Para não esquecer...

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DO CONTRA [113] refrescando memórias eclesiásticas



Houve um tempo (nos idos outubros de 2012) em que o chefe da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) em Portugal defendia isto. Precisamente!: manifestações de rua não resolvem problema do país. ou, por outras palavras, são uma corrosão da harmonia democrática.

Nos tempos que correm, porém, a ICAR já não pensa o mesmo. Pelo menos, nalgumas circunstâncias -- naquelas circunstâncias em que nunca pensou o mesmo: nas circunstâncias em que os seus divinos interesses lhe parecem estar em causa. Agora, ai jesus!, as manifes já resolvem (ou, pensa ela, resolverão). Agora, a ICAR pensa isto:


escrito por ai.valhamedeus

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OS AFETOS DOS MENINOS DOS COLÉGIOS

[foto copiada daqui]

A Igreja Católica Apostólica Romana foi o rosto mais visível da ameaça de luta no terreno contra a anunciada moralização da sustentação pública do ensino privado. Compreende-se: é a Igreja quem mais lucra com o negócio, seguindo-se o grupo GPS, a contas com a justiça (presume-se...)
[vem a propósito lembrar declarações de um ex-diretor da DGAE, em tempos de governação Cratiana: "É um escândalo que o ministério transfira para o ensino privado 160 milhões sem qualquer auditoria"]
Ameaça que se concretizou. O movimento de ataque
(personificado no Defesa da Escola ponto. Ponto de interrogação?, pergunto eu) 
às pretensões do governo tem tido uma intensa atividade constante. Múltiplas e (quase) diárias iniciativas, algumas das quais pouco pacíficas: a utilização de crianças como "escudos humanos" nas manifestações, por exemplo. Ou a pressão sobre os pais. Ou esta carta, presumivelmente escrita pela(s) criança(s) que a assina(m) -- afetuosamente escrita, no estilo afetuoso da pessoa a quem se dirige, com beijinho e xi coração (para tentar fazer esquecer quem ganha com os contratos de associação?)


[clicar, para ler melhor]

escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [84] santo luciani subito

No passado domingo, foi beatificado o Papa João Paulo II.

O defunto João Paulo II foi] o mais prolífico beatificador e canonizador da história da Igreja: nos 26 anos de pontificado proclamou nada menos que 1.338 beatos e 482 santos. Ainda que Bento, que detém o cargo há apenas seis anos, lhe siga no encalço, pisando-lhe os calcanhares: na categoria dos beatos, já vai na impressionante cifra de 793, e no que toca aos santos, em 34. Mas, quanto a João Paulo II, já se anuncia para breve a sua canonização. "Santo subito!", clamavam os fanáticos, no dia do seu enterro.
Agora... o que é um santo? Popularmente, entende-se por isso um homem bom. “Perfeito e livre de culpa”, é como o define o dicionário. Mas há ainda outra acepção da palavra, que é a que nos ocupa: “Diz-se da pessoa a quem a Igreja declara como tal, e manda que se lhe presta culto universalmente”.

É a acepção que nos ocupa porque a outra mal convém a um político como foi o polaco Karol Wojtyla, de quem os serviços secretos soviéticos disseram, quando foi nomeado arcebispo de Cracóvia, que não havia motivo para preocupação, já que não era um político mas um religioso católico: como se a religião não fosse a mais acabada forma da política. Do mesmo modo, ainda que ao contrário, enganaram-se os serviços secretos do Ocidente quando Ruholla Khomeini, outro eclesiástico de religião diferente, a muçulmana, chegou à dignidade de grande aiatolá em Qom, e começou a preparar a revolução islâmica no Irão. E assim há também quem acredite agora que a beatificação de Wojtyla não pode ser uma manobra política do seu sucessor Joseph Ratzinger, já que este é um religioso: por definição, um homem bom.

