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Hoje, venho com imensa pena de pôr alguma coisa por cima da excelente imagem da E-ko. Não há, aliás, na Blogosfera Portuguesa, relógio mais bonito do que o nosso, e ponto final.
Dou-me até ao luxo de cometer uma inconfidência: a voz da E-ko também é muito bonita, frágil, situada na parte intermédia do registo agudo, sibarítica, portanto, e nefelibata.
Ele há mulheres assim, e voltarei a escrever sobre o assunto, mas não hoje.
Hoje, venho desancar o filho da Bomba de Boliqueime. Durante muito tempo, pensei que essa assombração tinha desaparecido nos alçapões da História, mas estava redondamente enganado: não é por acaso que povoamos a Cauda da Europa, e somos como os pirilampos, estamos permanentemente a dizer, que sim, que sim, e a emitir sinais, para reafirmar que somos mesmo nós, NÓS, a Cauda da Europa.
Insiro a eleição do Aníbal nessas noctiluminescências dos descendentes de Neanderthal, frequentadores da "Meta dos Leitões", da barraquinha da imperial e dos sanitários da "Catedral".
Cavaco, essa COISA que não deveria ter voltado NUNCA, realmente regressou e acompanhada por uma das piores muletas que nos poderia ter caído em sina, o presunçoso de Vilar de Maçada.
Hoje, naqueles arrojos de coragem, e naqueles arranques que fazem lembrar o "Timoneiro de Portugal" de antanho, o saloio do Palácio de Belém veio dizer que "Portugal tem de viver com o dinheiro que tem".
Pois tem.
É o espírito da poupadinha, herdado do Maior Português de Sempre. Deixe-me dizer-lhe que, de entre os países onde se vive/vivia bem, a Bélgica, as contas estiveram sempre bem desequilibradas, e os povos eram ali muito felizes e bastos.
Mas, retomando o que você disse, eu até estou de acordo, e disposto a viver com essa minha quota-parte do dinheiro que temos, mas que é feito de 22 anos de Fundos Comunitários, que me continuaram a deixar a carteira abaixo do nível de um banal e mediano europeu da Europa Avançada, e onde está o devido aos vastos milhões de Portugueses, que vivem muito, muito, abaixo de mim?...
Sr. Aníbal, lembra-se de quem era, em Portugal, e há 20 anos, Primeiro-Ministro, todo poderoso, de um Governo que vivia de 3 Orçamentos, o da Chuva de Fundos, o do Estado e o das Privatizações?...
Por acaso, até me lembro, era VOCÊ, e lembro-me de TUDO o que desde então aconteceu, portanto, quando você hoje solta uma frase infeliz como esta: "Há 20 anos, a preocupação era mais a quantidade, mas hoje a preocupação deve ser qualidade, qualidade, qualidade", deve estar debaixo da acção de algum hipnótico, ou pílula do esquecimento.
Meu caro Aníbal, há vinte anos, quando você, arrogantemente, punha e dispunha, a aposta já era, já deveria ter sido, já haveria de irremediavelmente ter sido decidida, como a QUALIDADE, para que hoje, 20 anos depois, então, sim, pudéssemos solidamente apostar na QUANTIDADE, QUANTIDADE, QUANTIDADE, sim, pois, e já no puro patamar da excelência, como fizeram os nossos melhores pares europeus...
Quer saber mais?
Vá para a puta que o pariu, e olhe que esta frase é bem sincera...
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas