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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

TAP – Alguém tem por aí uns trocos...


Nesta altura do campeonato e depois de vários milhares de textos publicados neste “estabelecimento”, é já ocioso repetir que, tal como o “outro” que não constava que tivesse biblioteca... não percebo nada de finanças (e sim.. também acho que o melhor do mundo são as crianças). Posto isto...
Anda para aí uma revoada de comentários e contra-comentários, argumentos e contra-argumentos sobre a venda da TAP a um senhor colombiano (e mais não sei quantas nacionalidades), num negócio que o Arménio Carlos, com a capacidade de síntese que se lhe conhece, classificou como “negócio à colombiana”.
A maior escandaleira, pelo que tenho apreciado, prende-se com o facto de o tal senhor ir pagar ao Estado, a consumar-se o negócio, 20 milhões de euros pela companhia aérea portuguesa.
Como não sou tão tolo como pareço... sei muito bem que há outros valores envolvidos, que o homem se compromete a injectar (mais uma mania bastante “colombiana”, presumo) uns milhões na TAP, que assume o passivo da companhia, “assunção” que é uma falácia, pelo menos segundo um professor de economia que se deu ao trabalho de fazer as contas à projectada negociata. Defende o senhor professor, certamente com dados ainda mais precisos do que a wikipedia, que a TAP, com os seus mais de cinquenta “Airbus” (cada um pode custar cerca de 80 milhões), com 80 destinos para quase quarenta países, 2000 voos semanais, mais tudo aquilo que sabemos que a TAP tem, pode valer, feitas as contas aos prós e contras, incluindo os passivos e outras minudências... 700 milhões de euros. Infelizmente, ninguém lhe foi perguntar a opinião!
Apesar de o putativo comprador afirmar que a sua proposta é «muito agressiva»... o que, pelo menos em relação aos interesses do Estado português e aos seus contribuintes, é uma verdade incontestável – realmente, quem pode não se sentir agredido? – a verdade verdadinha é que vamos receber a “fantástica” quantia de 20 milhões de euros por aquela coisa... “favor” que ainda devíamos agradecer!
Na verdade, quem é que, no seu perfeito juízo, não vê imediatamente que a TAP, com as suas várias dezenas de aviões modernos, com várias grandes rotas internacionais com clientela fidelizada, milhares de trabalhadores competentes, um nome criado pelo mundo fora, nomeadamente no que diz respeito à manutenção técnica, etc., etc... quem é que não vê logo, como ia dizendo, que a TAP vale o mesmo, vá lá... até um bocadinho menos do que... ora deixa cá ver se me ocorre algum exemplo bom... ah!, claro!... do que o Pavilhão Atlântico, que o genro de Sua Excelência o Presidente da República, comprou há umas semanas... por 21,2 milhões de euros?
Quem não vê... é mesmo porque tem a mania de ser do contra!!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Passos Coelho... ficou com dói-dói “derivado” à agressividade


Pedro Passos Coelho mobilizou, na forma de uma entrevista encomendada, meios do Estado para proveito do Governo, “confusão de interesses” que daria uma bela discussão... que agora não vem ao caso.
Produziu aquilo de que é capaz: uma entrevista aldrabona e fanática, onde insistiu nos erros e crimes que já cometeu e tenciona repetir, só que ainda em mais larga escala.
Nada me identifica com este cidadão... senão um pequeno pormenor da entrevista, quando Passos se mostra «surpreendido com a agressividade de Seguro».
Também eu fiquei! Não descobri ainda se está acima ou abaixo do grau de agressividade da anterior “abstenção violenta”... mas vou dar-lhe o benefício da dúvida, admitindo que estará um pouco acima. Veremos!
No próximo sábado, dia 15, infelizmente não poderei juntar-me à anunciada manifestação, momento em que encontraria, certamente, muitos dos meus amigos. Estarei a trabalhar. O nosso trabalho é feito em dias e horas que, o mais das vezes, nos desviam dos lugares e horas em que se reúnem os nossos amigos. Sim, embora ainda tenhamos que ouvir muitas vezes perguntar se para além da música... «também trabalhamos», esta coisa das artes e da cultura é trabalho! Implica (e garante) a sobrevivência de muitos milhares de portugueses e, desculpem-me o aparte, começaria a ser hora de merecer mais respeito, incluindo por parte de muitos que têm esse “respeito” no discurso oficial.
Adiante... se tudo correr como previsto, não deixarei de dizer algumas das coisas que me vão no espírito... mas no dia 29, na outra manifestação, esta convocada pela CGTP.
Se Pedro Passos Coelho ficou com tanto dói-dói por causa desta "agressividade... é preciso que sinta mais, muito mais! Alto e bom som!
Manifestações já nos dias 15 e 29 de setembro! É importante estar presente! Numa... e na outra!


sábado, 4 de agosto de 2012

Tribunal de Contas e TAP – Salvaguardar... quando?!!!