Só que na milenária história da Igreja de Roma talvez tenha havido apenas um único Papa que foi religioso de verdade, ou, melhor, verdadeiramente bom: Albino Luciani, João Paulo I, que durou apenas um mês no trono de São Pedro antes de amanhecer morto como um passarito. E nem ao seu sucessor Wojtyla, nem ao Ratzinger de agora, lhes ocorreu jamais beatificá-lo ou canonizá-lo.

Assim sendo, algo deve ter tido de bom.
[traduzido do espanhol e muito ligeiramente adaptado daqui]

escrito por ai.valhamedeus

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ZOOM [79] - beata sida!

-- Lembras-te do senhor que dizia que se deve fazer amor SEM preservativo?
Agora podes rezar-lhe, para ver se te cura a SIDA!

[Público espanhol de hoje]

escrito por ai.valhamedeus

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NASCEU O MENINO!

Hoje, não tenho tempo de escrever nada: disseram-me que nasceu o Menino e tenho de ir vê-lo. Mas aproveito para desejar a todos os leitores do Ai Jesus! que o Menino Deus, a Virgem Maria, São José e o Espírito Santo os encham das suas Graças. Para que 2011 seja um ano enGraçado.

Dado que me não rouba muito tempo à viagem ao presépio, aproveito ainda para publicar um texto que me foi enviado por um leitor assíduo (e devidamente identificado) deste blogue:
Não faças picardias à vaquinha nem espantes o burro. Aconchega o menino nas palhinhas que a senhora sua mãe está empenhada em compreender a razão por que lhe atribuiram o título de imaculada conceição.
S. José foi ao notário, embora com dúvidas, dar o seu nome à criança. No cartório toda a gente ria por baixo de capa.

E prontos, trata do bacalhau, não deixes que a couve se transforme em papa. Mete dois sonhos no melhor sítio, deixa escorrer o tinto com abundância e, já está, tens aí um Natal de truz. Noite dentro, se beberes bem, hás-de ver o Sócrates a arder numa daquelas fogueiras que a tradição ainda acende por essas aldeias.
escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [75] são josé, o putativo

Bento XVI apresentou hoje a figura de São José como um modelo para os cristãos de todo o mundo.

Ainda bem que não sou cristão. Na verdade, não me identifico nada com um
  • pai putativo de um filho que não é seu,
  • noivo putativo de uma miúda “a qual, antes de terem vivido em comum, engravidou por obra de outro (de um tal Espírito Santo),
  • marido putativo de uma mulher que não é sua mulher, grávida e dizendo-se virgem.
  • A cereja em cima de um bolo mal cheiroso: José acredita em estórias contadas por um anjo... em sonhos.
O Papa diz mais: que
“nele se perfila o homem novo, que encara o futuro com confiança e coragem, não seguindo o seu próprio projecto, mas confiando-se totalmente à infinita misericórdia d’Aquele que cumpre as profecias e abre o tempo da salvação”.
'tá bem, então! eu quero ser homem velho!...

escrito por ai.valhamedeus

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PRESERVATIVO BEN(E)DITO XVI

O António, sim o dos cartoons, bem pode dar largas à imaginação: o nariz do papa já não é o melhor sítio para (im)plantar o preservativo; há-de haver outros
[sítios].
Sua eminência reverendíssima, consultado o altíssimo, percebeu finalmente a urgência dos sinais. Anselmo Borges reflecte sobre o assunto aqui, no DN.

escrito por Jerónimo Costa

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DO CONTRA [70] sejamos tolerantes com os católicos

Concordo totalmente com que seja permitido o casamento entre católicos. Penso que é uma injustiça e um erro tentar impedi-lo.

O catolicismo não é uma doença. Os católicos
[embora muita gente não goste deles ou os ache estranhos]
são pessoas normais e devem ter os mesmos direitos que os outros
[como se fossem, por exemplo, informáticos ou homossexuais].
Estou ciente de que muitos comportamentos e traços de personalidade das pessoas católicas
[como a sua atitude quase doentia em relação ao sexo]
podem parecer estranhos aos outros. Sei até que, às vezes, poderiam esgrimir-se argumentos de saúde pública, como a sua perigosa e deliberada rejeição dos preservativos. Sei também que muitos dos seus costumes
[como a exposição pública de imagens de torturados]
pode incomodar alguns. Mas isso
[para além de ser mais uma imagem mediática do que uma realidade]
não é razão suficiente para os impedir de exercer o direito ao casamento.

