quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Relvas


Estava eu entretido a pensar, ao ver as “novas previsões” do Gasparzinho, que aquilo que nos safa é que estes bandalhos que nos governam são “muito melhores” a fazer previsões dos que os que os antecederam... quando vi a notícia que realmente me impressionou... e que embora tendo também o dedo do Gasparzinho, é a cara chapada do seu criador e mais importante figura deste governo: o Relvas.
É de antologia ver o ar de gozo e triunfo com que o Relvas anunciou ter exigido aos municípios a revelação das suas contas, num prazo de não sei quantos dias. Como se as contas das autarquias não fossem já regularmente divulgadas e inspecionadas!
Na cabeça “afascistada” do Relvas, que por qualquer razão, parece odiar o poder autárquico, mesmo quando entregue ao PSD, as autarquias e a sua autonomia são um problema a abater... e os presidentes deviam ser nomeados, à moda de Salazar, mas agora, obviamente, pelo Relvas.
O Relvas sabe que o endividamento de todas a autarquias juntas é uma gota de água no endividamento geral do país, mas isso não o impede de, com o prazer que se viu nas imagens, infligir, de forma acanalhada e populista, esta humilhação ao Poder Autárquico Democrático.
O Relvas é um protofascista!
O Relvas não presta!
O Relvas (como se pode bem ver pela fotografia aqui em cima) cheira mal!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A importância


(“Reportagem” da visita de Obama às Lages, na Ilha Terceira, por um “fotógrafo” desconhecido)

O senhor Miguel Monjardino, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, considera que «a redução da presença norte-americana na Base das Lajes, Açores, é um sinal de que a Europa se tornou menos importante para Washington».

Poderá até ser... mas há diferente maneira de ver a coisa.

Para mim, por exemplo... e para não ir mais longe, um grande sinal da importância da Europa, de Portugal e das Lages em particular, seria não ser aí permitida a instalação de bases militares dos EUA... e isto independentemente de simpatias, alianças, o que quer que fosse.

Ou então eu estou muito mal informado... e ao abrigo dessas “amizades”, Portugal também tem uma base militar em território norte-americano. Quem sabe?...

António José Seguro – Austero... e inteligente


Que diacho será esta coisa da “austeridade inteligente”, que António José Seguro anda a vender?
Será o contrário de “bem-estar estúpido”?
A febre e as dores de garganta não me deixam concentrar devidamente... mas garanto que hei de tirar isto a limpo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Assunção Cristas – É cá uma fezada...




Se vier a verificar-se que a ministra da Agricultura se prepara para, recorrendo não se sabe bem a que expedientes, tirar terras a pequenos agricultores e silvicultores, para as colocar nas mãos da indústria do papel, ou outras... tem muita razão o presidente da CNA. A ministra estará a comprar uma guerra dura.
Afinal, parece que Assunção Cristas anda mesmo a “pedir chuva”... só que não será exactamente a que esperava...

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cyril Mokaiesh - Não é lá muito “chic”... mas sou comunista



“Não é lá muito “chic”... mas sou comunista
Nada de muito heróico... mas ainda assim...”

É, salvo melhor e mais aturada tradução, o que diz este jovem artista francês, de seu nome, Cyril Mokaiesh. Depois vai por aí fora, desfiando uma letra poderosa que vale a pena ler.
Decididamente... não é lá muito normal nos dias que correm. Dizem-nos experiências bem recentes que aquilo que mais se vê é os “xutos” e as “deolindas” deste mundo, ousarem umas cantigas ao sabor da corrente contestatária... e logo a seguir, provavelmente aterrorizados com as resmas de contratos que viriam a perder de norte a sul (muito mais a norte!), darem praticamente o dito por não dito, pedirem calma a toda a gente, que aquilo não é bem “canção de intervenção”, que “não senhor, nós não fazemos canções políticas”, “deixem-nos lá ir à nossa vidinha”... sendo que no caso dos tais “xutos”, não demorou muito até um deles estar na mesa dos apoiantes do mesmíssimo “sr. engenheiro” a quem tinha dedicado a tão aclamada cantiga. Já da cantiga dos outros... praticamente nunca mais se ouviu falar.
Portanto, como ia dizendo, não é lá muito normal aparecer assim do nada um rapagão como este Cyril Mokaiesh, cantando (muito) alto e bom som que é comunista, indo explicar a coisa a tudo o que é lugar, pronunciar-se nas colunas do jornal “L’Humanité” e ir cantar à famosa Festa do dito... tudo quase de um fôlego e perante o espanto generalizado.
O nome deste jovem foi-me soprado por um comentador aqui mesmo, na semana passada. Em boa hora!
Lá na terra dele, já dizem que ele mistura elementos de Brel com Léo Ferré, que as suas canções são assim e assado... confesso que me falta ouvir mais para saber se é assim. Por agora, sei que gosto de o ouvir dizer que é comunista. Assim tão alto. Assim tão bem. Assim tão contra a corrente.
E vocês... o que acham?
Bom domingo!
Communiste” – Cyril Mokaiesh
(Cyril Mokaiesh)