Aí está a privatização da TAP, companhia portuguesa que o trabalho e o suor dos seus trabalhadores, somados aos impostos de todos os outros, construiu... e que agora este governo de fanáticos neoliberais vai entregar aos “amigos”.
Dizem-me que a privatização «divide trabalhadores», o que é perfeitamente natural, se pensarmos que de um lado estão os trabalhadores que vêem as suas vidas ameaçadas... e do outro lado, uns tantos trabalhadores impacientes por verem chegar a hora de se tornarem proprietários da companhia, deitando as mãos a algum do capital.
Entretanto, aquilo que mais se destaca é a “preocupação do Tribunal de Contas” em «salvaguardar a soberania nacional e o interesse público» em todo o processo de venda de mais este património do povo português a interesses privados.
Seria uma bela ocasião para lembrar aos distraídos senhores do Tribunal de Contas, que aquilo que mais contribui para o prejuízo do interesse público e para o ataque à soberania nacional, não é nenhum percalço, surpresa ou acidente a que devam estar particularmente atentos, mas sim, tão simplesmente...
A privatização!!!
Mas isto digo eu... que não entendo nada de tribunais e ainda muito menos de contas.

sábado, 21 de julho de 2012

Combustíveis - Leis da concorrência – Os trabalhadores, esses velhos malandros!...


Com toda a naturalidade chega-nos mais uma notícia dando conta de um aumento nos combustíveis... uma das muitas subidas que “compensam” as "colossais" descidas de há umas semanas, como sempre nos explicam.
Mais uma vez, com toda a naturalidade, os preços nos vários pontos de venda de todas as empresas e todas as marcas, vão executar a dança síncrona do costume.
Mais uma vez, as bombas de gasolina das autoestradas, sem que ninguém desarrinque uma explicação decente para o facto (esta, francamente, não pega!), serão mais careiras do que as bombas da mesma marca, fora das autoestradas.
Mais uma vez nos dirão que o presente aumento se deve às oscilações internacionais de preços das matérias primas – explicação que não seria necessária – calando as razões para pagarmos combustíveis dos mais caros do mundo – explicação que é, essa sim, urgente.
Com tudo isto, lembrei-me de uma outra notícia, de há uns dias, que nos contava a grande novidade: a Autoridade da Concorrência já pode fazer buscas domiciliárias. Para ser mais exacto, pode fazer buscas domiciliárias aos funcionários das empresas putativamente prevaricadoras.
Nesse dia estive quase a escrever sobre o assunto. Ia ser muito crítico (quem sabe, talvez até um pouco malcriado) sobre o pormenor de, em toda a notícia sobre as novas “armas” na luta contra a manipulação e combinação mafiosa de preços, não haver uma única referência a buscas aos sagrados domicílios dos donos, gestores milionários e grandes quadros dessas mesmas empresas.
Desisti da ideia depois de ter uma espécie de epifania sobre a minha grande e ingénua parvoíce. Afinal... é evidente que todos os movimentos de cartelização, associação mafiosa e «paralelismo na formação de preços» (como há tempos lhe chamou, mais uma vez para a desculpar, o presidente da Autoridade da Concorrência) não são cozinhados nos conselhos de administração, grandes almoçaradas ou partidas de golfe, entre os donos e gestores das empresas... mas sim nas casas do seus trabalhadores.
Então não é?!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Governo Passos/Portas – Vara de trafulhas


