Mostrar mensagens com a etiqueta desporto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta desporto. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Mário Coluna – O escravo contente



É sempre triste ver algo que já foi viçoso… apodrecer!
Seja como for… louve-se a frontalidade! Saudoso do fascismo e do tempo em que em Moçambique (e no Benfica) só existiam “portugueses”… não faz de conta que deixou de ser um “amigo de Salazar”, apenas por oportunismo… como, desgraçada e vergonhosamente, tantos outros.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sporting – Há sempre alguém que está ainda pior!


Passei pela frente de um aparelho de televisão no preciso momento em que era relatado mais um triste momento da vida de uma grande e histórica colectividade lisboeta, o Sporting Clube de Portugal. Apesar de não ser adepto, fiquei a ouvir no que iria dar a estória de arremessos de ovos e tomates a membros da Mesa da Assembleia (foi o que me pareceu).
Presumo que não tenha havido grande desenvolvimento da coisa. Seja como for, eu desisti de ouvir, quando fui informado pelo senhor "jornalista" da Sic-N... de que a polícia interviu(???).
Podem consolar-se os sócios do Sporting! Afinal há muitas coisas que estão num estado ainda mais crítico do que as relações entre a Direcção, a Assembleia e alguns adeptos do seu clube.

sábado, 29 de dezembro de 2012

João Loureiro – De triste memória



O clube portuense de futebol, Boavista, parece não conseguir libertar-se das mãos da “famiglia” Loureiro. Depois de muitos anos sob a botifarra militaresca e a berraria desatinada de Valentim, passou mais uns anos sob a bota de João. Caiu na ruína!
Ao que leio, encabeçando uma "combativa" lista única e legitimado pela espantosa votação de quinhentos e poucos sócios, num universo de votantes de seis mil, menos de 10%, portanto... o João está de volta.
Pelos vistos, os boavisteiros preferem lembrar os êxitos desportivos do tempo do João, em vez da ruína de que ele foi protagonista... e tentam que a História se repita. Faço votos, em atenção à gente boa que torce por aquele clube, que só a parte dos êxitos desportivos se repita!
E poderiam muito bem perguntar alguns de vocês: “mas então agora interessa-te pelo futebol e pela vida interna dos clubes?”
Não! – respondo eu – Mas a partir de agora terei o desprazer de ver mais vezes nos jornais o nome de um cromo de que já quase não me lembrava. Quando, infelizmente, me lembrava dele, era como o desgraçado líder de um grupo de pop/rock ("Ban") mais ou menos insuportável (para o meu gosto), muito por culpa da voz (chamemos-lhe assim) do jovem Loureiro, ou como se isso não fosse bastante, como o “garoto” que disse um dia numa entrevista que a melhor recordação que guardava da juventude, era ter andado com o pai Valentim e alguns dos seus amigos terroristas e bombistas, no “verão quente”... a incendiar sedes de sindicatos de esquerda e alguns centros de trabalho do PCP.
Francamente, preferia não ter sido lembrado da miserável existência deste “desportista”...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Jogos Olímpicos e Vicente Moura – Já há serralheiro para o dessoldar do lugar?


Não tenho conhecimentos técnico/desportivos que me permitam fazer juízos de valor sobre a participação portuguesa nas olimpíadas de Londres. Na verdade, aquilo que me “comove” nos Jogos Olímpicos não são as medalhas deste ou daquele país ou atleta, nem as marcas que conseguem estabelecer para provar que são mais rápidos, mais fortes, ou que saltam mais alto... mas sim o encantamento dos pequenos momentos em que aqueles rapazes e raparigas demonstram serem seres humanos muito bonitos, como por exemplo, quando as jovens andebolistas do Montenegro, nos últimos dois minutos do jogo e assim que ficou claro que a vantagem de golos da Noruega seria irremediável, vendo-se assim “relegadas” para o lugar da medalha de prata... terminaram o jogo defendendo-se das entusiasmadas norueguesas, mas já aplaudindo em campo as “adversárias”.
Seja como for, quanto à excelência da condução do Comité Olímpico Português, podemos ficar descansados, apesar de o senhor Vicente Moura ter garantido que está de saída. Se a sua palavra valer tanto, desta vez, como valeu há quatro anos quando garantiu exactamente o mesmo... lá o teremos, daqui a outros quatro anos, à frente da delegação no Rio de Janeiro.
Na verdade será uma pena, pois esta seria uma excelente ocasião para o senhor ir até casa, escrever as suas memórias, dizer asneiras apenas para a família... e congeminar, entre uns poucos amigos, uma maneira de «reinstaurar a Mocidade Portuguesa»... mas sem política, obviamente! Desejo que aqui manifesta, para quem o quiser ouvir (e enquanto o vídeo estiver disponível), ao minuto 00:58.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Prata na canoagem – Parabéns!



