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A mostrar mensagens com a etiqueta Adriano Moreira

A GESTÃO DOS RISCOS

As ameaças e as agressões são os factos determinantes das alianças, cuja solidariedade repousa mais no medo partilhado do que sobre afinidades de concepção do mundo e da vida. As alianças militares são as mais exemplificativas, porque a sua fragilidade responde com frequência à percepção de alteração dos riscos sem nenhum condicionamento derivado de lealdades ou de efeitos colaterais que firam os interesses dos antigos aliados. Talvez estejamos numa circunstância em que os riscos globais, que vão semeando catástrofes nas diversas regiões do mundo, e que durante longos anos foram considerados entregues aos cuidados da discreta competência dos técnicos e cientistas, apontem agora para uma governança mundial orientada pelo menos pelo princípio da precaução que vai ganhando presença nos sistemas jurídicos nacionais e internacionais. É reconhecida a urgência de criar um sentimento geral de aliança que une governos, pessoas, e autoridades da sociedade civil, contra um risco partilhado global...

Acordo Ortográfico na Assembleia da República 3

Acordo Ortográfico: "Nenhuma soberania é dona da língua", diz Adriano Moreira Lisboa, 07 Abr (Lusa) - O presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Adriano Moreira, exortou hoje os países da CPLP a "garantir os recursos financeiros e humanos para assegurar a aplicação do Acordo Ortográfico". "A Comunidades dos Países de Língua Portuguesa têm que decidir sobre os recursos financeiros e humanos para assumir os compromissos resultantes da aprovaçao do Acordo Ortográfico", disse Adriano Moreira. O presidente da Academia das Ciências de Lisboa falava na Assembleia da República, durante uma conferência internacional/audição pública, promovida pela Comissão parlamentar de Ética, Socidade e Cultura, com a presença de deputados, embaixadores e linguístas. Adriano Moreira considerou ainda fundamental que a CPLP planifique os "apoios" para executar o unificação ortográfica. "Sem um plano de ajuda aos países da CPLP os prazos adoptados não garantem a...

A LÍNGUA PORTUGUESA

A discussão sobre a oportunidade e validade do Acordo Ortográfico tem posto em evidência que ninguém é dono da língua, pelo que não haverá nenhum acordo que impeça evoluções desencontradas. O conceito que tem circulado em algumas das intervenções, e que parece ajustado à natureza das coisas, é o que sustenta que a língua não é apenas nossa, também é nossa. É por isso que acordos, declarações, tratados, são certamente adjuvantes de uma política que mantenha a identidade essencial, mas nenhum terá força vinculativa suficiente para evitar que as divergências surjam pelas tão diferentes latitudes em que a língua portuguesa foi instrumento da soberania, da evangelização, do comércio. Existem locais onde os factos tornaram evidente que a língua não resiste à falta de utilidade para os povos que estiverem abrangidos por qualquer daquelas actividades, e por isso o português sofre dessa erosão no longínquo Oriente do primeiro império, tem marcas pequenas em Macau, luta com o passado apagador...