Numa manobra de gestão dos danos que poderiam advir do anúncio, perdão, “estudo”, de mais cortes nos serviços públicos de saúde, entre outras malfeitorias com que este governo de fanáticos nos vai agredindo numa base diária, como a exigida continuação da baixa dos salários por parte da "troika"... anuncia-se, tchantchantchantchaaaan!!!, um novo engodo, perdão... um novo "benefício fiscal" para os contribuintes.
É verdade. A partir do próximo ano, todos os cidadãos que estiverem dispostos a fazer de “inspectores” do Fisco, exigindo facturas até dos cafés... poderão, se guardarem essas largas centenas de facturas do ano inteiro, descontar no IRS uma percentagem da exorbitância de IVA que andaram a pagar ao longo de 365 dias nessas facturas. Na prática, poderão descontar um máximo de 250€ no IRS.
Boa! Boa?! Bem... se pararmos para pensar um pouco, veremos que para atingir esse desconto de 250€, teremos que apresentar facturas no valor total de 2.280 euros por mês, ou seja, cerca de 27.000 euros num ano.
E assim chegamos à conclusão de que este “benefício” fiscal será apenas para os bastante endinheirados. Para aqueles a quem os 250€ no fim do ano não fazem falta rigorosamente nenhuma. Aqueles para quem 250€ nem chegam para uma almoçarada com os amigos. Cos diabos!, mais do que isso custa no restaurante uma garrafa apenas de “Barca Velha”, ou “Pera Manca”, ou...
E assim chegamos à conclusão, mais uma vez, de que nos governos que o capital tem posto à frente dos destinos do país, há sempre quem se dedique, exclusivamente, a explorar a ignorância de muitos... e a tentar fazer de todos os outros parvos. Não estou disposto!

terça-feira, 19 de junho de 2012

É um génio, este Cadilhe!


Como a gestão desastrosa do governo teve como (praticamente única) consequência o empobrecimento da maior parte dos cidadãos e pequenas e médias empresas, o que se traduz numa muito menor arrecadação fiscal, o genial ex-ministro de Cavaco pariu uma solução milagrosa e nunca vista: um novo imposto!
Novo... e à bruta, mais uma vez. Segundo o génio, seria coisa para 4% sobre a riqueza líquida e a pagar por todos os portugueses, em «one shot», que traduzido do “americanêz” que dizer de uma vez só. Com "isenções"... mas que seriam ainda "um caso a estudar".
Sabendo-se da agilidade com que se esquivam aos impostos as grandes fortunas que poderiam, desta forma, contribuir com coisa que se visse... a juntar ao facto de uma boa parte dessas fortunas nem sequer estar acessível, convenientemente escondida em paraísos fiscais, já se está a ver para quem é que uma medida destas iria sobrar.
Partindo do princípio de que o ex-ministro não andou a beber shots a mais na noite anterior a esta invenção, estando portanto consciente do que está a propor... que tal um shuto mesmo em cheio, bem no meio do traseiro?
Vá dar sangue, senhor Miguel Cadilhe!!!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Bancos – Ó pá lá estás tu! O que é que são 50 euros?!!!


Para começar (mal) o dia, duas “pequenas” notícias sobre bancos e banqueiros no seu "habitat" natural... algo ainda pior do que borrar um pé todo logo ao sair de casa.
1. Uma família economicamente destroçada, que se veja obrigada a vender a sua casa para conseguir liquidar a dívida ao banco... tem que estar bem atenta. Em condições normais, caso se tratasse de gente séria, os banqueiros ficariam com o dinheiro em dívida até ao dia dessa operação de liquidação do empréstimo... e adeus.
Nada disso! Se, por exemplo, as vítimas estiverem a liquidar a dívida no dia cinco do mês, mas a prestação fosse paga apenas no próximo dia 25... o banco cobra juros pela “dívida” até ao dia 25, mesmo tendo já recebido todo o dinheiro emprestado.
2. Uma família ainda não destroçada economicamente, mas com um orçamento estrangulado e em grandes dificuldades para conseguir pagar as despesas mensais pode, se o desejar, obter condições mais favoráveis na inscrição dos filhos num infantário ou escola, se a escolha da instituição recair, por exemplo, sobre uma das muitas IPSS. Assim à vista desarmada, nada mais simples, não é?
Errado! Para obter esse apoio necessita de várias provas que atestem a sua situação económica difícil, como por exemplo, uma declaração do banco em que esteja a pagar a sua habitação. Ora, os banco estão a cobrar até 52 euros por esse mísero papel.
Claro que os banqueiros têm “a seu favor” o facto de não fazerem a menor ideia do que é estar em pânico para pagar contas de vinte ou trinta euros... ou a prestação da casa. Fazem ainda menos ideia de qual possa ser a diferença entre ter mais, ou ter menos 52 euros na hora de ir ao supermercado.
Mesmo com essa “atenuante” eu não deixo de pensar e dizer que os bancos, quando não estão nas mãos de simples bandidos e canalhas, estão nas mãos das velhas famílias de fascistas/salazaristas que bem conhecemos... o que só por si já os classificaria igualmente como bandidos e canalhas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Águas de Portugal – Águas furtadas? *


