Passeava a bailar por suas mãos
Todo um universo em formas,
Volumes e profundidade nos vãos
Angulados a moldar octogramas.
O círculo a competir com o triângulo
E assim, aquela vaidade geométrica
Disputava o toque de seus dedos, ângulo
A ângulo num bailar em que a rítmica
Era constante. Um moto contínuo. Rodaviva
Que osculava a face da atemporaneidade.
Coisas tão racionais assim faziam-na ativa.
Característica herdada de seus ancestrais,
Além é claro, daqueles olhos de saudade
Do leste europeu. Hoje filha de terras tropicais.
Élcio