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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Youtube Racing Video: O pior circuito de sempre?

Há perguntas que não tem resposta: quem foi o melhor... ou o pior piloto da história do automobilismo, o melhor circuito e o melhor carro da história. Depende do tempo, da geração, do seu domínio, da sua beleza, aqui entra tudo um pouco.

E nestas coisas, até poderia entrar um outra pergunta: qual foi o pior circuito de sempre - e não falo só de Formula 1. É o pior circuito da história do automobilismo. Existiram muitos circuitos de estrada, aborrecidos, com obstáculos, com asfalto a derreter, linhas de comboio... coisas assim.  

Mas para o Josh Revell, ele considera que uma pista urbana no centro da capital chinesa, desenhada por Hermann Tilke, é - para ele - a pior pista de sempre usada para uma prova automobilística. E no seu wideo, ele explica porquê.

Quanto a mim? Concordo que seja muito mau, mas sempre me lembro de Phoenix, de Dallas com o asfalto a derreter, ou Las Vegas, em 1981...

sábado, 20 de maio de 2023

O regresso da A1GP?


Entre 2005 e 2009, aconteceu uma competição de seu nome A1GP, onde 20 carros representavam o seu país em alguns circuitos um pouco por todo o mundo. Criado pelo sheik  Maktoum Hasher Maktoum Al Maktoum e a certa altura teve o luso-sul-africano Tony Teixeira como diretor, a competição acabou em 2010 por causa de motivos financeiros, com a quinta temporada a não ser realizada.  

Agora, 13 anos depois do seu final, e trouxe gente como Filipe Albuquerque, Álvaro Parente, Armando Parente e António Félix da Costa, só no carro português, e pilotos como Ryan Hunter-Reay e Marco Andretti (EUA) Sérgio Pérez (México) Narain Karthikeyan (India) Nelson Piquet Jr (Brasil) Alex Yoong (Malásia) e Jos Verstappen (Países Baixos), entre outros, há noticias sobre o seu regresso. Segundo conta hoje o canal de televisão Sky News, um grupo de empresários pretende juntar cerca de 100 milhões de dólares para reavivar a competição. 

A pessoa que está à frente do projeto seria Keith Mills, um empresário britânico e vice-presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Marcin Budkowski, antigo diretor executivo da equipa Alpine na Fórmula 1 em 2021, tendo passado ainda por Ferrari, McLaren e e ter sido diretor na FIA, seria o diretor desportivo. O projeto está pensado para 20 equipas, cada uma representando uma nação, com monolugares que seriam um pouco mais lentos do que os atuais Fórmula 1, usando biocombustíveis.

A publicação britânica afirma que o objetivo do regresso da A1GP não é competir com a Fórmula 1, mas criar um campeonato com 12 corridas começando em dezembro e terminando em julho. Ou seja, competiria com... a Formula E. E outra das coisas dos quais eles pretendem ser diferente de outras competições com uma acessibilidade maior que a Formula 1, e isso incluiria preços baixos. 

Ainda não se sabe que chassis usarão, porque os anteriores já estão obsoletas para os tempos de hoje porque não tem, por exemplo, dispositivos de segurança como o HALO. 

domingo, 3 de setembro de 2017

Convições do foro psicológico

Em 1966, surgiu a Canadian-American Challenge. Era uma competição fascinante: carros semelhantes aos GT's, de chassis aberto, motores V8 e... muito poucas regras. Bastava construir um chassis, montar um motor e já está. Os prémios para o vencedor eram chorudos: quinhentos mil dólares, uma fortuna para a época. Em 1967, Bruce McLaren decidiu fazer os seus chassis para a competição, e em menos de dois anos, transformou aquilo no "The Bruce and Denny Show", dominando a competição e arranjando o dinheiro necessário para fazer avançar a sua equipa na Formula 1 e na IndyCar. Foi a Can-Am que permitiu o crescimento da sua equipa e fazê-lo famoso em todo o mundo.

A Can-Am foi uma loucura: grelhas cheias, motores potentes, os melhores pilotos da América e da Europa corriam por lá. Mas seis anos depois, as coisas estavam descontroladas. A Porsche trouxe um 917, modificou-o, colocou um turbo no seu flat-12 e arranjou 1500 cavalos no seu carro. Mark Donohue dominou a competição em 1973, até que no final desse ano... surgiu a primeira crise do petróleo. Descobriu-se que aqueles motores eram obsoletos, de tão gulosos que eram. Ao fim de um ano, a Can-Am acabou.

A lição era esta: sem controle, e dependendo apenas das equipas de fábrica, uma determinada competição está condenada a desaparecer em poucos anos, por muita popularidade que consiga pelo meio. A Historia do automobilismo está cheia destes exemplos, principalmente nestes últimos anos. E desde que este blogue existe, há dez anos, vi surgir e desaparecer competições que pegam em que pegam em certas ideias que... não pegam, como a A1GP e a SuperLeague Formula. E a razão é esta: tem de apresentar algo novo, que difere dos outros. E porquê a Formula E pegou e não estas que falei? Porque foram para o lado errado. Não apresentaram tecnologia. Para quê ter chassis iguais com motores semelhantes aos de um Formula 2, por exemplo? Por causa dos clubes que torcem ou pelo orgulho nacional? Sem isso tecnologicamente diferente, acabaram em poucos anos e passaram a ideia de serem mais do que um mero lavar de dinheiro, como certas pessoas defendem sobre aquilo que foi a SuperLeague Formula.  

Mas então, porque as pessoas reclamam da Formula 1 atual, numa altura dos volantes complicados, "com tantos botões", do barulho dos V6 Turbo, dos Halos e Shields, quando não reclamaram no passado dos HANS ou dos chassis de carbono?

