Para não esquecer...

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HÁ QUEM SE JULGUE DEUS...

 ...ou coisa parecida



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escrito por Gabriela Correia, Faro

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O PAÍS DOS INHOS, DAS MARIAS, DO FADO... ETC.

Fugindo um pouco aos temas do momento que vivemos, neste país ridente, vamos debruçar-nos sobre outro tema candente, que se tornou numa “praga”: a utilização sistemática e sem critério do diminutivo. Mas apenas com acrescento do sufixo -inho ao vocábulo original. Tout court! Há pragas piores, dir-me-eis! Pois há.

Vejamos então! Saiam à rua e comecem a tomar nota da quantidade dos novos vocábulos, assim formados, digamos, ao longo de uma hora. Verificarão que não há chafarica, estabelecimento comercial, loja de cidadão, restaurante, café, refeitório que se preze, onde, a par de um sorriso (perdão, sorrisinho), os receberão com pelo menos um -inho, ao qual não conseguem fugir. Pois a todos os nomes constantes do dicionário do cliente, bem como do de quem vos atender se acrescentou um -inho: vai desejar um cafezinho, um saquinho, uma sopinha, uma aguinha, um talãozinho, um geladinho, uma facturinha, a continha? E por aí adiante.


[imagem copiada daqui]


Se conseguirem sobreviver a tanto -inho e chegarem a casa sentindo-vos um/a velhinho/a cair da tripeça, o/a qual compreende melhor a palavra cafezinho do que café, suminho (deveria ser sumozinho) do que sumo, etc. etc, pensando que vai finalmente sossegar do linguajar/linguarejar urbano, desengane-se. O telefone toca (outra praga), atendemos incautamente e então, as Marias deste país, e são muitas, passam a chamar-se Srª Maria, nome pelo qual nunca responderam.

E pode acontecer que ao desligarem, agastadas, o telefone, logo o telemóvel se ilumine com a mensagem onde lerão, alarmadas: Maria, venha ter connosco, temos a solução, blá, blá, blá. Normalmente é um rastreio auditivo, ou similar; em todo o caso, qualquer coisa relacionada com a saúde, ou a falta dela, dos velhos. E, portanto, mensagem essa semeada de -inhos.

Quanto ao Fado, é ocioso escrever seja o que for sobre o assunto. Os Portugueses descobriram-no e descobriram-se cantores incontestáveis, e incontestados, do mesmo. Ainda que alguns miem.

Dir-me-ão: para que havemos de nos preocupar com estas minudências, quando impende sobre as nossas cabeças o terrível aquecimento global, a nossa divida é, quiçá, impagável, os Bancos desmantelam-se um a um e reconstroem-se à nossa volta? Temos o trump, e a Le Pen, o da Coreia?

Pois, são mais e grandes preocupações a juntar aos pequenos aborrecimentos do quotidiano, que nos impedem de reparar nos maiores, por esgotamento das nossas energias.

escrito por Gabriela Correia, Faro 
[sob a influência do ruído da farra dos dias da Semana Académica. E com o velho AO.
P.S. Há um vocábulo ao qual o -inho se deve aplicar sem restricções: o café. Devido à crise, penso eu, o preço da chávena do café não aumentou, mas a quantidade do apreciado líquido diminuiu. Drasticamente. SEJAM FELIZES, QUAND MÊME!]

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PARA RIR * 5. Dijsselboem e a pós – verdade


O Presidente do Euro-grupo, que se enganou no seu currículo ao candidatar-se ao cargo, disse que não disse aquilo que disse.

Encorajado, quiçá, pela mãozinha protectora do Schäuble sorridente e conciliador.

escrito por Gabriela Correia, Faro

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PARA RIR * 4. Me explica, por favor!

“o trabalho temporário é um elemento indicador da dinamização da atividade económica em todos os países”.
[Vitalino Canas, provedor do trabalhador temporário]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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PARA RIR * 3

O senhor “Ai, aguenta, aguenta!” não aguentou.
[in Expresso Curto]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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LÍNGUA PORTUGUESA

Academia de Ciências vai convocar profissionais da escrita para discutir mudanças no acordo ortográfico.

