As ameaças e as agressões são os factos determinantes das alianças, cuja solidariedade repousa mais no medo partilhado do que sobre afinidades de concepção do mundo e da vida. As alianças militares são as mais exemplificativas, porque a sua fragilidade responde com frequência à percepção de alteração dos riscos sem nenhum condicionamento derivado de lealdades ou de efeitos colaterais que firam os interesses dos antigos aliados. Talvez estejamos numa circunstância em que os riscos globais, que vão semeando catástrofes nas diversas regiões do mundo, e que durante longos anos foram considerados entregues aos cuidados da discreta competência dos técnicos e cientistas, apontem agora para uma governança mundial orientada pelo menos pelo princípio da precaução que vai ganhando presença nos sistemas jurídicos nacionais e internacionais. É reconhecida a urgência de criar um sentimento geral de aliança que une governos, pessoas, e autoridades da sociedade civil, contra um risco partilhado global...
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