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pai e mãe é quem cria, educa e dá amor!


Nunca tive a ambição, ou sequer interesse, em exercer as funções de deputado.
Ontem, no entanto, tive pena de não ter podido estar no Parlamento, para votar com o Partido Ecologista os Verdes (e com o BE).
Porque me sentiria de bem comigo próprio... e porque acredito que se todos os avanços civilizacionais tivessem que esperar até estarem “amplamente discutidos e sedimentados na sociedade”, dificilmente se avançaria um passo que fosse.
Que venha então rapidamente essa discussão!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Álvaro Santos Pereira – E se fosse gerir a carreira da...




Imagina-se que para um ultraliberal acreditar que uma sociedade pode mesmo funcionar na exclusiva base do lucro, numa lógica em que tudo é um negócio, mesmo as necessidades mais básicas dos cidadãos... algo tem que estar gravemente avariado no seu cérebro.
De facto, não se vê como é que alguém, na posse de todas as suas faculdades, possa achar normal entregar aos privados todos os cuidados de saúde, educação, transportes, assistência social, gestão de reformas e pensões, etc., colocando a vida de milhões de seres humanos nas mãos de gente motivada apenas pela quantidade de dinheiro que possa acumular à custa das necessidades e fragilidades alheias. E acreditar que isso vai dar certo.
Só que há ultraliberais que vão mais longe. Conseguem afirmar todos os princípios que atrás enunciei... mas com frases e rótulos típicos de verdadeiros débeis mentais. É o caso do nosso genial ministro da Economia, para os mais chegados, “o Álvaro”.
Conseguiu, sem se rir com aquela cara de parvalhão com que a Natureza o castigou, afirmar que os desempregados (lembremos que já são mais do que um milhão) passarão a ter nos Centros de Emprego, não funcionários públicos motivados e empenhados em fazer os possíveis por ajudar a encaminhar os seus casos desesperados, mas sim... «Gestores de Carreira».
Isto é, ou não é, gozar com a cara das pessoas? Isto mereceria, ou não, uma resposta, curta, grossa e adequada?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Olá, Zeca!




 Na passagem destes vinte e cinco anos, quero dizer-te (entre tantas coisas que não é preciso dizer) que sempre conseguiste deixar-me arrepiado com a interpretação desta tua música que hoje aqui lembro. A demolidora garra e concentração com que te empenhaste em transformar a tua interpretação deste poema de Jorge de Sena... numa espada. Brilhante. Necessária. Com o som que produzem só algumas (muito raras) espadas.
É uma interpretação inultrapassável, servida genialmente pela desconcertante simplicidade do acompanhamento da viola do Bóris. Canto-a muitas vezes ao vivo, acompanhando-me à viola, sozinho. Porque é importante que se ouça... e também para provar exactamente o que acabo de dizer sobre a tua "versão".
Fazes-me falta, amigo! Para tudo... e para renovar o repertório de apresentações em frases curtas, entre cantigas... que fazias tão bem. Até o humor meio surreal com que temperavas esses intervalos me dá ainda combustível para o caminho.
Vemo-nos um destes dias... mas dá-me mais vinte e cinco anos, para além destes que já passaram, pois tu é que partiste cedo demais, meu sacana!

"Epígrafe para a arte de furtar" - José Afonso
(Jorge de Sena/José Afonso)



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Por’ca’fé é que nos salva...


