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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Loeb: Não há pressa para renovação com a M-Sport


Sebastien Loeb, mesmo correndo em part-time no WRC, consegue ser alguém que mexe na classificação e mostra ter talento suficiente para lutar pela vitória. E o melhor exemplo aconteceu no ano passado, onde triunfou no rali de Monte Carlo, e em apenas quatro provas, conseguiu pontos suficientes para ficar no "top ten". E em 2023, a Ford tem Ott Tanak, que por muitas ocasiões, desejou que a equipa apenas focasse nele para alcançar e bater a concorrência de Hyundai e Toyota. 

Contudo, Malcom Wilson, o homem forte da M-Sport, já disse que o quer em alguns ralis de 2023, para ajudar a equipa. Mas não tem pressa em finalizar o contrato. Em declarações ao Dirtfish.com, Malcolm Wilson reconheceu que "estamos a falar com ele," e assumiu que gostaria "de vê-lo de volta se conseguirmos forma de ele fazer alguns ralis."

Contudo, o mentor da estrutura de Dovenby Hall também deixou bem claro que "o meu empenho é em colocar Ott Tanak muma posição confortável em que ele esteja cem por cento feliz."

Do lado do francês, que fará 49 anos no final do mês, ele falou há uns dias numa entrevista ao Canal + francês, disse bem claro o que pretende agora: "Quero sempre fazer ralis."

"No ano passado fiz algumas provas, nem todos terminaram bem, mas no geral cheguei a liderar todos os ralis que fiz, por isso o sentimento foi sempre. Senti-me bem no Ford, então por que não repetir este ano?" concluiu.

Resta saber como é que ambos se encaixarão, e se haverá alguma hierarquia, obedecendo aos desejos do piloto estónio.  

domingo, 9 de janeiro de 2022

O que irão ser os novos Rally1 do WRC?


Aí vêm os Rally1, os novos carros do WRC com motorização híbrida, com potências na ordem dos 450 cavalos, mais o motor elétrico para ser usado nas ligações entre as classificativas, para além das alterações aerodinâmicas, estes carros, que entrarão em ação no final do mês no Rali de Monte Carlo, serão provavelmente as maiores alterações desde a chegada dos World Rally Car, em 1997.  

Para o diretor-geral da M-Sport, Malcolm Wilson, que constrói e assiste as máquinas Ford - este ano, irão andar nos Puma, depois de uma década ao volante dos Fiesta - assistiu, quer como piloto - correu nos RS200 de grupo B - quer como diretor da sua preparadora, a grandes mudanças no WRC. Mas como o próprio destaca, não viu nada como aquilo que acontecerá este ano. 

Não há duas formas de contornar isto. As mudanças para esta época são um grande passo em termos de tecnologia com os carros que participam no campeonato e esta é a maior que já vi em todo o tempo que estou ligado ao Mundial de Ralis”, começou por dizer. “Penso que a fiabilidade será a chave para os títulos desta temporada”, acrescentou.

Já outro ex-piloto, e agora diretor da equipa Toyota Gazoo Racing, o finlandês Jari-Matti Latvala, concorda com as afirmações de Malcolm Wilson: “Com certeza, a fiabilidade será um factor chave para todas as equipas. Há muitas áreas completamente novas nos carros deste ano. Claro que todos gostaríamos de ter mais tempo para os testes, mas agora o Monte [Rallye Monte-Carlo] está aí à porta e temos de estar prontos. Como sempre neste desporto, há algumas coisas das quais não se sabe tanto, mas este ano vai haver ainda mais algumas, especialmente a parte híbrida e as outras mudanças no carro. Vai ser uma época muito excitante”, disse Latvala.

Já em termos de pilotos, o diapasão é o mesmo. Há tanta expectativa em relação a estes carros que gente como Sebastien Loeb e Sebastien Ogier fizeram questão de estar ao volante destes carros no Rali de Monte Carlo para os poderem experimentar, apesar de não irem correr uma temporada inteira. 

Ogier, o campeão de 2021, e que continuará a pilotar pela Toyota, sente que os primeiros eventos dos Rally1 podem ser um desafio, mas está confiante que os carros irão evoluir muito nas próximas três temporadas: “Estou muito confiante que os carros irão progredir rapidamente. Vimos isso com a última geração de carros, eles foram bem mais rápidos em 2021 do que quando começaram em 2017”.


Outro piloto que quer saber como estes carros funcionam é o irlandês Craig Breen, que mudou este ano para a M-Sport Ford depois de marcar dois pódios com a Hyundai Motorsport em 2021, terminando em segundo lugar na Bélgica e em terceiro na Finlândia, refere, à medida que o WRC entra na sua época híbrida de estreia, que esta chance é se calhar, a maior que já teve na sua carreira de piloto. 

