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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Alá

Olá, pessoal...

Tenho estado meio sumida da blogosfera ultimamente... a correria do dia-a-dia tem reduzido muito meu tempo. E o túnel do carpo tem sido cruel, me afastando de algumas coisas das quais gosto muito, entre elas, o computador...
Mas, hoje vou lhes mostrar algumas encomendas há pouco concluídas e entregues. Ao que parece, meus amigos de religião afro têm apreciado meu trabalho, pois muitas coisas têm sido solicitadas. Aqui estão três alás (delicadas "mantinhas" que se colocam sobre os ombros durante os rituais para identificar os Orixás das pessoas), dois deles encomendados pelo amigo Zé, um para ele mesmo, outro para presentear uma amiga, e o terceiro encomendado pelo Filipe:

Alá religião afro
Feito em oxford na cor branca e pintado com tinta de tecido, este alá traz a gravura da Iemanjá da Umbanda em seu lado direito.

Alá religião afro
Sua barra foi trabalhada em bordado inglês, passa fita, fita de cetim azul e cristais azuis.

Alá religião afro
No lado esquerdo do alá, está pintada a lança de Ogum e a cobra, animal que o representa.

Alá religião afro
Seguindo o mesmo padrão do lado direito, a barra à esquerda apresenta bordado inglês, passa fita, fitas de cetim e cristais. As fitas usadas foram nas cores verde e vermelho e os cristais verde, seguindo, assim, as cores que representam Ogum.

Alá religião afro
Este alá foi feito com 30cm de largura e 3m de comprimento. Toda sua extensão foi decorada com trancelim nas cores azul à direita e verde e vermelho sobrepostos à esquerda. Na parte central uma estrela na união dos dois lados.

Alá religião afro
Este alá, também confeccionado em oxford na cor branca, apresenta a gravura de Oxum à esquerda, pintada com tinta de tecido.

Alá religião afro
A barra recebeu acabamento em bordado inglês, passa fita, fita de cetim, trancelim e paetê. Tudo em amarelo e dourado, cores que representam Oxum.

Alá religião afro
À esquerda foi pintado Ogum.

Alá religião afro
O acabamento da barra seguiu o mesmo padrão do que foi feito à direita. Sendo que a esquerda recebeu fita de cetim e trancelim verdes e paetês vermelhos.

Alá religião afro
Foram 3m de comprimento e 30cm de largura. Toda a extensão do alá recebeu acabamento em trancelim, à direita amarelo e à esquerda verde e vermelho sobrepostos. Na parte central, estrela para fazer a emenda.

Alá religião afro
O terceiro alá, encomendado pelo Filipe, traz de um lado o nome do Orixá Xapanã, com sua imagem junto ao seu nome.

Alá religião afro
No outro lado, a imagem em tamanho grande do Orixá.

Alá religião afro
Na barra, usei bordado inglês, passa fita e fita de cetim em tons de roxo e lilás, cores representativas do Orixá Xapanã. Este alá foi feito com 30cm de largura e 2m de comprimento. Em toda sua extensão ele recebeu galão lilás como acabamento.

Por hoje é isso...
Beijinhos a todos!


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Iemanjá, lenda e sincretismo

Entre as lendas e o sincretismo, Iemanjá tornou-se umas das divindades africanas mais conhecidas e cultuadas no Brasil. Sua imagem é um resultado da miscigenação de elementos europeus, ameríndios e africanos. É a padroeira dos amores, sendo muito solicitada em casos de desafetos, de paixões conflituosas, desejos latentes e sentimentos de vingança. Para as mulheres é uma aliada para o amor... para os homens uma figura dúbia.... fascinante com sua beleza sensual... dilacerante por seu caráter divinal. Uma afrodite dos trópicos... é o ícone da beleza e sedução... da ternura e do amor cândido.
Tem em uma grande potência sob seu domínio: o mar. Em suas mãos encontram-se todos que ousam penetrar seus domínios, daí ser muito cultuada por pescadores e marinheiros, que sempre rogam por sua proteção. É tranquila e violenta, como são suas águas. É, ainda, uma deusa lunar, regendo os ciclos da natureza que estão ligados à água e à lua.
A partir da lenda, ela torna-se um símbolo da mudança, da transmutação e da transcendência... daquilo que vai e vem... que segue seu rumo... que se metamorfoseia... É a mulher que nasce velha, do barro que moldou todos os homens. É a Iemanjá Nanã, que encontra-se no princípio de tudo, feita da materia primordial... Casa-se com Oxalá que cria a humanidade da matéria em que ela nasceu! Muito velha dá a luz a Xapanã... que nasce deformado, fazendo com que fosse abandonado. Sem conseguir lhe dar com sua culpa, Nanã submerge no barro do qual nasceu e lá começa sua errância... das águas barrentas dos rios às águas salgadas do mar... A metamorfose se concretiza conforme o caminho é percorrido. Nanã aos poucos torna-se Iemanjá! A mãe que abandona o filho torna-se a grande mãe dos orixás, a que acolhe e protege até mesmo os que não são seus. Neste caminho Iemanjá vaga pelas diferentes águas a caminho do mar, onde chega jovem! A jovem e bela sereia que encanta e fascina.
O sincretismo a relaciona com Nossa Senhora dos Navegantes. Daí ser homenageada no dia de hoje, dois de fevereiro. Entre a religiosidade e a mitologia Iemanjá firmou seu espaço em nossa cultura, tornando-se uma divindade que habita nossa literarura, nossa música, nosso imaginário!
Lenda das Sereias
Marisa Monte
Composição: Vicente/Dionel/Veloso
Oguntê, Marabô
Caiala e Sobá
Oloxum, Ynaê
Janaina e Yemanjá
São rainhas do mar
Mar, misterioso mar
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
Ialaó, oquê, ialoá
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com as doces melodias
Os madrigais vão despertar
Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz, ela semeia
Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz, ela semeia
Toda a corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor
Oguntê, Marabô
Caiala e Sobá
Oloxum, Ynaê
Janaina e Yemanjá
São rainhas do mar
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