Poderia haver quem argumentasse que um casamento católico não é um casamento real, porque para eles é um ritual e um preceito religioso perante o seu deus, em vez de uma união entre duas pessoas. Também
[dado que os filhos fora do casamento são severamente condenados pela Igreja]
alguns poderiam considerar que permitir que os católicos se casem irá aumentar o número de casamentos feitos "pelo que as pessoas vão dizer", ou pela simples procura de sexo
(proibido pela sua religião fora casamento),
potenciando assim o aumento da violência doméstica e a desagregação familiar. Mas é necessário lembrar que isto não é algo que aconteça só em famílias católicas e que, não podendo nós entrar na cabeça dos outros, não devemos julgar as suas motivações.

Por outro lado, dizer que isso não é o casamento e deveria encontrar-se outra designação é apenas uma maneira um tanto manhosa de desviar o debate para questões semânticas que não vêm ao caso: mesmo que seja entre católicos, o casamento é um casamento e uma família é uma família.

E com esta alusão à família passo a outro tema quente sobre o qual a minha opinião, espero, não será muito radical: também sou a favor de que seja permitido aos católicos adoptar crianças.

Haverá certamente quem esteja revoltado com uma declaração deste tipo. É provável que alguns dos meus leitores respondam com exclamações do género de "católicos adoptarem crianças? Estas crianças podem tornar-se católicos! ".

A esse tipo de críticas respondo: embora seja certo que os filhos de católicos têm muito mais probabilidade de se tornarem, eles próprios, católicos
[ao contrário do que acontece, por exemplo, na informática ou na homossexualidade]
já antes argumentei que os católicos são pessoas como qualquer outra pessoa.

Apesar da opinião de alguns e de alguns indícios, não há provas evidentes de que os pais católicos estejam menos preparados para educar um filho, ou de que o ambiente religiosamente enviesado de um lar católico seja uma influência negativa para a criança. Além disso, os tribunais de adopção julgam cada caso individualmente, e faz parte do seu trabalho determinar exactamente a idoneidade dos pais.

Em suma
[e apesar das opiniões de alguns sectores]
acho que se deveria permitir aos católicos tanto o casamento como a adopção.

Exactamente como aos informáticos e aos homossexuais.

traduzido por ai.valhamedeus [de um texto do jornal argentino Página|12. Com um beso para a nastenka]

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EX-CITAÇÕES * 83. o roubo segundo o bispo do porto

"os assaltos são permanentes e não roubam apenas coisas. Rouba-se a transparência dos novos, rouba-se a sabedoria dos velhos; rouba-se o ideal dos jovens, rouba-se o sustento dos adultos; roubam-se disponibilidades, sonhos e projectos…".
[Homilia do Bispo do Porto na Missa das Ordenações]

A gente ouve dizer que D. Manuel Clemente disse isto e... conclui
"cá temos a Igreja a denunciar...".
E temos, de facto: temo-la a denunciar a "escassa educação para os valores essenciais da verdade, da bondade e da beleza”e a "pouca prioridade que se dá à família, como célula base do organismo social, onde se possa aprender com espaço e tempo o convívio intergeracional, a complementaridade masculino–feminino, a memória das coisas e a solidariedade essencial". Ou seja, a lutar contra os seus moinhos de vento habituais: o casamento homossexual, a dissolução da família, o casamento dos padres, "a banalização da pornografia, do mau gosto e dos maus consumos”... Faltou, pelo menos explicitamente, o preservativo.

Os pensamentos destes eclesiásticos são (quase) sempre (excessivamente) manhosos.

escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [69] preservativo, nunca!

