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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ainda o BES – Aleluia!!!


Salgado e Ricciardi entendem-se sobre sucessão no BES – diz a notícia. Aleluia! – digo eu.
Ou seja… os elementos da quadrilha composta pela "famiglia" do BES ergueram os pensamento para o alto, onde habita o seu "deus", deus que se manifesta entre nós, simples pelintras, na forma de notas de 500 (viste-las!), 200 (raríssimas!), 100 (de vez em quando!), 20 e 5 euros… e acharam por bem amainar um pouco as ganas com que andavam de se comerem uns aos outros.

Na verdade, abrindo um parêntesis… alguns elementos e “elementas” já o fazem há muito… que aquilo é gente para quem não há missas que cheguem para lhes arrancar o hábito e a promiscuidade dos vícios privados… enquanto vão exibindo mentirosas públicas virtudes. Fechar parêntesis.
Voltando ao tema... os primos e primas da poderosa “famiglia” Espírito Santo chegaram à conclusão de que a sua “peixeirada”, longe de ter a profundidade filosófica e tradição cultural das peixeiradas levadas à cena num qualquer mercado perto de si pelas verdadeiras e insubstituíveis peixeiras e varinas... era apenas uma parvoíce que, no limite, só lhes faria perder dinheiro.
Perder dinheiro?!!! Sacrilégio!!! E depois como é que a prima (ou lá o que ela é) vai para a Comporta «brincar aos pobrezinhos»?!
Seja como for, passada (oficialmente) a borrasca, quem ficou feliz foram os vários cavalos das várias cavalariças da “famiglia”, que já não se tinham das pernas, tal o pânico.
Pelo menos os cavalos que tiveram a grande infelicidade de ver esta cena macabra do filme “O Padrinho”... e que, compreensivelmente, já andavam de “cabeça perdida”.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

BES – Sabor a sangue...


Há já uns dias que sigo com algum divertimento, confesso, a novela da guerra intestina (pelo menos se considerarmos o cheiro fétido que exala) no BES, o banco que, exceptuando um curto intervalo depois de Abril de 1974, participa activamente nas decisões governativas de Portugal, desde os tempos em que pelo menos um dos seus donos andava de casa e pucarinho com Hitler e Salazar... fazendo de conta que estava também com os aliados.
Prova dessa continuidade é o facto de o actual Espírito Santo de serviço entrar nas reuniões do Conselho de Ministros com o à-vontade de quem vai reunir com acionistas, ou simples gerentes de dependência do próprio banco.
As notícias que vão chegando são uma espécie de documentário da National Geographic ao vivo... e confirmam uma característica verdadeiramente “encantadora” dos tubarões:
Nasceram e vivem para chacinar milhões de peixes miúdos... mas quando o cheiro e o sabor a sangue invadem a água à sua volta... perdem a compostura e abocanham-se uns aos outros!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mercadões... ou “tubarados”?


Uma das razões para o agravamento constante da minha “alergia” à UE, ao Mercado Único, à Zona Euro, à pata que o pôs a todos e ao capitalismo em geral... é esta desfaçatez com que já se assume como coisa natural, que “os mercados”, do alto do seu poder tão absoluto quanto anónimo e apátrida, “torçam o nariz” a este ou aquele resultado eleitoral, a este ou aquele candidato, seja de que país for... e que isso resulte em prejuízos económicos para os povos dos países em questão, ou até, por “contágio”, para outros povos vizinhos ou menos vizinhos.
Só estes dois títulos de jornal com que abri o post, seriam suficientes para um levantamento de consciências, tendente a pôr “os mercados” no seu lugar e a criar as condições para que os povos reconquistem a sua independência e liberdade, independência e liberdade tantas vezes conseguidas com sangue, suor e não poucas lágrimas.
Já todos (ou quase todos) percebemos que o sonho dos banqueiros, especuladores e outros ladrões internacionais, seria nomearem às claras os seus lacaios, que colocariam à frente dos governos nacionais... mas sem terem, sequer, que passar pelo “incómodo” e a farsa das eleições “democráticas” à sua moda. Que qualquer tentativa de participação dos trabalhadores dos países nos seus destinos, entre as tais “eleições”, constitui uma afronta ao poder desses banqueiros, especuladores e demais ladrões.
Se já percebemos... até quando vamos consenti-lo?!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Fernando Ulrich – A ordem natural das coisas






