponho, lá tenha dentro.
Acho que aquilo, nas brasas, até marchava.
O homem é horroroso: parece a Socratina de aqui a 20 anos, inchada, porca e ainda mais ressentida do que já é, e, quando ele fala de Mobilidade da Função Pública já está, a meu ver, ultrapassadíssimo. Se eu fosse a ele, metia os excedentários do Ministério da Agricultura na Secretaria de Estado de Desvios de Fundos Agrários, os das Finanças, nas Secretarias de Estado dos Juros Bancários, e nas Sub-secretarias de Estado do Branqueamento, "Off-Shoring", e "Suicização" de Contas. A Cultura ia toda para o novo Ministério da Cultura do Calote, do Cheque em Branco, do Desfalque e da Ladroagem, coisa velha, desde a "Arte de Furtar". A Educação era extinta, e transformada na Direcção Geral da Bandalheira, e o da Ciência, "zippado", e enviado, na forma de sanitário, para o M.I.T., com a assinatura, Marcel Duchamp. Ministério da Indústria, mas o que é isso?... E lá ia toda a gente para o Ministério da Importação, a Secretaria de Estado das Prateleiras de El Corte Inglês, e as Direcções-Gerais da Opel, Renault e Mercedes, mais a Direcção de Serviços dos Moldes de Plástico (esta não pode falhar nunca). O Ministério do Trabalho assumia-se como Secretaria de Estado do Tráfico de Escravos e Assuntos da Casa Pia, e a Segurança Social era gerida pela Pedro Arroja, S.A., lucros-à-pala-de-crianças-esfomedas-do-Bangla-Desh. As velhinhas levavam todas uma injecção atrás da orelha, e os Fundos de Pensões revertiam para o Ministério dos Estádios e Balneários. As Obras Públicas passavam todas a Obras Privadas, mas subsidiadas pelo Estado, e os Negócios Estrangeiros, de casa, onde um tio paneleiro se esforça todo para conseguir enfiar o paneleiro de um sobrinho, era directamente entregue ao ciganos que traficam na Feira de Carcavelos. Era a solução para o Desemprego, emprego pleno, e todo ele na Função Pública, porque, afinal todos nós não somos a mais, estamos é em gavetas trocadas, e num tempo de rótulos errados. Afora isso, até vamos andando, graças a deus, e em direcção ao fundo.

Metropolis




Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

sexta-feira, 12 de março de 2010

Grandes Êxitios do "The Braganza Mothers I" - "Do Epitáfio das Divas"


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Pois, após um longo e glorioso período de apoteose tecnológica, a Página 603, do "Teletexto" da "S.I.C." entrou no seu Ocaso Negativo. Não mais leremos, por lá, os apelos desesperados da "Sheila", a enganar camionistas, universitários tesos e homens casados, que só podiam falar baixinho, porque a esposa estava a dormir ao lado. Nunca mais se salvarão ali casamentos, através de noites inteiras de "sexphone", onde uma paneleira, muito bem treinada, fazia de voz de mulher mansinha, e o macho, mal casado, fingia, do outro lado, estar a acreditar, enquanto se masturbava e manchava de esperma a almofada da legítima adormecida.

Poluções nocturnas da Otimus e da T.M.N. Fodavone.

Não mais os adolescentes perversos se iniciarão por ali, em diálogos obscenos entre si.
Não mais as miudagens afirmarão ter vinte anos, só para ouvir porcarias de homens maduros, ou, como dizia Álvaro de Campos, "não mais "criancinhas de oito anos masturbarão homens de aspecto decente, em vãos de escada" virtuais.
"No more", Cathia Sophia, a eterna alternadeira da Linha de Sintra -- minha "sobrinha" do coração -- atenderá, com voz maviosa, os mulatos da Cova da Moura e do Casal de São Braz e de Rio de Mouro, que tanto a procuravam, para humilhar física e verbalmente, arriar com o cinto, cuspi-la e rebentá-la, em grupo.
Não mais G.N.R.s, P.S.P.s e Seguranças, em mudança de turno, se "virão" através de Motorolas e Samsungs 3G.