Depois desta verdadeira bojarda, deflagrada na primeira página do jornal “i”, qualquer aumento nos tarifários da água, que seja “menor” que estes fantásticos “760%”, serão bem vindos... e recebidos com suspiros de alívio.
É uma técnica já estafada, esta dos anúncios catastróficos seguidos de desmentidos categóricos e garantias de que tudo não passa de estudos... mas parece que continua a ter adeptos.
Ainda assim... qual virá a ser, na verdade, a envergadura do roubo?
* “Águas Furtadas” - É esta a minha singela proposta para o nome das novas companhias privadas de venda de água.


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Máfias – Entregar o ouro aos bandidos




Segundo leio na capa do jornal “i”, a espanhola “Endesa” decidiu chantagear o Estado português, ameaçando encerrar uma central de produção de energia, em território português, perante a intenção de redução das mordomias de que gozam os privados, acionistas da empresa, com as “garantias” disto e daquilo que o Estado se tem vindo a comprometer a pagar para assegurar as colossais fortunas dessa canalha. Na energia, nas pontes, nas estradas, nas telecomunicações... em tudo.
É natural! Os privados que investem nas empresas privadas e nas privatizações de bens e empresas públicas, têm como único objectivo de vida o lucro. O lucro a qualquer preço. De preferência, sem riscos... ou melhor, com belos lucros, mas assumindo o contribuinte os riscos.
É, mais uma vez, natural! Este governo é formado por lacaios desses interesses privados. A sua função é roubar os trabalhadores e contribuintes em geral, para encher os bolsos aos seus donos.
De que me serve agora ter tido razão (juntamente com alguns milhares de amigos, diga-se!), quando fui dizendo (onde e como pude) que era perigoso, para além de ruinoso para o país, colocar meios estratégicos públicos nas mão de negociantes que, nalguns casos, não passam de vulgares mafiosos?
Como ligarei a electricidade, ou a água, ou o gás, se estas máfias, em boa parte aquarteladas noutros países, decidirem declarar “guerra” aos consumidores portugueses? Com a “razão” que tive há uns anos?
Não! É preciso fazer bem mais do que isso!

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Mexia é “munta” bom, carago!



Título de um jornal :
É em singelos pormenores como este que se pode ver a estirpe de um gestor de primeira água, como António Mexia, que “merece” indiscutivelmente todos os milhões que ganha, sacados directamente das nossas carteiras.
Realmente... para que diabo servem os outros gestores que andam para aí...  e que vêm para os jornais dizer que querem que as suas assembleias gerais corram mal? Nunca vi... mas deve haver.
Vivam os “mexias”... e haja sangue para alimentar tantos vampiros!

Pouca vergonha e roubo – A todo o gás!


Certamente com o objectivo de pavimentar o caminho para a chegada da total liberalização dos preços dos combustíveis, com a extinção das tarifas reguladas, o que deixará os consumidores, inexoravelmente, nas mãos dos mercados (conhecido eufemismo para quem não quer dizer ladrões), a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou, já para Julho, um aumento do preço do gás natural, a rondar os 7%.
Ainda me pareceu que fosse, mais uma vez, o “número do polícia mau/polícia bom”, com o governo a vir rapidamente dizer que “não senhor, que se trata apenas de um estudo, de uma recomendação...e que o aumento vai ser apenas de 5%”... mas parece que não. A coisa é mesmo para ser 7%, e tudo indica que não ficará por aqui, a muito curto prazo.
Desta vez, para “compensar”, Álvaro Pereira, o lacaio dos mercados que, tal como o resto do governo, ficará na História, não tanto pelo que fez, mas pela pouca vergonha com que o fez... veio prometer que vai fazer umas coisas para garantir uma maior concorrência. Insolentemente, tentando fazer de nós parvos, diz que isso baixará os preços.
É o conhecido milagre português da concorrência que baixa os preços! A velha mentira da "autoregulação dos mercados". Tal como vemos nas diversas gasolineiras, que (em cartel) nos fazem pagar uma das gasolinas mais caras do mundo... e agora o gás natural... e adiante, tudo mais aquilo que lhes puder saciar a cegueira pelo lucro a qualquer preço, doa a quem doer.
Decididamente, somos governados por grandes bandidos, que mandam como querem nos pequenos bandidos que colocaram "à frente" do governo.

sábado, 7 de abril de 2012

Crise – Afinal a solução é tão simples...