Esta oportunidade é enorme para mim”, começou por dizer o piloto irlandês quando fala do seu novíssimo carro Puma Hybrid Rally1 da M-Sport Ford: “Vou dar-lhe absolutamente tudo o que tenho. No passado, disse a mim mesmo que o tempo de assento em qualquer tipo de carro de rali o ajuda, mas, com toda a honestidade, não ajuda. Estes carros são agora tão específicos, com o sistema híbrido são diferentes de tudo o que já fizemos antes e o que precisamos é de encontrar o sentimento natural com o carro. Não vou fazer isso com o material histórico, e foi por isso que parei”.

Desde o outono, Breen passou todo o seu tempo a trabalhar com a equipa britânica, no Puma: “Esperava que a falta das duas últimas rondas do [WRC] me desse a oportunidade de ter uma boa sensação para o carro do Rally1, e acredito sinceramente que sim”, começou por afirmar.

Tive tempo no novo carro e tive tempo fora do World Rally Car, quase é preciso esquecer certos aspetos da última geração de carros. Não temos as mesmas diferenças, a aerodinâmica e a suspensão são bem diferentes e eu queria aquele sentimento natural com o Puma. E está definitivamente lá. Temos agora mais este teste antes do Monte e eu, sinceramente, estou ansioso, e tão excitante…”, concluiu.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Ralis: Ford estreia novo Fiesta R5 na Finlândia

A Ford está a tentar recuperar o lugar de destaque que tinha nos ralis, e está a ultimar a nova versão do Fiesta R5. Segundo conta Malcom Wilson, o carro estará pronto em agosto, por alturas do Rali da Finlândia. O piloto de testes têm sido o britânico Gus Greensmith, mas o próprio Wilson, ele mesmo um antigo piloto de ralis, foi experimentá-lo.

"Li os relatórios e vi os dados, mas havia uma série de coisas que queria ver por mim mesmo," explicou Wilson em declarações à revista Motorsport News. "Estou muito mas muito contente com o que encontrei. A diferença entre o novo carro e o antigo é definitivamente muito visível. Não há nada do carro antigo, zero, é tudo cem por cento novo. As pessoas têm de esperar para ver, mas acreditem em mim, nós fizemos a diferença."

O carro será homologado pela FIA a 1 de julho, mas o carro passará antes, no Rali de Ypres, como "carro zero". E será a tentativa da Ford de voltar a ter a dianteira de uma classe do qual foi o primeiro a lá chegar, antes de Skoda - com o Fabia R5 - Volkswagen e Citroen começarem a fazer os seus modelos e começarem a superá-lo.

sábado, 22 de dezembro de 2018

WRC: Malcom Wilson deixa o comando da M-Sport

Que a M-Sport anda em maus lençóis. Com cada vez maior dificuldade em arranjar dinheiro para completar o orçamento, e com a Ford a não largar os cordões à bolsa, apesar de ter tido Sebastien Ogier por duas temporadas, dando dois títulos de campeão mundial, Malcom Wilson decidiu abandonar o comando das operações dos ralis no dia-a-dia e dedicar-se mais a outras operações comerciais na sede da marca, na Grã-Bretanha. Isto acontece 21 anos depois de ter ficado com o programa competitivo da marca americana.

O seu substituto será outro britânico, Rich Millener, que até aqui era o numero dois de Wilson, tomando conta do departamento comercial da marca.

O próximo ano será um ano muito importante para a M-Sport. Temos vários novos projetos, incluindo o lançamento do nosso Centro de Avaliação em Dovenby Hall”, começou por explicar Wilson ao site WRC.com. "Continuaremos a trabalhar com os parceiros existentes - salvaguardar os que temos e aproveitar as novas oportunidades que surjam", continuou.

Millener juntou-se à M-Sport em 2006 no departamento de peças e vendas e trabalhou de perto com Wilson como seu numero dois nas últimas temporadas.

"Estou ansioso para assumir o comando da equipa com o apoio de outros membros e é bom ter a convicção de Malcolm de que eu poderia fazer o trabalho. A pressão acabou, com Seb deixando a equipa e agora é um bom momento para mudar as coisas”, disse.

A M-Sport irá alinhar em 2019 com Teemu Suninen e Elfyn Evans, com um terceiro carro a ser alugado prova à prova. Nas duas primeira etapas do Mundial, o carro estará nas mãos do sueco Pontus Tidemand.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Rumor do dia: Loeb de volta ao WRC com a Ford?

Sebastien Loeb está numa situação embaraçosa. Aos 44 anos, o piloto francês tem o futuro um pouco incerto, pois no WRX, o campeonato do mundo de "rallycross", a Peugeot decidiu abandonar a competição, e o francês tem dificuldades em arranjar orçamento para manter a operação à tona. Em termos de campeonato, a única coisa que tem garantida é a sua participação no Dakar de 2019, a bordo de um Peugeot preparado privadamente.