Dado que o Do contra de hoje é o 69, o tema tem que mexer com o sexo. E a mistura explosiva de sexo e Igreja(s) só pode dar um resultado previsível. Esse (este) mesmo, pois claro!...

[rapinada daqui]

escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [68] inimigo de cristo e da igreja

A série de textos Do Contra tem objectivos definidos e claros para os leitores habituais
[se os tiver].
No texto de hoje vou limitar-me a citar um textículo de um
[segundo se diz]
padre, licenciado em Direito e doutorado em Filosofia e vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF). Por que o faço: porque acontece que a melhor arma contra o próprio pode ser dispara(ta)da pelo próprio.

Por ocasião do "passamento do Nobel português", escreve Gonçalo Portocarrero de Almada, sobre aquele "inimigo de Cristo e da Igreja":
"Se ter uma convicção contrária aos mais elementares princípios éticos é lamentável, muito pior é nela persistir toda a vida, porque se errar é humano, perseverar obstinadamente no mal é diabólico": "porque se a falta isolada merece indulgência e perdão, a consciente e voluntária obcecação no erro não é passível de tal compaixão"."José Saramago morreu. Queira Deus que não tenha comparecido impenitente ante a Face que perdoa os contritos de coração".
[o texto todo, aqui]

É caso para, com medo (e tremor) de Deus, exclamar:
"foda-se, senhor padre! foda-se, que eu não quero penar eternamente no fogo do inferno!..."
escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [67] pederastia salesiana

Na introdução de a potência de existir
[cujo primeiro parágrafo já aqui publiquei. No mesmo texto estão os dados bibliográficos],
Michel Onfray recupera as suas memórias dos quatro anos da adolescência que passou no orfanato dos padres salesianos
[apresentando-nos figuras como a do professor de Matemática, que "tem a mania de coçar a garganta, de encher a sua boca com escarros, mastigá-los como se fossem ostras, inchar as bochechas e, depois, engolir o seu ranho, como se se tratasse de um bom vinho de Bordéus"].
Entre as memórias, algumas relativas à pederastia, provando que o fenómeno é mais comum do que seria de esperar entre os que se consagraram a Deus e fizeram voto de castidade. Com as empregadas de serviço
[que "parecem saídas de um filme de Fellini. Uma delas coxeia tanto que está sempre na iminência de cair de costas; a outra ostenta um bigode de pedreiro português; outra ainda, comprimida numa blusa em nylon azul, está cheia de gordura por toda a parte"]
é "pouco provável que os salesianos cheguem a quebrar os seus votos de castidade". "Para aqueles a quem a libido tanto perturba, uma criança é mais do que suficiente".

"Um desses pederastas ensina trabalho manual". É ele quem salva do castigo o autor de qualquer aselhice. "Simultaneamente, cada um paga o resgate com um óbolo singular: sob pretexto de ensinar o gesto correcto, ele coloca-se por detrás de alguém, pede-lhe que ponha a mão em cima da dele para memorizar o movimento, e depois aproveita-se desse momento, fazendo-o perdurar, para roçar-se nas costas e nas nádegas da criança imobilizada contra o banco. O ritmo dos seus gestos corresponde ao de uma masturbação.

Outro dos pederastas ensina música". Esse "inflige-nos aulas de flauta e obriga-nos a tocar À la claire fontaine... Nesse momento, ele pede aos que estão na primeira fila que se dirijam para a última. Todos sabem o que isso significa. Enquanto nos concentramos na partitura e no manejo do instrumento, ele acaricia a cabeça de alguém, passa a mão pelo pescoço e desliza-a de quando em vez pela nuca, provocando por vezes a distracção do aprendiz de músico, sufocado pela sua camisa e aterrorizado pelo toque.

Também é ele quem se ocupa das actividades de canoa nas tardes de domingo. Claro que só são admitidos os internos que sabem nadar. [...]