Parabéns!!!
Sei que eles não remam numa lanchinha... mas em jeito de homenagem e porque todos os pretextos são bons para ouvir a voz insuperável da  Ladeiras... aqui fica:
“Rema” – Brigada Victor Jara
(Tradicional dos Açores)



terça-feira, 31 de julho de 2012

Jogos Olímpicos – A “olímpica” ignorância


Ainda bem que não tenho sabido quem vai comentando os Jogos Olímpicos nos vários canais e nos vários directos. Assim não posso cair na tentação cruel de nomear quem quer que seja.
Há muito tempo que o meu comentador desportivo preferido é o grande ciclista Marco Chagas, tal é a consistência da sua “performance”, sempre culta, sempre informada, sempre interessante. Quase todos os restantes, infelizmente, são uma espécie de caça à calinada que desemboca nesse verdadeiro “clímax” que dá pelo nome de Rui Santos (que saudades do imparável Gabriel Alves!!!). Expedição fartamente povoada por curtos, mas intensos momentos de disparate. Uns, bastante divertidos, reconheça-se... outros apenas deprimentes.
Por manifesto azar, já levei nestes Jogos com vários dos tais momentos deprimentes.
Durante a Gala de Abertura, que mesmo não tendo visto na íntegra, me pareceu muito bem “esgalhada”, suportei o papaguear dos comentadores, deslumbrados com o som da própria voz, deslumbramento que os fazia, repetidamente, falhar pormenores interessantes do espectáculo. Apenas dois exemplos:
Durante a entrada em cena da bandeira olímpica, transportada por figuras conhecidas, os dois papagaios nunca se calaram, apenas mencionando, vagamente, a presença do mítico pugilistaCassius Clay, ou Muhamad Ali, se quiserem... e ainda mais vagamente, a presença da ambientalista Marina Silva, que um deles identificou como ex-candidata à presidência do Brasil, como se tivesse sido isso a motivar o convite. Imediatamente embalaram para o blábláblá, deixando passar em claro (que eu tenha ouvido) todos os restantes, a saber:
Sally Becker (reconhecida, entre outas actividades, pelo seu trabalho político-humanitário na guerra da Bósnia).
Shami Chakrabarti (Chanceler da Oxford Brooks University e director de uma organização defensora das liberdades civis, “Liberty”).
Leymah Gbowee (activista africana prémio Nobel da Paz 2011).
Doreen Lawrence (escritora e activista contra o racismo).
Haile Gebrselassie (um dos melhores atletas fundistas da História).
Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).
Daniel Barenboim (um dos maiores maestros da actualidade, que estaria ali, não tanto como músico, mas muito mais pelo significado humano e político da orquestra que fundou, composta por músicos judeus e árabes).
Não sei, porque não vi, que espécie de tratamento deram à escritora J.K. Rowling (lendo excertos do Peter Pan), ou ao actor Rowan Atkinson (como Mr. Bean), entre tantos outros “famosos” que foram aparecendo… mas antes desta “pobreza franciscana” que relatei, já me tinham feito rir muito (apesar da irritação), quando na altura da encenação da Revolução Industrial, entrou em cena Kenneth Branagh, um dos mais creditados realizadores de cinema, argumentista e actor que, respaldado pelo reconhecimento público que lhe dão os cerca de 50 filmes que já tem no currículo, ia declamando Shakespeare alto e bom som (e bem!)… não conseguindo impressionar os nossos diligentes comentadores que, depois de o ignorarem “olimpicamente” por alguns minutos, acabaram por lhe chamar «o figurante encarregado do recitativo».
Não me daria ao trabalho de escrever sobre esta historieta triste, não fosse o facto (espécie de “gota de água”) de um outro deles, não sei quem, se ter referido logo no dia seguinte, à importância não sei exactamente de quê, com o já clássico «não deixa de “não” ser importante»
Já que estamos em tempo de Jogos Olímpicos… que “mínimos” é que será obrigatório atingir para ser comentador na televisão?


ADENDA:  Por lapso, tinha incluido na "família" de comentadores "calinas" o jornalista Nuno Santos... quando queria dizer Rui Santos, o mago dos comentários da bola.
Como disse um dia um comentador desportivo, «é uma falta indesculpável, pela qual peço desculpa!»

