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segunda-feira, 10 de abril de 2023

Os novos circuitos que a FOM quer no calendário


A FOM nas últimas semanas parece que deseja duas coisas: 25 corridas no calendário, e fugir da Europa. Corridas na Ásia e África parecem estar no horizonte, incluindo um regresso que muitos pensavam já estar descartado. 

Toda a gente sabe desde há muito que Lewis Hamilton quer um Grande Prémio em África, e existiram negociações para receber de volta uma corrida no circuito de Kyalami, na África do Sul, que acabaram por não acontecer por causa de assuntos financeiros. Mas recentemente, noticias surgiram que o governo local irá investir cerca de 50 milhões de euros para ter o Grande Prémio e assegurar as obras necessárias para que Kyalami tenha o Grau 1 para ser aprovado pela FIA. 

Especialmente depois de um estudo feito ter sito que o impacto económico esperado de levar o Grande Prémio para a periferia de Joanesburgo seja estimado em mais de 250 milhões de dólares. Com isso em mente, é claro para as autoridades sul-africanas que este é um investimento perfeitamente sensato e tudo indica que eles estejam de volta, 30 anos depois da última vez.

Contudo, pode haver concorrência no continente. E não falo de Marrocos, que tem um circuito permanente em Marrakesh e já acolheu a Formula 1 em 1958. Falava-se no paddock em Jeddah, no fim de semana do GP da Arábia Saudita, que o governo do Ruanda quer acolher a Formula 1, com um projeto desenhado por Hermann Tilke. O pequeno Ruanda, país no centro de África e que há 30 anos foi noticia pelos piores motivos, com um genocídio onde 800 mil pessoas foram assassinadas em pouco mais de cem dias, está a passar por um crescimento económico muito forte, com um governo que quer fazer do país a "Singapura de África", poderá pensar na ideia para impulsionar o turismo da região, dado o impacto económico positivo que organizações como estas poderão ter na economia. Uma delegação do governo local falou com Stefano Domenicalli e expôs os planos. Resta saber se são realistas e em quanto tempo tudo estará pronto para poder tentar a sua sorte. 

Outros dois países pensam também na Formula 1, ambos na Ásia. A Indonésia, de quando em quando, pensa na ideia de acolher a competição, e recentemente, construiu um circuito em Bali, mais concretamente em Mandalika, para acolher a MotoGP com sucesso, mas ainda não tem Grau 1 para as corridas de automóveis da FIA. Mas o governo criou uma comissão para saber que passos tem de dar para ter a Formula 1 no seu país, eles que acolhem a Formula E nas ruas de Jakarta, a capital. Melhorar o circuito será o mais fácil, porque construir outro de raiz custa umas boas centenas de milhões de dólares e claro, ter a aprovação necessária da FIA.


Mas não é só a Indonésia que tem vontade de ter a Formula 1. Nos últimos dias surgiu outro lugar, e de forma inesperada: o Vietname. Depois de construído o circuito urbano de Hanói, que estava pronto para acolher a Formula 1 em 2020, caso a pandemia não tivesse aparecido de forma inesperada, antes do escândalo de corrupção e desvio de fundos para a construção da pista, à volta da sona desportiva da cidade, ter derrubado e detido os responsáveis regionais da cidade - condenados a cinco anos de prisão por corrupção - por estes dias, Stefano Domenicalli visitou a cidade para saber se eles estão dispostos a acolher a Formula 1, já que o mais difícil, o circuito, está feito. Agora as obras serão bem menores, o investimento será mais baixo e o impacto económico bem maior para o governo local.

Contudo, tudo isto poderá não ter passado de um contacto inicial para saber se estão dispostos a acolher uma competição destas. Com as ambições da Liberty Media, e eles a construírem um calendário como querem, cada vez mais mundial, e se calhar, com a ideia de trocar algumas pistas em anos alternados, pelo menos nos circuitos europeus, a Formula 1 é uma competição mais apetecível que nunca.      

sábado, 4 de junho de 2022

Formula E: Evans leva a melhor em Jakarta


O neozelandês Mitch Evans triunfou no primeiro ePrix de Jakarta, a ronda indonésia da Formula E, realizada esta manhã. O piloto da Jaguar levou a melhor sobre o DS Techeetah de Jean-Eric Vergne, enquanto Ediardo Mortara ficou com o lugar mais baixo do pódio, superando o outro DS Techeetah de António Félix da Costa. Stiffel Vandoorne, o atual lider do campeonato, terminou na quinta posição.

