Há quatro anos, nascia o meu querido sobrinho-afilhado-maravilha F.. Pregou uma partida a toda a gente: só o esperávamos na semana seguinte, mas ele entendeu que haveria de vir ao mundo naquele Domingo em que a Mãe dele me havia feito uma visita e o brunch.
Quando, por volta das 20h30, soube que ele ia nascer, fiquei muito contente e, simultaneamente, muito calma. Era a primeira vez que ia ser tia - e a única, pelo menos até agora - sabia que isso traria grandes responsabilidades, mas naquele momento só me preocupava a minha querida Irmã, saber se teria dores, se estaria confortável.
Depois, por volta das 22h30, o F. nasceu de cesariana e passado um quarto-de-hora eu já lhe punha a vista em cima. A primeira frase que lhe disse foi esta: «Bem-vindo ao Mundo, meu querido. Que tenhas sempre muito amor, muita saúde e que sejas muito feliz.» Eram estes, somente estes, os votos que me pareciam importantes naquela altura. E continuam a ser.
Recordo-me de como era frágil, tão frágil, naquela altura, o F.. Conseguia deitá-lo sobre o meu braço enquanto lhe fazia festinhas nas costas e ele adormecia assim. Fazia-lhe muitas festinhas nas orelhas e ele encolhia-se contra o meu peito. Foram tempos de privilégio.
E privilégio continua a ser poder tê-lo na minha vida e sentir da parte dele muito amor e muito respeito. Às vezes, nem sempre é fácil lidar com o facto de ele me adorar, porque não quer sair de cima de mim, mas lá temos conseguido gerir as coisas, com alguma parcimónia e muitas doses de paciência.
© [m.m. botelho] [2012]
Hoje, o F. faz 4 anos. De certa forma, fazemos todos 4 anos com ele: primeiro filho, primeiro neto, primeiro bisneto. E o dia foi em grande.
© [m.m. botelho] [2012]
Começou no Colégio, onde o F. e os Colegas se deliciaram com um bolo imaginado pela minha Irmã e feito pela minha Mãe: uma nuvem azul coberta de gomas em forma de ratinho, como ele gosta!
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E terminou em casa da Avó materna, com outro bolo feito e decorado pela minha Mãe: uma nuvem branca, coberta de Crème fraîche.
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Eu, como Madrinha, tive direito a uma lembrança: gomas e chupa-chupas, pois claro!
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E o F. teve direito a um presente especial, o livro «Maria Botelha, a garrafa aventureira», escrito e ilustrado por Pedro Seromenho, que o F. leu de uma ponta à outra mal desembrulhou.
Depois houve beijinhos, abraços e o F. foi para casa dormir. E eu vim escrever este texto, porque tenho o coração a transbordar e não é todos os dias que uma sensação destas nos enche corpo e alma.
© [m.m. botelho]