Ao longo destes tempos de redes sociais, de vez em quando dou por mim entender as razões porquê as pessoas reclamam incessantemente sobre isto - talvez os meus amigos psicólogos e psiquiatras entendam isto melhor do que eu - mas estou a chegar à conclusão de que o problema não é o automobilismo, as regras em si ou a competição. É a psique humana. Não consigo explicar isto da melhor maneira possível - os mais experimentados fazem isso melhor - mas daquilo que entendo é que as pessoas passam para o seu desporto favorito as suas ideias, convicções, sonhos e fantasias. Algures na sua vida, viram algo que os fascinou, um pouco como o ideal bíblico de Adão e Eva, o Eden antes do Pecado Original. E acham que qualquer desporto - neste caso em particular, a Formula 1 - deveria voltar a esse Éden. Daí falarem que deveriam voltar a ter os motores atmosféricos, que a Ferrari deveria voltar a ter motores V12, que deveriam abolir as ajudas eletrónicas (os famosos botões no volante...), entre outras coisas.

E da mesma maneira como o ser humano tenta voltar a esse Éden que provavelmente nunca existiu, embarcando em utopias perigosas, com consequências catastróficas, sempre achei que "voltar para trás" é uma ideia perigosa. Esses Edens morreram, paz às suas almas, deve-se seguir em frente.

Contudo, insistem nisso. E no fundo, no fundo, acaba por ser uma ideia perigosa. O automobilismo é tecnologia, sempre foi tecnologia, é um dos seus pilares. Desde a invenção do automóvel e a sua primeira corrida, naquele ano distante de 1894, que a tecnologia faz parte dela, é um dos seus pilares. Foi a tecnologia que permitiu a evolução do automóvel desde as frágeis carruagens sem cavalos às máquinas de alumínio e fibra de carbono de hoje em dia. Que fez evoluir os motores a combustão, que aplicou supercompressores e turbocompressores, e agora, sistemas híbridos e elétricos cada vez mais potentes e com maior autonomia. Que fez desenhar e redesenhar chassis, cada vez mais aerodinâmicos para que sejam carros fluidos, para serem mais eficientes. Que fez colocar cintos de segurança, airbags e sistemas eletrónicos de auxilio, para que essa máquina, qual cavalo selvagem, não acabe por ser uma máquina de matar às mãos da pessoa que o conduz. O automóvel, como sabem, moldou o século XX tal como o conhecemos. Retirar a tecnologia do automobilismo é, de uma certa forma, condená-lo à sua extinção.

De uma certa forma, o ser humano comum, de forma subconsciente - ou não - odeia tecnologia porque não a compreende. E nestes tempos de populismo perigoso, as pessoas estão a virar-se contra a Ciência. Muitos dos que acham os carros elétricos como "meros aspiradores" ou "liquidificadores", odeiam-nos porque começaram a ver que um mero Tesla come Mustangs ou Camaros ao pequeno-almoço, numa qualquer arrancada na California. E isso mexe-lhes nas suas convições automobilisticas, as suas "biblias". E se formos ver melhor, muitos desses seres humanos são os mesmos que começam a acreditar que os pequenos homenzinhos verdes andam entre nós, ou que a terra é plana ou que não descendemos dos macacos, mas sim do Adão e Eva, e que as vacinas são más. Em suma, odeiam a tecnologia, mas - que ironia! - usam smartphones e "laptops" para transmitir as suas ideias e frustrações através das redes sociais e Youtubes da vida. 

E isso é perigoso para a evolução da humanidade. Não preciso de apontar exemplos, o melhor deles é o atual inquilino da Casa Branca, a nação mais poderosa do mundo.  

Em suma, as entidades como a Liberty Media podem ouvir o que o povo quer, não perdem nada em fazê-lo, mas também tem de saber separar o trigo do joio. Saber que poderão querer uma simplificação das coisas, mas também têm de dizer aos saudosistas que o tempo dos chassis de alumínio acabou, e que os pilotos não vão saudar Jean Todt em todos os inícios de Grande Prémio repetindo a frase dos gladiadores em Roma (Ave Caesar, morituri te salutant - Avé César, os que vão morrer saúdam-te). E que se a FIA quer segurança, é isso que vão ter. Porque... sejamos honestos, qual é a sanidade mental desse "senso comum"?

De uma certa forma, o futuro deve ser este: primeiro, não transformar a Formula 1 na próxima Can-Am. Segundo, nem tudo que os fãs dizem é correto. Alguns, até, só querem mal, mesmo não sabendo... ou não.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Falando sobre o Acceleration

Já sabia disto há umas semanas, mas não tenho falado nada sobre isso porque nestas coisas, fico mais de pé atrás do que outra coisa. E tenho a impressão que é mais um festival de velocidade do que própriamente uma competição. Enfim... falo agora.

Quem não sabe ainda, daqui a um mês (25 a 27 de abril) vai acontecer uma coisa chamada de Acceleration 2014, um festival de velocidade que vai ter pessoal da música, especialmente os nostálgicos dos anos 80, com pessoal como a Samantha Fox (sim, a cantora das mamas grandes) e o David Hasselhoff. E hoje, o "The Hoff" esteve em Portimão para a apresentação do evento.

"Este será um evento único como há poucos pelo mundo. Juntamos competição automóvel a espectáculos de música. A animação está assegurada em pista e fora dela. É um evento que pretende chamar todos os públicos e que se estreia em Portugal. Quem vai querer perder? Da minha parte só posso garantir que vai ser um espectáculo único com muitas surpresas e diversão!", disse o actor.

Mas não é por causa do "The Hoff" ou da Samantha Fox - hoje cinquentona e saída do armário - que falo. Eu escrevo isto por causa da competição em si. É que o Acceleration decidiu reavivar o conceito do A1GP, onde o pessoal corre com os carros pintados com as cores do seu país. O nome é ligeiramente diferente - FA1 - e parece ter a garantia de 18 carros na pista. E para além disso, têm a European Stock Series, algo parecido com motos, uns midgets e uma pickups ao melhor estilo NASCAR.

