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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cavaco e Soares – Ai estas memórias!...



«Mário Soares deve continuar a merecer o nosso respeito» - diz Aníbal Cavaco Silva respondendo às tão ternurentas caneladas que lhe endereçou o ex-Presidente. Sobre isto, apenas alguns reparos:
1. Espero que Cavaco esteja a referir-se apenas à sua família e amigalhaços... pois não me lembro, para além de não ter votado nele, de o ter mandatado para dizer por mim o que penso ou deixo de pensar sobre Mário Soares.
2. Para quem aponta o dedo, na sua resposta, a tantos “esquecimentos” de Soares... é estranho que Cavaco se tenha “esquecido” de não foi apenas depositante do BPN, não senhor! A sua “relação” com o universo SLN/BPN incluiu aquela compra de acções a preço de favor, vendidas pouco depois com um lucro até hoje inexplicável.
Isto não faz de mim um compincha de Mário Soares, mas também acho que Cavaco deveria ser um poucochinho mais incomodado pela falcatrua que tenta “esquecer” e fazer esquecer!


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ponte 25 de Abril – Começam por odiar o nome... o resto vem por acréscimo!


A marcha programada pela CGTP para o próximo dia 19, prevê a passagem a pé pelo tabuleiro da Ponte 25 de Abril.
Os compulsivos fazedores de fretes, desta vez pertencentes a um tal “Sistema de Segurança Interna” dizem que não pode ser! Que não se conhece o número de participantes... e não sei o quê dos acessos... e blá blá blá do tabuleiro do comboio... e o raio que os parta a todos.
Pois... se calhar é por causa da “segurança interna”. A PIDE também era!
Mas voltando ao assunto... sempre no sentido de ajudar, tive uma ideia:
Mesmo sem estar a puxar pela cabeça à procura dos variadíssimos antecedentes desportivos, festivos, publicitários e afins... se os esperados manifestantes se comprometerem a passar a ponte a correr e a CGTP chamar à marcha “Maratona contra a exploração e o empobrecimento” (e contra este género de pequenos biltres, já agora!)... os “filhos da puta” já acharão seguro?
Eu corro muito devagarinho, mas... que diabo!, não seja por isso!...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Banditismo - Haverá vantagens reais em fazer-se alguém passar por idiota?


Apesar de, como quase todos os consumidores de literatura policial, ter uma considerável admiração pela superior inteligência de alguns grandes criminosos (felizmente, quase todos figuras de ficção!), aquilo que me diverte mesmo, mesmo... são os criminosos estúpidos.
É o caso de mais um desses indigentes, um bandidozeco que, não resistindo à vaidade, decidiu publicitar o seu “poderio” de tal forma... que foi imediatamente preso ficando sem todo o seu arsenal.
Outra coisa que me “diverte” são os criminosos que, longe de serem estúpidos, antes pelo contrário, carregados de cursos e com currículos impressionantes construídos em grandes escritórios de advogados, administrações de empresas e até governos, numa qualquer altura das suas vidas e medindo as possíveis consequências dos seus actos... preferem fazer-se passar por parvos.
É o caso do “nosso” ministro dos Negócios estrangeiros que, perante a dificuldade de explicar as suas tão extraordinariamente lucrativas accções do BPN... prefere fazer a figura de um imbecil, que não sabe muito bem quanto gasta em acções, ou, sequer, quanto é que elas valem realmente.
É o caso dos membros do “nosso” governo... que preferem fazer a figura de idiotas capazes de se esquecerem de que cortaram os salários a milhares de trabalhadores... "esquecimento" que tem "justificado" a insistência do FMI em mais cortes salariais.
Depois... lembramo-nos daquilo que são na verdade: 
bandidos, canalhas, aproveitadores... e perdem a “piada” toda!!!

