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domingo, 11 de novembro de 2012
Não gosto do sentimento de pena!!
É meio lugar comum dizer que a gente não quer a pena de ninguém, é bonito dizer isso, geralmente é uma frase muito usada em novelas e filmes porque causa um bom efeito. Mas na prática a coisa funciona bem diferente e a pena é muito presente no ser humano. Tenho uma grande implicância com esse sentimento. Quando sentimos pena da gente ficamos paralisados, quando sentimos pena dos outros, isso faz com que a gente perca a medida do quanto devemos ajudar e do quanto devemos deixar que a pessoa ande com suas próprias pernas.
A verdade é que todos nós, em maior ou menor proporção sentimos pena de nós mesmos. É do ser humano achar que vida está sendo injusta, que a gente não merece o sofrimento e tal. É natural sentir isso, o que não é natural é sentir isso o tempo todo. Quando a pessoa simplesmente se entrega ao sentimento de pena por si mesma, a depressão se instala fácil e pronto ali temos um ser paralisado, sem capacidade de mudar nada em sua vida. Tá bom! Eu sei que existe a depressão doença, eu já tive e sei o quanto é ruim, mas não estou falando dela, estou falando de pena de si mesmo, que é cômodo, te deixa num lugar de conforto: "O mundo é cruel comigo, por isso eu sofro".
No início da minha vida adulta o que mais sentia por mim era pena, era uma pena tão grande de tudo que me acontecia, das coisas que não conseguia mudar, das oportunidades que não me davam. E vivia triste e entrando em depressões. Não sei onde começava a doença depressão e onde terminava a pena que sentia por mim.
Um dia eu disse para mim mesma que precisava escolher, porque estava me afundando cada vez mais nos meus problemas, mágoas e incapacidades. Me sentia paralisada e sucumbindo a tudo. Foi aí que comecei a dar uma virada no meu jeito de pensar. Foi fácil? Não!! Foi difícil demais! Consegui mudar meu padrão de pensamento? Não totalmente, apenas mudei o sentimento, a pena de si mesmo te paralisa, a raiva de si mesmo te faz movimentar a lama que você está enfiado. E foi isso que fiz, transformei pena em raiva e é isso que faço até hoje. Eu me permito sentir pena de mim por um breve período, logo depois transformo em raiva, porque a raiva impulsiona, te faz querer mudar, te faz buscar soluções.
E quando mudei meu padrão de pensamento de pena para raiva, isso transbordou para a minha forma de enxergar o mundo. Sinto muito, mas muito pouca pena das pessoas. Exceto se pessoa estiver passando por algo que ela não buscou, algo que eu perceba como muito difícil, quase sem saída, dificilmente sinto pena de alguém, porque acho que ao sentir pena, alimento a pena que essa pessoa tem de si mesma. O que tento fazer é com que ela sinta raiva daquela situação e daí tente mudar.
Sei que esse é um jeito muito peculiar que encontrei de transformar pena em raiva. Não digo que vá ser bom para todos, muitos podem achar o sentimento de raiva pior que o de pena, mas para mim funcionou bastante. Não me tornei a pessoa mais feliz do mundo, mas também acho que isso não vou ser nunca. Contudo me tornei uma pessoa mais ativa diante dos problemas e situações que requerem atitude e só por isso já terá valido a pena ter feito essa mudança no meu padrão de pensamento.
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