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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Banca

 















A instituição financeira italiana UniCredit será a nova patrocinadora da Ferrari na Fórmula 1.

A UniCredit ocupará o lugar deixado pelo Banco Santader na Scuderia Italiana.

Acordo de três temporadas com investimento total de 720 milhões de reais.

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

México


























Os Hermanos Rodriguez. Pedro e Ricardo.

Tem uma história clicando aqui .

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Willy Mairesse






Fotos da carreira do belga Willy Mairesse.

Um vencedor.

Porém infausto.
 
Suas conquistas?

Targa Florio, 500 km de Spa-Francorchamps e 1000 km de Nurburgring.

São apenas algumas.

No seu tempo o piloto tinha seu talento provado em diversas categorias.

Rally, Turismo.

Endurance.

E Mairesse era talentoso.

E não tinha medo.

Pilotava no limite.

E às vezes até ultrapassava a razão.

Por isso vemos sua biografia lotada de acidentes.

E uma participação irregular na Fórmula 1.

Em Spa, 1962, após uma batalha épica com Trevor Taylor, Mairesse foi jogado
pra fora de sua Ferrari após capotar.

O carro pegou fogo.

E Mairesse, mesmo encontrado sem as calças e os sapatos, escapou com poucos
ferimentos.

Sua paixão era transparente.

Seu semblante antes das largadas assustava alguns de seus pares.

Era a vontade de vencer.

E o público sempre adorou esses tipos.

São amados.

Eu sei.

Gilles Villeneuve e Nigel Mansell são bons exemplos.

Qualquer post aqui falando mal do Leão é sempre recebido com vaias!

Mairesse pertencia a essa linhagem.

Porém lhe faltava aquele algo mais para atingir a genialidade.

E isso o destruiu por dentro.

No início de 1963, Phil Hill havia feito a previsão.

A briga interna na Ferrari entre John Surtees e Mairesse acabaria trazendo
erros forçados.

Mairesse foi a vítima da história.

Em Nurburgring o ferimento no braço foi grave demais.

E o deixou um ano longe das pistas.

E da Ferrari.

Ele ainda voltou aos circuitos.

Diferente.

Mais amargo.

Ciente que seu tempo havia passado.

Em Le Mans, 1968, aconteceu o golpe final.

A porta de seu Ford GT voou pelos ares.

Mairesse ficou 15 dias em coma.

Até para voltar a realizar os gestos mais simples precisou da fisioterapia.

O homem sobreviveu mas sua alma estava morta.

Um ano depois ele foi de trem até Ostende, no litoral da Bélgica.

No hotel, escolheu um quarto com vista para o mar.

E tomou uma decisão após anos de lutas e pouca sorte.

Com uma overdose de pílulas para dormir ele resolveu partir.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Mágica






















Outro dia fiz um post sobre a pilotagem perfeita de Jackie Stewart em
Nurburgring.

Um assombro.

Hoje o personagem é Stirling Moss.

Em 1961 ele fez mágica no principado de Mônaco.

O Inglês já havia causado surpresa ao conquistar a pole position com a
Lotus particular de Rob Walker.

Um feito.

Deixou para trás as poderosas Ferraris e ninguém menos que Jim Clark
com o carro oficial da equipe.

Romolo Tavoni, o estrategista da Scuderia Italiana, tinha o plano na cabeça
para derrotar Moss.

Não havia motivo para desespero.

No meio da prova ele seria uma presa fácil.

Phil Hill, Richie Ginther e Wolfgang Von Trips seguiram à risca as ordens do
comandante vermelho.

Com calma.

Assim Stirling Moss conservou a liderança após a largada.

Após algumas voltas, Tavoni deu o sinal para seus pilotos acabarem
com o inglês.

E assim começou a caçada.

Moss pilotou bravamente.

Estava fazendo a corrida da sua vida.

Perfeita.

E um a um os pilotos da Scuderia Italiana foram ficando para trás.

Wolfgang Von Trips rodou.