domingo, 11 de agosto de 2013

Maria Luís Albuquerque – A acumuladora


Juntamente com a notícia que nos dá conta do facto de o secretário demissionário Pais Jorge ter sido incinerado, perdão... exonerado por Cavaco Silva, ficamos a saber que a “nórdica” figura que ocupa o lugar da ministra das Finanças vai acumular essa função com aquela que o secretário abandonou... e que já antes foi a sua.
Fica-se a perceber que Passos Coelho e a sua ministra estarão com alguma dificuldade em encontrar uma nova vítima disposta a ocupar o lugar. Ao ritmo a que os “colaboradores” de Maria Luís Albuquerque são trucidados, reconheço que não deve ser tarefa fácil.
Na verdade, a taxa de “mortalidade” entre aqueles que trabalham, ou trabalharam directamente com a senhora nesta “novela” dos swaps, e que ela "enterra" sem uma palavra de crítica, de apoio, ou, sequer, de despedida, mostra que por detrás daquele ar “nórdico” calmo e, a espaços, sorridente... esconde-se uma mulher sonsa, carreirista, fria, calculista, falsa, traiçoeira e perigosa!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Rui Machete – O irrepreensível


Tal como Jerónimo de Sousa, também vejo que o problema é o governo num todo e as suas políticas... e não este ou aquele fulano em particular. Claro que vejo! Só que isso não me impede de apreciar o facto de este governo ter fulanos verdadeiramente supimpas.
Este, por exemplo, que durante uns tempos continuará a originar ruins manchetes... acha que a “podridão” está do lado dos que ousam questionar a sua passagem pela cúpula do BPN, o tristemente célebre banco laranja, cujo banditismo (por hora impune) todos estamos a pagar.
Mas vamos ser caridosos e aceitar que, como dizem os seus comparsas, o currículo do homem é um livro aberto. Isto, independentemente de, ostensivamente, numa manobra parvamente sonsa, dirão alguns, mas certamente apenas por esquecimento, lhe faltarem uns pedaços...

terça-feira, 16 de julho de 2013

“Salvação Nacional” – Perguntas, perguntas, perguntas...


Ospois” das negociações... quantos serão, afinal, os senhores deputados da “Salvação Nacional”?
As estações de televisão irão usar alguma espécie de filtro para o senhores deputados da "Salvação Nacional" aparecerem nas imagens sempre a preto e branco?
O senhores deputados da “Salvação Nacional” estarão mesmo dispostos a fazer um “estado novo”?
Terão uniforme? O uniforme incluirá botas de elástico? Incluirá cinto de cabedal com fivela em forma de um elegantíssimo “S” (de “Salvação”, claro!) sobre camisa verde e calça castanha?
Cavaco passará a usar fardinha de marujo?
Perguntas, perguntas, perguntas, perguntas, perguntas...

sábado, 13 de julho de 2013

La mauvaise reputation *


A menos que Portas esteja a ter um surto de sinceridade e a falar exclusivamente no seu futuro... tarrenego mafarrico!, dispenso bem o futuro que nos seria proporcionado pelos planos de Paulo Portas e os seus boys e girls.
Tirando isso, o que mais se me oferece dizer é que a bendita da “reputação” do sujeito deve ser tipo gato. Quantas das famosas sete vidas é que já terá estoirado?
* E viva o grande Georges Brassens, que foi detentor e criador da melhor "Má reputação", que não teve o ensejo de conhecer Paulo Portas, mas também teve a sua boa dose de outros canalhas para aturar enquanto viveu.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Assunção Esteves – Que é que foi madame... a sardinha cagou-se?! *