Encontro nacional vai decorrer no início de março. Empresas que vendem corretores ortográficos também vão ser convocadas para serem “chamadas à responsabilidade”. Nesta edição do Expresso Diário, entrevistamos o presidente da Academia de Ciências de Lisboa. Há elementos da Academia que queriam ver o acordo rasgado

In Expresso on line

escrito por Gabriela Correia, Faro

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PARA RIR * 2


Notícia de última hora; ou talvez não.
Ricardo Salgado constituído arguido por tentar corromper Sócrates 
[in Expresso Diário]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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PARA RIR * 1


Para rir, ou para arrepelar os cabelos de irritação, desespero ou impotência para agir, por manifestas razões...
A banca portuguesa está muito bem”. 
[Ricardo Salgado, em Abril de 2011, depois de o Estado pedir a intervenção externa]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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PORTUGAL, CAMPEÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS


[imagem rapinada daqui]
Numa peça publicada em jeito de balanço anual, o diário britânico The Guardian elege o uso de energias renováveis em Portugal como um dos "momentos chave" da ciência em 2016. Mark Miodownik, professor da Universidade de Londres, é quem escreve sobre o tópico, explicando que, de uma perspetiva da engenharia, o anúncio português de que o país funcionou quatro dias consecutivos com energias inteiramente renováveis no mês de maio foi um "ponto alto" do ano. 
Escrevendo que "a mudança para o carvão no século XIX e depois para o petróleo no século XX" deu ao mundo moderno a "a energia barata, os bens de consumo e as férias solarengas", Miodownik refere que se queremos dar o mesmo aos nossos filhos é necessário prevenir as alterações climáticas e afastar-nos dos combustíveis fósseis. "Parece impensável, impossível, mas o impossível é o que a engenharia faz melhor. O feito de Portugal dá aos governos e empresas energéticas um exemplo tangível de como pode funcionar e funciona, e porque deveriam investir em energia solar, eólica, das ondas e outras tecnologias renováveis já". 
[rapinado do Expresso online]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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E ESTA, HEIN!... 31

Fartos de serem chamados a resgatar bancos (BES em 2014, Banif em 2015), os portugueses podem por estes dias assistir de cadeirinha ao resgate de mais um banco. Mas desta vez não é nosso. É o mais antigo banco italiano, Monte dei Paschi di Siena, cujo plano de recapitalização por parte de investidores privados, elaborado pelo J.P. Morgan, falhou rotundamente. E quando os investidores privados falham, lá vem o Estado, sempre acusado de gerir muito pior que os privados, limpar com o dinheiro dos contribuintes a estrumeira que os accionistas e gestores privados fizeram. Serão “apenas” cinco mil milhões de euros que o Estado italiano terá de injectar no banco até ao final do ano (faltam nove dias!), passando a participação pública dos actuais 4% para uma posição entre 50% a 75%, segundo os analistas. Por outras palavras, o Monte dei Paschi di Siena vai ser nacionalizado para não ter de fechar as portas. O contribuinte italiano paga. E La Nave va. 
[in Expresso Curto]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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DIA DA MÃE