O pessoal vai passar por vários sitios, que vão desde Portimão até Assen, na Holanda, passando por Espanha, França, Itália, Bélgica, Croácia e Eslováquia, entre outros. E basicamente serão três dias de automobilismo e música. Resta saber se isto terá sucesso, pois francamente, não sei que pilotos é que alinharão, ou que equipas. Sei que há carros a representar Holanda, Espanha, Alemanha, Itália, Bélgica, China, Venezuela, Suécia e Japão, que pelo press-release, vai ser representado por... Taki Inoue! No caso espanhol, o piloto poderá ser Dani Clos, enquanto que em Itália, os carros serão mantidos pela Team Ghinzani.

Enfim, resta esperar mais um mês para ver o que é isto. E se vale a pena. É que estou a ver o poster e não fiquei com boa cara...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Noticias: A1GP pode estar de volta

Ainda se recordam da A1GP? Do "campeonato do mundo de nações" ideia peregrina de um sheik árabe e prosseguida pelo luso-sul-africano Tony Teixeira? Pois bem, três anos após a sua liquidação, a Autosport britânica fala na sua edição de hoje que existem dois interessados que querem comprar os carros, construidos pela Ferrari, e reavivar a série tal qual como era. 

Recebemos duas ofertas e estamos à espera de quem é que vai confirmar primeiro, e ver o que acontece a partir daí. Mas isso não impede que outro grupo surja até que a venda esteja concluida” revelou Vijay Chandra, asessor da Griffins Insolvency Practicioners, que está a cuidar do espólio dos carros. 

Segundo a publicação inglesa, um dos interessados é um grupo que quer reavivar com o nome A10 World Series, que foi reforçado com um investidor australiano, enquanto que a segunda proposta vêm de um grupo holandês, que quer chamar à categoria de A1 World Cup. Seja como for, ambos querem fazer isso ainda em 2012 ou 2013.

Para quem já não se recorda, a A1GP começou em 2005, graças à ideia do sheik árabe Makhtoum al Makhthoum, e atraiu pelo menos 24 países, vindos um pouco de todo o mundo. Até 2009, vários pilotos guiaram os seus carros, desde antigos pilotos de Formula 1 como Christian FittipaldiJos Verstappen, como futuros pilotos de categoria máxima do automobilismo, como Sergio PerezNico Hulkenberg. França, Alemanha e Irlanda foram os vencedores, que passou por pistas como Brands Hatch, Sepang, Kyalami, Shangai, Portimão e Cidade do México, entre outros.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Noticias: Policia britânica investiga contas da falida A1GP

A A1GP acabou em 2009, mas parece que não vai ser a última vez que falaremos sobre ela. Não, não tem a ver com a falada A10 World Series, que parece estar a tentar reavivar o espírito da competição, mas porque as circunstâncias do seu desaparecimento esão a ser investigadas pelas autoridades britânicas.

Segundo a edição de ontem do Daily Telegraph, a Serious Fraud Office, organismo que investiga os crimes de colarinho branco, está a investigar as contas de duas empresas do universo A1GP, a A1 Holdings, a empresa-mãe, e a A1 Grand Prix Operations, de forma a descobrir a origem dos seus financiamentos. Ambas as empresas, que entraram em liquidação em Fevereiro de 2010, têm dívidas que em conjunto, valem 400 milhões de libras (330 milhões de euros), provenientes de dezenas de credores, desde companhias como a RAB Capital até aos donos de equipas um pouco por todo o mundo. Neste momento, correm em tribunais britânicos cerca de quinze acções.

As primeiras investigações acontecerem no inicio do ano passado, após o cancelanento da temporada 2009-10, cuja primeira corrida iria acontecer no circuito australiano de Surfers Paradise. As autoridades britânicas queriam compreender como é que o negócio foi para a frente, sabendo que naquele momento, os carros estavam num armazém na Grã-Bretanha, retidos graças a uma acção em tribunal devido a dívidas por pagar. O caso foi acompanhado pela Interpol, mas não se conhecem quaisquer conclusões.

Neste momento, para ter uma organização como a Serious Fraud Office metida no barulho, é porque se desconfia de que poderá ter havido desvio de fundos, no minimo. Apesar da série ter uma ideia interessante por detrás, a figura de Tony Teixeira, um sul-africano de origem portuguesa, nunca foi totalmente levada a sério ao longo da sua permanência na frente dos destinos da A1GP. E as desconfianças nunca foram dissipadas mesmo quando assinou um acordo com a Ferrari para fornecer todo um conjunto de chassis e motor. Afinal tinham razão: fora Teixeira que fizera a encomenda à marca do Cavalino, numa relação meramente clientelar e nunca de parceria. E creio que a Ferrari também ficou "a arder" neste caso...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

5ª Coluna: O ressuscitar da A1GP

A partir de amanhã, começará, de uma certa forma, o Mundial de Formula 1. Primeiro, a apresentação da Ferrari, com o seu modelo F150, será o primeiro e na segunda feira virá boa parte das equipas, em Valencia, palco dos primeiros testes. Sobre isso, todos falarão abundantemente sobre eles. Mas com toda a ansiedade latente sobre isso, perferi falar sobre algo que ando a ver às gotinhas desde a semana passada: uma tal A10 World Series.

Falei disso a meio do mês sobre o possivel reavivar da falida A1GP, a série criada em 2005 por um sheik árabe e continuada pelo luso sul-africano Tony Teixeira, que teve chassis e motores Ferrari na sua última temporada competitiva, em 2009. O conceito é otimo: uma corrida entre nações, em que um piloto correrá por ela, num máximo de 24. O campeonato seria um conjunto de dez ou doze jornadas duplas, espalhadas pelo mundo, com um prémio máximo, e aconteceria durante o Inverno europeu.

Tudo correu relativamente bem até 2007, após a saída do sheik do Dubai e a venda à RAB Capital, que pagou duzentos milhões de dólares por ela. Prejuizos acumulados, bem como o fracasso em atrair patrocinadores de monta, lançou dúvidas sobre a viabilidade do projeto. Para piorar as coisas, a crise mundial se abateu forte sobre a série. Falta de pagamentos e outros problemas fizeram com que a empresa se declarasse insolvente em Julho, e a série fosse cancelada em setembro, após a não realização da prova inaugural, em Surfers Paradise.