Contudo, por estes dias tem circulado rumores sobre algo impensável: o piloto alsaciano, que tem nove títulos mundiais pelo Mundial de ralis, sempre pela Citroen, poderá fazer o Mundial do ano que vêm... por outra equipa! Fala-se de Hyundai ou Ford, especialmente esta última, que necessita de um piloto que chame a atenção. Pelo menos a M-Sport, que sempre teve de arranjar dinheiro para completar o orçamento.

E é isso do qual Malcom Wilson está concentrado neste momento. Só depois é que pensa em pilotos. "Conseguir o orçamento para nos mantermos no WRC é a nossa primeira prioridade e é nisso que estamos a trabalhar no momento", disse Wilson à Motorsport News. 

Mas ele não esconde que admira Loeb e gostaria de trabalhar com ele. "Trabalhamos com um e correu bem, por isso temos de dar um passo e tentar o outro! "Está na hora de lhe fazer uma chamada e ver se quer acabar o acordo que tentamos há uns anos. Seria fantástico vê-lo com um dos nossos carros, mas primeiro temos de tratar do orçamento.", falou, revelando sobre o acordo que tinha feito com ele em 2006, quando a Citroen decidiu fazer uma pausa e Wilson o tentou contratar, sem sucesso.

Houve também a chance da Hyundai o contratar, mas a marca coreana desmentiu hoje essa possibilidade, afirmando que já têm o alinhamento cheio. E é verdade: tanto que se fala da chance de Hayden Paddon ir para outra marca por não ter muitos ralis em 2019 - Dani Sordo tem confirmado desde há uns dias que tem um programa de dez provas, por exemplo.

Assim sendo, a ideia de Loeb voltar ao WRC para um programa parcial parece ser um hipótese bem interessante.

domingo, 18 de novembro de 2018

A imagem do dia (II)

Sebastien Ogier e Malcom Wilson, cumprimentando-se no final do Rali da Austrália, depois do piloto francês ter assegurado o sexto título mundial seguido. Desde 2004 que o título do WRC pertence a um francês chamado Sebastien, mas esta temporada foi mais apertada que o habitual. isto porque agora há quatro marcas em competição, doze carros WRC a correr em todas as provas do campeonato.

Contudo, a temporada de 2018 foi apertada para o francês. Mais apertada que o normal. E as explicações são relativamente simples. Primeiro, a M-Sport tem um carro, o Ford Fiesta, que está a alcançar o limite do seu desenvolvimento. É um carro que anda a correr desde 2011 na versão RS, nos tempos de Mikko Hirvonen, e é o carro mais antigo no pelotão do WRC. E nessa altura, a Volkswagen, Hyundai e claro, Toyota, ainda não tinham entrado no WRC e a Citroen estreava o DS3 WRC. E o tempo passa veloz sobre uma máquina que acusa os anos, apesar do trabalho de todos na equipa de Malcom Wilson para o manter competitivo. Sem o apoio oficial da Ford, resta à M-Sport vender chassis para a classe R5 para ter dinheiro. Mas nos últimos tempos, os pilotos dos vários campeonatos têm trocado os Ford pelos Skoda Fabia R5, bem mais competitivos.

A segunda razão são as equipas de fábrica da Hyundai e da Toyota. Os coreanos vieram com tudo em 2016, e tem pilotos talentosos como Thierry Neuville. Mas este ano foram superados pelos Toyotas da Gazoo Racing, que, instalados na Finlândia e liderados por Tommi Makinen, conseguiram ser competitivos, dando a Ott Tanak - que veio da M-Sport no final de 2017 - uma chance real de título. Venceu três ralis de seguida, mas a falta de competitividade na parte final do campeonato e os acidentes que teve o impediram de lutar e alcançar o campeonato.

Contudo, o recado da Toyota ficou: o Yaris é um vencedor, e com Tanak e Kris Meeke - bem como Jari-Matti Latvala - será candidata real ao campeonato. 

Ogier, aos 34 anos de idade, volta em 2019 para a Citroen. Foi a equipa que lhe deu a sua chance no WRC, depois do título junior em 2005, e foi com eles que venceu o seu primeiro rali, em Portugal, em 2010. Foi-se embora no final desse ano para abraçar o desafio da Volkswagen, vencendo ali os seus quatro primeiros títulos mundiais. A razão tinha a ver com a rivalidade entre "Sebastiões": Loeb contra Ogier. O velho sábio contra o jovem prodígio. 