Com os DS a monopolizar a primeira fila da grelha, Vergne na frente de Felix da Costa, Numa pista totalmente nova para toda a gente, a corrida começou com o piloto francês da DS Techeetah a tentar afastar-se da concorrência, com Felix da Costa a aguentar o pelotão o mais possível nas primeiras voltas, antes de ser passado pelo Jaguar de Evans. Mas logo nas primeiras voltas, Oliver Rowland sofreu um acidente, batendo no muro e perdendo uma roda. O Safety Car foi acionado por alguns minutos para tirar o Mahindra do lugar perigoso onde estava.

Quando a corrida recomeçou,  o piloto português bloqueou as rodas na abordagem a uma curva e Mitch Evans aproveitou para ficar com o segundo lugar. Pouco depois, ambos foram os primeiros a irem para o Attack Mode, onde Vergne entregou a liderança para Evans, enquanto Mortara subiu para terceiro, ficando com o lugar que era do piloto português. E compensou, porque quando foi a sua vez, manteve o terceiro lugar.   


Com o passar das voltas, os quatro primeiros começaram a afastar-se do resto do pelotão, e mesmo passando pelo Attack Mode pela segunda vez, não houve alterações nos quatro primeiros. Perto do final da corrida, Nyck de Vries sofreu um toque com Lotterer e acabou com um furo, terminando precocemente a sua corrida. Na sua frente, Stoffel Vandoorne aproximou-se de Felix da Costa e ameaçou o seu quarto posto, enquanto na frente, Vergne atacou Evans para ficar com o primeiro posto. Mas nesta altura, a bandeira de xadrez foi mostrada e Evans ficou com a terceira vitória da temporada.   
No campeonato, Vandoorne lidera com 121 pontos, mais cinco que Jean-Eric Vergne e mais sete que Ediardo Mortara. Felix da Costa continua na décima posição, com 54 pontos. 

A Formula E continua no próximo dia 2 de julho, em Marrakesh.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Formula E: AFC quer lutar pela vitória em Jakarta


Com a Formula E a correr na Indonésia, num circuito novinho em folha, António Félix da Costa quer lutar pela vitória e se manter na luta pelo título. Com nove provas já realizadas, o piloto da DS Techhetah parte para esta prova de Jacarta com objetivos claros de lutar por um lugar no pódio e manter a boa performance em pista, que mostrou na última jornada em Berlim.

Contudo, num lugar onde as condições meteorológicas bem diferentes do habitual, com altas temperaturas e sobretudo índices de humidade, o piloto de Cascais é bastante pragmático quando começou a antever esta prova: 

Nesta altura do campeonato, qualquer corrida que entremos é com o objetivo de estar na luta dos pódios e vitórias, principalmente tendo em conta que não temos nada a perder, a minha mentalidade será agressiva e vamos com tudo este fim de semana aqui em Jacarta. O circuito é novo para todos, mas preparamo-nos muito bem no simulador e acredito que temos a lição bem estudada. Já aqui estou há alguns dias, gosto muito do espírito das pessoas aqui na Indonésia e estou cheio de vontade de entrar em pista”.

O circuito, situado na região da Ancol Beach City Resort, conta com um perímetro de 2370 metros e tem um total de de dezoito curvas, num misto de uma zona inicial bastante rápida, misturada com um último setor muito técnico, com curvas com bastante “banking”. Com um fuso horário de oito horas de diferença, a qualificação será de madrugada, e a corrida acontecerá pelas 9 horas da manhã, horário de Lisboa, com 45 minutos, mais uma volta. 

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Youtube Motorsport Video: A construção do autódromo de Mandalika

Mandalika é um lugar na ilha de Lombok, no centro da Indonésia, e a partir de 2022 terá uma pista de corridas construída de raíz. Não é o primeiro autódromo na Indonésia - há Sentul, em Java, que existe desde meados da década de 90 do século passado e já acolheu o MotoGP - mas este lugar foi designado pelo governo central como uma zona especial dedicada ao turismo, do qual tem como objetivo atrair mais de dois milhões de turistas por ano.