Dir-me-ão: dia da Mãe são, ou deviam ser, todos os dias. Literalmente. Se fizermos um estudo sociológico do panorama português, talvez se nos apresente um cenário que a ninguém já causa impressão, e muito menos perturbação. Pois, todos sabemos o número de agregados familiares constituídos pela mãe e por um filho, do sexo feminino ou do seu “oposto”. Do pai nem rasto. Seja como for, e para efeitos de calendário ocidental, hoje é o Dia da Mãe. E logo coincidente com o Dia do Trabalhador! Nada mais certeiro, já que a mãe é muitas vezes o único elemento trabalhador, no seio da família. Com pena agravada: auferir salário inferior, em muitos casos, ao do seu congénere masculino. O direito estatuído na Constituição: a trabalho igual salário igual é o que se sabe. E só não falo de outros “mimos” feitos às mulheres, porque já falei do meu cartão de cidadã, e não de cidadão, neste blogue, antes de ele, o mimo, começar a ser também referido por um partido, tendo, assim, visibilidade. Mas deixemos essas “minudências”e passemos ao dia que hoje se comemora: O Dia da Mãe. O comércio agradece. Tomaram eles, os comerciantes bem entendido, que a lista dos dias “assinalados”, como dizia a minha Avó, se lhes alongasse. De preferência ad aeternum. Eu vou já sugerir alguns: O Dia Internacional dos Offshores, O Dia dos Hidrocarbonetos, O Dia do Fracking, (não, não é o Dia do Fraque; este Dia foi inventado pelos Americanos, e não pelos Ingleses), etc., etc. O Dia dos/as Divorciados/as. Este não existe já? Muito me admira... O Dia do/a Pagante de Impostos, O Dia das Autoestradas com Portagem, O Dia das Cimenteiras, O Dia das Prospecções no Litoral Algarvio. Vêem como a lista se está a estender?! O Dia do Acordo Ortográfico (não dei conta deste Dia), O Dia do Ruído depois da Meia-Noite, inventado pelos estudantes da UALG. E muitos mais haverá. É só puxar pela imaginação, caro/a leitor/a.

Mas o que eu queria mesmo dizer é que este foi o primeiro Dia da Mãe em que não telefonei à minha a recordar-lhe que me lembrava dela, porque ela faleceu. Por acaso, num Dia também “assinalável”: O Dia dos Namorados. E que eu saiba, no céu não há telefones.

escrito por Gabriela Correia, Faro, Dia da Mãe. 2016

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EX-CITAÇÕES * 155. em tempo de eleições...

Mente-me que eu acredito

Não há pobreza, não há desigualdades sociais, não há cortes nos salários e pensões, não há promessas que tenham ficado sucessivamente por cumprir, não há 485 mil portugueses que tenham sido obrigados a emigrar entre 2011 e 2014, segundo dados ontem divulgados pelo INE, não há problemas no Serviço Nacional de Saúde, nem na Justiça, nem na Educação. Nada. O grande problema do país é o programa do PS. 
[Nicolau Santos, irónico, no Expresso Curto sobre a campanha da Coligação - Portugal à frente]

Atenção, estas é que votam

O senhor é muito jeitoso. É uma grande brasa.
[Idosa para Passos Coelho, no Montijo, in jornal i]
Ah, até fico corado.
 [Passos Coelho em resposta à idosa]

Querem lá ver que foi obra do nosso 1º...

Não existe nenhum país do mundo que tenha uma esperança média de vida tão elevada e, ao mesmo tempo, um rendimento tão baixo.
[Hans Rosling, o médico sueco fundador da Gapminder, que veio a Lisboa]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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E ESTA, HEIN!... 30

Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder. 
[Patrick Drahi, fundador da Altice, nova dona da PT]

in Expresso Curto

escrito por Gabriela Correia, Faro

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EX-CITAÇÕES * 154. adivinhem quem vai pagar

Portugal vai pagar mais de 10 mil milhões ao FMI até dezembro, anuncia o DN. O matutino especifica que o pagamento é 20 vezes superior aos 500 milhões previstos neste ano e para o fazer o governo contraiu mais dívida. O objetivo é poupar 730 milhões de euros em juros nos próximos quatro anos.
[in Expresso Diário]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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E ESTA, HEIN!... 29

Este país não é para gente séria

Sócrates e Salgado podem votar de forma inédita
Não há registo de nenhum eleitor ter ido às urnas com escolta policial, o que terá de acontecer caso o ex-primeiro-ministro e o antigo presidente do BES manifestem a intenção de ir votar nas eleições legislativas. Só que a lei impede a presença de agentes armados nas imediações das assembleias de voto.
[In Expresso Diário]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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E ESTA, HEIN!... 28