"Diziam-me coisas que nenhum ser humano, no limite da sua auto-estima, poderia suportar, coisas que nem tu podes imaginar, envolvendo os meus pais, a mim, humilhações da minha mãe, e até da avó, que me rebentavam, que me esquartejavam; queriam enfiar-me facas, cortar-me aos pedaços, esporrarem-se, depois, para cima das poças de sangue, no chão, comigo ainda a estrebuchar. Queriam deitar-me fogo, queimar-me toda com pontas de cigarro, enfiar-me ganchos e pendurar-me, pelo pescoço, do tecto. Queriam amarrar-me à cama, e desfazer a cama, e a mim, ao mesmo tempo, com um machado. Queriam foder-me, enquanto me estrangulavam, enfiar-me "casse-têtes", dar-me com a fivela do cinto, desfazer-me a cara com as botas, cortar-me os seios com navalhas e obrigar-me a engoli-los...", enfim, todas estas pequenas comodidades que povoavam, e povoam, e povoarão, o imaginário de uma população de altíssimo nível cultural e cívico, que, a 11 de Fevereiro, irá votar sobre o corpo dos outros, como, já por diversas vezes votou, sempre a caminho de nos encaminhar para o Beco do Inconsciente, o Rego da Bicha e do Pedófilo Misógino, que enforma o Eu Profundo do Português Cobarde, o maior português de sempre.

No outro lado da Mancha, desprotegida por um estreito Canal furado, Betsy, a Segunda Betsy também se prepara para tempos difíceis, com a abertura oficial do inquérito que irá conduzir às conclusões da execução, ao modo renascentista, de Di, a Princesa do Povo. Nada de estranhar, tudo isto só anuncia o Ano do Porco, e as mitologias do astrológico forjam-se agora entre arranha-céus altíssimos, de Pequim e Xangai, a relembrar que 5000 anos de Cultura sofisticadíssima apenas podiam aspirar a uma das tribunas mais altas no Patamar do Mundo, e já lá estão.

Diz o Ano do Porco que dirigentes há muito tempo no Poder irão abandonar os seus postos de trabalho, e ceder o lugar a novos desafios do Vazio. É justo, quando se souber que Di foi executada no Catafalco de Alma, por obra e graça de uma conspiração palaciana dos novos Borgia, de Windsor, Betsy será obrigada a reformar-se compulsivamente, e fa-lo-á em tempo, antes de que as novas regras da Segurança Social sejam promulgadas, e ainda possa gozar de um pensão mínima, de sobrevivência, digna de uma descendente de tantos panilas, netos do Alemão de Hanover. Obsceno e reptilíneo, o Sócrates Inglês, Blair, já anunciou que abandonará o seu pequeno espaço, ao iniciar-se o Ano do Porco, e com ele irá Betsy e Carlos da Cornualha, com a sua sombra mal-cheirosa da boca, a Vénus dos Trapos, Camila, a Casposa, atirando para as calendas o putativo Carlos III. Em todo o seu esplendor, e já revificado, e na maioridade, William, evocando o grande "Stathouder", Guilherme de Nassau, mais umas das genuínas bichas da História Mundial, virá recolocar no Trono Inglês a nova hipóstase da sua Mãe Vingada.

É o Ano do Porco. Por cá, já se sabia; na 603, e, em Windsor, ainda não, mas ele aí está, a pouco mais de um mês de distância de nós.

Bem vindo, e que de nós afaste o Mal Perene, o pior dos males que nos pode cercar.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Europa, velha e louca, recusa-se a enfiar dinheiro no colchão ratado americano: "qu'ils mangent des brioches" (Post 1000)


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem do KAOS

Enquanto o Sistema de Fraude, também conhecido por Engenharia Financeira colapsa, a Senhora Merkl recusa-se a pagar o pão dos outros: "qu'ils mangent des brioches..."

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