Com os carros encerrados num armazém algures na Grã-Bretanha, esperando por melhores oportunidades. Aparentemente, segundo uma coluna de boatos, houve em Julho um conjunto de investidores interessados nos carros e em pagar as dívidas. Houve um leilão, com destino desconhecido, e agora, em Janeiro, surgiu um site e aos poucos se mostram o tal conceito de "A10 World series". E pelos vistos, é um clone da A1GP.

Mas ainda é algo cedo para dizer se acredito na sua viabilidade. Os gráficos desse sitio na Internet me fizeram recuar quinze anos no tempo, para os seus primórdios, e ainda não convencem muita gente. Ainda há muito ar de mistério, do qual não se sabem quem são os financiadores desta nova série, embora se fale que a ideia é um pouco semelhante à GP2, com as equipa a procurarem os seus patrocinios. Se sim, não seria mau de todo se alguma das muitas equipas que andam nos vários campeonatos esteja interessada em cuidar de um dos carros dessa "A10".

Há outro grande mistério nesta "A10 World Series": quem são os seus novos proprietários. Até agora, nada se disse sobre este novo grupo de investidores e quais são os seus objetivos. Ainda faltam algumas semanas para saber todos os pormenores, mas a Autosport britânica fala esta semana sobre a possibilidade de haver um ex-piloto de Formula 1 atrás do projecto, num papel não especificado.

Apesar da série só arrancar no Outono - mais um exemplo de que isto é um ressuscitar da A1GP - fica-se a pensar no seguinte: neste momento existem diversas séries de automobilismo, grande parte delas séries monomarca como a World Series by Renault 3.5, Auto GP - com Lolas que pertenceram à A1GP - , GP2, Formula 2, etc... pode se perguntar se todas estas séries são paralelas à Formula 1 ou fazem parte de uma base alargada de um topo muito estreito da pirâmide. E quando cada vez mais se sabe que Bernie Ecclestone quer fazer as suas próprias séries de acesso à Formula 1, com a GP2 e GP3, pergunta-se se estas séries não seriam mais úteis se não corressem paralelas à Formula 1?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O regresso da A1GP?

O F1 Fanatic noticia hoje no seu site que uma organização sediada na Grã-Bretanha, a Teamcraft Motorsports, registou há algum tempo a designação "A10 World Series", cuja apresentação oficial está marcada para quinta-feira por volta do meio dia local. No site oficial, está uma contagem decrescente para a a tal apresentação, cujos gráficos relembram um pouco a anterior série, que terminou no final de 2009 devido a graves dificuldades financeiras.

A série, que tinha carros desenhados e montados pela Ferrari, tinha sido comprada há algum tempo por um grupo de investidores britânicos que tinham anunciado em meados de Julho do ano passado que existia a hipótese de reerguer a série no final de 2010 em novos moldes, que passariam pela angariação de patrocinadores, por exemplo. Desde então nada mais se soube, até hoje.

Veremos o que acontecerá depois de amanhã, se será isso ou outra coisa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A1GP revival? Parece que sim

Devem-se lembrar da A1GP, uma competição entre países, liderado pelo luso-sul africano Tony Teixeira, que entrou em falência no final de 2009 devido às várias dívidas com as várias entidades, a começar pela Ferrari, que construira mais de vinte carros em 2008.

Pois bem, a competição poderá tentar o seu regresso no final do ano que vêm. Segundo a Autosport britânica, um conjunto de investidores adquiriu alguns dos bólides da Ferrari, e também alguns dos Lolas-Zytek e planeia reavivar um calendário com dezoito países, dez dos quais já deram uma resposta positiva. Contudo, os novos proprietários terão de encontrar o seu próprio financiamento, semelhante ao que acontece na GP2. A revista diz que no final de Julho haverá um anuncio oficial.

Quanto ao calendário, fala-se que deverá ter dez etapas, no mesmo estilo do anterior: metade num ano, a outra metade noutro, a decorrer durante o Inverno. E muitas das antigas localizações poderão voltar. Resta saber se Tony Teixeira está ou não envolvido nisto, ou se os novos proprietários irão seguir os planos dele. Não creio, mas... é bom saber que aqueles carros tem um destino.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Vende-se: série que falhou

Se forem hoje ao site http://www.go-dove.com/, poderão encontrar toda uma série, que prometia ser uma formula de Nações a competirem entre si, mas que acabou por ser mais uma vítima da crise. Sim, a agora extinta A1GP decidiu colocar os seus bens a leilão, e entre os bens á venda existem vinte carros projectados pela Ferrari, bem como mais doze chassis feitos em 2005 pela Lola-Zytek, com imenso material sobressalente.

Para além disso, existe diverso material sobressalente e alguns Ferraris e Maseratis usados como "safety-car" e veículos de emergência. Algumas das ofertas terão de ser feitas como um todo. Se quiserem ver mais pormenores, podem seguir este link.

Portanto, se dúvidas existissem, elas estão desfeitas.

domingo, 7 de março de 2010

O piloto do dia - Hideki Noda

O piloto do qual falo hoje tem uma carreira no minimo virtuosa. Já correu em imensas categorias de automobilismo, e também marcou a sua presença na Formula 1, com três corridas no final de 1994. Mas também se tornou um piloto com nome nos Estados Unidos, ao correr na IRL e vencer na Indy Lights. Também teve passagens pela A1GP, Le Mans Series e na doméstica Super GT. No dia em que comemora o seu 41º aniversário, falo hoje de Hideki Noda.

Nascido a 7 de Março de 1969 em Osaka, começa a sua carreira como muitos outros pilotos: através do karting. Começando a correr em 1982, nos quatro anos seguintes coleciona títulos na categoria, antes de em 1987 passar para a Formula Junior 1600. Nesse ano, vence quatro corridas e é o "Rookie do Ano".