«Devo dizer que sou uma pessoa de fé, esperarei sempre que chova e esperarei sempre que a chuva nos minimize alguns destes danos. Como é evidente, quanto mais depressa vier, mais minimiza, quanto mais tarde, menos minimiza. Se não vier de todo, não perderei a minha fé mas teremos obviamente de atuar em conformidade».
Já qu’a’fé é que nos salva, aqui temos uma ministra da agricultura tentando resolver o problema da seca… com fé.
Já tínhamos políticos que, misturando convicções religiosas com assuntos de Estado, não se coíbem de dizer “se Deus quiser” a toda a hora. Vemos agora Assunção Cristas rezando para que chova… e não faltará muito para ouvirmos o ministro das Finanças exclamando “valha-me nossa senhora!” sempre que falar das contas públicas, ou Passos Coelho rogando “pai, afasta de mim esse cálice” de cada vez que for vaiado nas ruas.
Se estão à espera de que eu, parafraseando também o próprio Cristo, lhes retribua as referências religiosas com um “perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, podem ir esperando sentados.
Primeiro, porque não estou muito dado ao perdão.
Segundo, porque eles sabem muito bem o que fazem!

João Proença – O buraco é mais em baixo...


Enquanto PSD e CDS-PP insistem na triste figura de vassalos que querem “ir mais longe” do que lhes é exigido.
Enquanto o PS faz de tudo para parecer que se opõe à troika e ao pacto de agressão aos trabalhadores, que ainda há poucos meses assinou, com o qual (afirma Seguro) tem «pontos de vista bem divergentes».
Enquanto PCP e BE dizem – e muito bem! – que este programa de austeridade não resulta.
Enquanto a própria troika declara que não tem a menor intenção de renegociar seja o que for...
...enquanto tudo isso, há um português que vê a luz! João Proença, declara, solene, ter «sentido muita compreensão» por parte da troika para com os problemas portugueses.
Não há dúvida! Sempre que se pensa que este homem já bateu no fundo... ele encontra sempre maneira de descer mais uns degraus da sua longa escadaria rumo à irrelevância, ao ridículo, à abjecção, à rendição total.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Eduardo Catroga – O parasita despreocupado


O chupista profissional Eduardo Catroga diz que «não sabe quanto vai ganhar na EDP».
Para reforçar o ar acanalhado e insolente da declaração, ainda reforça a coisa, dizendo que a polémica em torno da sua remuneração é «surrealista» e «sem aderência à realidade». Diz ainda que não se preocupa com essas coisas...
Não sei se o parasita sabe ou não sabe quanto vai ganhar... mas uma coisa sei: vai ganhar demais! Ainda que fossem apenas 50€ por mês!

Censura... ou os pezinhos de lã do fascismo


- Então senhor ministro... está melhorzinho dessa aborrecida inflamação na virilha...
- Qual quê?! Está cada vez pior! O que me tem salvo é que esta minha nova assessora é uma santa... e não se importa de me pôr o creme, de seis em seis horas...
- ... ...

Isto – a ter acontecido - seria um exemplo de conversa privada, fora dos trabalhos oficiais, entre o nosso ministro da Finanças e o senhor alemão.
Aquilo que aconteceu e que todos vimos e ouvimos, onde o Gasparzinho falava das vidas de milhões de portugueses e das suas enormes, ou ainda mais enormes dificuldades presentes e futuras, está longe de se poder classificar como conversa privada.
Agora é o momento de eu revelar que a minha simpatia pela TVI é exactamente a mesma que a TVI tem por mim... ou seja, ZERO!
Posto isto, mesmo que tenha passado um pouco ao lado das notícias, a verdade é que sem qualquer processo, julgamento ou condenação (de que se tenha sabido) uns senhores “lá da Europa”, que ninguém elegeu, puseram de castigo o jornalista da TVI que divulgou o vídeo da converseta dos ministros. Fica impedido de entrar nas salas onde os senhores têm as suas conversas, durante um tempo determinado apenas pela veneta dos senhores. Em plena "experimentação" do fascismo económico (para já) em vários dos países da "união"... é assim como que uma espécie de aviso a todos os outros jornalistas: Portem-se com juizinho!
Como não me ocorre nenhuma outra imagem para este tipo de “democracia e liberdade de informação”... fico a imaginar botas cardadas, cuidadosamente embrulhadas em botinhas de lá... aproximando-se pé ante pé...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Passos Coelho – Será que sabe, realmente, alguma coisa?




