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15.3.15

instantâneos [56]


© [m.m.botelho]

Palácio dos Melo. Antiga Faculdade de Farmácia, actual extensão da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Do interior da sala 1.1, no dia 2015.03.13.

7.4.14

nunca como os outros

Os colóquios dos penalistas nunca foram como os outros. No "Medalha Beccaria: entrega a Jorge de Figueiredo Dias", que decorreu na sexta-feira, o Professor Arroyo Zapatero referiu expressamente o fado que Patxi Andión compôs e canta com Ana Moura e citou Pessoa:

Vaga, no azul amplo solta,
vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta
não é o que estou chorando.


Depois de uns segundos em suspenso, retomou-se o tema das sanções penais. Os colóquios dos penalistas nunca serão como os outros.

© [m.m. botelho]. 2014.
A mesa do Colóquio "Medalha Beccaria: entrega a Jorge de Figueiredo Dias", 04.04.2014, FDUC. Da esquerda para a direita, vêem-se: Luigi Foffani (Professore Ordinario na Università di Modena e Reggio Emilia e Secretário-Geral-Adjunto da SIDS), Stella Maris Martínez (Defensora General de la Nación Argentina), José de Faria Costa (Provedor de Justiça e Professor Catedrático na FDUC), António dos Santos Justo (Presidente e Professor Catedrático na FDUC), Joaquim Ramos de Carvalho (vice-Reitor da UC e Professor Auxiliar na FLUC), Jorge de Figueiredo Dias (Professor Catedrático na FDUC), Luis Arroyo Zapatero (Professor Catedrático na Facultad de Derecho y Ciencias Sociales da Universidad de Castilla La Mancha e Presidente da SIDS) e Anabela Miranda Rodrigues (Presidente do IDPEE e Professora Catedrática na FDUC).

© [m.m.b.]

14.1.12

poesia escatológica

«Neste lugar sagrado
Onde a vaidade acaba
Todo o cobarde faz força,
Todo o valente se caga.»


[Lido num dos WC para homens - sim, sou muito distraída - da FDUC. Resta acrescentar que o poema teria cabimento em qualquer sala desta casa onde se realizem provas orais.]

© [m.m. botelho]

7.1.12

acreditar é bom, fazer é muito melhor

Diz o ditado que "o bom filho a casa torna". Eu não sei se serei de considerar uma boa filha, mas o que é facto é que estou de volta à FDUC, quase oito anos depois do último curso que aqui realizei. Não gosto e não quero estar parada em nenhum domínio, mas muito menos no académico e no profissional. Por isso, eis-me aqui, novamente disposta e motivada para aprender, com a perfeita noção de que o fazemos a vida inteira e morremos ignorantes na mesma.

O que interessa não são as maiores ou menores promessas daquilo que eu me sinto capaz de fazer. O que importa é aquilo que efectivamente eu faço e isto é algo que eu quero muito fazer e fazer bem. Assim, há que definir objectivos realizáveis e importantes e fazer tudo para os concretizar e quanto mais depressa, melhor, sem distracções de qualquer ordem, concedendo importância apenas àquilo que realmente a tem. Isto é o que eu tenho de fazer, é o que eu já estou a fazer. Sinto-me satisfeita comigo mesma e quero sentir-me ainda mais quando o dia da conclusão / concretização chegar.

[Depois de meses de resistência, o primeiro post escrito e publicado através do iPhone. Não é tão maçador como imaginava. Estou quase "pro" nisto! E gosto do primeiro escrito que aqui publico recorrendo a esta jigajoga! :) ]

© [m.m. botelho]

26.10.11

uma vez = para sempre

Faz hoje treze anos, mais ou menos por esta hora, estava eu numa rampa que dava acesso ao rio Mondego a ser baptizada como "Caloira" pela minha "Madrinha", que foi a minha irmã. Como o sangue corre pelas veias, o meu "penico" não transbordava, como a maior parte deles, e a minha "Madrinha" molhou-me apenas alguns cabelos e a parte de cima da cabeça e disse qualquer coisa como isto: «Mana, agora és oficialmente uma "Caloira" de Coimbra, uma estudante de Coimbra. Lembra-te: uma vez de Coimbra, para sempre de Coimbra».

Eu lá inculquei aquilo, ainda muito temerosa do que viria a ser Coimbra para mim, do que por lá iria passar, do penoso Curso em que me matriculara e coisas do género. Todavia, tudo isso passou, tudo teve um tempo, tudo teve um fim e agora, as memórias que sobram são as de dias como o de hoje há treze anos, dias de sol, únicos, especialíssimos, que não angustiam. E sobra aquela frase, aquela frase à qual na altura não dei grande importância e que viria a resumir tudo: «Uma vez de Coimbra, para sempre de Coimbra». Não há muito a dizer sobre isto, mas tenho a certeza de que quem passou por lá sente o mesmo e sabe o que ela significa.

© [m.m. botelho]

13.10.11

8 anos

Há oito anos, por esta hora, estava eu a acabar de saber que tinha concluído a licenciatura em Direito. Recordo-me de ter passado sob a Porta Férrea e de ter sentido um misto de alegria e tristeza (nunca mais iria entrar por aquela Porta como estudante de Licenciatura, nunca mais ia reunir-me em frente a ela para formar trupes à meia-noite, nunca mais).

Olhei a cidade do topo das Escadas Monumentais, ao pé de onde tinha estacionado o carro e quase me pareceu que não a conhecia. Desci as Monumentais e respirei a cidade como nunca o tinha feito antes.

Continuo a celebrar o dia do meu baptismo de Caloira (26.10.1998) e o dia da minha Licenciatura (13.10.2003). Pelo meio, continuo a celebrar muita coisa, mas isso fica (só) para mim. Mas continuo sem saber se «Coimbra tem mais encanto na hora da despedida»: hei-de fazer sempre parte dela e ela de mim.

© [m.m. botelho]

eu

[m.m. botelho] || Marta Madalena Botelho
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