Só há uma excepção: caso não se saiba nadar, é possível praticar a actividade, mas unicamente sob a condição de acompanhar o padre na sua embarcação. Quando o salesiano desafia o grupo com um percurso rumo à ponte do rio Orne, desencadeia-se uma fúria de remadores para ver quem chega primeiro à construção de ferro. Entretanto, o padre, executando as manobras com destreza, entra com a sua vítima no canavial, demorando o tempo necessário para deleitar-se sexualmente com ela; a criança abusada confessará posteriormente, sem constrangimento, e de uma forma um pouco ingénua, ter deixado que o padre lhe "fizesse cócegas"...[...]"

"Um terceiro padre também se dedica às criancinhas. No orfanato, ele ocupa um lugar privilegiado pelo seu mérito de Tutor de disciplina...; ainda não se diz Conselheiro de educação... Todas as crianças expulsas da aula sabem que ele passa regularmente pelos corredores, levando-as com ele por ter a possibilidade de suspender as represálias do pessoal docente mediante meios ad hoc. Ninguém quer ir parar ao seu gabinete.

Umas palavras também sobre o salesiano que se encarrega da enfermaria, à qual ninguém se dirige, e por um bom motivo: a mais pequena dor de cabeça vale ao queixoso ficar nu nesse momento e ser acariciado depois. Com as calças pelos tornozelos, quem proteste dizendo que a zona em causa não é aquela que lhe dói é avisado de que as complicações se ocultam por toda a parte! Aquele que apalpa o escroto diz, em seguida, que o aluno já pode voltar para a aula, e compensa-o miseravelmente com uma aspirina. Quanto às minhas dores de cabeça, essas, guardei-as para mim...".

escrito por ai.valhamedeus

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O QUE É O CATOLICISMO?

Entendo que 1/4 dos portugueses não acredite na vida eterna. Já não percebo que
[como se lê no corpo da notícia que motiva este "post" e no título da mesma, na capa do DN, -- o jornal de onde a imagem que ilustra este "post" é retirada]
250 mil católicos não acreditem na vida eterna. Quem é católico aceita as crenças fundamentais do catolicismo, onde se inclui a crença na "eternidade da vida"; quem não acredita nessa eternidade não é católico. O demais é treta...

escrito por ai.valhamedeus

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ANDA TUDO MAL... -25- até para a icar

Duas notícias inocentemente sem qualquer relação:
  1. Em dia de greve, deve recordar-se que isto anda tudo mal. O défice é o que se sabe
    [mesmo não se sabendo se está tão mal como o da Grécia],
    e a dívida pública é também o que se sabe e o que se sabe é também o que devemos e o que não produzimos... Tudo razões que provam que o Governo tem razão em permanecer intransigente no congelamento dos salários...

    ...até porque, como se sabe, há necessidade de dinheiro para outras "coisas".

  2. Sua Santidade o Papa das cavernas vem a Portugal, nas fronteiras do próximo Verão. Celebrará missa em Lisboa, Fátima e Porto. A Câmara do Porto, conhecida pela sua luta contra os lobbies
    [como, por exemplo, o do FCP]
    já assumiu as despesas do altar; outro tanto não fez (ainda) a Câmara de Lisboa: inicialmente disse-se que António Costa lavaria daí as mãos, mas um esclarecimento posterior esclareceria que a decisão ainda não está tomada, pelo que António Costa poderá seguir o caminho de Sua Santidade Rui Rio.

    De qualquer modo, o altar de Lisboa também não custa nada do outro mundo
    [D. Carlos Azevedo, coordenador da comissão de festas, garante mesmo: “Queremos que os custos sejam mínimos, simples e sem gastos supérfluos, tendo em conta a actual situação social”]
    [e mesmo que seja do outro mundo, são pessoas de outro mundo, o celestial, que estão em causa]:
    apenas uns 200 mil oiritos, valor muito longe do merecido valor de uma missa celebrada por Sua Santidade. Sabe-se que a Igreja gostaria que Lisboa pagasse altar; mas a autarquia não recebeu qualquer pedido nesse sentido
    [mas sabe-se também que Rui Rio "ofereceu-se para suportar o custo do altar, sem que o Patriarcado tenha pedido alguma coisa"].