Em 1988, passa para a Formula 3 japonesa, onde consegue quatro pontos na sua temporada inicial, mas em 1989, empreendeu uma fuga para a frente, ao ir correr para a Europa, mais concretamente para a Formula Vauxhall Lotus. Não faz feio, ao vencer uma corrida e conseguir dois pódios, tendo terminado a competição no quinto posto. Também corre na europeia Formula Opel Lotus, ao ser nono classificado no campeonato, com dois pódios.

Em 1990 passa para a Formula 3, ao serviço da Alan Docking Racing, onde num pelotão competitivo, não faz muito feio, conseguindo oito pontos. Continuando em 1991 pela mesma equipa, acaba a temporada no oitavo posto, com uma vitória em Donington Park. Não era uma vitória qualquer: Noda tinha-se tornado no primeiro japonês a vencer uma corrida de Formula 3 fora do seu país natal.

Em 1992 dá o salto para a Formula 3000. Ao serviço da 3001 International, de Mike Earle, o ex-dono da Onyx, seu primeiro ano foi dificil, marcado por muitos acidentes e com o melhor resultado um oitavo lugar. O mesmo aconteceu em 1993, com o Reynard da TOM's, mas em 1994, ao serviço da Reynard da Forti Corse, e ao lado de Pedro Diniz, as coisas foram diferentes. Andando entre os da frente, Noda conseguiu seis pontos, e o melhor resultado em Formula 3000: um terceiro lugar em Enna-Pergusa.

No final do ano, tem a oportunidade da sua vida. Apesar de não ter um palmarés impressionante, Noda tem dinheuro suficiente para comprar um lugar no pelotão da Formula 1, através da Larrousse, que luta para ter dinheiro que permita completar aquela temporada. Noda arranja patrocinio de firmas locais e corre ao lado de Eric Comas no GP da Europa, em Jerez. Sai-se bem, na 24ª posição da grelha, mas a sua corrida acaba após dez voltas, com problemas na caixa de velocidades.

Na corrida seguinte, no Japão, parte um pouco mais alto, na 23ª posição, mas numa corrida à chuva não vai longe. Não porque tenha batido como aconteceu aos seus compatriotas Taki Inoue ou Ukyo Katayama, mas porque o seu sistema de injecção de combustivel não funciona e não passa da primeira volta.

Em Adelaide, parte de novo da 23ª posição da grelha, mas a corrida para ele acaba à volta 18, quando tem uma fuga de óleo e encosta na berma. Apesar das suas tentativas não terem acabado bem, para a temprada de 1995, arranjou uma oportunidade de continuar a correr na Formula 1 ao serviço da Simtek, mas apenas por meia época, pois para o inicio dela, a equipa ia alinhar com Jos Verstappen e Domenico "Mimmo" Schiartarella. Mas no inicio desse ano, os fundos que Noda contava para essa temporada sofreram um golpe quando o terramoto de Kobe arrasou a cidade e causou imensos prejuizos à cidade e às empresas que apoiavam Noda. Sendo assim , a meio do ano, a Simtek decidiu fechar as portas de vez, sem que Noda pudesse andar uma segunda (meia) temporada na Formula 1.

A sua carreira: Três Grandes Prémios, numa temporada (1994), zero pontos.

Depois de deixar para trás a sua carreira na Formula 1, decidiu tentar a sua sorte nas pistas americanas, especialmente na Indy Lights. Em 1996 consegue um pódio e no ano seguinte continua, conseguindo chegar ao oitavo lugar no campeonato, com uma vitória em Portland debaixo de chuva, e batendo o brasileiro Helio Castroneves, futuro vencedor das 500 Milhas de Indianápolis. Foi o primeiro japonês a vencer em provas americanas!

Contudo, essas boas prestações não foram suficientes para assegurar um lugar na categoria principal, logo em 1998, volta para o Japão para correr na GT Series, ao lado do australiano Wayne Gardner, a lenda das motos que depois tentou uma carreira nos automóveis. As provas foram algo incosistentes, mas uma vitória no circuito de Fuji foi o ponto mais alto nos anos em que correu nessa categoria. Em paralelo, correu na Formula Nippon, onde entre 1998 e 2001 conseguiu alguns pódios, especialmente nas temporadas de 1998 e 99. A sua melhor classificação foi nesse ano, com um quinto lugar no campeonato.

Em 2002, regressa à América, onde correrá seis corridas na IRL, sendo o seu melhor resultado um décimo lugar em Phoenix. Continuando a correr, em especial na Le Mans Series, em 2005 volta à ribalta, quando é convidado para ser um dos pilotos da equipa japonesa da A1GP. Corre em três provas, conseguindo um nono lugar em Lausitzring. A partir daqui, dedica-se á Le Mans Series, especialmente na classe LMP2. Em 2008 estreia-se nas 24 Horas de Le Mans pela Kruse Schiiller Motorsports, mas não terminou a corrida.

Fontes:

http://www.hideki-noda.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Hideki_Noda
http://www.f1rejects.com/drivers/noda/biography.html
http://www.grandprix.com/gpe/drv-nodhid.html

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A 5ª Coluna desta semana

A 5ª Coluna desta semana trata essencialmente de duas categorias monomarca, que tinham como objectivo aliar o automobilismo com outros propósitos: a A1GP, que é uma "Formula das Nações", onde 24 carros competem entre si para saber quem é a melhor nação, e a Superleague Formula, um conceito onde se mistura automobilismo com os clubes de futebol. No final de 2009, ambos vivem numa encruzilhada: uma está à beira da insolvência, a outra já tem um patrocinador principal e parte para 2010 com um calendário alargado, e quer angariar mais clubes.

Eis alguns excertos:

(...) "Em 2007 foi assinado um acordo com a Ferrari, para que este desenhasse o carro, e colaborasse na categoria até 2014. Antes disso, corriam com chassis da Lola, motores Zytek e pneus Cooper. O homem detrás da categoria é Tony Teixeira, um luso-sul-africano que se aliou em primeiro lugar ao sultão árabe para fazer mover a ideia. Contudo, no final de 2006, Makhtoum al Makhtoum saiu de cena, deixando a Teixeira o controlo da acção. Então, este anunciou planos para transferir a sua fábrica de Inglaterra para Portimão, onde os carros seriam ali fabricados e mantidos num parque industrial que iria ser construído. Assinado o acordo, esperava-se que as obras arrancariam o mais tardar, em Julho de 2009.

