Amo-te tanto meu amor, creia,
Não sei blasfemar juras.
Amo-te livre meu amor, sem peia,
Sem agouro das criaturas
Que inglórias, vagam pelo limbo,
Desprovidas de amor por não o conhecer.
Esses jamais terão o nimbo,
Luz das almas, e sim o padecer.
Amor que quase transcende a razão.
Sim meu amor! Quase, pois que se fosse todo
Eu não suportaria tamanho o espanto.
Amo-te qual santo, qual bicho solto. Engodo
Profano e paradoxal, mas amo-te tanto, tanto
Que não importo se trago (ainda) os pés no lodo.
Elcio