Hoje quero falar do tão vistoso surto “histérico” da dona Assunção Esteves no Parlamento.
Antes de mais, devo dizer que sim, acho que a insistência em interromper os trabalhos da Assembleia da República é uma liberdade que pode acabar por ser confundida com desrespeito pelo Parlamento e pelos seus deputados. Acho que pode contribuir para alimentar o clima de desrespeito pelas instituições da democracia, desrespeito que se vê e ouve um pouco por todo o lado. Aqueles que, descuidadamente, agora aprovam tudo o que ali se grite e faça nas galerias, dificilmente terão argumentos para travar os grupos de neo-nazis, fanáticos anti-aborto, beatos moralistas, saudosos do fascismo em geral, ou outros que tais, que resolvam ir boicotar os trabalhos de cada vez que se discutir ou aprovar uma lei que não lhes agrade.
Defendo e defenderei a liberdade dos cidadão terem acesso às galerias do Parlamento... mas por uma questão de ar puro, de saúde, propagação do som e espaço para os braços, para as pernas e para os cartazes, a “casa” destas manifestações deve continuar a ser a rua.
Contra mim falo, que há bem pouco tempo participei na famosa “grandolada” ao Passos Coelho... uma estreia que, muito provavelmente, foi também a minha última “actuação” naquele palco... ou outro do género.
Posto isto, voltemos à vaca fria (acho que já não preciso mais de repetir que isto é mesmo uma frase-feita popular, que quer dizer “vamos voltar ao assunto principal”)!
Vendo o comportamento da dona Esteves no Parlamento, ocorreu-me, mais uma vez, que toda a série de clichés reservados às varinas e peixeiras, mulheres de trabalho duro e sofrido, clichés como “arrear a giga”, “descer das tamancas”, “atirar com a canastra”, “pôr a mão na anca”, “fazer uma peixeirada,etcetc... são, para além de sexistas, classistas e sobranceiros, muito injustos e, sobretudo deslocados.
Basta ver a facilidade com que uma sonsa, snob, muito bem penteada e vestida, espertalhaça, bem na vida, aproveitadora, xupista, reformada desde os 42 anitos com milhares de euros cada mês... consegue com grande maestria “arrear a giga”, “descer das tamancas”, “atirar com a canastra”, “pôr a mão na anca”, “fazer uma peixeiradaetcetc...
Deixando de lado a citação perfeitamente imbecil, direi mesmo canalha, tal o despropósito, com que resolveu “ilustrar” o acontecimento, a pretensão da dona Esteves, quanto à "revisão das regras" de acesso do público às galerias até poderia, hipoteticamente, ser discutível... mas uma coisa é certa: é urgente rever, profundamente, as regras de acesso aos lugares de deputado, em geral... e, em particular, ao lugar de Presidente da Assembleia da República!

* Observação absolutamente histórica feita por uma vendedeira de peixe do Mercado do Bolhão, a uma freguesa que não parava de cheirar, com ar desconfiado, as sardinhas. Funciona melhor imaginando o maravilhoso e musical sotaque portuense.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Paulo Portas - Dissimulado



O dicionário particular de Paulo Portas, aquele recanto do cérebro em que ele atribui significado às palavras que usa, é uma espécie de lugar “encantado”, um jardim fantástico onde essas palavras crescem “livres” como flores, agitando-se e inclinando-se ao sabor da brisa do momento e do sopro das conveniências.
Entre muitas outras palavras que ganham novo significado no peculiar dicionário particular de Paulo Portas, já vimos “linhas vermelhas intransponíveis” que, afinal, são perfeitamente transparentes e ultrapassáveis. Já vimos atitudes “irrevogáveis” serem revogadas ao fim de uma horas.
Temos agora uma nova entrada no dicionário: “razões técnicas”. Pela recusa do ministro em explicar o que aquilo quer, realmente, dizer... pode ser tudo. Desde “Zanguei-me com o piloto do avião num coquetel da embaixada”, até ao corriqueiro “Cá por coisas!”. Esperemos pela actualização do dicionário.
Entretanto, a sessão de esclarecimentos de Portas serviu, pelo menos, para ficarmos a conhecer a sua técnica para resolver alguns problemas, quando afirma não ter perguntado quem vinha no avião, para não «importar o problema Snowden».
É uma técnica antiga e muito apreciada em Portugal: “se não se falar dele... o problema não existe”.
É uma técnica poderosa! É recorrendo a esta técnica que altos funcionários corruptos chegam ao fim das carreiras com estatuto de pessoas de bem. Que padres, professores, médicos, juízes, polícias, etc., etc., etc., passam a vida a apalpar (para dizer o mínimo) conhecidos e próximos de todos os sexos e idades... sem nunca “serem”, oficialmente, aquilo que são. Que aquelas senhoras respeitavelmente casadas que sempre gostaram de “conhecer biblicamente” as texturas e dimensões das estudantes colegas das filhas... chegam à terceira idade gozando sempre do estatuto de senhoras respeitavelmente casadas. É assim que políticos ladrões, que não teriam (se lhes fosse perguntado) como justificar as grandes casas, carros, propriedades no campo ou na praia e outros bens que possuem no fim das suas carreiras... passam à História como estadistas.
Pelo menos uma palavra não mudou de significado no dicionário de Portas: “dissimulado”. O homem disse que continuar no governo seria uma dissimulação... e ele aí está! Dissimulado!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vital Moreira... o pequeno “grande constitucionalista”