Depois foi a vez de Phil Hill.

Restou apenas Ginther.

O duelo entre os dois foi espetacular.

A cada volta os tempos foram caindo.

Despencando, na verdade.

Ambos fizeram a melhor volta da prova.

1.36.300

Inacreditável!

Os cronômetros pareciam mentir.

Eles haviam atingido um tempo 3 segundos melhor que o da pole 
position!
 
Mas Moss estava impossível.

Inalcançável.

Por isso a Ferrari fracassou.

O plano de Tavoni era perfeito.

Seus carros eram melhores.

Mas o piloto inglês recorreu ao sobrenatural.

Como lutar contra isso?

Um dos momentos mais belos de toda a história da Fórmula 1.

Tesouro de Mônaco.

A etapa especial.

Quase uma corrida extra-campeonato no calendário.

Diferente.

Mágica.

Talvez essa coisa de outra dimensão no principado tenha mesmo um
fundo de verdade...

sábado, 14 de maio de 2022

Peter Collins




























Ele era o parceiro de Mike Hawthorn.

Companheiro de festas.

De aventuras.

Isso mesmo.

Para Peter Collins a corrida era apenas mais uma aventura.

Não havia compromisso.

Tudo fazia parte do lúdico.

Collins era do time dos bem-nascidos.

O mundo era dele.

Ainda jovem, na Inglaterra, foi expulso da escola.

Matava aulas para ficar futucando carros.

Começou a vencer provas locais e logo se destacou entre seus pares.

Em 1952 chegou a Fórmula 1.

Com pouco mais de vinte anos.

Passou pela Vanwall e Maserati.

Na Ferrari encontrou Juan Manuel Fangio.

É aí que aparece um ato de desprendimento sem igual.

Final da temporada de 1956.

Na Itália os dois pilotos da Scuderia Italiana brigavam pelo título.

Collins precisava fazer sua parte: vencer a prova.

E ainda contar com a sorte para ter chances.

Fangio não podia terminar a corrida.

Um infortúnio de seu companheiro de equipe seria bem vindo.

Os dados foram lançados.

O carro do argentino quebrou.

Collins só tinha Stirling Moss na sua frente.

Durante a parada de reabastecimento, Collins olhou para Fangio
parado no box.

Sem hesitar, o inglês desceu do carro e cedeu seu lugar.

O regulamento da época permitia.

Juan Manuel Fangio chegou ao título.

Em meio a milhares de perguntas, Collins se justificou.

"Ele merecia vencer. 

Ainda tenho muito tempo."

Não tinha.

A partir daqui a história fica dramática.

Os dois anos seguintes seriam os últimos de sua vida.

E Peter Collins os viveu intensamente.

Conheceu Lousie King e em uma semana eles se casaram.

Levou a atriz americana, filha de diplomata, para morar com ele
em Mônaco.

No Mipooka, seu iate, ele e Hawthorn selaram um acordo em 1958.

Um pacto.

Não importava mais quem chegasse em primeiro.

Os prêmios seriam sempre divididos entre eles.

Isso trouxe uma rivalidade com o piloto italiano Luigi Musso 
dentro da Scuderia Italiana.

O Commendatore não tomou partido.

Só queria saber das vitórias.

Em Reims, Musso estava pressionado.

As dívidas estavam altas demais.

Precisava da vitória.

Do dinheiro.

Fiamma, sua namorada, acompanhava tudo e sofria junto.

O italiano andou acima de seus limites e acabou se acidentando.

Mesmo sendo levado ao hospital, não resistiu.

No hotel, a equipe Ferrari recebeu a notícia de sua morte.

Hawthorn foi o vencedor da prova.

E comemorou com Collins.

Com muita cerveja.

Fiamma não se conformava.

"Aquilo não estava certo".

Ela dizia.

Menos de um mês depois a parceria dos ingleses acabaria.

De forma trágica.

Em Nurburgring, Hawthorn assistiu ao acidente de Collins.

