O piloto do qual falo hoje tem uma carreira no minimo virtuosa. Já correu em imensas categorias de automobilismo, e também marcou a sua presença na Formula 1, com três corridas no final de 1994. Mas também se tornou um piloto com nome nos Estados Unidos, ao correr na IRL e vencer na Indy Lights. Também teve passagens pela A1GP, Le Mans Series e na doméstica Super GT. No dia em que comemora o seu 41º aniversário, falo hoje de
Hideki Noda.
Nascido a 7 de Março de 1969 em Osaka, começa a sua carreira como muitos outros pilotos: através do karting. Começando a correr em 1982, nos quatro anos seguintes coleciona títulos na categoria, antes de em 1987 passar para a Formula Junior 1600. Nesse ano, vence quatro corridas e é o "Rookie do Ano".
Em 1988, passa para a Formula 3 japonesa, onde consegue quatro pontos na sua temporada inicial, mas em 1989, empreendeu uma fuga para a frente, ao ir correr para a Europa, mais concretamente para a Formula Vauxhall Lotus. Não faz feio, ao vencer uma corrida e conseguir dois pódios, tendo terminado a competição no quinto posto. Também corre na europeia Formula Opel Lotus, ao ser nono classificado no campeonato, com dois pódios.
Em 1990 passa para a Formula 3, ao serviço da Alan Docking Racing, onde num pelotão competitivo, não faz muito feio, conseguindo oito pontos. Continuando em 1991 pela mesma equipa, acaba a temporada no oitavo posto, com uma vitória em Donington Park. Não era uma vitória qualquer: Noda tinha-se tornado no primeiro japonês a vencer uma corrida de Formula 3 fora do seu país natal.
Em 1992 dá o salto para a Formula 3000. Ao serviço da 3001 International, de
Mike Earle, o ex-dono da Onyx, seu primeiro ano foi dificil, marcado por muitos acidentes e com o melhor resultado um oitavo lugar. O mesmo aconteceu em 1993, com o Reynard da TOM's, mas em 1994, ao serviço da Reynard da Forti Corse, e ao lado de
Pedro Diniz, as coisas foram diferentes. Andando entre os da frente, Noda conseguiu seis pontos, e o melhor resultado em Formula 3000: um terceiro lugar em Enna-Pergusa.
No final do ano, tem a oportunidade da sua vida. Apesar de não ter um palmarés impressionante, Noda tem dinheuro suficiente para comprar um lugar no pelotão da Formula 1, através da Larrousse, que luta para ter dinheiro que permita completar aquela temporada. Noda arranja patrocinio de firmas locais e corre ao lado de
Eric Comas no GP da Europa, em Jerez. Sai-se bem, na 24ª posição da grelha, mas a sua corrida acaba após dez voltas, com problemas na caixa de velocidades.
Na corrida seguinte, no Japão, parte um pouco mais alto, na 23ª posição, mas numa corrida à chuva não vai longe. Não porque tenha batido como aconteceu aos seus compatriotas
Taki Inoue ou
Ukyo Katayama, mas porque o seu sistema de injecção de combustivel não funciona e não passa da primeira volta.
Em Adelaide, parte de novo da 23ª posição da grelha, mas a corrida para ele acaba à volta 18, quando tem uma fuga de óleo e encosta na berma. Apesar das suas tentativas não terem acabado bem, para a temprada de 1995, arranjou uma oportunidade de continuar a correr na Formula 1 ao serviço da Simtek, mas apenas por meia época, pois para o inicio dela, a equipa ia alinhar com
Jos Verstappen e
Domenico "Mimmo"
Schiartarella. Mas no inicio desse ano, os fundos que Noda contava para essa temporada sofreram um golpe quando o terramoto de Kobe arrasou a cidade e causou imensos prejuizos à cidade e às empresas que apoiavam Noda. Sendo assim , a meio do ano, a Simtek decidiu fechar as portas de vez, sem que Noda pudesse andar uma segunda (meia) temporada na Formula 1.
A sua carreira:
Três Grandes Prémios, numa temporada (1994),
zero pontos.
Depois de deixar para trás a sua carreira na Formula 1, decidiu tentar a sua sorte nas pistas americanas, especialmente na Indy Lights. Em 1996 consegue um pódio e no ano seguinte continua, conseguindo chegar ao oitavo lugar no campeonato, com uma vitória em Portland debaixo de chuva, e batendo o brasileiro
Helio Castroneves, futuro vencedor das 500 Milhas de Indianápolis. Foi o primeiro japonês a vencer em provas americanas!
Contudo, essas boas prestações não foram suficientes para assegurar um lugar na categoria principal, logo em 1998, volta para o Japão para correr na GT Series, ao lado do australiano
Wayne Gardner, a lenda das motos que depois tentou uma carreira nos automóveis. As provas foram algo incosistentes, mas uma vitória no circuito de Fuji foi o ponto mais alto nos anos em que correu nessa categoria. Em paralelo, correu na Formula Nippon, onde entre 1998 e 2001 conseguiu alguns pódios, especialmente nas temporadas de 1998 e 99. A sua melhor classificação foi nesse ano, com um quinto lugar no campeonato.
Em 2002, regressa à América, onde correrá seis corridas na IRL, sendo o seu melhor resultado um décimo lugar em Phoenix. Continuando a correr, em especial na Le Mans Series, em 2005 volta à ribalta, quando é convidado para ser um dos pilotos da equipa japonesa da A1GP. Corre em três provas, conseguindo um nono lugar em Lausitzring. A partir daqui, dedica-se á Le Mans Series, especialmente na classe LMP2. Em 2008 estreia-se nas 24 Horas de Le Mans pela Kruse Schiiller Motorsports, mas não terminou a corrida.
Fontes:
http://www.hideki-noda.com/http://en.wikipedia.org/wiki/Hideki_Nodahttp://www.f1rejects.com/drivers/noda/biography.htmlhttp://www.grandprix.com/gpe/drv-nodhid.html