O miserável mentiroso, trafulha e catavento Pedro Passos Coelho, prepara-se para começar a “suavizar” a sua enérgica negação sobre o precisarmos ou não de mais dinheiro e mais tempo para cumprir o programa de austeridade imposto pela troikaAgora já diz não saber se vamos precisar “disso”.
Eu também não sei... mas sei que uma coisa não teremos certamente: a oportunidade de ouvir da boca deste calhordas, como não ouvimos da boca de outros antes dele, um pedido de desculpas a todos aqueles que foram sendo insultados, por defenderem  que este programa de austeridade é errado na sua essência, profundamente injusto na sua forma, impossível de cumprir nos prazos impostos.
Mas também... já tivemos razão “antes do tempo” em tantas outras coisas...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

ZAZ - E que tal um salto a Paris?


A música francesa, ainda que diariamente agredida pela "pimbalhada" local, pelos "tanques" de produção anglo-saxónica, pelos saudosos do fascismo de Le Pen, ou da incompetência rasteira e colaboracionista de Sarkozy... resiste. E resiste em grande forma.
Enquanto na “pátria” do RAP, por exemplo, essa forma de música de intervenção vinda dos bairros populares e mais pobres, se transformou (salvo excepções) num interminável caudal de “videoclips” inundados em dinheiro, povoados por grandes carros desportivos, incomportáveis fios de ouro ao pescoço, elogios à marginalidade criminosa e modelos a fazer de prostitutas (ou vice versa), em França, o “Hip-Hop” é vibrante, interventivo, lúcido. Este é apenas um exemplo. Nos mais diversos géneros musicais o cenário não é diferente.
Em Portugal perdemo-nos da música francesa há muito tempo. Alguns de nós, aqueles que ainda declaram o seu amor incondicional a alguma da música que vem de lá... ficaram estacionados no conforto das memórias doces da juventude. Uma espécie de saudade gostosa, presa ainda à irreverência iconoclasta, anárquica e por vezes agreste de um Brassens ou Léo Ferré, arrepiados pela trágica dimensão das músicas e da voz do Brel e da beleza arrebatada dos seus versos, mobilizados pela militância de um Jean Ferrat, embalados pelas horas de felicidade liceal e ingénua da Françoise Hardy... ou mergulhados na profundidade existencialista da Juliette Greco...
Outros, nem sequer tomaram conhecimento, então ou agora, da existência da música francesa. Todos andamos a perder muito!
Em vez de ficar aqui a desfiar um rol de nomes da nova canção francesa, deixo-vos com uma dose tripla de apenas um desses nomes: a jovem cantora e autora ZAZ (Isabelle Geffroy).
O primeiro vídeo mostra-a sem rede, na rua, exposta, cantando apenas com dois dos seus (excelentes!) músicos uma canção do seu primeiro CD. Uma força da Natureza com cara de maria-rapaz, incapaz de ficar quieta, tentado cantar e fazer de orquestra ao mesmo tempo, uma voz com uma cor fantástica...
No segundo e no terceiro, reinventa duas canções de que os criadores gravaram versões inultrapassáveis. O grande cantor e (também) cultivador do jazz “gaulês”, Claude Nougaro... e a irrepetível Edith Piaf. Ainda assim, sem medo, canta-as não tentando imitar seja quem for, demonstrado um prazer que só tem quem canta o que gosta... como se isso fosse um privilégio sem preço. Porque é exactamente assim que se deve cantar a música daqueles que admiramos!
Bom domingo!
Les passants” – ZAZ
(Isabelle Geffroy/Tryss)



Le jazz et la java” – ZAZ
(Claude Nougaro)



Padam, padam” – ZAZ
(Henri ContetNorbert Glanzberg)


sábado, 18 de fevereiro de 2012

E então não é que me sinto muito mais seguro?!


Diz-me o DN que o “faz-de-presidente” Cavaco Silva foi não sei onde, dizer não sei o quê perante não sei quem... mas que tinha um «cordão sanitário» a separá-lo dos jornalistas e do povo em geral, durante todo o tempo.
Mesmo sem aprofundar as razões da coisa, devo dizer que é talvez a ideia do ano, ideia que agradeço sem reservas a quem quer que a tenha produzido.
Sinceramente, a dar-se o caso de estar a passear numa rua ou praça, sentado numa esplanada, saindo de um café, sei lá... e na iminência de se aproximar uma comitiva de Aníbal Cavaco Silva, é muito bom saber que existe um “cordão sanitário” a proteger-me daquela imundície.