É verdade! Realmente não existe nenhuma norma constitucional – ou qualquer outra, diga-se – que proíba uma pessoas cheia de cursos e títulos académicos... de ser uma besta.
Dito isto, apenas por descargo de consciência, nunca deixo de achar um pouco repelente o espectáculo que algumas dessas pessoas dão, ou por serem realmente umas bestas, ou por, de forma sonsa, acharem que retiram algum proveito da habilidade para se armarem em parvos.
É aqui que encaixa mais uma proeza “ideológica” de Vital Moreira, um artista que embora já não surpreenda... impressiona sempre.
Durante um encontro nem sem bem sobre o quê, encontro que me passou pela frente em zapping televisivo e onde várias figuras conhecidas opinavam, informalmente, sobre a constitucionalidade duvidosa de algumas políticas deste governo, Vital Moreira, com aquele esgar escarninho disfarçado de sorriso que apetece... adiante!, com aquele esgar escarninho, saiu-se com a seguinte pérola:
«Se se cortam os salários... não vejo porque não haveria de ser possível cortar as pensões»
Depois, a custo, lá admitiu, com um ar bastante enfastiado, que talvez, talvez houvesse ali um caso de direitos adquiridos que poderia, talvez... apenas talvez, ter uma qualquer inconstitucionalidadezita... talvez...
Portanto, para além da desvalorização do crime do corte de salários, este pequeno “grande constituconalista” acha que eu sou tão estúpido, que não sei que ele sabe muito bem a diferença entre um ordenado, que paga um trabalho feito no presente... e uma pensão, que “devolve” o dinheiro que o trabalhador descontou durante os anos em que trabalhou. Dinheiro que é dele. Dinheiro a que qualquer corte pode bem ser chamado roubo.
O sonso acha que eu não sei que ele sabe muito bem, que um ordenado, ainda que contra ventos e marés, pode renegociar-se, pode ser discutido. O trabalhador no activo, contra ventos e marés, pode aspirar a um melhor emprego. Um trabalho mais bem pago. Pode atrever-se a mudar de vida. Pode atrever-se até a mudar de país... ao passo que o reformado e o pensionista são prisioneiros da espectativa que lhes foi criada no passado. São reféns de uma promessa de velhice digna. Uma promessa que foram pagando mês a mês, anos após ano, durante uma vida. Uma promessa que todos os dias vão vendo mais enxovalhada, mais emporcalhada, mais desrespeitada, mais traída.
Vital Moreira sabe que eu sei. Vital Moreira sabe que nós sabemos que ele sabe... mas, mais uma vez, não consegue resistir à tentação da provocação porca e barata.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cavaco – Por qué no te callas?


É este o teor de parte da notícia que nos dá conta do facto de o “presidente” da República se sentir reconfortado quando se desloca para o interior, por contraste com a pressão das más notícias da cidade grande.
Se quisesse comentar isto a sério, diria que, não fosse Cavaco Silva sonso e miseravelmente hipócrita… não deixaria de ver no interior muitas “más notícias”. Muitas delas com a marca indelével da sua mão. Como a desertificação provocada pela destruição da agricultura, pelo encerramento constante de infraestruturas e serviços essenciais para a vida das populações, o isolamento crescente, o desemprego esmagador que expulsa os jovens das suas terras, quando não mesmo do país.
Se quisesse comentar isto um pouco menos a sério, diria que, mesmo na cidade grande, ainda vão acontecendo algumas coisas com alguma piada... como uma espécie bem humorada de complemento das coisas mais organizadas que são necessárias.
Como não quero comentar isto nem a sério, nem um pouco menos a sério... direi que também eu me sinto bastante mais animado quando Cavaco Silva vai para o interior. Não porque deseje algum mal às pessoas do interior, mas pela distância a que o inútil fica de mim... ainda que apenas por umas horas.
Sou mesmo capaz de imaginar o prazer que me daria saber que ele ia, definitivamente, para o Alaska, ou sei lá... para a...  pronto: muito longe! (para manter isto num nível aceitável...)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Paulo Portas - Pelo menos... podiam telefonar ao coitado...


