A 27 de abril de 1968, em Silverstone, no BRDC International Trophy, a prova organizada pelo clube de pilotos de automóveis britânicos, estes puderam se despedir de Jim Clark, morto duas semanas antes, em Hockenheim. Na primeira fila estavam os BRM de Mike Spence e Pedro Rodriguez, e os McLaren de Denny Hulme e Bruce McLaren. Curiosamente, os quatro pilotos da primeira fila tiveram o mesmo destino. Aliás, Spence seria o primeiro a morrer, dali a alguns dias, em Indianápolis, a 7 de maio, quando iria preencher o lugar de Clark para as 500 Milhas de Indianápolis.
Na ponta da fotografia, podem ver um homem assopra as sua gaita de foles escocesa, num tributo ao filho da terra, provavelmente o melhor piloto daquela década, e um dos melhores de sempre do automobilismo, e do qual todos pensavam que a ele, nesta profissão perigosa, nada lhe aconteceria.
A corrida foi vencida por Hulme, na frente de McLaren e dos Ferrari de Chris Amon e do jovem belga Jacky Ickx. Aliás, o pódio foi totalmente neozelandês, algo inédito até então, embora fosse uma corrida não-oficial. Contudo, o objetivo de correr e competir estava colocado de lado, pelo menos por uns momentos, para homenagear um dos seus, faz agora 52 anos que morreu, numa prova de Formula 2 na fria Alemanha, num acidente que poucos queriam acreditar.