O piloto inglês, assim como Musso, morreu no hospital.

Hawthorn, amargurado, viveu apenas por mais seis meses.

Com o fim dos inimigos, Fiamma se sentiu liberta.

"Eu odiava os dois. 

A morte deles me trouxe paz."

Tantos sentimentos.

Num esporte que exalta a mecânica.

A engenharia.

A tecnologia.

E parece frio.

Nobreza, cordialidade, amor, intriga, rivalidade, desejo de vingança.

E ódio.

Existe coisa mais humana que a Fórmula 1?

sexta-feira, 29 de abril de 2022

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Pequenas Passagens

























Ele não era italiano, claro.

Mas nasceu num lar de sicilianos.

Por isso Alesi sonhava com a Ferrari desde a sua infância.

Corta.

1990.

O francês arregalou os olhos da Fórmula 1 após uma performance memorável
contra Ayrton Senna em Phoenix.

O piloto da Tyrrell havia se tornado uma surpresa desejada por outras escuderias.

Um acordo com a Williams foi feito para a temporada seguinte.

Mas a notícia de Mansell abandonando a categoria fez tudo mudar.

A Scuderia precisava de Alesi.

O piloto ficou aos pés de Frank Williams.

Implorou por liberdade para que ele pudesse realizar o desejo de sua vida.

Frank se comoveu e rasgou o contrato.

Um coração de ouro...

Porém no ato impôs duas condições.

Pequenas.

A primeira envolvia dinheiro.

Williams exigiu que os italianos pagassem 4 milhões de dólares de indenização.

Valores da época.

A segunda foi inusitada.

O dirigente inglês pediu um Fórmula 1 original da Ferrari.

O que aconteceu?

Alesi realizou seu sonho.

Frank ficou um pouco mais rico.

(e resolveu o problema da vaga assinando com Mansell)

Claro.

Tempos depois, em 1993, uma caixa misteriosa e enorme proveniente de
Maranello chegou a Didcot, antiga sede da Williams.

Dentro estava o modelo Ferrari 641 usado na temporada de 1990.

O bólido ficou por dez anos no museu particular da Williams.

Até ser vendido.

Sua localização atual é desconhecida.


sábado, 4 de julho de 2020

Imaginando























Um protótipo.

Nada além de um exercício.

Mas e se a Ferrari retornasse a Le Mans?

domingo, 21 de junho de 2020

Jody Scheckter


























As imagens acima mostram um cara que não tem medo
de mudanças.

E as mudanças acompanharam toda a vida de Jody Scheckter.

No início dos anos 70 esse sul africano chegou à Europa.

E da Fórmula Ford até a Fórmula 1 foram apenas dois
anos.

Uma ascenção muito rápida.

Um conto ligeiro.

A partir daí apareceu a violência na sua maneira de
guiar.

Em Paul Ricard, Emerson Fittipaldi foi o primeiro
a sofrer.

Na corrida seguinte, na Inglaterra, Jody causou um acidente
histórico com diversos carros.

Por causa disso o italiano Andrea de Adamich encerrou
sua carreira.

Scheckter recebeu três meses de punição.

No ano seguinte, ele foi contratado por Ken Tyrrell.

Seu companheiro, Cevert, chegou a dizer que ele deveria
ser proibido de correr.

Jody mudou sua atitude.

Para melhor.

Se tornou um acumulador de pontos.

A lendária Tyrrell P34 conheceu sua única vitória com
Scheckter no comando.

Não só isso.

Em 12 corridas pontuou 10 vezes com o carro de seis
rodas.

Impressionante.

Após dois anos na Equipe Wolf , ele foi para a Ferrari
em 1979.

Cada vez mais maduro, se mostrou contrário ao Apartheid
de seu país natal.

E prometeu o título ao Commendatore Enzo.

Se tornou o último campeão da Scuderia antes da
Era Schumacher.

Logo após a conquista deixou a Fórmula 1.

E se dedicou a outros projetos.

