Eu quero o vento forte
Na cara em dia quente
E uma preguiça de morte,
Quase que entediante.
Eu quero o lábio gelado
No sorvete de mangaba.
Quero o beijo encantado,
Qual as tardes de Uberaba.
Mas, que seja de modo tão intenso,
Que mesmo depois pelas ruas, avenidas
E praias, venha a ser apenas no que penso.
Eu quero um dia irresponsável.
Sem terno nem gravata: Seminu;
Como um soneto assim; quase sem rimas.
Élcio