Não sei a quem agradecer esta ilustração (ou a quem atribuir a autoria) que me chegou por mail não identificado e que tinha já visto e comentado aqui... mas a verdade é que vai muito bem com o que hoje quero dizer sobre este assunto.
Num acesso de má disposição podemos, com justiça, chamar quase tudo a Paulo Portas... menos estúpido. É essa ausência de estupidez que explica esta correcção de tiro, em que Portas já admite esclarecimentos e “diz umas coisas” sobre os misteriosos documentos desaparecidos, permitindo-se até umas graçolas, como a de que as notícias sobre este assunto «emergem e submergem» conforme o interesse do momento.
Nisso é bem capaz de ter razão, mas esta tentativa de desvalorização peca, mesmo assim, por tentar fazer dos cidadãos débeis mentais, pois só um tonto não percebe, havendo já condenações ligadas ao negócio, que toda a estória está mergulhada em corrupção da grossa.
Ainda assim, é uma resposta melhor do que a anterior, quando, podendo optar por responder, ou não fazer declaração alguma, optou por uma resposta acanalhada, ao fazer de conta que, por estar de férias «tem acompanhado pouco a actualidade política».
Espero que a situação evolua ainda mais. Pelo menos até o ver a ele, ou quem quer que, para além dele, ou em vez dele, seja responsável e culpado... a responder por corrupção!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

António Costa e Lisboa – Já temos uma opinião... para quê ir saber a dos “outros”?


Não, minhas amigas e meus amigos... não entendo bulhufas daquilo que se terá passado com este diploma que Cavaco teve que vetar, já que este ia, reconhecidamente, errado.
Se é evidente que pouco entendo de diplomas legislativos e ainda menos dos mistérios dos desenhos das fronteiras entre Loures e Lisboa, ou entre a Porcalhota e o Douro Vinhateiro... então por que carga d’água é que me interesso pelo tema?
Simples! Porque, mais uma vez, é profundamente didático, no que respeita à “excelência” de processos da nossa comunicação social. Explico:
Dando uma volta pelo agregador de notícias online do Google, encontramos numerosas referências às razões do Presidente para vetar o diploma, numerosas referências à irritação do presidente da autarquia da capital, António Costa, com o PCP e o BE, “responsáveis” pelo falhanço da “negociação” da coisa, irritação que se pode ver nas pesadas acusações que faz a ambos os partidos, nas interpretações que faz em público sobre as motivações que os levaram a “bloquear” o processo “na secretaria”, para usar as suas palavras.
E qual é a única coisa (pelo menos até à hora a que escrevo) absolutamente impossível de encontrar nas diversas notícias? Uma única tentativa, que seja, de ir perguntar ao PCP e ao BE as razões do seu sentido de voto. Uma única demonstração de interesse em conhecer e divulgar a posição política do “outro lado”... independentemente de, depois, podermos concordar, ou não, com essa posição.
É didático, como disse, pois mais uma vez se pode confirmar que, salvo raras e honrosas excepções, os critérios editoriais dos média noticiosos estão nas mãos de canalhas e vendidos... ou simples incompetentes preguiçosos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Passos Coelho – Eu pecador me confesso


Pedro Passos Coelho, demonstrando ser um político modernaço e desempoeirado, resolveu dar expressão ao seu desapego pelo poder, a dar-se o caso vir a que tomar medidas ainda mais impopulares que, hipoteticamente, prejudiquem o “score” eleitoral do seu bando:
Safa... é d’homem!
Eu também tenho aqui uma bela colecção de “que se lixem”, em vários tons, grafias e configurações, todos dedicados ao senhor primeiro-ministro e ao seu bando... mas manda o decoro que, já que não resisto a pecar, o faça apenas em pensamento!

sábado, 21 de julho de 2012

Combustíveis - Leis da concorrência – Os trabalhadores, esses velhos malandros!...