Nos anos 80 se tornou um milionário com a patente
de um simulador de tiro.

Também ajudou nos primeiros passos de seus filhos
no mundo das corridas.

E as mudanças não pararam na vida desse inquieto ex-piloto.

Que continuou ganhando títulos.

O último foi o de Melhor Criador Orgânico da Inglaterra.

Criador?

De porcos!

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Juízo























Bom dia petrolheads.

Iniciando com o comendador Enzo Ferrari mostrando
quem é que mandava.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Quebra-mola



















Dupla.

Rene Arnoux e Riccardo Patrese em Brands Hatch.

1984.

E essa zebra?

domingo, 14 de junho de 2020

Rival






















Ferrucio era um fanático por touradas.

Daí, além de seus veículos sempre receberem nomes de
touros, o próprio logotipo da marca criada por ele ser
também o animal estilizado.

Nosso personagem era um rico fabricante de tratores e
sistemas de calefação.

Também um apaixonado por super carros.

Tinha especial admiração pela Ferrari.

Porém sofria, assim como outros proprietários, quando enfrentava
algum problema com a famosa marca italiana e tentava resolver
com Enzo Ferrari.

Era tratado com desprezo.

Para o comendador, os clientes sempre foram uma amolação que
financiava seus projetos.

Isso irritava Ferrucio.

Assim ele resolveu entrar no ramo dos automóveis de rua
e criar um carro melhor que o de Enzo.

E não só isso, queria ainda tratar bem seus clientes.

Assim, em 1964 , no Salão de Turim, apareceria a primeira
Lamborghini, a 350 GVT.

Possuindo um motor V12 projetado pelo engenheiro Giotto 
Bizzarrini, recém demitido da Ferrari após criar a 250 GTO.

A máquina rivalizava em tudo com seu concorrente de
Maranello.

Uma criação tão impactante que o próprio Enzo Ferrari
reconheceu seu brilhantismo.

Ferrucio havia cumprido sua palavra.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Quase na Indy










































O ano é 1986.

Enzo Ferrari estava extremamente contrariado com os rumos da Fórmula 1.

O problema maior era o regulamento.

Ele gostaria de alterar as regras em relação aos motores.

Aborrecido, resolveu criar um plano para deixar a categoria.

O destino?

A Indy.

Um sonho antigo que morava no coração do Commendatore.

Repetir o feito da Lotus.

Vencer as 500 milhas de Indianápolis.

O que parecia uma loucura começou a tomar forma.

Para começar a Scuderia Italiana contratou Steve Horne, chefe da Tasman
Motorsport, como consultor técnico.

A coisa se desenvolveu durante um ano.

E o carro ficou pronto!

Passou pelo túnel de vento e pela pista de testes com resultados impressionantes.

Na imagem acima vemos Michele Alboreto experimentando o bólido.

Chegou a ser estabelecida uma data e local para sua estréia em competições nos
Estados Unidos.

Outubro de 1986.

Laguna Seca.

A cartada de Enzo caiu como uma bomba no mundo da Fórmula 1.

A ameaça de perder a Ferrari fez com que as regras fossem revisadas.

Acabando com a briga.

Com isso John Barnard, que havia assumido o projeto no final, resolveu
cancelar tudo e continuar na F1.

E o carro?

Voltou para a garagem.

De lá seguiu para o museu da equipe.

Se tornou uma lembrança.

Não se deve duvidar dos italianos.

Eles não costumam blefar.




terça-feira, 9 de junho de 2020

Wolfgang Von Trips


























O piloto alemão Wolfgang Von Trips era um nobre.

De uma linhagem familiar dos tempos da inquisição.

Rico.

E culto.

Falava diversos idiomas.

Sabia administrar as terras e a fortuna da família.

Dentro de seu imenso e vazio castelo, tomava conta de tudo.

Vazio porque foi pilhado durante a Segunda Guerra Mundial.

Ele poderia ter se confundido com Alfonso de Portago ou
Mike Hawthorn.