Subindo!!!


E vai mais um!
Lá em baixo, a fila de candidatos (ex-ministros, ex-secretários e ex-qualquer-coisa) para entrar no próximo foguetão... mantem-se ansiosa e compacta.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Líbia – Os babados apoiantes dos “rebeldes” terão lido?


Quer isto dizer que, tirando as “humanitárias” bombas de Obama e os sempre “solidários” mercenários contratados às centenas nos países vizinhos... os celebrados “combatentes da liberdade” locais não passavam afinal de vulgares marginais e bandidos fortemente armados, que hoje continuam unicamente interessados em pilhar tudo o que apanharem a jeito e eliminar fisicamente inimigos pessoais.
Lamento desiludir os senhores jornalistas do órgão central do senhor Belmiro... mas já sabia!
O que não sei e gostaria muito de saber, é quando é que posso dizer, ou escrever a mesma coisa sobre muitos dos “combatentes da liberdade” da Síria... sabendo que se o dissesse sobre os da Líbia há apenas umas semanas, seria logo chamado de tudo e mais alguma coisa, para cima de grande salafrário e, claro, “apoiante de Kadafi”.
Confesso que, passada a chata estação das explicações sobre o não apoio a Kadafi, não estou minimamente interessado em repetir a mesma estória, mas desta vez com Bashar al Assad.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cavaco – A massa de que são feitos os “heróis”...




Informado de que decorria à porta da Escola Artística António Arroio, que ia visitar, uma manifestação de estudantes que protestavam contra fim dos passes escolares e contra a inexistência de uma cantina numa escola com 1200 alunos... Cavaco Silva, o tal que faz de presidente da República, cancelou a visita já depois da hora a que esta estava programada... por «um impedimento relacionado com a função presidencial».
Quem votou nele, provavelmente tem o “presidente” que merece...
Os estudantes da António Arroio têm falta de dinheiro para os transportes e, por falta de um refeitório, são obrigados a comer o que levam, por onde calha, sentados no chão e pelos cantos. É certo. Porém não lhes falta a dignidade e a coragem de cumprirem com o seu direito/dever de protestar... dignidade e coragem que, pelos vistos, falta ao lamentável “pastel de Belém”.


Adenda:  Pergunto-me quais serão as diferenças entre estes estudantes de uma escola pública, de quem Cavaco fugiu... e os outros, dos colégios privados, a quem há tempos incentivava a que se manifestassem, afirmando: «Considero importante que crianças, jovens, pais e professores venham para a rua para defender a sua escola. É um sinal de vitalidade da nossa sociedade civil»... 
               (Com um agradecimento ao Tiago Mota Saraiva e ao "5dias.net")

Quando os criminosos fingem acudir às suas próprias vítimas


Ao mesmo tempo que é chamado ao Parlamento por PCP e BE para explicar cortes em pensões, o santarrão do CDS, Pedro Mota Soares, ministro da "caridade", anuncia o aumento do número de cantinas sociais, de 60 para 950.

É a triunfal reentrada em cena da "sopa dos pobres" do Sidónio!
Infelizmente, para Pedro Mota Soares, Relvas, Gaspar ou Passos Coelho... não é Sidónio Pais quem quer. Quero dizer: para ficar na História, mesmo que na posição miserável de Sidónio... é preciso ter um estofo que ainda não adquiriram estes calhordas que nos governam.
Ainda assim, pelos vistos, não lhes falta a vontade de lá chegar. Todos os dias fazem questão de criar e agravar, com as suas opções políticas e económicas, as condições que geram todas as “sopas dos pobres” e os milhares e milhares de vidas desesperadas que representam... e ainda têm a lata de se armarem em santinhos... quase vítimas da situação.
São a melhor ilustração para a frase que um notável dirigente partidário gostava muito de usar:
“Fazem o mal e a caramunha”

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Olha se fosse de propósito?!!!