O autódromo foi construído por um consórcio francês para o MotoGP, e já estão na fase de asfaltagem da pista, mas ainda falta construir boa parte da infraestrutura, como o paddock e edifícios adjacentes, bem como as bancadas e estradas de acesso. E aqui coloco-vos o video do que vai ser essa pista que deverá estar pronta para o próximo ano e se calhar, poderá ter também ambições de receber a Formula 1...

terça-feira, 19 de abril de 2016

A original campanha a favor de Rio Haryanto

Ver um país apoiar um piloto pela primeira vez parece ser fantástico. As pessoas ficam nitidamente curiosas pelo desporto em si e alguns dos apoiantes já não se sentem tão... estranhos ao ver que o seu desporto favorito não é mais apoiado por uma elite. Mas quando se trata de um país populoso como a Indonésia, que este ano tem o seu primeiro piloto de sempre na figuro de Rio Haryanto, as coisas tornam-se gigantes. Especialmente quando temos o próprio governo a apoiá-lo.

É verdade que a petrolífera Petramina está a apoiá-lo com um patrocínio pessoal de 15 milhões de euros, mas não chega. Falta cerca de cinco milhões de euros, e o governo decidiu ontem lançar uma campanha original para o apoiar. Eles decidiram pedir à população que apoiasse numa campanha de SMS de apoio ao piloto. Mais especificamente, 12,5 milhões de SMS, para ver se conseguem amealhar... 4,2 milhões de euros! Cada pessoa teria apenas de gastar cinco mil rupias indonésias (o equivalente a... 34 cêntimos) para juntar nesse mealheiro.

Crê-se que isso não será problema - o país tem cerca de 255 milhões de habitantes - e todas as operadoras móveis do país decidiram associar-se à ideia. "Vamos apoiar isto. É como tomar remédio, três vezes por dia. O número de utilizadores de telemóveis na Indonésia é alto, por isso, se todos fizerem isso, teremos mais do suficiente para alcançar o objetivo", disse o Ministro da Comunicação e da Informação Rudiantara, à CNN Indonésia.

Caso isto tenha sucesso, o governo também pretende abrir esse processo para outros atletas indonésios no futuro. Boa sorte para eles.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O próximo piloto pagante da Formula 1

Como já leram um pouco mais abaixo acerca das declarações que Mark Webber fez sobre os pilotos pagantes, estes são um mal necessário para uma Formula 1 demasiado cara, e do qual algumas equipas tentam engolir estes pilotos para poderem pagar as contas. Mas se por um lado olhamos para Pastor Maldonado e os seus 50 milhões de dólares da PDVSA como o melhor exemplo de dinheiro mal gasto, poderá haver no horizonte outro "Maldonado" à vista, também de uma nação com pouca tradição automobilistica: a Indonésia.

Rio Haryanto, de 23 anos (nasceu a 22 de janeiro de 1993), é um piloto com créditos formados na GP2, e nesta temporada venceu três corridas, sendo neste momento o quarto classificado de um campeonato que está a ser liderado - com folgas - pelo belga Stoffel Vandorne. Contudo, Haryanto tem outra coisa a seu favor: a bolsa. Apoiado finaneiramente pela petrolifera local Petramina, correm rumores de que ele poderá ter uma bolsa que poderá ir até... aos 60 milhões de euros, bem mais do que Maldonado injecta na Lotus. E isso é preocupante, pelo menos nas equipas do meio do pelotão, como a Force India, Sauber ou mesmo a Lotus.

De acordo com o que a Autosport portuguesa fala hoje, através do seu jornalista Luis Vasconcelos, a chance de Haryanto estar na Formula 1 em 2016 é bem grande, desconhecendo-se ainda em que equipa vai ficar. A Petramina quer colocar o seu piloto por lá - seria o primeiro indonésio de sempre - e 60 milhões são pouco mais do que 0,1 por cento das receitas da petrolifera. E ele poderá ser um factor de destabilização para as equipas do meio, como a Sauber e a Force India.

No caso da equipa de Hinwill, eles o desejam como terceiro piloto, para poder aprender o funcionamento por dento da equipa, antes de ser titular em 2017, a troco de 15 milhões de euros. E essa é a sua única chance, pois caso queiram quebrar contrato com os seus titulares - Felipe Nasr e Marcus Ericsson - o risco seria enorme, e Monisha Kalternborn ficou escaldada com as falcatruas que fez em 2014, onde chegou a ter quatro pilotos sob contrato - Giedo van der Garde, Jules Bianchi, Nasr e Ericsson - para ficar com os dois mais bem pagos. E os dois pilotos titulares contribuem com cerca de 40 milhões de euros para a equipa...