Ser mais um daqueles que nasceram em berço de ouro.

Mas Von Trips pensava diferente.

Havia um elo de ligação com sua pátria.

Na sua mente estavam as histórias de Hermann Lang,
Bernd Rosemeyer e Rudolf Caracciola.

Ele queria as honras.

Em 1956 ele passou a fazer parte da Ferrari.

A briga interna por um lugar na Scuderia Italiana era insana.

Muitos pilotos.

Poucos cockpits.

Von Trips precisava se destacar.

Vencer a concorrência.

Logo estava andando fora de todos os limites.

E com isso os acidentes foram se acumulando.

Von Trips pensava no futuro.

Foi assim que na volta de uma viagem aos Estados Unidos
ele trouxe dois Karts na bagagem.

Aquilo não existia na Europa.

Ele conseguiu uma empresa que copiasse os modelos da coisa.

Contruiu uma pequena pista dentro de suas terras.

Ele queria dar oportunidades para que outros compatriotas
chegassem a Fórmula 1.

Nascia assim a Campeonato Europeu de Kart.

Na mesma pista que curiosamente, em 1973, seria palco da
estréia dos irmãos Schumacher no automobilismo.

A reviravolta na atribulada carreira de Von Trips se daria
em 1959.

Os olhos do Commendatore já haviam visto o piloto.

E Enzo Ferrari sempre gostou dos apaixonados.

Dos que se doavam.

Enzo passou a cuidar dele.

E com algumas punições foi colocando a cabeça do alemão
no lugar.

Tudo foi ajustado.

Continuou a ser um piloto rápido.

Porém mais seguro

Em 1961 Von Trips já comandava a Ferrari.

O título passou a ser questão de tempo.

Uma glória para a Alemanha.

Ele chegou a etapa italiana como favorito.

Uns dias antes assistiu Berlin ser dividida por um muro.

Von trips fez a pole.

Parecia que tudo iria dar certo.

Não deu.

Falhou na largada.

E o antigo piloto afobado, que estava adormecido, acordou.

Na parabólica sua Ferrari e a Lotus de Jim Clark se envolveram
num acidente.

O carro vermelho atingiu os espectadores.

Entre os que morreram estava Von Trips.

O menino sonhador que cresceu assistindo aos duelos da
Mercedes contra a Auto Union.

As façanhas de seu herói Rosemeyer.

E que acabou tendo o mesmo trágico destino ao querer buscar
suas glórias.

A morte no asfalto.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Paternidade



























Num espaço de discussões no Facebook apareceu o tema.

Quem é o pai dos aquecedores de pneus?

A cultura popular aponta Nelson Piquet.

Outro dia fiz um post aqui que trouxe dúvidas.


A foto em que aparece a McLaren de Emerson Fittipaldi com cobertores nos pneus.

A data: setembro de 1974.

Mosport Park.

Mas qual é a história disso?

Começa ainda na sexta-feira, durante os treinos para a prova.

Fazia muito frio.

Fittipaldi havia discutido com a equipe o problema do aquecimento dos pneus.

A solução veio com Teddy Mayer.

O cara improvisou um forno!

Mandou comprar um aquecedor a gás.

O troço aquecia os pneus dentro de uma caixa de madeira.

Tudo construído pelos mecânicos da McLaren.

O plano foi colocado em prática no domingo.

Três horas antes do inicio da corrida.

O sigilo era total.

Não queriam que nenhuma outra equipe percebesse a manobra.

No warm-up, Emerson chegou a sair com os pneus frios.

Faltando duas horas para a largada a Ferrari descobriu o segredo.

Desespero!

Tentaram até solucionar o problema.

Os italianos colocaram seus pneus dentro de dois carros e ligaram os aquecedores.

Claro que não deu certo.

Os pneus foram colocados sem a temperatura adequada nos carros de
Niki Lauda e Clay Regazzoni.

O frio era  intenso.

Por isso, mesmo após a volta da apresentação, a McLaren cobriu
seus pneus com cobertores.