Com toda a naturalidade chega-nos mais uma notícia dando conta de um aumento nos combustíveis... uma das muitas subidas que “compensam” as "colossais" descidas de há umas semanas, como sempre nos explicam.
Mais uma vez, com toda a naturalidade, os preços nos vários pontos de venda de todas as empresas e todas as marcas, vão executar a dança síncrona do costume.
Mais uma vez, as bombas de gasolina das autoestradas, sem que ninguém desarrinque uma explicação decente para o facto (esta, francamente, não pega!), serão mais careiras do que as bombas da mesma marca, fora das autoestradas.
Mais uma vez nos dirão que o presente aumento se deve às oscilações internacionais de preços das matérias primas – explicação que não seria necessária – calando as razões para pagarmos combustíveis dos mais caros do mundo – explicação que é, essa sim, urgente.
Com tudo isto, lembrei-me de uma outra notícia, de há uns dias, que nos contava a grande novidade: a Autoridade da Concorrência já pode fazer buscas domiciliárias. Para ser mais exacto, pode fazer buscas domiciliárias aos funcionários das empresas putativamente prevaricadoras.
Nesse dia estive quase a escrever sobre o assunto. Ia ser muito crítico (quem sabe, talvez até um pouco malcriado) sobre o pormenor de, em toda a notícia sobre as novas “armas” na luta contra a manipulação e combinação mafiosa de preços, não haver uma única referência a buscas aos sagrados domicílios dos donos, gestores milionários e grandes quadros dessas mesmas empresas.
Desisti da ideia depois de ter uma espécie de epifania sobre a minha grande e ingénua parvoíce. Afinal... é evidente que todos os movimentos de cartelização, associação mafiosa e «paralelismo na formação de preços» (como há tempos lhe chamou, mais uma vez para a desculpar, o presidente da Autoridade da Concorrência) não são cozinhados nos conselhos de administração, grandes almoçaradas ou partidas de golfe, entre os donos e gestores das empresas... mas sim nas casas do seus trabalhadores.
Então não é?!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Januário Torgal Ferreira - O bispo e a corrupção




Aquele senhor com perfil de panfleto da “Remax”, que faz de ministro da Defesa sem conseguir destrinçar o mistério de como é que pode “defender-nos”, trabalhando ao mesmo tempo para aqueles que nos agridem... adiante!, o senhor José Pedro Aguiar Branco, exigiu, com o ar abespinhado que achou mais adequado à situação, que o bispo das Forças Armadas apresente provas na Procuradoria-Geral da República, dos factos que sustentam a sua afirmação de que o governo é «profundamente corrupto».
Acho muito bem! Acho que o bispo deve escrever umas tantas coisas “lá da sua cabeça”, pedir ajuda a quem lhe possa fornecer mais algumas informações fidedignas e, para os senhores magistrados se irem entretendo, entregar-lhes este vídeo (surripiado ao “Arrastão”), onde a maior parte das acusações já nem carece de investigação. São factos!
Mãos à obra meus senhores!!!




sábado, 7 de julho de 2012

Tribunal Constitucional – Que equidade?


O peregrino, coxo de um pé, entra no santuário de Fátima e clama:
- Ah... nossa senhora... põe-me o meu rico pezinho igual ao outro!
Zzzzzttt!!!
E, milagre! Ficou coxo dos dois pés.
- Ah!... Minha rica nossa senhora! Era ao contrário!!!
Zzzzzttt!!!
E, milagre! Ficou com os dois pés coxos... e virados para as costas.

E é esta a estória que me ocorre ao pensar naqueles que puseram a ênfase na falta “igualdade”, no que dizia respeito à evidente inconstitucionalidade dos cortes dos subsídios de férias e natal... e não, pura e simplesmente, na completa ilegalidade e roubo que isso constitui.
Houve quem alertasse para esse pormenor e para a “porta” que quase certamente ele iria abrir... mas o que é que isso interessa, não é? Na altura pareceu apenas mais uma daquelas “manias” dos comunistas...
Nada que me impeça, esclareça-se, de estar convencido de que aqueles que apresentaram o pedido ao TC o fizeram com a melhor intenção e carregados de razão. Só que quando se exige equidade e igualdade... é muito importante saber e definir, com exactidão, de que equidade e igualdade se está falar. Senão... pode dar nisto!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cavaco Silva e o Código do Trabalho - Ainda o célebre sorriso das vacas