Já no caso da Force India, o problema é Sergio Perez, que tem patrocinadores mexicanos. De acordo com a noticia, a equipa quer o manter por lá, apesar das ofertas tentadoras da Lotus, que em breve poderá ser comprada pela Renault. Sabem que já houve negociações e se mantiverem o pilot por muito mais tempo, melhor.

O que sobra? Por incrivel que pareça, a equipa mais lenta do pelotão: a Manor. Apesar de perderem três a quatro segundos por volta, estão a correr com um chassis modificado de 2014 e com um motor Ferrari também com algum tempo. E apesar de estarem em fase de recuperação, tornou-se num sitio bem atraente, quer em termos de pilotos... quer em termos de motores. 

Nos últimos dias surgiram rumores de que, caso a Lotus seja comprada pela Renault, o contrato que eles têm com a Mercedes poderá ser rompido já em 2016 e a marca procura outra equipa. Sem chances com a Red Bull e a Toro Rosso - que vão ter motores Ferrari, isso já está quase assegurado - a grande chance é que a equipa de Banburry poderá beneficiar com motores alemães. E com duas vagas para preencher - duvida-se que Will Stevens ou Roberto Merhi fiquem por lá na próxima temporada - serão provavelmente os assentos mais cobiçados deste inverno. Ainda por cima, a marca alemã quer meter Pascal Wehrlein num carro de Formula 1 no próximo ano e qualquer forma da Manor ter os motores quase de graça é bem-vinda.

Em suma, uma Manor com uma dupla Wehrlein-Haryanto, com motor Mercedes pode ser uma fantasia bem realizável...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O "annus horribilis" de Tony Fernandes

Tony Fernandes não está a ter um ano fácil. As atribulações da Caterham ocuparam grande parte do seu ano, especialmente durante o verão, e nos últimos dias de 2014, de modo inesperado, uma tragédia atinge a companhia aérea do qual é dirigente. Na madrugada deste domingo, o voo 8501 da Air Asia, um Airbus A320, que fazia a ligação entre a cidade indonésia de Surabaya e a cidade-estado de Singapura, com 162 pessoas a bordo, caiu pelo caminho, aparentemente, no mar, entre Sumatra e Borneo. Antes de se perder o contacto, o piloto pedia à torre de controlo de Jacarta para que lhe fornecesse uma rota alternativa, aparentemente, para escapar a uma tempestade que se formava na sua frente.

No momento em que escrevo estas linhas, a marinha indonésia começava as buscas pelo segundo dia, esperando encontrar destroços o mais depressa possivel. Apesar de haver esperanças, receia-se de que todos os 162 passageiros a bordo estejam mortos, 155 dos quais indonésios, e três sul-coreanos. E este é o terceiro grande acidente este ano envolvendo aviões vindos da Malásia, os dois primeiros vindos da companhia de bandeira, a Malasya Airlines. Um deles, o MH370, ainda não foi encontrado.

Fernandes já está em Surabaya acompanhar as operações de socorro, e já falou à imprensa sobre os eventos. Para a sua companhia aérea (já agora, este é o ramo indonésio), é o primeiro acidente grave desde o seu inicio, em 2001. Aos 50 anos de idade, este filho de médico goês e de uma "kristang" de Malaca (de origem portuguesa) parece estar a viver momentos complicados, neste ano que acabou. Com uma fortuna pessoal de 650 milhões de dólares, o dono do Queens Park Rangers, viveu tempos complicados com a venda, este julho, da Caterham Formula 1. Inicialmente vendida a um misterioso consórcio suiço-árabe, cuja cara mais conhecida era Manfredi Ravetto, mas tinha também como conselheiro o romeno Colin Kolles, que como sabem, por estes dias, estava envolvido no projeto da Forza Rossa, do qual provavelmente muito se ouviu e pouco se viu.

O verão foi atribulado no sentido de saber quem detinha os direitos da equipa. Fernandes sempre afirmou que não queria ter nada a ver com aquilo - e os rumores diziam que, se dependesse dele, teria acabado logo a meio do ano - mas quando vendeu a equipa, entrou num braço de ferro com os compradores que chegou a um fim abrupto em meados de outubro, quando o consórcio abdicou de gerir no dia-a-dia e entregou tudo ao administrador de falências. Apesar de terem ficado de fora por duas corridas, regressaram em Abu Dhabi, após uma campanha nas redes sociais para terem o dinheiro suficiente para lá estarem.