Contudo, nos últimos tempos só se ouvem coisas pouco abonatórias sobre o projecto. Quando em 2006 o sheik Makhtoum al Makhtoum saiu, os prejuízos eram da ordem dos 200 milhões de dólares, e ao longo dos quatro anos, nunca conseguiu atrair capital suficiente ou um parceiro de monta para patrocinar a competição. Para piorar as coisas, quando houve a transferência de chassis, em 2008, os vários atrasos no plano fizeram com que a corrida inaugural do campeonato não fosse o circuito de Mugello, como estava inicialmente previsto, mas sim o circuito holandês de Zandvoort." (...)

(...) "Três anos depois de começar a A1GP, surgia a ideia de uma competição onde se combinavam duas modalidades completamente distintas: futebol e automobilismo. Uma ideia de dois homens de negócios, o espanhol Alex Andreu e o inglês Robin Webb, o objectivo era de atrair os adeptos das suas equipas de futebol para o automobilismo. Atraíram várias equipas europeias e mundiais, desde os mais tradicionais (AC Milan, Liverpool, Flamengo, Corinthians) até aos improváveis (Beijing Guoan, Al-Ain), começou a competir a meio de 2008, com chassis construídos pelos americanos da Panoz, e a desenvolver um motor V12 da Menard, capazes de desenvolver 750 cavalos de potência.

Com um calendário exclusivamente europeu, mas com a promessa de expandir para outros circuitos fora do continente, conseguiu atrair várias equipas e pilotos de topo, como António Pizzonia, Sebastien Bourdais, Robert Doornbos, Giorgio Pantano e Álvaro Parente, entre outros. Aos poucos e poucos, o trabalho de Andreu e Webb tem tido os seus frutos, desde transmissões televisivas em canal aberto, até à atracção de um “major sponsor” a petrolífera angolana Sonangol."
(...)

(...) "Os dois casos que apresento merecem reflexão. A Superleague Formula terá uma combinação vencedora pelo facto de combinar automobilismo e futebol? A A1GP falhou por meros erros de gestão ou porque a ideia da série estará desfasada? Se for o primeiro caso, estará explicado o motivo porque nunca tiveram um grande patrocinador para as séries? E o facto de a Superleague Formula ter um calendário europeu, em contraste com um calendário mundial para a A1GP, que implica mais despesas de transporte, contribuiu para este final? Cada um que tire as suas conclusões, mas creio que os factos falam por si."

Podem ler o resto do artigo neste link.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Noticias: A1GP cancela Malásia e China

A A1GP anunciou hoje que as corridas na Malásia e na China, que se iriam realizar a 15 de Novembro e a 6 de Dezembro, respectivamente, foram canceladas devido a "atrasos" no pacote de salvação da empresa, segundo diz a imprensa internacional.



Segunda a edição desta semana da Autosport britânica, alguns dos responsáveis da organização já abandonaram a companhia e os carros estão à espera de serem vendidos a algum responsável que deseje continuar a série, embora hajam fontes afirmando que a Griffins Licensed Insolvency, que assumiu a administração da A1 Grand Prix Operations Limited quando abriu falência em meados de Julho, terá encontrado um comprador para a "Taça das Nações de Automobilismo". Para além disso, os carros têm ainda de ser modificados para estar de acordo com as normas de segurança da FIA relativamente aos impactos laterais, e as dívidas que têm de pagar, a começar pelas 5 milhões de libras que deve à Ferrari, ser pagas.



Isto é cada vez mais sinal de que só falta o anuncio oficial para materializar aquilo que todos já devem saber: o final definitivo da A1GP Series, a Formula das Nações idealizada em 2005 pelo sheik Makhtoum al Makhtoum, dos Emirados, e pelo luso-sul-africano Tony Teixeira.

sábado, 17 de outubro de 2009

Noticias: Ronda australiana da A1GP foi cancelada

Como se temia ontem, a primeira corrida da A1GP, marcada para o próximo dia 26 de Outubro em Surfers Paradise, na Gold Coast australiana, foi cancelada. Contudo, o responsável da categoria, Tony Teixeira, afirma a pés juntos que a categoria não está morta.


"Quero pedir desculpa pessoalmente às pessoas afectadas por esta lamentável mas irremediável decisão. O Governo de Queensland, a Gold Coast Motor Events Co., a direcção e o presidente do evento têm sido pacientes e têm-nos apoiado nestas últimas semanas", refere Teixeira num comunicado.


"Estávamos orgulhosos por fazer parte daquilo que se tornou um evento motorizado icónico e estamos devastados por ter de tomar esta decisão", acrescentou, pedido desculpa também ao público australiano.


A organização afirmou que o cancelamento se deveu ao atraso no processo de pagamento de dívidas aos fonecedores, resultantes da falência do braço operacional da categoria no Reino Unido, A1GP Operations Ltd, este Verão. Teixeira referiu ainda que irá pagar uma indemnização aos organizadores do evento e doar 50 mil dólares australianos a uma instituição de caridade escolhida pelos promotores do evento.



Contudo, Teixeira garante a continuidade da competição já no circuito chinês de Zuhai, cenário da próxima ronda do campeonato, dentro de quatro semanas: "Anunciámos recentemente 19 equipas que estavam prontas para competir na Austrália. Sei que continuam empehadas em competir na nossa competição única, que coloca nações frente-a-frente. O A1GP pode estar em baixo, mas não aceito que estejamos acabados. Tivemos quatro temporadas excitantes que provaram que somos uma força no desporto e agora devemos consolidar aquilo que conseguimos até aqui. Os meus esforços centram-se em encontrar um caminho em frente com o apoio de algumas pessoas muito leais", concluiu.



