[agora confesso cristão-novo de outras religiões],
[avaliação dos professores, lembram-se?].
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[agora confesso cristão-novo de outras religiões],
[avaliação dos professores, lembram-se?].
Esta tarde, em Aveiro, 1200 crianças de vários jardins de infância e escolas irão recriar a História de Portugal dos últimos 100 anos. Para além de tudo indicar que será uma iniciativa interessante, foi ainda publicitada por o Bloco de Esquerda a ter questionado na Assembleia da República: tratar-se-ia de "recriar a Mocidade Portuguesa".
A polémica, no meu entender, surge porque este
[o da Mocidade Portuguesa e do chamado fascismo português]
Ninguém, em seu bom tino, muda para (o que acha) pior: quando se muda, muda-se para (o que se acha) melhor. Quando se muda
[ou se pretende mudar]para o que aparentemente é mau, só pode haver uma razão: aquilo que se abandona está de-deitar-fora. Se troco um Mercedes por um "reles" Corsa, só pode ser porque o Mercedes está podre ou em vias disso.
Compreendo os que receiam a Mocidade Portuguesa.
Ninguém, em seu bom tino, pode querer um regime político que sustente uma Mocidade Portuguesa.
Bem sei que há gente sem tino; mas nunca será gente maioritária
[e, portanto, nunca constituirá qualquer perigo],
Este regime político, também eu não o aceito: se isto é democracia, eu não sou democrata. E, em momentos como este, a ponderação de alternativas acaba por avivar fantasmas presumivelmente mortos.
escrito por ai.valhamedeus LEIA O RESTANTE >>(sim, escritor!).Li até que o Chico Buarque teria pedido ao presidete Lula para proporcionar esse encontro. Chico Buarque veio desmentir e disse que foi a pedido de Sócrates. Não me custa a acreditar que esta tenha sido a versão verdadeira, a outra o resultado da megalomania do nosso primeiro ministro. E teria algum mal se tivesse assumido o seu gosto em se avistar com o Chico Buarque? Até lhe ficava bem. A outra assentava como uma luva na ideia de um líder carismático a quem, até as vedetas como Chico Buarque, querem conhecer de perto. Deu-se mal...
(incluindo Secretários de Estado de quem sou amigo).escrito por Carlos M. E. Lopes LEIA O RESTANTE >>
Frase do dia:
"Se estamos mesmo destinados a seguir o caminho dos gregos, então comecemos por envenenar o Sócrates."escrito por ai.valhamedeus [com um beijo para o Pedro] LEIA O RESTANTE >>
[ainda que a propaganda possa aguentar mais algum tempo: para cortes como o do "13º mês" é conveniente que a propaganda actue mais em cima do acontecimento].
[o actual e o primeiro],como essas grandes oportunidades que foram
[que ainda são]oferecidas aos portugueses: a grande medida para tirar os portugueses do analfabetismo. Apesar disso, lembremos
[que talvez nos faça bem. quero dizer, que talvez nos ajude a saltar para a rua, um dia destes, para correr com esta canalhada].
Os chifres dum ministro levaram-no à demissão.
[que, já se adivinha, não se demitirá]:
[num daqueles momentos em que justifica os apertos de cinto com a justiça social]
"Recessão é quando o vizinho perde o seu emprego,
depressão quando perdes o teu,
e recuperação quando Sócrates perder o dele."
escrito por ai.valhamedeus [com um abraço para o Paulo César]
(gostaria de saber como isto se faz. Intentei uma na segunda-feira, dia 8, e foi marcada a audiência de testemunhas para 4 de Março…).
O cerco vai-se fechando , ou porque “Expirou o prazo de validade”, ou “Porque sim”. Razões não faltam. Mas para quê catalogá-las? Freitas Cruz e Óscar Mascarenhas, ambos no JN,
[o tal que aparece alegadamente sob controlo nas escutas],vão fazendo futurologia eminente. Quanto mais depressa melhor, até para o próprio.
Expirou o prazo de validade[JN, 14 de Fev 2010]
Certamente nem o mais radical dos pessimistas deste país seria capaz de prever os lamentáveis contornos da semana terrível que acabamos de viver.
Fosse Portugal um país normal e estaríamos todos derrotados e sem outros horizontes para além da vergonha. Mas não somos um país normal: temos um fim-de-semana de Carnaval e futebol, cinema e "shopping", com almoço fora de casa e encerramento numa qualquer "volta dos tristes".