Nestas coisas, nenhum dos lados saiu bem na fotografia, especialmente Fernandes, que decidiu negligenciar essa parte. No final, se quisermos colocar isto desta forma, poderemos dizer que a unica coisa boa do seu ano foi a subida do seu Queens Park Rangers à Premier League, do qual nesta temporada é... sexto a contar do fim, o que não é mau de todo.

Contudo, com isto tudo, este é um ano que Fernandes quer deixar definitivamente para trás.

terça-feira, 11 de março de 2014

Youtube Formula 1 Weirdness: Uma Ferrari nas ruas de Bali

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Que há malucos e fanáticos para tudo, vocês sabem que sim. Então nos automóveis e no automobilismo, já sabem. O avô que constroi um carro para o neto, por exemplo, ou algum maluco na China que quer ter um Lamborghini Aventador e então vai para a garagem e constrói uma réplica para guiar, mesmo que tenha um motor de 50 cavalos...

Pois bem, esta veio da Indonésia. Da paradisíaca ilha de Bali, mais concretamente. O senhor Latif é um "tiffoso" da Ferrari e decidiu que queria ter uma réplica. Mas não de um carro de estrada. Queria... um Formula 1! Gastou cerca de 50 milhões de rupias - 2800 euros - e conseguiu construir uma bela réplica com todas as publicidades que têm normalmente os carros pilotados por Fernando Alonso e Kimi Raikkonen.

O carro é legal - sim, pode conduzir com ele na estrada! - e à falta de um fato de competição, basta andar com uma camisola e umas calças da Ferrari, completado com uma réplica do capacete de Kimi Raikkonen. 

Vi isto no WTF1.co.uk.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A1GP: Ronda indonésia foi cancelada

Já não vai haver A1GP na Indonésia. A organização anunciou hoje que o circuito citadino de Lippo, nos arredores de Jakarta, a capital indonésia, não vai ficar pronto a tempo de albergar o pelotão da A1GP nos dias 7 e 8 de Fevereiro, para a quinta jornada dupla da competição. Esse atraso na construção impediu que os técnicos da FIA homologassem o circuito citadino.


Pete da Silva, o presidente da A1GP, mostrou-se desapontado por esta situação: "E extremamente desapontante para todos os envolvidos", explicando que "por razões de segurança, o A1GP não pode correr num circuito que não recebeu a respectiva licença da FIA". Contudo, Pete da Silva afirmou que Lippo ainda está nos planos para receber a A1GP, mas para 2010. Para além disso, a organização acedeu adiantar por um dia a ronda mexicana, no Autódromo Hermanos Rodriguez, para não colidir com um concerto dos Radiohead, marcada para a mesma zona.


Estes são os mais recentes episódios de uma temporada atribulada nesta categoria. Primeiro, atrasos na montagem e entrega dos bólides fizeram com que fossem cancelados os testes de pré-época, e depois a jornada inaugural, prevista para o circuito italiano de Mugello, a 21 de Setembro. Depois, somente 17 dos 24 carros inscritos estavam prontos alinhar na ronda inicial, marcada para o circuito holandês de Zandvoort, marcada pela chuva, e só há poucas semanas é que se soube que o circuito de Interlagos é que iria encerrar o campeonato, preenchendo uma vaga que existia há bastante tempo. Agora, o cancelamento da ronda indonésia é o último episódio da saga.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As últimas novidades da A1GP

Depois da Coreia do Sul, a A1GP tem uma nova equipa, nada mais, nada menos que o Principado do Mónaco. Com o patrocinio do Principe Alberto II, a equipa será constituida por técnicos experientes, como Graham Taylor, o ex-director desportivo da Super Aguri, e terá como piloto o local Clivio Piccione, ex-piloto da World Series by Renault, da GP2 e da Formula 3.


"Esta nova união irá trazer bastante entretenimento e gloria ao país", explicou Piccione, que terá o papel duplo de ser piloto e co-proprietário do franchise monegasco, em conjunto com o suiço Hubertus Bahlsen, que corre nos GP históricos, num dos seus muitos Formula 1 que tem de colecção. "Estou ansioso para fazer desta parceira um sucesso, quer com o Clivio, quer com os adeptos, bem como a A1GP", afirmou Bahlsen.


Ao mesmo tempo que a A1GP anunciava a entrada do Mónaco na corrida, a organização revelou também que o evento previsto para a Indonésia será realizado na cidade de Lippo, situada nos arredores de Jacarta, a capital do país.

David Clare, responsável da A1GP na Ásia-Pacifico, explicou que "é com imensa satisfação que o A1GP regressa à Indonésia", acrescentando que "é um país que sempre demonstrou uma forte e apaixonada base de adeptos de apoio à sua equipa de A1GP".