Agora é ver para crer...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um grande ponto de interrogação chamado A1GP

Antes que o GP do Brasil nos submerga a todos, achei por bem trazer à baila o A1GP. Digo isto porque ao longo da semana tive mais do que uma conversa com algumas pessoas ligadas ao meio para que estivesse de alerta sobre a "Taça do Mundo das Nações", ou a competição organizada pelo luso-sul-africano Tony Teixeira. Alguns desses meus amigos no meio juravam a pés juntos que isto iria ser cancelado. Não acredito muito nisso, mas a nuvem de suspeição é grande, apesar das garantias.

O site português Supermotores fez um resumo do que se passa: quando faltam seis dias para o arranque, os carros ainda não sairam de Inglaterra, ninguém em Brisbane sabe quando é que o avião com os carros chegará, embora a organização alegue que os carros estão a ser modificados a pedido da FIA, e que por isso o teste, marcado para este fim de semana foi cancelado.

Entretanto, Greg Hooton, Director Geral do Nikon Super GP (o nome oficial do GP de surfers Paradise), deu ontem uma conferência de imprensa em que afirmou laconicamente: "Até aqui o A1GP ainda não desrespeitou o contrato que tem com a Gold Coast Motor Events Company (a entidade promotora do evento australiano)." O que se sabe neste momento é que estão inscritos 19 carros para esta ronda, entre os quais Portugal, mas curiosamente, também, não se sabem os nomes de quaisquer pilotos participantes.

O estado de Queensland é que não está a achar piada nenhuma a este impasse, e já ameaçou cancelar a corrida e processar a A1GP por incumprimento do contrato. Mas também ficou-se a saber que até à passada semana, os carros estavam retidos pela firma de entregas Delivered on Time, devido a atrasos no pagamento.

Outro grande ponto de interrogação chama-se Ferrari Spa. Muito calada no meio disto tudo, pois afinal "empresta" o nome à série (mas não sai de graça), não se pronunciou publicamente sobre o assunto e recusa-se a fazê-lo por agora. Mas como tem algum a receber, e há aida o caso dos direitos, acredito que não gostaria de estar associado a um campeonato em risco de cancelamento...

Um dos meus amigos no meio afirmava que as dívidas são grandes, e que com a assinatura deste contrato de direitos, anunciada há algumas semanas, algum do dinheiro recebido serviu para pagar dívidas, para desbloquear os carros e seguir por diante os planos para uma quinta temporada da A1GP. Que pode nem acontecer, ou ser a última...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A1GP revela o seu calendário e os planos para o futuro

No mesmo dia em que certa imprensa especializada refere as imensas dúvidas refrerntes ao futuro da modalidade, nomeadamente uma alegada rescisão de contrato de motores por parte da Ferrari, a A1GP revela hoje no seu site oficial um acordo de longo prazo com o grupo IMG, que o ajudará em termos de média e de marketing.

"Este tipo de acordo era a nossa prioridade, e estar associado com uma empresa como esta era o que precisava para estar representado num mercado tão competitivo como este. Os planos que eles têm para nós são inovadores", afirmou o empresário luso-sul-africano Tony Teixeira.


Adam Kelly, director de Marketing da IMG Sports Media, afirmou: "Estamos muito contentes de representar a A1GP no portfólio da IMG Sports Media. Nós esperamos trzaer para o centro da acção os carros, os fãs e espectadores da A1GP Powered by Ferrari cars, um verdadeiro desporto global. Num mundo tão competitivo como este, a IMG vai utilizar a sua experiência neste campo para levar a A1GP para uma audiência que queremos que seja cada vez maior", concluiu.


Para além disso, Tony Teixeira, o patrão da A1GP, justificou os atrasos em relação à divulgação do seu calendário relacionados com a certeza das datas, para não repetir os erros do ano passado, quando algumas das datas inicialmente agendadas no calendário foram mais tarde canceladas. "É muito fácil publicar um calendário com datas que mais tarde serão modificadas," afirmou. "Queria ter a certeza das datas, para que desse uma mensagem aos nossas equipas, fãs e parceiros televisivos, algo realistico." concluiu Teixeira, afirmando que ainda existe a possibilidade de uma nova data neste calendário.


Eis o caldário da A1GP para a temporada 2009/10:


25 Outubro de 2009 - Australia (Surfers Paradise)
15 Novembro de 2009 - China (Zuhai)
06 Dezembro de 2009 - Malasia (Sepang)
28 Fevereiro de 2010 - Africa do Sul (Kyalami)
14 Março de 2010 - Brasil (Interlagos)
21 Março de 2010 - Mexico (Hermanos Rodriguez)
11 Abril de 2010 - Portugal (Portimão)
02 Maio de 2010 - Alemanha
16 Maio de 2010 - Holanda (Assen)



Desconhece-se ainda qual vai ser o circuito que acolherá a A1GP em solo alemão, mas na unica vez que lá foram, em 2005, o escolhido foi o circuito de Lausitzring, no leste do país. Outra das grandes novidades e a não realização de uma corrida na Grã-Bretanha, que foi palco da jornada de encerramento na temporada passada.

A1GP: As duvidas acumulam-se

Apesar de na semana passada, a A1GP ter confirmado algumas equipas no teste de pré-época que vai fazer em Brisbane, a meio de Outubro, as dúvidas quanto à realização de uma nova temporada acumulam-se. A pouco mais de um mês do alegado inicio de mais uma temporada, a 26 de Outubro, no circuito australiano de Surfers Paradise, as dificuldades financeiras continuam a dominar as noticias. E para piorar as coisas, novos rumores surgiram durante este fim de semana.

De acordo com alguns órgãos de comunicação internacionais, a Ferrari, que tem um acordo de fornecimento de motores e chassis até 2014, terá decidido colocar um ponto final no fornecimento de motores à A1GP, que deixará os organizadores em sérias dificuldades para manter a série no activo, pelo menos para o futuro mais próximo. Ainda por cima, o adiamento do anuncio das restantes provas do calendário para a temporada de 2009/10, que só tem duas corridas confirmadas, Surfers Paradise e a de Assen, na Holanda, colocam nuvens cada vez mais negras em relação ao futuro da modalidade dirigida pelo sul-africano Tony Teixeira.