Daí a foto...

O relato é da época.

Do próprio Emerson Fittipaldi.

O vencedor da prova.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Olivier Gendebien


























O belga Olivier Gendebien foi um herói da Segunda Guerra
Mundial.

Do tipo que meteu chumbo nos nazistas.

Participou da resistência no seu país e também da divisão de
paraquedismo do exército britânico.

Seu nome também é lembrado por outros motivos.

Gendebien foi um dos maiores pilotos de Sportcars de todos
os tempos.

De família rica, na universidade se formou em engenharia.

Depois da guerra foi trabalhar na África.

No Congo.

Lá descobriu o Rally.

Seus bons resultados na categoria chamaram a atenção
de Enzo Ferrari.

Logo ele conseguiu um contrato com a Scuderia Italiana.

Seu jeito de conduzir era admirado pelo Commendatore.

"Um nobre ao volante".

Chegou a participar de 15 corridas da Fórmula 1.

Porém foi nas provas de Endurance que Gendebien se destacou.

E colecionou vitórias.

Reims, Sebring, Nurburgring...

De 1957 à 1962 seu nome no alto dos pódios virou rotina.

Três títulos na Targa Florio.

Quatro conquistas nas 24 horas de Le Mans.

Quatro!!!

Uma verdadeira lenda.

Em 1962 seus familiares o pressionaram para que deixasse
as pistas.

Havia o medo que Gendebien fosse mais um entre os dezenas
de mortos vítimas de acidentes na época.

Abastado, morreu em 1998 em sua casa no sul da França.

Perguntado certa vez sobre o segredo da sua carreira vitoriosa,
o belga respondeu:

"Dobrar as esquinas mais rápido do que se gostaria..."

terça-feira, 2 de junho de 2020

Ivan Capelli
























Interessante.

Tentando desvendar a história de um piloto descobrimos muito sobre toda uma categoria.

O piloto é Ivan Capelli.

A categoria é a Fórmula 1.

Ainda criança ele teve uma experiência marcante.

Seu pai produzia comerciais para a Parmalat.

Certa vez levou o filho até Fiorano.

O garoto, bem comportado, chamou a atenção de Ermano Cuoghi.

O mecânico-chefe do carro de Niki Lauda.

Num instante o menino estava dentro da Ferrari.

Capelli tinha 11 anos.

Esse italiano passou por todas as etapas de formação.

Kart, Fórmula 3, Fórmula 3000...

Em 1985 fez sua estréia na categoria máxima do automobilismo.

Nada heróico.

A pista de Brands Hatch ele nem conhecia.

Ken Tyrrell foi seco.

"Se você quiser é assim: sentar e dirigir!"

No ano seguinte pilotou algumas vezes pela AGS.

Um time que possuía 7 funcionários.

Já na March teve sua melhor época.

Foi quando guiou um desenho de Adrian Newey.

Em 1992, 17 anos depois, ele voltou a sentar numa Ferrari.

Mas nada deu certo.

Capelli estava acostumado ao ambiente das pequenas equipes.

Familiar.

Onde todos falam com todos.

O excesso de burocracia da Scuderia Italiana arrasou com sua motivação.

Sua sinceridade é reveladora.

"Não tinha concentração.

Depois de 4 horas de trabalho meus pensamentos estavam em outro lugar."

Outro fator foi a pressão de uma equipe grande por resultados.

O desconforto foi imenso.

Os jornais italianos chegaram a dizer que ele não tinha glóbulos vermelhos suficientes para estar na equipe.

Foi uma decepção.

Aqueles que trabalharam com ele na March tinham a certeza que ele no futuro seria um campeão.

Estavam enganados.

Ainda houve uma tentativa pela Jordan.

Em vão.

Sua carreira havia terminado.

Com o passar dos anos a tristeza o deixou.

Nada melhor que o tempo para curar feridas.

Se tornou um bom comentarista na TV italiana.

Hoje ele se empolga quando perguntado quem foi o melhor.