    Face a tal promiscuidade
    [o Estado também paga metade das despesas relacionadas com o séquito papal]
    e indecisão, faço uma proposta: em Lisboa esperam-se 150 mil fiéis; basta que se feche o recinto, que se ponha uma bilheteira com bilhetes de entrada de 1 ou 2 euros -- e o negócio já dá para pagar o altar e sobra algum lucro.
escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [52] FELICIDADE NO FUTURO

Os Vaticaninos são iguais em todo o lado. Declarações tolas não são só as de Sua Santidade o pastor alemão sobre a sida; sucedem-se a um ritmo superior ao desejável.

José Ignacio MunillaO bispo de San Sebastián, José Ignacio Munilla, declarou que
"existem males maiores do que a tragédia do Haiti".
Sua Eminência provou que merece o estatuto de bispo da ICAR, quando especificou que pior do que tal tragédia é
"a nossa pobre situação espiritual, a nossa concepção materialista da vida".
E, para que não restassem dúvidas, esclareceu: "O mal de que nós estamos a padecer talvez seja maior do que o que esses inocentes também estão a sofrer"
[será porque as catástrofes naturais são o resultado da vontade divina?, pergunto eu].
Face às críticas a tais disparates, um comunicado de Sua Eminência tratou de fazer o que é habitual na ICAR
[recorde-se, a título de exemplo, o que aconteceu com o referido caso de Sua Santidade]:
propôs uma leitura, digamos assim e de acordo com o que está na moda,... simbólica. Colocou as declarações no "plano teológico". Diz que procurou explicar que "o mal de que sofrem esses inocentes" não é o fim, "porque Deus lhes promete felicidade eterna"
[e a nós, os materialistas, promete, explicito eu, o fogo eterno].
A gente olha os montes de cadáveres espalhados pelas ruas do Haiti, as crianças esmagadas pelos edifícios desfeitos,... e apetece convidar Sua Eminência Reverendíssima a meter tal felicidade
[a felicidade que se conjuga no futuro. Entre muitos outros, que o diga Galileu, condenado em vida e reabilitado depois de morto]
no olho do cu. No Eminente cu dele, é claro.

escrito por ai.valhamedeus

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A CATÓLICA ICAR E OS HOMOSSEXUAIS

O Arcebispo de Braga, diz a notícia, entende que o Governo devia promover o debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
...e eis a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) no seu melhor:
  • O que é que a nova lei faz? permitir, que os gays e as lésbicas, que o desejarem, possam casar.

  • O que é que a ICAR pretende? que se pergunte aos cidadãos, gays ou lésbicas ou nem uma coisa nem outra, se se deve permitir isso ou não (talvez se se deve proibir isso). Isto é: que se pergunte o que haveremos de impor aos outros.
Que a ICAR aconselhe as ovelhas do seu rebanho a não casarem, ovelha com ovelha ou bode com bode, ...isso compreender-se-ia
[até porque os padres gays continuarão celibatários. As freiras lésbicas, essas, nem se notam].
Mas não é isso. Cumprindo a sua vocação católica
[quer dizer, universal],
a ICAR pretende que todos os cidadãos se comportem como ela entende que se devem comportar. Mais: pretende proibir que se comportem como entenderem os que entendem não se comportar como ela entende
[ou não terá a ICAR uma esperançazinha de que o debate pudesse fazer arrepiar caminho ao governo?!...].
escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [48] VIRGEM MÃE