O título de fornecedores do islamismo radical não pertence aos iranianos. Nem perto disso. Pertence aos nossos putativos aliados, a Arábia Saudita.
[Thomas L. Friedman, editorialista do The New York Times, pondo o dedo numa ferida antiga, e apontando-o para os opositores do acordo de Obama com o Irão]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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E ESTA, HEIN!... 27

A crise e o medo constituem o horizonte inultrapassável da governação capitalista neoliberal. Não sairemos da crise (…) simplesmente porque a crise é o modelo de governo do capitalismo contemporâneo. 
[Maurizio Lazzarato, in Gouverner par la dette]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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EX-CITAÇÕES * 150. o perigo de remexer no passado

Está comprovado, o primeiro-ministro incentivou mesmo portugueses, jovens ou não, a partirem em busca do emprego que escasseia cá dentro. Passou Coelho lançou, segunda-feira, um desafio no sentido de ser encontrada uma frase em que ele se pronunciasse nesse sentido e o PÚBLICO aceitou o repto (...).Ontem, resolveu voltar à carga como se tivesse razão. Tudo se resumiria a uma frase infeliz, num contexto específico, não fora o historial que sustenta a vontade e a intenção do Governo de promover a emigração como saída para a dramática situação do desemprego. E esse historial remete-nos para os meses anteriores em que um secretário de Estado e um ministro enaltecem as virtualidades de sair do país, deixar família, amigos e tudo o resto para trás em busca de emprego lá fora. Falam desta ruptura brutal como se se tratasse de partir numa viagem de inter-rail para “conhecer outras realidades culturais”, como se atreveu a dizer Miguel Relvas em pleno Parlamento.

A frase de Passos aconteceu dois meses depois e, ao contrário do que seria razoável, não foi para desautorizar os seus acólitos. Veio precisamente no mesmo sentido, porque era essa a verdadeira doutrina do Governo. Politicamente, empurrar os portugueses para fora servia para estancar as estatísticas terríveis sobre o desemprego e iludir o país sobre os efeitos das políticas de austeridade. Mas há ainda o factor humanidade… ou a falta dela. Esta equipa governativa foi pródiga em frases de extrema crueza para com uma população acossada por medidas muito gravosas para a sua vida. Entre a soberba e a falta de compaixão, o primeiro-ministro deu sempre o exemplo à sua equipa. Quem não se recorda da promessa “vamos cumprir [o programa da troika] custe o que custar”, ou o raspanete sobre sermos “menos complacentes” e “menos piegas”, ou a tirada motivadora anunciando que “só vamos sair da crise empobrecendo”  A poucos meses de eleições, remexer no passado só traz de volta recordações indesejáveis.
[In Publico, 10.06.2015]
[imagem copiada deste texto]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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E ESTA, HEIN!... 26

O AO FAZ MAL À SAÚDE

Se for ao médico ou às urgências por problemas nos olhos, e se lhe receitarem um medicamento ótico para a vista, veja bem se é mesmo para a vista, segundo o AO, ou se é para o ouvido.

Peça ao farmacêutico para se certificar de que lhe está a vender o produto certo. É que ótico refere-se ao ouvido.

escrito por Gabriela Correia, Faro

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E ESTA, HEIN!... 25

O ACORDO HORTOGRÁFICO

De acordo com um email que corre na Net, este (des)acordo ortográfico é muito bom. Senão, vejamos:

antigamente, quando alguém se punha na sorna e não queria trabalhar, quer fosse Dia Santo, quer o patrão se tivesse ausentado da loja, ou ambas as coisas, vinha sempre o diabo de um desmancha prazeres que vociferava. Para ser ouvido, claro, no meio do regabofe: Alto e pára o baile!

Agora, neste novo regime de ortografia, imposto, a coisa fica muito, mas muito, mais simpática: na mesma situação, vocifera-se assim:
Alto e para o baile!

Portanto, as pessoas, além de terem feito cera, ainda são convidadas para deixarem tudo e irem para o baile. 

E digam lá se tenho ou não tenho razão?
E expliquem-me lá por que são contra o aborto? Perdão, Acordo.

(Texto livremente adaptado)

escrito por Gabriela Correia, Faro

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