Será que estamos a assistir ao final desta competição?

domingo, 6 de setembro de 2009

Sobre a Formula Superleague e o automobilsmo temático em geral

Primeiro que tudo: gostei de ver vencer Alvaro Parente esta tarde no seu primeiro fim de semana nestes carros. Ser como Julio César (Vini, Vedi, Vinci), não é para qualquer um, e demonstra uma vez mais que, não só é um predestinado para a Formula 1, como também está num bom momento de forma, pois isto acontece uma semana depois de ter ganho de forma categórica em Spa-Francochamps. E ainda por cima, aguenta outro estreante, mas este com experiência de Formula 1 e com quatro títulos da CART no bolso: Sebastien Bourdais.


Feitas as devidas distinções, vamos ao que interessa.


Nos últimos anos, está a acontecer diversas competições paralelas, com origem temática, dos quais a A1GP e a formula Superleague são os melhores exemplos. Carros monomarca e monomotora, tem como objectivo, no caso da A1GP, a competição entre nações, e no caso da formula Superleague a combinação entre automobilismo e futebol. Já houve outra interessante no passado: a GP Masters, onde se resgatavam pilotos já retirados, como Nigel Mansell, Riccardo Patrese e Emerson Fittipaldi, entre outros, e faziam-os correr uns contra os outros.


As ideias são optimas, mas particularmente não gramo a ideia de misturar futebol com automobilismo. Porquê? Não tem nada a ver. Colocar regras de Liga dos Campeões e adaptá-los ao automobilismo, quer na qualificação, quer nas corridas, tornam aquilo numa bela confusão. Para mim é incompreensivel ver alguém que tem o melhor tempo nas qualificações e não ficar na pole-position", ou então colocar os seus melhores das duas corridas numa Super-Final, francamente, não entra na minha mente automobilistica. Não entra.


Lá estive a ver as corridas na TV, esta tarde. Aqui em Portugal, foram comentadas por pessoas que se vêm que percebem de futebol e não de automobilismo, logo, foram mediocres. Cheguei ao ponto de desligar o som e ver a corrida, para assim tornar isto menos insuportável. E reparem: fiz um esforço em ver aquilo, pois à mesma hora tinha o WTCC em Oberschleben, na Alemanha. E acho que não compensou.


Feitas as contas, a Formula Superleague não me atrai. Perfiro muito melhor ver a A1GP, pois temos regras mais "automobilisticas", são nações e são carros da Ferrari. A minha não-atracção não tem a ver com o facto do meu clube (o Benfica) não estar presente (e para ser honesto, aconselhava-os a nem colocar os pés por lá), mas ver misturados alhos com bugalhos, dois mundos completamente diferentes, tem o risco de acabar como a GP Masters: aos fim de dois anos, a série foi cancelada. A A1GP parece ir pelo mesmo caminho, pois falta mês e meio para o seu eventual começo, e ainda não vi o calendário completo.


Serão estas formulas tematicamente monomarcas uma boa alternativa no automobilismo tradicional? No papel são teoricamente bem sucedidas, mas em termos práticos, o sucesso está a uma longa distância...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O "mistério A1GP", a dois meses do seu começo

Ontem à noite, depois de ter acabado a minha 5ª Coluna, dei por mim a ver a página da A1GP, mais concretamente a olhar para o calendário, onde via a contagem decresente para a prova de Surfers Paradise: 60 dias. Dois meses para a prova australiana, e vejo que só há duas provas confirmadas, com mais três vagas abertas, pelo menos em 2009, ignorando o que vai ser o calendário na segunda metade do campeonato, ou seja em 2010.

Bem sei que a crise afecta a todos, e sei perfeitamente que no ano passado houve três cancelamentos em termos de calendário (Itália, Indonésia e México), todos por razões diferentes. Sei perfeitamente que no primeiro caso, os carros não estavam prontos, e nos outros casos foi por causa da Gripe A (México) e que a pista não estava pronta (Indonésia). Mas este ano já se saberia alguma coisa de concreto. Será que teremos mesmo competição? Quem visitar o site, dirá que sim, e a demonstração em Assen, há umas semanas, foi uma forma de mostrar que "estão vivos". Mas sei que em Julho, a empresa que tratava da logistica, sedidada em Inglaterra, abriu falência. E sinceramente, não sei nada sobre a tal fábrica de Portimão, que já deveria ter começado a ser construida.

Em suma: o luso-aul-africano Tony Teixeira está muito silencioso por estes dias. Por onde andará?

A dois meses de um eventual quinta temporada da categoria, as duvidas persistem em alguns sectores, mas o resto parece estar vivo. Verdade ou uma forma de não esquecer que existem? Afinal de contas, é uma competição onde andam carros construidos pela Ferrari, que assinou um protocolo até 2014... Gostaria de saber umas noticias a sério sobre o que se passa acerca desta competição entre nações, de onde Filipe Albuquerque é o piloto que corre por Portugal.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A1GP: Assen encerra época de 2010

A A1GP anunciou este fim de semana que o circuito TT Assen, na Holanda, irá encerrar a temporada 2010 da categoria, que corre com chassis da Ferrari. Depois de três anos a abrir a competição, no circuito de Zandvoort, a próxima temporada, que terá em principio o seu começo no circuito australiano de Surfers Paradise, a 25 de Outubro, encerrará numa das catedrais... do motociclismo.




"Assen é uma pista com imensa história. Já albergou uma variedade de corridas, todas elas bem sucedidas, quer em duas quer em quatro rodas, e isto será uma aventura nova e excitante para nós.", afirmou Tony Teixeira, o presidente da A1GP.


A zona de Assen é palco de corridas desde 1925, e em 1955 foi construido um circuito permanente, que foi modificado em 2006, para os actuais 4555 metros. As suas bancadas podem albergar cem mil espectadores, normalmente é palco do GP da Holanda de motociclismo, que acontece sempre... ao Sábado. Em 2007, foi palco de uma corrida do campeonato CART.