O piloto Charles Leclerc.
Em fase de testes.
Começamos nas vésperas do outono europeu.
O ano era 2014.
Caterham, Marussia, Sauber e Lotus estavam em maus lençóis financeiros.
Lawrence Stroll estava caçando uma escuderia na Fórmula 1 para chamar de sua.
Durante a demanda, Gerhard Berger era seu guia.
Lotus e Sauber foram eleitas.
Bernie Ecclestone se aproximou do empresário canadense e sugeriu que ele pedisse conselhos para um velho conhecido.
Flavio Briatore.
O italiano, empresário de Fernando Alonso (já voltamos no piloto), apontou a Lotus.
O que se revelou ser mais difícil.
Havia o cheiro do dinheiro de Pastor Maldonado derramado por todos os cantos da equipe.
Era um empecilho.
A Sauber, parceira da Ferrari (academia de Lance), se mostrou mais viável.
Já no final daquela temporada (2014), Stroll e Peter Sauber não se entenderam.
Nem com quase 80 milhões de euros sobre a mesa.
O tempo passou.
Chegamos até 2017.
Com Lance conduzindo a Williams, seu pai apontou cada vez mais seus canhões para o time de Frank.
Na Casa de Grove, ele falou para Claire sobre uma proposta ousada.
Trazer Fernando Alonso (eu disse que ele voltaria) para correr ao lado de seu filho e ainda aumentar seu aporte financeiro na tradicional equipe.
Lawrence bancaria o salário de Ferdi (25 milhões euros) e assinaria um cheque de 40 milhões de euros para a Williams.
Claire recusou.
Em 2018 Stroll estava encantado pela Haas.
Pelo modelo seco.
Assim ele tornou a falar nos ouvidos da filha de Frank.
Um cheque de 80 milhões de euros, uma parceria mais estreita com a Mercedes e um sensível corte nos gastos (demissão de 200 cabeças).
A Williams ainda acreditava no sonho de ser grande sozinha.
E novamente disse não.
O fim nós já sabemos.
Lawrence foi embora e montou seu acampamento na conturbada Force India.
Nascia a Racing Point.
A ideia de ter a dupla de pilotos formada por Alonso e Stroll seguia no horizonte.
Além das pistas, Stroll queria repetir o sucesso da Tommy Hilfiger na marca Kimoa do piloto espanhol.
O horizonte seria 2020 por causa de acordos firmados com Sergio Perez.
O acidente em Austin e as declarações de Alonso sobre Stroll (piloto amador) acabam com tudo.
Palavras são flechas lançadas.
Briatore deve ter coçado a cabeça.
As temporadas de 2019/2020 foram de investimentos no time.
Stroll queria brigar pelo terceiro posto já em 2020.
Conseguiu.
Com a chegada dos novos regulamentos, o objetivo era estar sempre no pódio.
Acordos firmes de patrocínio foram selados (BWT).
Toto Wolff se tornou o melhor amigo.
A intimidade era tanta que, em Gstaad na Suíça, até tramaram um plano B (uma nova categoria) com Ecclestone e Montezemolo, caso a Liberty não atendessem seus interesses.
Stroll já investiu mais de 150 milhões de euros com a Racing Point.
A cartada final veio com a Aston Martin.
Direito de usar por 10 anos deste nome tradicional do mundo do automobilismo na Fórmula 1.
Com 17% de controle da marca.
Selou a parceria com Wolff e a Daimler.
E ainda possui 120 cabeças para construção de sua própria unidade de força.
Com projeção para apresentar o primeiro protótipo ainda nesta temporada.
Stroll construiu sua escuderia.
Com um nome inquestionável.
Boas parcerias.
E com Sebastian Vettel.
Um piloto experiente, agregador e que caiu do céu graças a uma doideira da Ferrari.
Sorte?
Pode ser.
Mas sabemos que sem preparo, nem a sorte ajuda.
Lewis Hamilton | Nico Rosberg | |
---|---|---|
2013 | 0 | 3 |
2014 | 2 | 3 |
2015 | 1 | 2 |
2016 | 1 | 0 |
Total | 4 | 8 |