Agora é um pouco diferente. A marca tem um novo carro, mas não consegue desenvolvê-lo de volta à glória do passado, tanto que tem pedido a Sebastien Loeb para que ajude no desenvolvimento. O seu regresso e vitória no Rali da Catalunha, cinco anos após a sua última vitória, aos 44 anos de idade, mostra que não só continua competitivo, como o carro começa a ter o desenvolvimento que merece. Agora, com Ogier ao lado, ele tentará fazer regressar a marca do "double chevron" à sua glória, mas com Hyundai e Toyota ao seu lado, cada vez mais competitivos, a temporada de 2019 poderá ser aquela em que acabe sem um francês no topo.

E caso aconteça, é mais que o final de uma era. É meia geração sempre a ver os mesmos no topo. Claro, não tira competitividade ao WRC, mas dá um colorido diferente ao campeonato. 

E quanto à M-Sport, o carro é bom, mas falta-lhe bons pilotos. Só Elfyn Evans e Teemu Suninen é insuficiente para chegar aos pódios e às vitórias, e Malcom Wilson sabe disso. Pilotos como Dani Sordo e Mads Ostberg, por exemplo, poderiam ser uma alternativa, mas até agora, nada indica que aparecerá um nome suficientemente importante para fazer calçar as botas que Ogier deixa na equipa de Malcom Wilson. E a chance de uma decadência irreversível é bem grande.

quinta-feira, 15 de março de 2018

WRC: M-Sport anuncia carro de ralis elétrico

Malcom Wilson anunciou esta quinta-feira que a M-Sport anda a desenvolver um protótipo elétrico para quando a FIA voltar a mexer nos regulamentos dos ralis. Numa entrevista à Autosport britânica, Wilson disse que está a usar a carroçaria de um Fiesta R5, e apesar de não fornecer muitos detalhes, afirmou que “este pode ser o projeto mais importante da M-Sport”.

"Estamos sempre procurando maneiras de nos desafiar. E este é o próximo passo na tecnologia no automobilismo", começou por comentar. "Eu não vou lhe dar nenhum detalhe técnico - não posso porque estamos trabalhando com outras empresas que compartilham esta visão e assinamos NDAs (acordos de não divulgação) - mas basta dizer que estamos nisto e se as coisas continuem a acontecer e podemos continuar e progredir, espero que possamos ter um carro a rodar este ano".

A ideia é de fazer um carro de ralis para provas nacionais, de um só dia, e claro, a ideia seria de fazer de forma a ser barato e sustentável. E também ficariam prontos para qualquer mudança por parte da FIA, caso decida criar uma categoria elétrica no WRC. 

"No momento, não se trata do Campeonato Mundial de Ralis. Tudo o que estou interessado em começar é produzir um carro que seja capaz de ganhar um evento de um dia a um preço competitivo. Definitivamente, há um mercado para um carro deste tipo, com tração nas quatro rodas e estou confiante de que a tecnologia já existe".

"Se você olhar para um carro elétrico moderno [de estrada], eles são capazes de correr por 300 ou 350 milhas [480 a 560 quilómetros] entre cargas. Um BTRDA [segunda classe de rali britânico] ou um evento nesse tipo de nível é de cerca de 35-40 milhas competitivas com uma pequena quantidade de quilometragem de estradas", concluiu.

domingo, 29 de outubro de 2017

WRC 2017 - Rali de Gales (Final)

No final do rali, aconteceu um pouco de tudo: Elfyn Evans tornou-se no mais novo estreante como vencedor do WRC, e claro, no primeiro galês a ganhar na competição - "piloto da casa", portanto - e Sebaatien Ogier tornou-se, mais uma vez, campeão do mundo. Contudo, Ogier conseguiu algo diferente do que alcançou Sebastien Loeb, uma década antes: ser campeão por marcas diferentes, pois depois dos quatro títulos pela Volkswagen, conseguiu este pela M-Sport, de Malcom Wilson. E para o preparador e ex-piloto de ralis, deve ter sido o grande dia que sempre quis, que foi ver os seus pilotos a dominarem o campeonato. Para ele, deve ser um dia inesquecível.

E ainda por cima, Wilson comemora numa altura em que sabe que perderá um dos seus pilotos, Ott Tanak, para a Toyota. De uma certa forma, é vitima do maior poder das equipas de fábrica, apesar de batido todos eles neste campeonato. E ainda não se sabe se Ogier fica para 2018...

O último dia do Rali de Gales mostrou que Evans estava cada vez mais tranquilo, disposto a levar o carro até ao final e comemorar. E foi o que fez, abdicando de vencer classificativas neste último dia. Tanak começou o dia a vencer na primeira passagem por Alwen, apesar de Evans ter perdido apenas 1,9 segundos. Contudo, o francês perdeu três segundos para o belga e este ficou com o segundo posto. Na especial seguinte, Brenig, Andreas Mikkelsen conseguiu ser o mais veloz, e Neuville aproveitou, ficando na frente da concorrência, apesar de perder 0,6 segundos para o seu companheiro de equipa. 