Diz-me a “Visão” que na sequência da decisão da agência norte-americana Moody’s em baixar a notação a vários países da Zona Euro... o Dólar está a ganhar terreno face à moeda única europeia que se afunda.
Fiquei verdadeiramente “abasurdido”! Ele há coisas!...
E isto é acontecendo por acaso... inocentemente... fruto do “normal funcionamento dos mercados”...
Imaginem se fosse de propósito?! Se fosse uma estratégia de agressão da finança imperialista e mafiosa norte-americana?!
Nem quero pensar!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os abutres


Sempre que é preciso que faça uma, ou várias canções, para este ou aquele fim, para “dar” a alguém para cantar ou gravar, para uma peça de teatro ou um musical, para juntar ao meu repertório, se necessário, como foi recentemente o caso do espectáculo de homenagem ao Manuel da Fonseca, em que me apeteceu ter uma cantiga original para estrear... sempre que é preciso, como dizia, não sou atacado pelo “pânico da página em branco”, antes pelo contrário.
Sempre que sou desafiado por qualquer uma dessas situações - a ideia de nos próximos meses gravar um CD de originais é um desses desafios, já que estamos no ano em que faço 40 anos desta aventura – acabo por fazer as canções de rompante... e uma vez por outra até gosto dos resultados.
Sendo assim, resulta sempre confuso para muitos amigos, qual será a razão para eu não ter para aí uns vinte ou mais discos de longa duração. Lá tenho que repetir que a preguiça não explica tudo, que não faço questão de apenas cantar canções escritas por mim (como já se percebeu), que o meu interesse primeiro nesta coisa das cantigas é exactamente cantá-las, ao vivo, que os discos têm, para mim, uma importância muito modesta e, o mais importante, que a minha relação com o mundo do comércio da música foi sempre muito fria. Chega mesmo, nalguns casos, a envolver algum asco.
Como tenho sempre a impressão de que há quem fique na dúvida, mesmo depois destas minhas explicações, há sempre, infelizmente, estórias que vêm confirmar as razões da minha frieza para com a indústria fonográfica em particular, e o “showbizz” em geral... como esta:
A multinacional “Sony”, para a qual gravava a cantora (e autora) norte-americana agora falecida, Whitney Houston, tentou sorrateiramente aumentar o preço dos discos da infeliz, passando pela vergonha pública de se confirmar como membro ativo do bando de abutres que, sem hesitação, mergulham em voo picado sobre os cadáveres de qualquer artista.
Ora, que as vendas de um disco aumentem muito quando o artista morre, ainda por cima em condições chocantes... entende-se. Há sempre quem, mesmo gostando, sempre tenha adiado a compra “daquele” disco, há quem faça questão de poder passar a mostrar que também “gostava muito”, mesmo que nem assim ponha o disco a tocar alguma vez. É um fenómeno incontrolável.
Agora repor à venda discos cuja produção já foi paga e mais que paga, portanto, ficando mais baratos do que as edições iniciais... e ainda por cima, aumentando-lhes o preço, é uma canalhice abjecta.
Claro que, vendo a indignação pública que o gesto causou, já vieram dizer que tudo não passou de um engano... fazendo a outra coisa em que as editoras são muito boas, para além de explorar os artistas: fazer passar o público por parvo. Está mesmo a ver-se que uma editora multinacional, para a qual gravam milhares de artistas de todo o mundo... ia “enganar-se” no preço de vários discos antigos e em armazém... e que só por um colossal azar é que calhou serem os da Whitney Houston.
Por vezes arrepia, ver as mão que controlam os cordéis que movem grande parte da cultura!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

José Sócrates – Um exemplo a seguir


Quando será que a corja que se instalou no poder, ao serviço do capital estrangeiro, resolve seguir o elevado exemplo de Sócrates, exportando-se a si própria?
A nossa balança comercial, provavelmente, não ganharia muito... até porque vendidos já são há muito, mas em termos de higiene ambiental, social e política... seria muito bom!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ergue-te ó sol de verão! Somos nós os teus cantores...


Depois do dia de ontem, sobretudo depois das horas passadas no Terreiro do Paço... ficou esta canção do Zeca a soar-me na cabeça, insistentemente. Resolvo então partilhá-la com os leitores/ouvintes dos domingos.
Primeiro, porque é uma obra-prima. Segundo, porque faz parte do disco histórico “Cantigas do Maio”. Terceiro, porque por mais do que uma vez, pareceu-me ouvi-la (apeteceu-me ouvi-la), cantada em coro naquela praça repleta de gente.
Bom domingo!
“Coro da Primavera” – José Afonso
(José Afonso)



sábado, 11 de fevereiro de 2012

Fui!






Adenda:
              ...e já voltei. Não vi três ou quatro amigos que queria muito ver... mas em compensação vi outros... sei lá!? Trezentos mil???