"Senna".

Sem hesitar.

"Eu o conhecia desde o Kart.

Era impressionante.

Ele sempre fez coisas diferentes na pista...

Só ele conseguia fazer aquilo!"

E quando vai descrever as manobras, com seu jeito alegre, quase cai da cadeira.

Talento, oportunidade...

Ivan Capelli não pode reclamar.

Sua biografia mostra um pouco de que são feitos os campeões na Fórmula 1.

Talento e oportunidades não bastam.

É preciso muito trabalho duro.

Dedicação.

Suportar a pressão.

E até mesmo um pouquinho de sorte.

Não falo da ventura comum.

Mas aquela que acompanha os que se esforçam e lutam mais do que os outros.

312 T

























Bom dia petrolheads!

Gilles Villeneuve em Fiorano, claro.

Tem como ser mais interessante?

domingo, 31 de maio de 2020

Tá doido!


























O empolgado Luca di Montezemolo vendo Niki Lauda vencer.

1975.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

James Hunt
























Festas.

Mulheres.

Álcool.

Cigarro.

Aquele que vomitava de tensão antes de cada Grande Prêmio.

São essas coisas que passam na cabeça das pessoas ao se falar sobre James Hunt.

Mas não foi isso?

Foi.

Mas houve a sorte também.

Sorte de escapar de diversos acidentes.

Até em um lago ele caiu durante uma prova da Fórmula Ford.

Saiu facilmente do carro.

O cinto de segurança não era sua prioridade.

Mais?

Sorte de encontrar um Mecenas das Pistas.

Lord Hesketh era exatamente isso.

Mesmo que os resultados demorassem a aparecer.

A aventura iniciada na tediosa F2 logo chegaria à Fórmula 1.

E o improvável aconteceu.

1975.

Em Zandvoort, Hunt terminou em primeiro com o carro branco.

Porém a fonte de dinheiro secou.

E Hunt parecia que estava sem futuro.

Mas a sorte cuidaria de tudo.

Não abandonaria assim o piloto inglês.

Para espanto de todos Emerson Fittipaldi deixou a McLaren para seguir sua
própria sorte.

Sorte?

Eu não disse que ela estava ao lado de Hunt?

O piloto festeiro passou então a ocupar o cockpit vago na equipe de Teddy Mayer.

1976.

O duelo entre Ferrari e McLaren prometia.

Mas Niki Lauda estava impossível.

Nas nove primeiras etapas foram 5 vitórias, 2 segundos lugares e 1 terceiro.

Hunt precisaria de muita sorte para ser campeão.

Isso.

Sorte.

Em Nurburgring, Lauda sofreu o terrível acidente.

Hunt venceu.

E repetiu a dose na Holanda, no Canadá e nos Estados Unidos.

Lauda retornou do mundo dos desenganados.

No Japão, palco da última etapa, apenas 3 pontos separavam os dois pilotos.

A sorte fez chover.

Muito.

Lauda abandonou.

Tudo ainda estava fresco.

Recente demais.

O acidente na Alemanha havia mudado sua vida.

Ninguém enxergava nada no circuito de Fuji.

Hunt estava mais nervoso do que nunca.

Ainda mais que a sorte decidiu mostrar que ela estava no comando.

Faltando dez voltas o pneu da McLaren furou.

Ao sair dos boxes o inglês estava na nona colocação.

Sem ver direito ele ultrapassou todas as manchas na pista.

A corrida terminou.

James Hunt se tornou o novo campeão mundial.

Ele não saudou a sorte.

Mesmo assim ela ainda insistiu.

E ainda lhe deu de presente três vitórias no ano seguinte.

Porém nessa mesma temporada Hunt decidiu abandonar tudo.

A sorte continuou na Fórmula 1.

Decidindo destinos.

Observando de longe James Hunt.

Um de seus escolhidos.

Em 14 de junho de 1993 ela resolveu visitar o ex-piloto em sua casa.

Uma última vez.

Apenas para dizer adeus.