Existe um verdadeiro exército de canalhas mais ou menos criminosos, mais ou menos descarados, que mandam efectivamente no mundo, sem que alguém, alguma vez, os tenha mandatado para tal. Pelo voto... ou por qualquer outra forma. Mandam pela força do seu poder económico e financeiro. Daí não ser difícil apanhar "mal dispostos" como eu chamando a isto ditadura do capital, ou fascismo económico.
Claro que este exército de canalhas tem os seus capatazes em cada país. Alguns até se “legitimam” pelo voto, ainda que os resultados das eleições que os colocaram no governo não possam considerar-se senão como fraudulentos, tal a dimensão das mentiras que influenciaram e decidiram esses resultados. É, há muito, o caso português.
Presentemente, o exército de canalhas que efectivamente nos governa sob os nomes de “troika”, “FMI”, “BCE”... e o diabo a sete, já nem tem o cuidado de preservar uma aparência de não ingerência nos assuntos internos portugueses, vomitando diariamente, de uma forma insolente e directamente para os órgão de comunicação social, as suas ordens sobre o que o seu governo de fantoches deve fazer a cada momento.
Desta vez, o “fmi” ordena que se baixe ainda mais os salários aos trabalhadores portugueses, não exclui a hipótese de mais austeridade, mas, em contrapartida, tem uma milagrosa solução para minimizar toda a crise, que consiste em “aconselhar” o governo a  «melhorar a sua estratégia de comunicação sobre o programa de reformas que está a ser seguido na sequência do empréstimo externo».
É a já velha teoria: nós, grandes estúpidos, é que não estamos a entender a maravilha da governação que nos é imposta pelo exército de canalhas e mercenários sem pátria.
Afinal, o país não precisa de novas e melhores políticas, mas sim de novas e, sobretudo, mais convincentes mentiras!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Manter a cenoura à vista...


A Standard and Poor’s, seguindo certamente uma política de manutenção da cenoura a uma distância "aceitável" do burro, vem dizer mais umas coisas sobre Portugal. Desta vez, pretensamente simpáticas.
Diz que Portugal tem capacidade para cumprir, que o que estraga tudo é o excesso de austeridade e a falta de crescimento económico blá, blá, blá...  Ah... e, claro, que é diferente da Grécia.
Sobre a questão da Grécia estão carregados de razão. A começar em coisas realmente importantes, como a temperatura da água do mar... e continuando com frivolidades, como a História... as diferenças são aos magotes.
Agora o resto, vindo de uma das agências que têm, repetida e deliberadamente construído o clima constante de crise, anunciando desgraças que depois se esforça for fazer cumprir com as suas notações negativas sobre tudo o que se mexa em Portugal... é um mistério. Provavelmente, só explicável pela tal política de manter a cenoura a uma distância "aceitável" do burro... não vá ele perder o interesse, parar, desatar aos coices, sabe-se lá...

Mas pronto... o que é que eu sei sobre agências de notação?!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Assunção Cristas – É cá uma fezada...




Se vier a verificar-se que a ministra da Agricultura se prepara para, recorrendo não se sabe bem a que expedientes, tirar terras a pequenos agricultores e silvicultores, para as colocar nas mãos da indústria do papel, ou outras... tem muita razão o presidente da CNA. A ministra estará a comprar uma guerra dura.
Afinal, parece que Assunção Cristas anda mesmo a “pedir chuva”... só que não será exactamente a que esperava...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os abutres