YemanjáHoje, dia da Imaculada Conceição
[e de Yemanjá, no Candomblé],
a ICAR
[Igreja Católica Apostólica Romana]
celebra mais uma das suas muitas patetices: a de uma virgem mãe
[para cúmulo, mãe de um filho cujo pai seria uma pomba -- o Espírito Santo. Pelo menos a acreditarmos, e porquê não acreditarmos?, nas palavras do anjo que anuncia a coisa à mãe...].
Nossa Senhora da ConceiçãoComo se sabe, vários grupos religiosos cristãos rejeitam tal tolice. E, quando a ICAR, em meados do século XIX e após muitos anos de muita polémica, a decidiu proclamar, percebeu bem o tamanho do seu sem senso e por isso a proclamou como dogma
[isto é, uma "verdade" que se deve aceitar mesmo que se não entenda. E, de facto, não se entende...].
Terá sido por ser uma tolice tão grande que a Imaculada Conceição foi declarada padroeira de Portugal? Quem a declarou ter-nos-ia assim em tão pouca conta?

escrito por ai.valhamedeus

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DO CONTRA [46] CRISTO É REI

Cristo Rei

O Ai Jesus! já tinha revelado a realeza de Cristo, quando anunciou ao Mundo que Cristo Rei é do PSD. Mas nunca é demais recordar, para gáudio dos monárquicos, essa qualidade divina: SS
[Sua Santidade, para quem não conhece as nossas siglas]
Bento XVI fez coro com o nosso blogue e "apresentou este Domingo uma reflexão sobre a realeza de Cristo, afirmando que Ele 'não garante o êxito segundo os critérios mundanos, mas assegura a paz e a felicidade que só ele pode proporcionar'".

Faço-me eco de SS: Por mais que custe aos republicanos laicos -- Viva Cristo Rei! Que ele nos traga a tal paz e a tal felicidade que só ele pode trazer. Cá por mim, agradeço que seja o mais rápido possível.

escrito por ai.valhamedeus

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É A LÓGICA, SENHOR!

Ludgero Marques

A Eccclesia, agência noticiosa da ICAR, destaca a intervenção de Ludgero Marques, ex-Presidente da Associação Industrial Portuense/Associação Empresarial de Portugal (AEP), na conferência de encerramento da Semana Social 2009
[uma iniciativa promovida pela Comissão Episcopal da Pastoral Social, que teve lugar em Aveiro ao longo de 3 dias, sob o título «A construção do Bem Comum – responsabilidade da Pessoa, da Igreja e do Estado”]:
Actualmente, a economia nacional e internacional vive “uma autêntica canibalização”, visto que “as empresas tentam apanhar as encomendas de forma muito agressiva”.
A "denúncia" de Ludgero Marques só pode criar admiração a quem desconheça a lógica capitalista. O capitalismo está fundamentado na concorrência: querer criar limites, dentro do sistema, a essa lógica é pura utopia
[embora entenda as preocupações de Ludgero: mesmo sendo a base do sistema capitalista, a concorrência não pode pôr em causa o sistema. Mas, como se sabe, este sistema tem encontrado modos de sobrevivência a estas ameaças de morte. Como outros sistemas, aliás: o sistema da ICAR, por exemplo. Descanse, pois, Ludgero!].
escrito por ai.valhamedeus

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A IGREJA E OS HOMOSSEXUAIS

A Igreja considera que ser homossexual "não é pecado" e defende um "debate alargado" sobre os casamentos entre homossexuais. O conselho "é dar tempo ao tempo", "parar para reflectir" e só depois tomar decisões. É o que diz a conferência episcopal reunida em Fátima.

E diz mais a notícia: Ontem, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) garantiu que a Igreja "tem todo o respeito pelas pessoas homossexuais". Segundo o padre Manuel Morujão "ser homossexual não é pecado como também não é virtude ser heterossexual", pelo que considerou importante que a sociedade portuguesa se possa pronunciar sobre o assunto, que "pode ser um debate alargado e não necessariamente um referendo".

Portanto, a homossexualidade não é doença, não é pecado e já não reivindicam um referendo. Ferreira Leite e Cavaco Silva foram ultrapassados pela esquerda.

Agora chamem-lhes parvos...

escrito por Carlos M. E. Lopes

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