Quanto a Evans, ele agora estava a três troços de assegurar o seu primeiro triunfo no WRC, e por isso nada precisava de arriscar. Foi apenas 11º, 6,7 segundos atrás do vencedor. 

Neuville voltava a vencer, em Gwydir (apesar de um empate com Latvala no melhor tempo), e tinha Ogier a 1,1 segundos, atrás de Tanak.

Mikkelsen voltava a vencer, na segunda passagem por Alwen, com Neuville a superar Ogier. O belga era terceiro, a 0,8 segundos, enquanto que o francês era sexto, perdendo dois segundos. Na geral, ambos tinham uma diferença de seis segundos, e tudo poderia ser decidido na Power Stage.

E assim foi: ali, Neuville foi veloz e venceu, conseguindo um avanço de 1,5 segundos sobre Evans. Ogier foi o quarto, a 1,9 segundos do vencedor, mas conseguiu os pontos necessários para ser campeão: um terceiro posto e mais uns pontos dessa Power Stage.

Tudo definido, era hora de comemorar. Não sem emoção: “Eu não sei o que dizer. Foi um ano difícil. Obrigado a todos na M-Sport e ao Malcolm. É fantástico ser campeão mundial com esta equipa”, disse Ogier, antes de se desfazer em lágrimas…

Foi um grande rali, estou muito, muito grato a todos que ao longo dos anos estiveram comigo e me ajudaram a chegar a este ponto. Isto é para eles.” disse Elfyn Evans, ao lado do pai e da mãe.

Com o pódio definido, restava saber os que ficaram atrás. Andreas Mikkelsen chegou ao quarto posto com o seu Hyundai, conseguindo superar Jari-Matti Latvala e Ott Tanak, que ficaram nos lugares a seguir. O estónio foi sexto, a um minuto e dois segundos, 12,5 do lugar alcançado pelo norueguês. E foi por apenas meio segundo que Mikkelsen pode comemorar esta colocação...

Kris Meeke foi o sétimo, a um minuto e 20 segundos, e o melhor dos Citroen, ficando na frente de Hayden Paddon, no terceiro Hyundai, e a fechar o "top ten" chegaram o Toyota de Esapekka Lappi e o Hyundai de Dani Sordo.

Na geral, Ogier é campeão do mundo com 215 pontos, contra os 183 de Thierry Neuville e os 169 de Ott Tanak. Falta agora o rali da Austrália, que acontecerá entre os dias 17 e 19 de novembro.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

WRC 2017 - Rali de Gales (Dia 1)

O primeiro dia do Rali de Gales foi mais de aquecimento para a ação propriamente dita, numa altura em que na Ford, Malcom Wilson está a caminho de ver algo único: os seus pilotos ficarem com os dois primeiros lugares no WRC, bem como o Mundial de Construtores. Antes do "shakedown", Wilson refletiu sobre isso e disse de sua justiça.

Não me é muito fácil encontrar palavras para descrever o feito que estamos prestes a conseguir. Quando iniciámos o desenvolvimento do Ford Fiesta WRC 2017, sabia que tínhamos as pessoas certas e a experiência para construir um carro ganhador, mas agora que chegámos aqui não me é muito fácil encontrar as palavras certas para descrever o que sinto. Bom, mais ainda não chegámos lá, e eu sei bem quão desafiante pode ser o Rali de Gales”, disse Wilson.

No shakedown, Elfyn Evans foi o mais veloz, dando mais de dois segundos ao piloto colocado a seguir, Dani Sordo (Hyundai). Ott Tänak (Ford) foi terceiro. Jari-Matti Latvala foi quarto, no seu Toyota, na frente de Thierry Neuville e Hayden Paddon.

No inicio da noite, na super especial de abertura, Visit Conwy Tir Prince, em Chester, com 1.49 quilómetros, o francês da M-Sport bateu Jari-Matti Latvala por 0.4 segundos. Thierry Neuville, no seu Hyundai, foi o terceiro, a 0.5 segundos. Apesar da quilometragem ter sido demasiado curta para grandes diferenças, o que não impediu, por exemplo, que Kris Meeke tenha perdido 2.5 segundos e Mads Ostberg, 3.3 segundos.