Sempre que é preciso que faça uma, ou várias canções, para este ou aquele fim, para “dar” a alguém para cantar ou gravar, para uma peça de teatro ou um musical, para juntar ao meu repertório, se necessário, como foi recentemente o caso do espectáculo de homenagem ao Manuel da Fonseca, em que me apeteceu ter uma cantiga original para estrear... sempre que é preciso, como dizia, não sou atacado pelo “pânico da página em branco”, antes pelo contrário.
Sempre que sou desafiado por qualquer uma dessas situações - a ideia de nos próximos meses gravar um CD de originais é um desses desafios, já que estamos no ano em que faço 40 anos desta aventura – acabo por fazer as canções de rompante... e uma vez por outra até gosto dos resultados.
Sendo assim, resulta sempre confuso para muitos amigos, qual será a razão para eu não ter para aí uns vinte ou mais discos de longa duração. Lá tenho que repetir que a preguiça não explica tudo, que não faço questão de apenas cantar canções escritas por mim (como já se percebeu), que o meu interesse primeiro nesta coisa das cantigas é exactamente cantá-las, ao vivo, que os discos têm, para mim, uma importância muito modesta e, o mais importante, que a minha relação com o mundo do comércio da música foi sempre muito fria. Chega mesmo, nalguns casos, a envolver algum asco.
Como tenho sempre a impressão de que há quem fique na dúvida, mesmo depois destas minhas explicações, há sempre, infelizmente, estórias que vêm confirmar as razões da minha frieza para com a indústria fonográfica em particular, e o “showbizz” em geral... como esta:
A multinacional “Sony”, para a qual gravava a cantora (e autora) norte-americana agora falecida, Whitney Houston, tentou sorrateiramente aumentar o preço dos discos da infeliz, passando pela vergonha pública de se confirmar como membro ativo do bando de abutres que, sem hesitação, mergulham em voo picado sobre os cadáveres de qualquer artista.
Ora, que as vendas de um disco aumentem muito quando o artista morre, ainda por cima em condições chocantes... entende-se. Há sempre quem, mesmo gostando, sempre tenha adiado a compra “daquele” disco, há quem faça questão de poder passar a mostrar que também “gostava muito”, mesmo que nem assim ponha o disco a tocar alguma vez. É um fenómeno incontrolável.
Agora repor à venda discos cuja produção já foi paga e mais que paga, portanto, ficando mais baratos do que as edições iniciais... e ainda por cima, aumentando-lhes o preço, é uma canalhice abjecta.
Claro que, vendo a indignação pública que o gesto causou, já vieram dizer que tudo não passou de um engano... fazendo a outra coisa em que as editoras são muito boas, para além de explorar os artistas: fazer passar o público por parvo. Está mesmo a ver-se que uma editora multinacional, para a qual gravam milhares de artistas de todo o mundo... ia “enganar-se” no preço de vários discos antigos e em armazém... e que só por um colossal azar é que calhou serem os da Whitney Houston.
Por vezes arrepia, ver as mão que controlam os cordéis que movem grande parte da cultura!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

José Sócrates – Um exemplo a seguir


Quando será que a corja que se instalou no poder, ao serviço do capital estrangeiro, resolve seguir o elevado exemplo de Sócrates, exportando-se a si própria?
A nossa balança comercial, provavelmente, não ganharia muito... até porque vendidos já são há muito, mas em termos de higiene ambiental, social e política... seria muito bom!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O voo dos abutres


Começa a entrar em vigor, à vez ou em catadupa, a avalancha de crimes (roubo, extorsão, trabalhos forçados, etc.) a que este governo chama eufemisticamente... “medidas”. Nada escapa. Seria uma enormidade ficar aqui a enumerar os cortes e/ou aumentos com que vamos ser agredidos nos próximos tempos. Primeiro, porque são conhecidos; segundo, porque este post resultaria interminável.
Como quase única exceção, teremos o verdadeiramente fantástico aumento das pensões mínimas de cerca de um milhão de portugueses (sim, há todos estes portugueses a tentar sobreviver com estas pensões mínimas!) que sobem cerca de sete euros mensais, o que, como é bem comentado aqui, proporciona aos nossos pensionistas um excêntrico aumento de poder de compra de... 23 cêntimos diários! Mais coisa, menos coisa... dependendo do número de dias do mês.
Tudo isto para explicar a vontade  que tive (uma espécie de terapia de controlo da ira) de “mexer” na capa e no nome do DVD do Jack Nicholson e do seu clássico “Voando sobre um ninho de cucos”... imaginando qual a extensão dos cacos que resultará da passagem pelo poder desta quadrilha que, mentindo despudoradamente ao seu eleitorado, se plantou no governo, bando de que este ministro das finanças é uma das caras mais notórias.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Soluções...