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Londres 2012 – A corrida ao ouro


                         Corredora ao ouro de 1848                                                                                        Yelena Isinbayeva, 2012, recordista do salto com vara

Aí estão de novo os velhos Jogos Olímpicos... cada vez mais jogos, cada vez menos olímpicos, mas sempre grandiosos. Vários comentadores e jornalistas já se referiram ao grande acontecimento como “a corrida ao ouro”.
Basta ver notícias como esta, para se perceber que há, efectivamente, muito ouro por detrás dos jogos, ouro que nunca teve, não tem, nem jamais terá alguma coisa que ver com as medalhas e muito menos com o “espírito olímpico”.
Desde a já velhinhas, verdadeiras e duras corridas ao ouro, como a da Califórnia, em 1848, até à moderna e mais tecnologicamente avançada, de Londres 2012, muita coisa terá mudado... mas até para mim, que não entendo nada de assuntos de ouro, dá bem para ver que o que mais radicalmente mudou... foram os equipamentos!
Bons jogos a todos!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Campeonato Europeu...


Não. Apesar de quase todos os órgãos de comunicação social ainda insistirem quase exclusivamente nesse, o milionário “Euro 2012” de futebol... já acabou.
Felizmente, se todos os adeptos que, compreensivelmente, estão lambendo as feridas por não o terem ganho ou, pior ainda, por este Europeu ter sido ganho pelos “arqui-inimigos” espanhóis... se pelo menos alguns destes, como dizia, quiserem aplacar um pouco o desgosto e abrir os horizontes... verão que existem outros campeonatos europeus, mundiais e olímpicos, com gente que treina dedicadamente e que sonha, intercalando esses treinos e os sonhos com empregos de pessoas normais. Verão que a nossa História recente (e menos recente) está povoada de vitórias traduzidas, como agora foram, em ouro (Dulce Félix), em prata (Patrícia Mamona), em bronze (Sara Moreira)... e em inúmeras prestações não medalhadas mas ainda assim dignas de verdadeiros amantes do desporto.
...e há a malha, o chinquilho, a sueca, o dominó, o “tiro” aos pratos na modalidade faca e garfo e o levantamento de pesos líquidos... tudo desportos que tendem a revelar o melhor das pessoas, em vez de clubismos bacocos e, quantas vezes, violentos... ou, pior do que tudo, nacionalismos deslocados.
Parabém à Dulce Félix e a todos os outros que, numa vida inteira, não têm os apoios dados ao futebol... num mês!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Selecção Nacional de Futebol – Nós, os ricos...


Subitamente, descubro que um terço dos produtos à venda nos supermercados têm tudo que ver com futebol, com o jogador a, b, ou c, com a Selecção Portuguesa e, sobretudo, com patriotismo. Muito patriotismo. Patriotismo a rodos.
No entanto, nenhum produto se funde tanto com o espírito da quadra desportiva, como a cerveja! São corredores inteiros de espírito patriótico espumante e fresquinho. Ofertas de copos, cachecóis, camisolas, porta-chaves, bolas de praia, bonés... e pilhas para a telefonia. E tudo se vende. Às caixas, garrafas, latas, paletes, barris. Porque uma coisa é certa:
Ainda não se descobriu em que é que o português consome mais cerveja; se a regar os festejos, ou se a afogar os desgostos. Mas nunca falha... bebe-se sempre!
Vá... não fiquem a olhar assim para mim. Não sou adepto, mas gosto dos meus amigos o suficiente para fazer votos de que, como cá na minha área de trabalho, um mau ensaio geral seja seguido de uma grande estreia.
Um lugar no pódio deste Europeu de Futebol já ninguém nos tira: o da selecção com maior orçamento para instalações de luxo e demais mordomias adjacentes.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Relvas e a arte de desvarrer