Amanhã, os pilotos farão seis especiais em terras galesas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Noticias: "O Brexit é mau para o negócio da M-Sport"

Malcom Wilson queixa-se que o resultado do referendo do "Brexit", que aconteceu há quase dois meses, lhe prejudicou os seus negócios. O dono da M-Sport, que prepara os Ford Fiesta para o WRC, afirma que os custos das peças aumentaram muito desde que os britânicos aceitaram sair da União Europeia e isso faz aumentar os preços de venda dos seus carros. Entrevistado por Martin Holmes para a Autosport portuguesa em Trier, antes de começar o Rali da Alemanha, o ex-piloto comentou sobre o referendo do passado dia 23 de junho da seguinte forma:

Ainda é muito cedo mas o que vos posso dizer é que se o valor da libra continuar a descer face ao euro isso tem um impacto significativo", coneçou por dizer. "Como podem calcular, muitas das peças dos carros que construímos, uma grande percentagem delas, são fabricadas na Europa fora do Reino Unido. Por exemplo, um apoio da suspensão custa agora mais 218 libras do que custava antes do Brexit, o que significa um incremento de 15-16%, o que é uma grande percentagem, e nós trabalhamos com margens bem mais baixas. E é só uma peça. A libra desvalorizou 15-16% e quando compramos fora isso afeta muito", contiunuou. 

"Gostaríamos de obter mais componentes na Grã-Bretanha mas a maior parte dos materiais em bruto vêm da Europa. Portanto, seja qual for a forma como olhamos para esta questão, falamos de mais 15-16% de custos portanto não estamos a ir numa boa direção. Para além disso, esperávamos que a desvalorização da libra tornasse mais atrativo comprar carros no Reino Unido, mas para ser honesto não é isso que está a acontecer, pelo menos duma forma que permita absorver os custos extra”, concluiu.

O rali da Alemanha começou esta tarde, com o "shakedown".

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Bólides Memoráveis - MG Metro 6R4 (1985-86)

O Grupo B, surgido em 1982 como substituto dos Grupo 4 e 5, tinha como ideia ter carros mais potentes e mais leves, aproveitando o surgimento dos turbocompresores. Com poucas restrições, o único grande requisito era que os modelos apresentados tivessem pelo menos 200 exemplares de modelos de estrada para poderem ser homologados pela então FISA. Graças a essas poucas restrições, os modelos aos poucos começaram a ter o dobro da potência em menos de quatro anos, passando dos 250 para os 500 quando começa a temporada de 1986, altura em que temos seis marcas presentes: Audi, Lancia, Peugeot, Ford, Citroen e MG. É sobre esta última marca do qual falo hoje, o modelo MG Metro 6R4.  

O carro tinha como base o popular Austin Metro, mas para além da silhueta, não havia mais nada que ligasse ao modelo de rua. O chassis era tubular e o motor era um V6 de três litros, sem turbocompressor, baseado no Cosworth DFV, e estava colocado numa posição central-traseira, desenvolvido por David Wood e com a ajuda técnica da Williams Grand Prix. Com tração às quatro rodas, tinha 410 cavalos de potência. As versões de estrada (os duzentos exemplares necessários para homologação) eram um pouco menos potentes, com 250 cavalos, e estando à venda por 40 mil libras.

Apresentado ao público em maio de 1985, o carro estreou-se em novembro (depois de fabricados os 200 exemplares de estrada na fábrica de Longbridge), no Rali RAC, com Tony Pond ao volante e o resultado pareceu ser promissor, com um terceiro posto, atrás de outro estreante nesse rali, o Lancia Delta S4, que ficou com os dois primeiros lugares, através dos finlandeses Henri Toivonen e Markku Alen.

Assim sendo, parecia que em 1986, as coisas poderiam ser melhores, lutando contra os Lancia, Peugeot, Audi e outros, com Pond e o seu compatriota Malcom Wilson ao volante na maior parte dos ralis, bem como o sueco Per Eklund. Mas apesar do resultado promissor mostrado em terras inglesas, o carro não conseguiu chegar ao fim nos primeiros ralis do ano, devido a problemas com o motor V6. 

A meio do ano, após o anuncio do banimento do grupo B devido aos acidentes nos ralis de Portugal e da Córsega, os motores dos MG foram revistos e a fiabilidade aumentou, com Eklund, Harri Toivonen (irmão mais novo de Henri Toivonen) e Malcom Wilson a serem sétimo, oitavo e décimo no rali da Finlândia, e depois com Pond a ser sexto no Rali RAC, com Jimmy McRae (pai de Colin a Alistair) a ser oitavo e David Llewin a ser nono. No final da temporada, o MG foi retirado e os motores vendidos para Tom Walkinshaw, que os usou numa versão desportiva do Jaguar XJ220, com turbocompressores, e de novo com David Wood aos comandos.


