Armindo Araújo triunfa em Castelo Branco, depois de um duelo com Ricardo Teodósio pela vitória no rali. Ambos ficaram separados por 6,4 segundos e deixaram José Pedro Fontes no terceiro posto, a 17,7 segundos.
"Levamos daqui uma vitória, que era o nosso grande objetivo. Nós acho que tivemos uma boa postura durante toda a corrida, tivemos sempre na liderança ou muito perto da liderança. Ele [José Pedro Fontes] estava a fazer uma excelente prova mas teve um azar que poderia ter acontecido a mim, e as corridas são assim. Em relação a nós, foi um fim de semana em cheio e foi muito importante para o campeonato.", contou o piloto de Santo Tirso no final da prova.
Com a super-especial de sábado à noite anulado por causa das restrições da pandemia, o dia seguinte começou com José Pedro Fontes de volta ao asfalto e a vencer, 0,3 segundos na frente de Armindo Araújo e de Ricardo Teodósio, que terminaram empatados. Bruno Magalhães era quarto, perdendo mais 5,1 segundos.
Teodósio respondeu na sexta especial com um triunfo, 1,4 segundos na frente de Ricardo Teosódio, mas José Pedro Fontes atrasa-se devido a um pião, perdendo 19,6 segundos e o comando do rali para o piloto de Santo Tirso. Para melhorar as coisas, Armindo tinha já uma vantagem de 12,1 segundos sobre o piloto algarvio, mas este não iria baixar os braços.
E foi assim na sétima especial, onde Teodósio levou a melhor, mas apenas tirou 1,7 segundos a Armindo, que fora terceiro atrás de José Pedro Fontes, segundo a 1,4. Não iria ser fácil para apanhar, porque a diferença era de 10,8 segundos, e havia apenas a Power Stage pela frente.
Mas Teodósio não se intimidou e venceu a última especial, com uma vantagem de 3,2 sobre Bruno Magalhães e quatro segundos para Armindo, insuficiente para o bater, dando ao piloto de Santo Tirso o triunfo. Mas mesmo assim, Teodósio sentiu que o segundo posto tinha sabor a vitória.
"Ganhamos hoje os três últimos troços e no primeiro, só fizemos um tempo 0,3 segundos menos veloz que o José Pedro Fontes e só igualamos o tempo do Armindo. Foi um dia positivo, só foi pena o rali ter começado ontem, porque tivemos umas quantas peripécias pelo caminho", contou o piloto algarvio.
Já José Pedro Fontes estava triste pelo terceiro lugar e por aquilo que tinha passado na sexta especial, mas afirmou que ainda falta muito campeonato pela frente.
"Tivemos muito competitivos, tínhamos um excelente carro, os pneus funcionaram bem, estava uma luta ao décimo, tinhamos de arriscar, aquele troço estava muito traiçoeiro, com a água que caiu ontem à noite. Fiz um erro, e os erros pagam-se caro. O Armindo conseguiu evitar e foi um justo vencedor. É a única coisa que devo dizer, parabéns ao Armindo, fez um excelente rali, triste com o que aconteceu, mas com um sentimento de dever cumprido", contou.
Depois dos três primeiros, Bruno Magalhães ficou em quarto a 26,7 segundos, na frente de Miguel Correia, quinto a 55,8, no seu Skoda Fabia Evo2. Pedro Meireles foi o sexto, a 1.17,5, longe do carro de Paulo Neto, sétimo a 3.41,3, e na frente do Peugeot 208 Rally4 de Carlos Fernandes, a 3.57,0, e a fechar o "top ten" ficaram os carros de Gil Antunes, no Dacia Sandero R4, a 4.26,2 e Ricardo Sousa, no Peugeot 208 Rally4, a 4.42,5.