O Relvas (desculpem-me a familiaridade, mas não estou a ver o que é que ele é mais do que o Álvaro) resolveu tirar um novo coelho da gigantesca cartola de onde o neoliberal bando de que faz parte tem tirado coelhos “colossais”... e outros que nem tanto.
Claro que o bando tinha jurado não assentar a sua política na exploração das estórias menos edificantes do bando anterior... mas, como seria de esperar, isso era uma rematada mentira, tal como foi com o bando de Sócrates, Santana, Barroso... e como tem sido com os bandos que os precederam nos vários governos das últimas décadas.
Desta vez calhou ao Relvas divulgar a descoberta de uma resma de facturas muito suspeitas, encontradas “debaixo do tapete” do Instituto do Desporto. Segundo afirma, aquilo é pra cima de uma data de milhões de euros inexplicáveis, que muito provavelmente envolvem trafulhices várias... ou, na melhor das hipóteses, não passaram de mais um processo de “martelar” as contas públicas. O trivial!
Claro que sua ex-excelência anteriormente responsável pela coisa, o Laurentino, não sabe de nada. Além disso (segundo o ouvi dizer na Antena 1) acha muito feio que se vá espreitar debaixo dos tapetes e contar o que se viu... sem primeiro avisar.
Devo dizer que esta atitude do Relvas e do seu bando é bastante perigosa. Atendendo à já tão velha mania de varrer para debaixo dos tapetes este tipo de inconveniências... se o Relvas se “estica” demasiado na bisbilhotice sob as pesadas tapeçarias dos ministérios e secretarias de Estado, ainda se arrisca a encontrar restos muito recentes das estórias dos submarinos do Portas, um ou outro pedaço de alguma “luva”, detritos mal destruídos dos milhares de fotocópias, pedaços de sobreiros da Portucale, algum envelope extraviado pelo super-simpatizante Jacinto Capelo Rego...
E isto só para falar nos parceiros do CDS, porque com um golpe de azar, ainda sai lá de baixo alguma prova (oh... horror!) capaz de atascar definitivamente Cavaco Silva no pantanal dos crimes do BPN e das “habilidades” urbanísticas da Coelha, parente muito próxima dos coelhos que habitam a gigantesca cartola.
E depois? Com que cara é que ficariam o Relvas e o seu neoliberal bando?
Todo o cuidado é pouco!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

America’s Cup – Nem tudo são rosas...


Dizem-me que a regata das não sei quantas, que agora passou por Cascais, é muito importante para o país, que dá uma boa imagem de Portugal, que é muito boa publicidade para as nossas exportações de vento... e tal...
Pronto. Até poderá ser... mas ter que ver, em apenas dois dias, as quatrocentas e vinte e sete repetições da mesma reportagem com barquinhos a correr, as meninas a aprender, uns tantos ricaços muito desportivos e felizes, mais uns tantos pobretanas quase tão desportivos e felizes quanto os ricaços, só por estarem ao pé deles, "snifando" os famosos perfumes do nosso "jet-set" e vendo os seus espalhafatosos barquinhos a correr... confesso que começou a dar-me voltas ao estômago.
Devo esclarecer que para mim, a vela, o mar, a aventura e a liberdade que poderiam encantar-me naquele desporto, não habitam estes eventos da moda. Mesmo assim, para além das imensas coisas boas que toda a gente parece ver naquilo e eu não, uma coisa, pelo menos, deu-me muito prazer. Um dos ricaços, direi mesmo o podre de rico Patrick Monteiro de Barros, estava feliz, contabilizando as paletes de euros que uma passeata daqueles barquinhos arrasta atrás de si... e, para minha grande satisfação, conseguiu estar um minuto inteiro a falar para a televisão sem tentar vender-nos a sua fantástica, seguríssima e maravilhosa central nuclear, que costuma ser o seu único e obsessivo tema.
Já a participação de sua excelência o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, nas declarações para a comunicação social presente, foi (pelo menos para mim) bastante confrangedora. O esforço de sua excelência o ministro foi notável, no sentido de realçar as tais vantagens para Portugal, a visibilidade, a boa imagem, essas coisas... mas quem olhasse com um pouco mais de atenção veria que os seus olhos estavam literalmente marejados pelo grande desgosto de não o terem deixado participar na regata com um dos seus “submarininhos.

sábado, 5 de março de 2011

Pedro Santana Lopes – Lei das compensações


O insuperável Pedro Santana Lopes anuncia com a "gravidade" que o caracteriza, por um lado, o seu cada vez maior afastamento do PPD-PSD... e por outro, a sua aproximação ao Sporting Clube de Portugal.
É quase sempre assim na vida. A sorte de uns... é o azar de outros!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Portugal - Argentina


