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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os animais da minha infância...


Adoro animais!! E conversando com a Fê Iasi, ela me deu a idéia de escrever um post contando dos animais que fizeram parte da minha infância.

Cresci num lugar meio roça, muito mato, rua de barro, casas de muro baixo e muitos animais fizeram parte da minha vida. Aí vai o historinha de 4 deles:

- O porco Chiquinho - Um dia acordei e tinha um porco dentro do que antes era um galinheiro. Até hoje não sei de onde meus pais o trouxeram. Era um filhote e me apeguei a ele imediatamente. No dia seguinte a sua chegada, já tinha destruído todo o galinheiro, fuçando o chão. Então meus pais resolveram criá-lo no quintal mesmo. A comida predileta dele era milho cru com água e sal. Minha relação com ele era muito próxima, dava comida, banho, e o bicho se apegou a mim também. Quando chegava do colégio na parte da tarde, ele vinha correndo e se jogava no chão com as perninha para o alto mostrando a barriga, e eu ficava ali cutucando a barriga dele um tempo. Para todo lugar que ia o porco me seguia, menos dentro de casa. Um dia cheguei do colégio e o porco estava dentro da panela, tinha virado uma grande feijoada. Fiquei uma semana sem falar com pessoal da minha casa. Até hoje tenho paixão por porco, meu animal preferido.

- A galinha Madalena - Um dia ganhamos um pinto, ele cresceu e virou uma galinha preta que chamei de Madalena. Novamente minha relação com os bichos era muito próxima e a galinha passou a me reconhecer. Então sempre que chegava perto dela, ela se abaixava, eu a pegava, a colocava embaixo de braço e ia para todo canto com ela ali quietinha. Um dia colocou um ovo e ficou choca. Fui na quitanda comprei uma dúzia de ovos e coloquei embaixo dela. Nem preciso dizer que só nasceu um pinto, do ovo que colocou. Era muito engraçado vê-la andando com aquele único pinto, que no futuro virou um galo bem bravo. Um dia mataram a galinha e mais uma vez fiquei dias triste.

- O coelho Teião - Teião era um coelho branco, também chegou filhote e cresceu até virar um coelho bem arisco. Eu o adorava, mas ele sempre fugia de mim. Na parte da tardinha pra noite, tinha que correr atrás dele para colocá-lo na gaiola. E sempre que o pegava tava gorducho de tanto mato que comia. Aí a gente foi passar uns dias fora e resolvemos deixá-lo solto para que pudesse se alimentar. Quando voltamos ele havia sumido. Fiquei dias sentada no portão de casa esperando o Teião voltar. Nunca voltou...

- O cachorro Bob - Esse foi o meu companheiro da infância, chegou quando tinha 6 anos e viveu até meus 15 anos. Ele estava presente na época do porco, da galinha e do coelho. Não se entedia muito bem com o porco, volta e meia se estranhavam, mas o Bob sempre levava a pior, porque o porco mordia a orelha dele. Bob era bem inteligente. Sempre que eu pegava a bicleta para ir à padaria comprar pão, ele ia ao meu lado. Chegando na padaria, ficava tomando conta da bicleta. Nunca ensinei isso. Fazia muitas coisas que nunca foram ensinadas, como só fazer xixi na rua, nem no quintal de casa ele fazia. Ainda lembro do dia que dei banho com sabão em pó e o pêlo dele caiu quase todo. Fiquei bastante assustada. De todos acho que foi o bicho que mais sofri quando morreu. Ele foi atropelado, dias depois teve hemorragia interna e se foi. Perdi a conta das noites que chorei com saudade do Bob. Um cachorro vira-lata, amarelo e muito esperto que me acompanhou em muitos momentos.

Tive diversos outros bichos, mesmo depois de adulta. Acho que animais sempre vão fazer parte da minha vida de alguma forma. Mas esses quatro me marcaram de uma maneira que nunca esqueço.