Sunday, July 07, 2024
O PRINCÍPIO DA INCERTEZA
Monday, December 18, 2023
TEMPESTADE AINDA
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Friday, December 15, 2023
Sunday, September 24, 2023
UM HOMEM INOFENSIVO
UM HOMEM INOFENSIVO
"Renato acorda a meio da noite e sente a presença de um estranho em casa.
O estranho é Rui, um homem que diz ter entrado apenas para sentir o
silêncio da casa. Renato procura decifrar os verdadeiros motivos da
vinda de Rui a sua casa. Não pode ter aparecido só para conviver com o
silêncio, pois o que tem o silêncio de tão especial?"
UM HOMEM INOFENSIVO é um espectáculo motivante.
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Monday, April 17, 2023
O FILHO
(também autor, entre outras obras, de O PAI), no Teatro Aberto, é uma reflexão sobre a situação extrema a que conduzem os conflitos de "os meus direitos".
- Não tenho direito à minha felicidade?
- Tens. E eu não tenho?
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Sunday, October 30, 2022
CASA CHEIA EM DIA DA ESTREIA
- Está cheia a sala;
- Chegámos mesmo na melhor altura, disseram-nos na bilheteira; de quatro desistências, à última hora nos quatro melhores lugares.
- É tão raro entrar numa sala de teatro, já não digo cheia, mas composta ... Gosto mais de um teatro quando vejo a sala cheia.
- Também eu.
- Mas, reparem, em quem vem a entrar ... é o ...
- Pois é. Este aqui em frente... é o ... aquele ali na primeira fila, estás a ver?
- É o ...
- Hum! a sala está cheia de gente conhecida.
- Que não nos conhece!
- Quem terão sido os ilustres convidados ausentes que nos proporcionaram estes lugares?
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Mais um bom espectáculo do Teatro Aberto. ****
Saturday, April 30, 2022
OS FILHOS
Friday, April 15, 2022
EUNICE
Wednesday, February 19, 2020
O RAPTO (FRUSTRADO) DE NETO DE MOURA
Tiago Rodrigues foi Prémio Pessoa em 2019.
Não é um desconhecido, não é, certamente, um imaturo irresponsável.
Ontem ouvi J M Júdice, no seu espaço televisivo da Sic Notícias, acoimá-lo "grunho", o mesmo é dizer porco, grosseiro, colocando-o no mesmo o patamar de"grunhice"daqueles que no estádio de Guimarães no fim-de-semana se afirmaram racistas num jogo de futebol em que participava pelo menos um jogador (Marega) não branco, que, reagindo aos insultos, saiu do campo.
E porquê?
Porque Tiago Rodrigues escreveu um texto satírico para ser levado à cena no D. Maria II anunciado no site do teatro nacional como "O Rapto de Neto de Moura".
O sindicato dos juízes considerou que o texto era bullying, e o encenador recuou. Agora será "Catarina e a Beleza de Matar Fascistas"
O acontecimento vem contado, p.e, aqui, não vou resumir. Convém ler tudo.
A Tiago Rodrigues, Prémio Pessoa, faltou a firmeza de carácter que Marega demonstrou quando se viu ameaçado pelos "grunhos".
E a peça saiu-lhe ao contrário.
Monday, December 02, 2019
PURGATÓRIO
Mais uma excelente encenação de "O Bando".
Com um pequeno senão: O facto de não serem projectadas na tela lateral as palavras do coro para melhor entendimento dos ouvidos menos afinados. Na mesma tela onde projectavam imagens da actualidade, dispensáveis porque a obra de Dante é sempre actual.
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Tuesday, November 05, 2019
JUVENTUDE NEURÓTICA
O autor, austríaco, desta peça de teatro em cena no Teatro Aberto, Ferdinand Bruckner ( Sófia 1891 - Berlim 1958 ) situou este seu trabalho sugerido pela instabilidade psicológica da juventude vienense percepcionada pelo autor nos anos 20 do século passado. A peça foi publicada em 1929, a acção decorre em 1923, e encena uma epidemia moral que atingia a juventude burguesa daquele tempo em Viena e se alastrava pela Europa no pós-primeira guerra mundial.
Resumidamente, há um grupo de estudantes de medicina, três rapazes, três raparigas e uma jovem e inocente empregada do grupo. Um dos estudantes é dominador e regozija-se a destruir as relações entre eles: corrompe a inocente empregada, anima as tendências suicidas da bissexual aristocrática, e acaba por voltar-se para quem antes repudiou ostensivamente.
É nesta amostra de neurose colectiva da juventude que Bruckner sugere a emergência do fascismo, e nova guerra, duas décadas depois.
Sugere a reposição desta peça publicada há noventa anos a recidiva de uma situação patológica moral com sintomas semelhantes nos dias de hoje, augurando idênticas consequências? É essa a implícita explicação desta e de outras reposições recentes da peça.
Relativamente ao trabalho em cena no Teatro Aberto, considero, mais uma vez a propósito das mais recentes representações do TA, que a projecção de vídeos desvaloriza a arte do teatro, o cenário, de tão exagerado em dimensões e iluminações, desvia a atenção dos espectadores da expressividade dos actores. E o guarda roupa é um excesso: em gosto, porque Tenente é um bom estilista, em quantidade porque uma peça de teatro não é um desfile de moda. Ainda que um desfile de moda tenha o seu lado teatral.