Esta prova será a quinta ronda do campeonato, e vai ser disputada entre os dias 6 e 8 de Fevereiro, num circuito que será desenhado por Hermann Tilke, o homem que desenhou vários circuitos um pouco por todo o mundo, o último dos quais no perimetro urbano de Valencia.

domingo, 27 de janeiro de 2008

The End: Suharto (1921-2008)

Era a noticia mais esperada na Indonésia: morreu esta madrugada em Jacarta o antigo presidente indonésio Suharto, vítima de uma falha multipla dos órgãos, num hospital da capital. Tinha 86 anos e governou o seu país, a Indonésia, com mão de ferro durante 31 anos (1967-1998).


Era um fim anunciado: desde o dia 4 que ele estava em estado crítico no Hospital Central de Jacarta devido a problemas de anemia e baixo ritmo cardíaco, aliadas a uma longo historial de doença, que o impediu, por exemplo, de se apresentar em tribunal após a sua saída do poder para responder às acusações de nepotismo, corrupção, desvio de fundos públicos e um largo historial de violações dos direitos humanos, que vão desde a execução de um milhão de militantes comunistas, até à invasão e ocupação de Timor-Leste, onde se suspeita de ter matado quase 200 mil pessoas ao longo dos 24 anos de ocupação (1975-1999)


Nascido a 8 de Junho de 1921 numa aldeia perto da cidade de Yogakarta, no centro da ilha de Java, e de origem camponesa, em 1940 entra no exército colonial holandês, tendo pouco tempo depois mudado de lado, quando os japoneses ocuparam Java em 1942. Três anos depois, em 1945, a Holanda reaveu as suas possessões, e Suharto aliou-se aos nacionalistas indonésios, que queriam a independência, algo que foi alcançado quatro anos mais tarde.


A partir de então, sob o regime de Sukarno, Suharto ascendeu rapidamente no Exército, chegando ao posto de Brigadeiro em 1962, altura em que chefiou uma operação militar para recuperar a provincia de Irian Jaya. três anos mais tarde, no "Ano de Todos os Perigos", Suharto deteve uma conspiração comunista para tomar conta do poder, derrubando Sukarno. A retaliação foi terrível: nos dois anos seguintes, mais de uma milhão de militantes comunistas foram executados extra-judicialmente e enterrados em valas comuns um pouco por toda a Indonésia.


Em 1967 substitui Sukarno, agora um governante isolado e doente (morreria em 1970) e decide lançar a "Nova Ordem", onde a luta anti-comunista era a palavra de ordem. Suspentava-se então que ele até era um agente pago pela CIA americana, mas nada disso foi confirmado. Durante o seu período no poder, o Partido Comunista Indonésio foi banido, a censura foi establecida, os poderes do Parlamento foram reduzidos, e o país estableceu relações fortes com as nações ocidentais, especialmente os Estados Unidos.


A 4 de Dezembro de 1975, o então presidente norte-americano Gerald Ford visita Jacarta, numa visita oficial, acompanhado pelo Secretário de Estado Henry Kissinger. Fala-se que foi aí que os americanos deram a "luz verde" para que Suharto pudesse invadir Timor-Leste, então mergulhado em guerra civil, no qual a FRETILIN saira vitoriosa (e tinha declarado a indepdendência uns dias antes, a 28 de Novembro). A invasão e consequente ocupação, nunca reconhecida pelas Nações Unidas, durou 24 anos e só foi resolvida após a saída de Suharto, com um referendo realizado a 30 de Agosto de 1999, que deu aos timorenses o direito a serem independentes.


Durante o seu período no poder, a Indonésia conheceu um periodo de desenvolvimento sem precedentes. Mas isso teve um lado negro: a corrupção generalizada (no final do século XX, era um dos países mais corriuptos do mundo) e o nepotismo (fala-se que a fortuna da familia de Suharto está estimada em 23 mil milhões de dólares) fizeram com que quando a Ásia entrou em crise, em meados de 1997, a economia indonésia entrou em colapso, e a tenha vindo ao de cima e culminado em manifestações um pouco por todo o país, exigindo democracia e a sua saída. Após algum tempo de agitação, a 21 de Maio de 1998, Suharto entregou o poder ao seu vice-presidente, B.J. Habibie.


E agora, ele está morto. Que a terra lhe seja extremamente pesada.