Quando eu era adolescente e até uns vinte anos, chorava muito pouco. Me parecia que chorar era um sinal de fraqueza diante da vida e como minha adolescência foi um período bem difícil, nada cheio de amores, nada cheio de amizades. Tinha muita solidão e problemas familiares. Por ter sido um período de muito estresse, achava que tinha que compensar isso com uma couraça de "não estou amolecendo".
Depois dos vinte anos, minha vida deu uma guinada pra fora. Eu passei a viver intensamente tudo, me droguei, me embebedei, fui promíscua. E desse turbilhão de emoções desencontroladas o choro começou a vir de forma mais fácil...
Teve uma época de depressão forte em que chorava até com comercial de margarina. Chorava no banheiro do trabalho, na mesa de trabalho, quando voltava pra casa, na rua. Nos finais de semana, sentava numa cadeira de balanço, que me acompanha até hoje, e ali ficava prostrada, chorando e vegetando em frente a TV. Ainda bem que não foi um período tão longo que pudesse ter atrapalhado minha vida.
Mas com a depressão eu aprendi a chorar. Hoje eu me permito levantar da cama, triste, olhar o sol entrando pela janela e chorar por causa de nada. Choro quando escuto música. Choro por algo alegre, algo triste. Choro de saudades e da falta dela também. Choro pelos amores que tive e os que não tive também.
Acho sinceramente que os homens carregam um peso enooooorme por não terem seu choro permitido socialmente. Homens só choram entre quatro paredes, ou quando o desespero já chegou ao ponto de loucura. Mulheres são privilegiadas, por poderem chorar em qualquer lugar e ainda receberem o carinho das pessoas. Tantas vezes chorei em ônibus ou mesmo no meio da rua e as pessoas me perguntavam se tudo estava bem. Se eu fosse homem seria do mesmo jeito? Talvez sim, talvez não...
Olhando aqui a minha cadeira de balanço onde aprendi a chorar, dou graças aos céus por essa dádiva que é o choro. Depois dele seu corpo relaxa, os problemas parecem menos cruéis, as tristeza parecem doer menos. E quando o choro é de alegria, parece que tudo fica completo, chegamos a um estado puro de êxtase...
E você? Tem chorado o suficiente?
Depois dos vinte anos, minha vida deu uma guinada pra fora. Eu passei a viver intensamente tudo, me droguei, me embebedei, fui promíscua. E desse turbilhão de emoções desencontroladas o choro começou a vir de forma mais fácil...
Teve uma época de depressão forte em que chorava até com comercial de margarina. Chorava no banheiro do trabalho, na mesa de trabalho, quando voltava pra casa, na rua. Nos finais de semana, sentava numa cadeira de balanço, que me acompanha até hoje, e ali ficava prostrada, chorando e vegetando em frente a TV. Ainda bem que não foi um período tão longo que pudesse ter atrapalhado minha vida.
Mas com a depressão eu aprendi a chorar. Hoje eu me permito levantar da cama, triste, olhar o sol entrando pela janela e chorar por causa de nada. Choro quando escuto música. Choro por algo alegre, algo triste. Choro de saudades e da falta dela também. Choro pelos amores que tive e os que não tive também.
Acho sinceramente que os homens carregam um peso enooooorme por não terem seu choro permitido socialmente. Homens só choram entre quatro paredes, ou quando o desespero já chegou ao ponto de loucura. Mulheres são privilegiadas, por poderem chorar em qualquer lugar e ainda receberem o carinho das pessoas. Tantas vezes chorei em ônibus ou mesmo no meio da rua e as pessoas me perguntavam se tudo estava bem. Se eu fosse homem seria do mesmo jeito? Talvez sim, talvez não...
Olhando aqui a minha cadeira de balanço onde aprendi a chorar, dou graças aos céus por essa dádiva que é o choro. Depois dele seu corpo relaxa, os problemas parecem menos cruéis, as tristeza parecem doer menos. E quando o choro é de alegria, parece que tudo fica completo, chegamos a um estado puro de êxtase...
E você? Tem chorado o suficiente?
P.S.: Beijocas públicas pra ti, Fofinho!