O que passou sobre as nossas cabeças, qual "tsunami" ainda há poucos anos inimaginável, não nos tirará o sono: estamos demasiadamente anestesiados e em declarada crise de valores para que os factos (alegados segundo a prudência em voga…) nos incomodem. Mas não era indispensável juntar uma crise política à económico-financeira.
O primeiro-ministro de Portugal, convidado a comentar as notícias que o envolvem (alegadamente, já agora…) em manobras inadmissíveis de interferência para controlar uma Televisão e vários outros órgãos de informação, não só nega os esclarecimentos que seria sua estrita obrigação prestar, como afirma que as tais conversas são assuntos privados.
Fala, até, de infâmia e crime para se referir às notícias: conforme já sabemos desde o velho Eça de Queirós, fazer a maldade não é mau, mau é que se saiba publicamente. Por isso se elimina o mensageiro: método difícil e arriscado (além de execrável), mas infelizmente compensador.
Ora, mesmo abstraindo do já longo histórico da péssima relação de José Sócrates com as opiniões de que não gosta, isto produz o retrato indiscutível de um político que, nas funções que desempenha, perdeu definitivamente o prazo de validade.
Só falta saber quando vai ser informado disso por quem pode (e deve!) fazê-lo.
MANIFESTOS & EXAGEROSÓSCAR MASCARENHAS jornalista
A sina de Pig-Pen
Charles M. Schulz, o criador dos Peanuts, concebeu, em 1954, uma nova personagem que, inspirada numa outra de O Deus das Moscas, de William Golding, “nunca teve nome”. Era apenas conhecido por Pig-Pen. Pig-Pen é um menino sempre sujo, move-se numa nuvem de poeira, fica instantânea e surpreendentemente sujo mal sai do banho, mas garante: “Estou sujo mas tenho pensamentos limpos.”
Sentimos ternura por ele, vemo-lo vítima da sujidade indesejada – mas pensamos duas vezes se o sentaríamos ao colo...
Assim sucede na política, quando alguém – por razões não importa se certas se erradas – colhe um estigma indelével. É indelével para a vida. Mal olhamos para a pessoa – logo surge a nuvem de poeira, a chancela infamante, nada a fazer.
Nesta matéria, por culpas próprias e/ou alheias, José Sócrates atingiu o ponto de não retorno. Está dentro da nuvem de Pig-Pen e dela não pode sair. Pode ter episódicos banhos de lindeza nas suas esmagadoras e consecutivas vitórias em facúndia parlamentar, mas mal acaba o encanto, lá retorna a nuvem.
Sócrates é agora um fardo. É justo ou injusto o que lhe está a acontecer? É irrelevante. Está a acontecer. Ele é o primeiro a não poder chorar pela injustiça, porque é o retorno do bumerangue que lançou há cinco anos.
A filosofia política mais profunda a que José Sócrates conseguiu chegar foi a de que não interessam as acções praticadas, mas a imagem que delas ficam – e que os fins justificam os meios. Júpiter, quando queria perder os homens, enlouquecia-os primeiro. Sócrates lançou-nos num outro desvario, o de nos voltar uns contra os outros.
Há cinco anos que andamos a odiar-nos: aos juízes, aos funcionários, aos jornalistas, aos professores, a estes e àqueles, tantos que nem sei se também entram os frades e os monges neste rol de fel movido por uma inveja instilada pelo “agarra que é privilegiado”.
(O aprendiz Paulo Portas anda a treinar este jogo de injectar ódio entre os que têm ou não o rendimento mínimo...)
Enchemo-nos uns aos outros de tanta poeira que já nem sabemos se ela está em torno do parceiro ou se se colou à nossa íris. Fala um juiz – desconfiamos, Fala um funcionário – resmoneamos – Fala um professor -rosnamos. Agora, fala Sócrates e acabamos a rilhar os dentes. Já nem sabemos porquê, nem precisamos. Porque sim já é uma boa razão.
Hora de sair. Se tiver a fidalguia de António Guterres, sai pelo seu pé.
Se não a tiver – cai. No exacto momento em que supostos amigos vão fingir agarrá-lo. “Oops… estava escorregadio", dirão. Como o Pig-Pen.
Censura ou impedimento de um crime?
Penalistas ajudam a esclarecer.
Começo com uma declaração de interesse: José Sócrates,
[ainda]
Penalistas divididos sobre providência[JN, 12 de Fev 2010]
Censura judicial prévia ou o impedimento de um crime?
gina@jn.pt
Um acto de "censura judicial inconstitucional" e “judicialmente inadmissível” ou a defesa intransigente do segredo de justiça. Penalistas ouvidos pelo |N dividem-se em relação à providência cautelar interposta para impedir a publicação, hoje, do “Sol”.
