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abril 29, 2010

O jagunço que virou designer

Enquanto lia Guimarães Rosa eu sonhava.
Queira ser jagunço, dos mais corajosos.
Mas, jagunço que punhal empunhava;
De andar acoitado, conluiado ou a sós.

Jagunço de cavalgar ou ainda rastejar,
Situações que apenas a vida ordenaria.
Contudo, o fato é que nem sempre desejar
É suficiente, assim, me joguei na montaria

Do tempo e a abracei com as pernas. Cavalguei;
Sem armas, muito menos ato heróico.
E foi desse modo que em outros sonhos vaguei.

Porém, agora nesses sonhos tinham históricos,
Notas bimestrais, tese e dissertação, tudo metódico.
Fiz-me designer e troquei o punhal por rabiscos.


Élcio

setembro 13, 2009

A peleja entre Cleóbulo X Capeta

Aquele fora apenas mais um jogo de cartas
Dentre os incontáveis entre o demônio
E o jagunço Cleóbulo. O cem-patas,
Pois, no risca-faca dava coice de Antonio

A Zarualdo. Naquele dia, seu jogo estava amarrado.
Só mão ruim atrás de mão ruim. Nenhum jogo prestava.
Cleóbulo quis ter sorte melhor. Estava injuriado.
Ateu, até negociaria a alma com o demo ali. Ele pensava.

Isso bastou. As cartas vieram ótimas. Mel na chupeta.
Feliz, Cleóbulo pensou: A má sorte se foi, passou.
A ficha só foi cair, quando ele reparou no sorriso do capeta.

O frio subiu por sua espinhela. Sentiu-se claudicante
E naquele domingo Cleóbulo foi à missa e até se confessou.
Hoje Cleóbulo continua ateu, mas, agora não praticante.

Élcio