Ficha Técnica:

Modelo: MG Metro 6R4
Motor: Rover V6 de 3 litros
Pneus: Michelin
Pilotos: Tony Pond, Malcom Wilson, Per Eklund, Marc Duez, Didier Auriol, Harri Toivonen, Jimmy McRae e David Llewin
Esreia: Rali RAC de 1985
Ralis: 8
Vitórias: 0
Pontos: 35 (Pond 18, Eklund 8, McRae e Toivonen 3, Llewin 2, Wilson 1) 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A imagem do dia

Mark Webber e Dario Franchitti a ajudarem a transportar o caixão de Justin Wilson, esta tarde, em Silverstone. Mais de duas semanas após o seu acidente fatal, o piloto britânico de 37 anos teve por fim o seu funeral, numa cerimónia que decorreu no circuito de Silverstone, sede também do BRDC, o British Racing Drivers Club.

O elogio fúnebre foi feito por Jonathan Palmer, que foi o mentor da Formula Palmer Audi Series, em 1998, no qual Wilson foi o primeiro campeão da categoria.

Todo e qualquer piloto britânico tem sempre esse símbolo no seu capacete ou no seu fato de competição, provavelmente dos símbolos mais fascinantes do automobilismo, e é provavelmente dos poucos lugares onde os pilotos são tratados e acarinhados, mesmo depois de terminar a sua carreira. É para ver que na Grã-Bretanha há um enorme respeito pelo automobilismo. E nos maus momentos, isto também é simbólico dos que, como disse certo dia Graham Hill, "pagaram o preço da felicidade em vida".


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

No Nobres do Grid deste mês...

"Em 2009, se alguém me falasse do cockpit fechado na Formula 1 ou demais competições de monolugares, eu diria que era algo de ficção cientifica, ou então diria que isso pertenceria à Endurance, onde seria o seu lugar. Creio até que nunca ouvi qualquer conversa sobre o assunto. Talvez porque achava que as coisas já estavam feitas no capitulo da segurança – o que não é verdade, nunca será.

Contudo, numa única semana, os acidentes de Henry Surtees e Felipe Massa fizeram com que ouvisse falar da história dos cockpits fechados, especialmente através de um designer brasileiro, o Ubiratan “Bira” Bizarro Lima, que falou sobre o assunto – creio que até o entrevistei na altura. Como eu, muitos encontravam-se céticos sobre esse assunto, dizendo até que tudo isto tinha sido uma série de acidentes infelizes. E aos poucos, a ideia desapareceu de cena, apesar de saber que a FIA estava a pensar no assunto. (...)

O objeto do qual [Justin] Wilson foi atingido [um pedaço de asa com aproximadamente sete quilos vinda do carro de Sage Karam] equivale a um televisor de tamanho médio. Mais pesado do que a mola que Massa levou do carro de Rubens Barrichello, mais mais leve do pneu que Henry Surtees levou do carro de Jack Clarke, na prova de Brands Hatch de Formula 2. Destes três exemplos, dois foram fatais, e mesmo o brasileiro conseguiu recuperar sem sequelas do seu acidente no Hungaroring porque a mola em questão tinha menos de um quilo. Mas se acham que isto é leve, imaginem esses objetos atirados a 200, 250 ou 300 quilómetros por hora. Não preciso fazer cálculos matemáticos para entender que o impacto é forte, e não há capacete suficientemente forte ou HANS que nos salva. (...)

Em dois meses, o automobilismo sofreu duas perdas: Jules Bianchi e Justin Wilson, ambos em graves acidentes que afetaram a parte mais vulnerável do piloto. Nos monolugares, os cockpits abertos são uma realidade, em contraste com a Endurance. Não sendo um entusiasta, tenho de contudo aceitar a realidade de que tem de se fazer algo para proteger melhor a cabeça do piloto com algo mais do que o capacete. Não é uma solução fácil, os desafios são muitos, mas enfiar a cabeça na areia não é solução.

É sobre isso e muito mais que escrevo este mês no Nobres do Grid

Youtube Motorsport Tribute: A homenagem da Honda a Justin Wilson

Essa vi no sitio do Flávio Gomes: a homenagem da Honda ao piloto britânico Justin Wilson, morto no passado dia 25 após um acidente na oval de Pocono, guiando um carro da Andretti. 

sábado, 29 de agosto de 2015

Youtube Motorsport Tribute: Wilson homenageado no Golden Gate

Isto iria acontecer na mesma, dado que estamos na semana anterior à última corrida do campeonato, em Sonoma, na California, com vários candidatos ao título. Contudo, esta travessia acabou por ser um tributo a Justin Wilson, morto esta segunda feira depois de ter sofrido ferimentos graves na cabeça no dia anterior em Pocono.