Não... não vou comentar e analisar o jogo de futebol que pôs ontem frente a frente as seleções nacionais de Portugal e da Argentina. Primeiro, porque não quero. Segundo porque não sei. Ou então... na verdade não sei porque não quero, ou não quero porque não sei... não interessa!
Uma ida ao café da esquina mostrou-me que o tão (e tão mal) anunciado jogo, estava mesmo a acontecer. Mesmo sendo curto o tempo de uma bica acompanhada de umas frases de circunstância, ficam duas constatações:
1. O aspecto patusco da composição das equipas, quase apenas com jogadores que não jogam nem em Portugal, nem na Argentina... e que, nalguns casos, até jogam “para o mesmo lado”, como acontece, pelo menos, com o português Ronaldo e o argentino Di Maria, ambos jogadores do Real Madrid.
2. A miserável motivação que devem levar para o campo muitos dos jogadores, que viram durante vários dias o jogo ser anunciado nos média como um fantástico “embate de estrelas”... mas apenas entre dois jogadores: Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Na verdade, pensando bem, onde é que está escrito que é obrigação do jornalismo desportivo ser interessante e inteligente?
Claro que, para além do estatuto de únicas estrelas, também têm em comum a “arte” de levar para casa todos os meses, os dois somados, à volta de dois milhões de euros, o mesmo ordenado que cerca de 4.000 trabalhadores portugueses auferindo o salário mínimo nacional. Quatro mil! Todos os meses!
Mas isso é uma discussão inútil, sobretudo para aqueles que já se “converteram” à pura lógica do “espetáculo desportivo” e desculpam todos estes excessos dos seus ídolos e do sistema demente que os produz, esquecendo que já houve um tempo em que os “ídolos” do futebol (e não só) praticavam realmente desporto, feito do famoso “amor à camisola”, sem deixarem de dar grandes espetáculos... mas vivendo dos empregos que tinham fora do clube, ou, se eram pagos pelo clube, era com vencimentos que tinham que ver com "a realidade" da vida das pessoas. Nem por isso, pelo facto se não serem multimilionários, eram menos craques ou menos admirados e amados pelos seus adeptos.
Para quem não ia dizer nada... já me “estiquei” a falar de coisas que, como disse logo a abrir, pouco sei.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Costinha e Sporting – Apenas uma questão de “imagem”?


Ele anda por aí! Mesmo fora do círculo da ação política ativa e do exercício do poder, aquilo a que se costuma chamar “sociedade civil”, o fascismo e os seus tiques nunca deixaram de se fazer sentir. Não podendo aqui envergar as camisas negras, ou castanhas, ou as botas cardadas, dedica-se a minar a sociedade com aquilo a que chama “valores”. Deixando cirurgicamente de fora os princípios e valores que realmente fariam avançar os povos e que, fatalmente o liquidariam, o fascismo dedica-se a “valores” de outra ordem, aqueles que podem semear a discórdia, o ódio, a repulsa pelo diferente.
E aí os temos nas igrejas, nas escolas, nos jornais, nas televisões, controlando quem pode amar quem, onde e quando se pode beijar alguém, quem é casado, que se divorciou, quem fez um aborto, qual o comprimento das saias das meninas, qual o comprimento dos cabelos dos rapazes. São verdadeiros paladinos da moral e dos bons costumes, pose e fachada que a maior parte consegue manter, hipocritamente, até à morte... exceptuando aqueles a quem se descobrem as despesas feitas com “acompanhantes de luxo”, ou os ainda mais radicais, que aparecem mortos em quartos de hotel, vestindo apenas um cinto de ligas rendado...
O tique fascistóide do rigor das aparências ataca nos locais mais inesperados. Mais uma vez e novamente pela mão do lamentável Costinha, o autoritarismo bacoco, travestido de dress code, ataca num clube de futebol... que, francamente, merecia melhor sorte: o Sporting Clube de Portugal.
Segundo as notícias, Costinha não gosta de tatuagens à vista, não quer que os jogadores usem os bonés do clube com a pala virada para trás (extraordinário!) e não admite o uso de brincos enquanto os jogadores estão de serviço. Diz o infeliz que esses “adereços” «dão uma imagem pouco consentânea com o que deve ser um jogador profissional de futebol» (???).
Infelizmente, para o Sporting e para os sportinguistas, estas fantásticas medidas de Costinha, terão sobre a qualidade futebolística desses jogadores em particular e da equipa em geral, o mesmo efeito que os fatinhos “à ministro” têm sobre a ridícula indigência das “ideias” e a arrogância parola deste pouco mais que inútil “dirigente desportivo”: Nenhum!
Nem vale a pena alguém perder tempo a pensar que eu estou contra o Sporting por ser benfiquista, ou portista, ou do União de Montemor. Primeiro, porque já é sabido que não sou consumidor deste produto; segundo, porque qualquer adepto, de qualquer clube, sabe bem que desde há muito tempo, desde que o dinheiro, os patrocinadores, a corrupção e, de uma maneira geral, o puro e duro negócio de compra e venda de seres humanos, como se fossem gado, mesmo que valendo fortunas obscenas, mas mesmo assim, gado... desde essa altura, como ia dizendo, que “desporto” passou a ser uma mera força de expressão e ninguém, mas mesmo ninguém!, fica bem nesta fotografia.