Monday, June 17, 2019
GOLPADA
Tuesday, April 10, 2018
IVONE E A CABRA*
Continuo a pensar que se o teatro se arrasta atrás de subsídios públicos e de entradas gratuitas, em muitos casos mas não em todos, louváveis, o alheamento generalizado pelas artes cénicas não é atribuível à falta de espaços adequados mas à falta de pedagogia que o teatro deveria merecer a partir desde o ensino pré-primário até ao universitário. O teatro é a melhor forma de ler, compreender e expor, qualidades negligenciadas por muitos licenciados e doutores.
Espaços desaproveitados há vários, não é por falta de investimento público que o teatro passou a ser um espectáculo geralmente mal amado pelo público.
No fim do espectáculo perguntaram-me:
E eu? Tinha gostado?
É um divertimento, divertiu-me, respondi.
Ontem, para desanuviamento de algumas apoquentações, recordei-me de "A Cabra ou Quem é Sylvia" de Edward Albee quando repensava a minha avaliação a quente da "Ivone, Princesa de Borgonha". O autor desta, Witold Gombrowicz, um polaco, publicou-a em 1938. Edward Albee, foi premiado em 2000 pela "Cabra ou Quem é Sylvia".
Por que é que trouxe estes dados para aqui?
Por que, pela minha leitura comparada destas duas obras, aparentemente tão diferentes, há um traço comum que as une. Quero eu dizer com isto que Albee se inspirou na obra de Gombrowicz porque, em meu entender, em cada uma delas os principais protagonistas são uma cabra e na outra uma mulher feia, mal vestida, que quase nunca fala?
De modo algum.
O tema comum é o bode expiatório, aquele que tem de ser sacrificado para que volte à superfície a harmonia na sociedade presa a raízes contraditórias. E esse já vem de lá tão de trás, detrás até dos tempos bíblicos. O homem anda a contar as mesmas histórias há milénios, que apenas se distinguem na forma como são contadas. Porque no homem, no sapiens, pouco se mudou, se mudou alguma coisa.
Quanto ao desempenho dos actores, em "A Cabra ou Quem é Sylvia", que vimos no Teatro da Comuna, (em 2004?) recordo-me do excelente desempenho de Carlos Paulo. Em "Ivone, Princesa de Borgonha" apreciei sobretudo o desempenho da actriz que quase não fala, e de que não sei o nome.
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*Esta expressão significa aquele que suporta a culpa de actos que não praticou, ou que é responsabilizado por procedimentos de outros.
Sunday, March 25, 2018
UM DIA UMA VIDA
Esteve até hoje em cena no Teatro Aberto.
Monday, February 12, 2018
Wednesday, August 23, 2017
OTHELLO
Direcção excelente.
Excelente desempenho dos actores.
Cenário minimalista.
Um espectáculo inesquecível.
Quando a erupção do racismo precipita convulsões sociais nos EUA, que o presidente não tenta apagar mas, pelo contrário, inflama, Othello é um rebate em verão escaldante.
Friday, July 07, 2017
ALICE NO PAÍS DAS TIAS
Em cena no Teatro Aberto.
Vá ver e verá que valeu a pena.
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Wednesday, January 11, 2017
O PAI
Friday, December 16, 2016
O TRIUNFO DAS PIPOCAS
Nunca defendi que o teatro, enquanto arte cultural, deva depender de subsídios mas de contratos de prestação de serviços com objectivos a atingir e retribuições adequadas. O que também sempre tenho defendido, e defendo, neste canto escondido, é a obrigação das estações de rádio e televisão do Estado promoverem eficazmente ( e eles têm obrigação de saber como isso se faz) as actividades culturais e, nomeadamente, as das companhias de teatro com objectivos contratados com o ministério da Cultura.
Lê-se aqui : "A arte e a cultura estão no coração de Lisboa. Descubra tudo o que o Cinema São Jorge tem para lhe oferecer, com uma programação variada."
Não é verdade!
Uma inverdade que custa o que faltou na Cornucópia, por exemplo.
Wednesday, December 14, 2016
OBRAR E ANDAR EM LISBOA
Lisboa está há largos meses enredada em obras que, pelos vistos, muitos aplaudem, a maioria resigna-se e outros, entre os quais me incluo, considera, na sua maior parte uma campanha para sustentar uma política de fachada. Reduziram faixas de rodagem no eixo central da cidade para encaixar canteiros de relva ou heras que a secura do verão e as limitações do orçamento acabarão por impor o que impõem a outros espaços mal mantidos e, não raramente, mal limpos. É a política nacional de obrar de andar. Mas obrar onde obrar enche o olho porque as mazelas nas zonas marginais varre-as a vereação, esta e as outras, para debaixo da câmara.
Estamos a cerca de um ano das próximas eleições municipais e a eleição do actual presidente parece tacitamente aceite pelos partidos da oposição, um porque ainda não tem candidato, outro porque, sem coligação a candidata concorre para o concurso dos outdoors.
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Do Teatro Aberto, uma obra construída pela C M Lisboa, acabo de receber uma informação que revolta quem gosta das artes do teatro. Transcrevo:
"Informamos os nossos espectadores que a zona de estacionamento 023, onde está o edifício do Teatro Aberto, mudou de horário e tarifário passando a zona vermelha paga até às 01 h do dia seguinte. Estamos a trabalhar para reverter esta decisão que sabemos de grande transtorno para os nossos espectadores. Contudo, não podíamos deixar de chamar a atenção para esta alteração inesperada que esperamos ver anulada com a maior brevidade"
São poucos os portugueses que gostam de teatro. É lamentável, mas é verdade.
São poucos os votos.
Serão tão aliciantes as receitas que a Câmara espera cobrar naquela reduzida zona vermelha?