Enquanto a ministra da justiça mostra o (pouco) que vale, ao decidir resolver os problemas da dita justiça atirando para cima dos advogados a “culpa” de todos os males; enquanto o seu patrão confirma a canalhice de aumentar os horários de trabalho; enquanto se aumenta para mais do dobro o acesso à saúde a muitos milhares de portugueses... a menos que estes se apresentem em andrajos e de joelhos, apelando à caridade, ou morram, o que ainda será mais lucrativo para estes bandalhos... os verdadeiros destinatários de todo o dinheiro que os nossos “governantes” roubam aos portugueses mostram-se implacáveis, apesar dos sorrisos pepsodent dos dirigentes europeus.
Sei de uma coisa que acalmaria tanto “os mercados”, como os seus lacaios... uma solução que vai parecendo mais adequada a cada dia que passa, embora reconheça que é uma solução muito radical, perigosa, pouco dialogante e etecetera e tal...
Esgotemos então as outras vias disponíveis... mas as cordas demasiado esticadas são muito imprevisíveis.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vítor Gaspar – A voz... mas de quem?


Sobre a substância do que o calhordas arvorado em ministro das finanças disse, durante a apresentação do seu programa de “Agressão de Estado” à esmagadora maioria dos portugueses, deixarei, avisadamente, falar quem sabe.
Não resisto, entretanto, a reproduzir de memória, uma tirada da grande Maria João Avillez, num programa qualquer de televisão em que a ouvi, numa converseta entre jornalistas.
«Ele (Vítor Gaspar) não é um político, é um técnico. Ganhou os portugueses com o seu discurso extremamente claro... e embora tenha, por vezes, um tom de voz um “bocadinho”(?) enfadonho, consegue manter-nos a ouvi-lo, fascinados... como borboletas à volta de uma “lâmpeda” (sic)».
Esta fantástica declaração mostra que a “grande” entrevistadora do PPD-PSD... das duas uma:
1. Ensandeceu.
2. É uma hipócrita.
3. É muito menos inteligente do que nos andaram a impingir durante anos.

(Pronto! Lá voltei a anunciar duas hipóteses... que afinal eram três!)
Voltando ao ministro Vítor Gaspar, como o Sérgio Ribeiro aqui aponta e cada vez mais pessoas começam a ver, está longe de ser apenas um técnico com uma voz chata como uma insónia. Na verdade ele é um político determinado. Na verdade é um neoliberal fanático, apostado em aplicar a receita que favorecerá e enriquecerá ainda mais os seus, nem que para isso seja necessário deixar um país inteiro na miséria. É um político com uma clara, implacável e violenta opção de classe!
Largando a política económica e regressando, pelo seguro, à minha costumeira superficialidade, condição a que obriga a minha vasta ignorância técnica em assuntos de tal monta... fico-me pela forma como ele diz as coisas.
Sendo assim, devo dizer que se eu quiser escrever aqui no computador umas tantas baboseiras à Passos Coelho “y sus muchachos”... o bom do aparelhómetro é capaz de me “dizer” o texto, com a velocidade que eu quiser... e “falado” com a voz que eu escolher.
Posto isto, começo a estar convencido de que alguém colocou um “chip” qualquer dentro de um boneco de ventríloquo, que depois faz de conta que diz aquelas coisas na televisão. Desgraçadamente, estes bonecos têm sempre algo de aberrante e sinistro.
Seja como for, se é este o caso, parabéns a quem fez e programou o raio do boneco! Por vezes... embora por breves instantes, “aquilo” parece mesmo que está a falar... como se fosse um homem.

sábado, 15 de outubro de 2011

Austeridade - Os traços familiares não enganam...



Tal é a dimensão do roubo, tal é a selvajaria dos princípios; tal é a frieza e brutalidade com que são impostos; tal é o retrocesso social e civilizacional que implicam; tal é a gravidade dos seus efeitos para o futuro; tal é a insanável divergência entre o sol das promessas, sonhos e projectos do país de Abril e o negrume das ameaças deste Estado... que bem poderemos estar a vislumbrar, já, os contornos de um verdadeiro e revisitado