Para Jónatas Machado, professor de Direito na Universidade de Coimbra, o que está em causa é uma "gravíssima violação do direito à liberdade de expressão" e uma "censura político-administrativa judicial" que pretende travar a publicação de notícias e a discussão de assuntos “de manifesto interesse público”. Neste caso, a divulgação de escutas telefónicas que, alegadamente, provam o envolvimento do primeiro-ministro num plano de controlo da comunicação social.
Na óptica do professor, trata-se de uma matéria de “manifesto interesse público”, pelo que a interposição de uma providência cautelar por parte de um dos visados "é uma forma de censura judicial prévia, que é inconstitucional". No livro “Liberdade de Expressão, Dimensões Constitucionais da Esfera Pública do Sistema Social", defende que a intervenção prévia deve restringir-se a casos de "violação grave, intolerável e irreparável dos direitos de personalidade”, não sendo aplicável quando estão em causa assuntos de "interesse público relevante", como entende ser o caso.
“Não podemos ficar distraídos com 'questõeszecas' como o segredo de justiça e a defesa do bom nome e da reputação", diz Jónatas Machado, lembrando que já há casos anteriores em que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem deu razão a jornalistas que tinham sido condenados em Portugal por violação do segredo de justiça. "Infelizmente, os nossos juízes são reincidentes a atentar contra a liberdade de expressão”, lamenta.
Também Paulo Pinto de Albuquerque considera que "qualquer medida restritiva da liberdade dos jornalistas é ilegal e judicialmente inadmissível". O professor na Universidade Católica não tem dúvidas de que esta decisão vai "acabar por gerar responsabilidade civil para o Estado português" com "mais uma condenação" no Tribunal Europeu. O penalista entende que as jornalistas do "Sol" "não cometeram qualquer crime", porque "agiram de forma justificada, ao abrigo dos direitos da liberdade de Imprensa e do exercício da profissão de jornalista".
Recusando esta visão, Germano Marques da Silva, também da Católica, insiste que a providência cautelar "não atenta contra a “Liberdade de Imprensa”. O penalista lembra que “não há direito nenhum que não tenha limites”.
A “ponderação" do juiz tem de ser feita em função de cada caso. Estando em causa o crime de violação do segredo de justiça, Germano Marques da Silva entende que o juiz tem de escolher "o mal menor”.
Sócrates feliz com o casamento gay?!
Malandrice do Correio da Manhã...
escrito por ai.valhamedeus
[com estórias em que, de tão incríveis, ninguém pode acreditar]
[até têm já o cartaz, de que me enviaram cópia, para o publicitar nos espectáculos]...
[ou antes, em José Sócrates].
[ou o álibi?]
[o adjectivo, obviamente, é meu e não do senhor bastonário]
"uma vontade reformista que ninguém antes dele teve com tanta intensidade (excepção feita a Sá Carneiro, que só governou um ano)".
[Sócrates ainda pensará que está para nascer um primeiro ministro como ele?],continua: "É certo que estou algo desiludido pela diminuição do ímpeto reformista, que compreendo, mas lamento. Espero que depois das eleições ele volte a tentar retomar o processo reformista e que o PSD se não coloque na posição negativista que o tem caracterizado, pois agora já não há maioria absoluta para fazer aprovar tudo sem necessidade do PSD apoiar, mesmo quando concorde".
[esclareço eu que no tudo JMJ não inclui razões que poderão ter sido decisivas na sua decisão; por exemplo, o namoro que o pê-èsse lhe fez, designadamente, através da atribuição de um ou outro carguito. Lembram-se?]
["psicanaliticamente" curioso este ímpeto bem como a sua repetição]que espero se não vier a concretizar. Digamos que é um voto receoso, mas com esperança. Julgo, aliás, que será assim o voto de muitos portugueses moderados. Que pouco precisam para si, mas que muito querem para Portugal e para os seus filhos e netos".
[Do próprio: Vou interromper a minha colaboração com o PÚBLICO a partir de hoje]tem razão, muitos dos votos no pê-èsse de Pinto de Sousa serão de gente moderada e de gente que pouco precisa
[esta gente que pouco precisa, por norma, precisa que os outros não precisem de muito. E sobretudo que o não tenham. Para que eles continuem a não precisar, por ter. Embora precisem de mordomos socratinos. Isto sou eu a dizer...].
(a do Jumbo era a popular e a do Modelo era de marca)