Esta descarada publicidade a um produto lácteo açoriano (que ninguém me vai pagar) parece não ter nada que ver com qualquer assunto de actualidade, mas, se repararmos bem...
No fundo da embalagem de leite, devidamente assinalada pela minha seta, está a frase que explica o meu interesse pelo produto: “Leite de vacas felizes”.
Assim à primeira vista, esta frase “sacada” pelo pessoal da “Terra Nostra”, ou é um rasgo de humor, aproveitando a boleia da idiótica apreciação de Cavaco Silva sobre o célebre “sorriso das vacas” que tanto o fascinou... ou então, estava tudo combinado previamente, sendo aquela tolice de Cavaco, parte integrante da campanha publicitária.
Claro que nem por um momento acredito nesta segunda hipótese! Não porque o cidadão Aníbal não fosse “sensível” ao aceno de uns cobres... mas porque sendo o canastrão incompetente que é, nunca seria capaz de ter dito aquilo na televisão, com aquela quase naturalidade que o caracteriza, se a coisa se tratasse de um texto publicitário pré-concebido.
O que fica para memória futura é que foi uma frase quase tão idiota e descabida como as justificações que agora deu para promulgar o criminoso Código do Trabalho, não “vislumbrando” em todo o texto qualquer sombra de inconstitucionalidade, colocando os trabalhadores portugueses numa situação ainda pior do que aquela que já suportam e colocando-se a si próprio, como diz (e muito bem!) o Francisco Lopes neste vídeo... «fora da lei».
A justificar plenamente o pedido de fiscalização, assim como o apelo à resistência dos trabalhadores!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Nuno Crato – Fiel de armazém




No já remoto ano de 1952 do século passado, para além de vários outros acontecimentos igualmente desinteressantes... nasci eu e nasceu o actual ministro da educação, Nuno Crato... o que não interessa rigorosamente nada para o post de hoje.
Num passado muito recente, Crato tornou-se uma espécie de vedeta televisiva, vendendo a sua “converseta” neoliberal da meritocracia, da disciplina nas escolas, do Estado mínimo e blá, blá, blá, blá... uma lengalenga populista que faz um grande sucesso em tabernas e estabelecimentos similares, mas que (como se vai comprovando) produz resultados nulos, quando não mesmo vergonhosos.
A lengalenga de Crato torna-se ainda mais irritante para todos aqueles que se lembram da sua entrada na vida política, enquanto estudante de economia, nas fileiras do "PCR", um grupo maoísta iluminado por esses faróis da História que foram Enver Hoxha e a Albânia do seu tempo.
Todos os dias temos o incómodo de assistir à continuada degradação do jovem estudante maoísta. Todos os dias Crato tem o cuidado de reconfirmar que não passa de uma fraude! Esta nova medida ministerial de limitação à abertura de vagas no ensino superior... a menos que as Universidades provem a “empregabilidade dos cursos” a frequentar pelos estudantes, francamente, é de difícil classificação.
Não defendo que se encaminhem milhares e milhares de estudantes para cursos “esotéricos” e demais vigarices que algumas Universidades praticam; mas fazer depender o acesso ao ensino superior, de uma empregabilidade garantida, para além de uma imbecilidade, é menos criativo que gerir um armazém de produtos do Pingo Doce ou do Continente. É afunilar o acesso e tentar “elitizar” ainda mais o ensino superior. É tratar os estudantes como meras mercadorias, ao serviço do interesse exclusivo das empresas e, em boa parte dos casos, contra os seus interesses e crescimento enquanto seres humanos. É transformar o conhecimento e a cultura em simples moeda... o que, nos dias que correm, vale pouco mais que lixo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Passos Coelho, Selecção Nacional... e paciência


Fustigados por um vendaval de canalhice e falta de vergonha na cara, torna-se cada vez mais difícil distinguir notícias reais, de “notícias”, digamos... inventadas por mim, ou, sobretudo, quais são as mais "alucinadas". Ora vejam:
1. «Passos Coelho elogia extrema paciência do povo português».
2. «Passos Coelho pede encarecidamente aos jogadores da Selecção Portuguesa que façam tudo o que for possível para não irritar muito Angela Merkel no jogo contra a Alemanha...».
Será?... Não será?...