O carro numero 25 acabou por ser guiado por Marco Andretti, que não deixou de expressar a sua emoção por guiar o carro do seu colega. 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Noticias: Oriol Serviá substituirá Justin Wilson em Sonoma

O catalão Oriol Serviá sairá da sua reforma para guiar o carro numero 25 da Andretti Autosport para a corrida final da IndyCar, em Sonoma, para homenagear Justin Wilson. O piloto de 41 anos e grande amigo pessoal do piloto britânico, morto esta segunda-feira, teve a aprovação da equipa e da familia do malogrado piloto para fazer isto em sua homenagem.

"Nós realmente apreciamos o esforço que todos dedicaram a isto, e nós somos gratos a Oriol, que estava disposto e disponível para dirigir", afirmou Stefan, o irmão mais novo de Justin Wilson. "Justin sempre sentiu que a sua carreira e a de Oriol eram muito semelhantes, pois eles passaram pelas mesmas lutas para chegar onde chegaram, por isso é ótimo saber que ele vai dirigir o carro numero 25". concluiu.

Servia ficou compreensivelmente, comovido pelo gesto vindo da Andretti, Honda, e da família Wilson.

"Esta é a declaração mais difícil que eu tive de suportar," começou por afirmar. "A situação é tão difícil em tantos níveis, e por razões óbvias é difícil dizer as palavras certas. Conheci e corri com Justin por mais de 10 anos. Tenho um enorme respeito por ele como piloto, mas suas qualidades como ser humano foram definitivamente uma inspiração para qualquer um que o conheceu", começoo por comentar.

"Como disse no início desta semana, eu realmente sinto que ele era uma dessas pessoas que evoluíu muito mais do que o resto de nós, e é algo que você podia sentir imediatamente logo que o conhecias. Ele fará muita falta e todos nós tentaremos imitar o seu espírito. Sinto-me honrado e emocionado com a oportunidade de dirigir seu carro neste fim de semana. Quero agradecer a meus amigos da Andretti Autosport pela oportunidade, e eu quero expressar o quão profundamente tocado eu estou pelo desejo de Julia, Stefan e toda a família Wilson por me ver guiando o carro numero 25", concluiu.

A corrida de Sonoma, que será a prova de encerramento da IndyCar este ano, acontecerá este domingo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

As imagens do dia









Estas imagens, da autoria de Joe Skibinski, da Indycar.com, demonstram a homenagem que as pessoas fizeram à porta da Indianápolis Motor Speedway a Justin Wilson, que morreu na segunda-feira, vinte e quatro horas após o seu acidente na oval de Pocono. 

Os tributos ao piloto britânico, morto aos 37 anos, irão continuar durante a semana, pelo menos até à corrida final da IndyCar, em Sonoma, no próximo domingo.

Já agora, eu vi isto em primeiro lugar no Diário Motrosport, do jornalista brasileiro Américo Teixeira Jr.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O derradeiro exemplo de Justin Wilson

Já tinha lido isto ontem à noite, através do Twitter do irmão Stefan Wilson, mas é bom que se conte por aqui, como exemplo. Aparentemente, Justin Wilson, sensibilizado pelo que passam as pessoas que esperam meses por um novo orgão e muitas vezes acabam por morrer, decidiu ser doador de orgãos ainda em vida para que, caso surgisse algum azar, pudesse entregar os seus orgãos para que possa salvar alguém.

Pois bem, com a sua morte, os seus orgãos foram doados e distribuidos por mais seis pessoas para que eles possam viver por mais tempo. De uma certa forma, mesmo neste episódio trágico, tornou-se num exemplo para muitos de nós.

"Com o #domdavida, @justin_wilson salvou seis vidas hoje. Apenas eleva a fasquia para todos. Mantenham Julia e as crianças nas vossas orações", afirmou Stefan, que andou na IndyLights em 2009.

Para além disso, a IndyCar decidiu abrir também um fundo para ajudar na educação das suas duas filhas, de 7 e 5 anos respectivamente. Espera-se que as ajudas sejam grandes nos próximos dias, pois ele sempre foi conhecido pela sua generosidade. E eventualmente, as emoções andarão bem alto no próximo domingo, quando a InbdyCar encerrar a sua temporada no circuito de Sonoma, na California.

A imagem do dia (II)

Logo a seguir ao anuncio da morte de Justin Wilson, a organização da IndyCar fez este simples tributo ao piloto no mitico poste que serve para anunciar a classificação da corrida.

A imagem do dia

O pelotão da Formula E, esta manhã, em Donington Park, antes de mais uma sessão de testes, a fazer um minuto de silêncio em memória de Justin Wilson, morto esta madrugada aos 37 anos de idade. Wilson tinha feito em junho uma corrida pela Andretti Autosport em Moscovo, onde acabou na décima posição. De uma certa maneira, esta nova competição já perdeu um dos seus.