O banqueiro Fernando Ulrich, na sequência das infames declarações que lhe ouvimos e entre várias respostas insolentes e provocatórias às críticas de que é alvo, foi dizendo que aprendeu tudo o que sabe e é aquilo que é graças «à família, à escola... e à Igreja Católica». Espero que uns e outros estejam bastante orgulhosos com o resultado!
Aproveitou para se queixar de que «os banqueiros são vistos como monstros». Não vejo o que o possa espantar. Trata-se muito simplesmente da “ordem natural das coisas”.
Na verdade, os banqueiros são vistos como monstros da mesma forma que os tigres são vistos como feras, os cordeiros como dóceis, os cães como fiéis ao dono, os mochos como sábios, os gatos como independentes, os cavalos como nobres, as raposas como ladinas, as galinhas como estúpidas... e as poias como merda.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Fernando Ulrich – Há-de haver uma explicação...


O cromo da linha de Cascais “dono” do BPI, Fernando Ulrich, cujo banco acaba de anunciar lucros de 250 milhões de euros, achou conveniente “explicar” melhor o seu “Ai aguenta, aguenta!” de há uns tempos, introduzindo este novo conceito  na forma de pergunta muito ladina, segundo o qual, como diz o link da notícia, “Se os sem-abrigo aguentam, porque é que nós não aguentamos?”
Nem me apetece comentar a ideia do homem... mas não posso deixar de achar que este ele está, sem lugar para dúvidas, a incluir-se neste absolutamente extraordinário “nós”... e isso é que é assombroso.
Há já muitos meses, uma actriz da nossa praça que por razões “caridosas” não identificarei, relatava os sacrifícios que estava a fazer para levar por diante uma certa dieta. Infelizmente, decidiu partilhar com o público, igualmente, aquilo que a motivava diariamente a continuar a reduzir drasticamente nas refeições e guloseimas. Disse ela então:
«Se as crianças em África passam sem comer, eu também posso passar!»
Ela tem a grande desculpa de ser visivelmente tonta; qual será a “desculpa” deste cromo?!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Banif – E ninguém vai preso?!




No mundo de fantasia do capitalismo de circo, o Estado capitaliza o Banif em mais de mil milhões de euros (há sempre dinheiro para estes!) para que o banco possa entrar no mercado com galhardia, segurança e renovado vigor, financiando pequenas, médias e micro empresas, apoiando projecto familiares, projectos culturais... em suma, dinamizando a economia portuguesa.
No mundo real do capitalismo de casino, o Estado financia o Banif em mais de mil milhões de euros (de onde irão sair?) para que este, afinal, o emprege totalmente na compra de títulos de dívida pública e vá depois ao BCE, e troque não sei o quê por não sei o quê, e fique com um rácio não sei das quantas e blá blá blá... como se pode ver neste texto pastoso e hermético do “Económico”.
Vai uma aposta que só os donos do Banif vão sair a ganhar?
Vai uma aposta que vamos nós pagar isto?
Vai uma aposta que se eu, por artes mágicas, convencesse alguém no Ministério das Finanças a passar-me para as mão uns milhões de euros e depois os empregasse em jogatina deste calibre... ia parar ao xilindró?
Mas, pensando bem, se eu conseguisse convencer alguém no Ministério das Finanças a entrar neste cambalacho, seria sinal de que pertenceria ao grupo deles, o grupo daqueles que só por “milagre” vão presos.
Felizmente, não pertenço!!!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fernando Ulrich – Insolente...




O multimilionário banqueiro do BPI, Fernando Ulrich, um descarado parasita de milhões em dinheiros públicos que, apesar dos chorudos lucros, defendeu que o Estado deveria colocar desempregados a trabalhar no seu banco, mas à borla... O lambe botas que, imitando Borges, chama a Vítor Gaspar a "grande sorte do país"... O trafulha que teme uma "ditadura do Tribunal Constitucional" em Portugal... gosta de dizer coisas.
Desta vez, resolveu fazer uma pergunta e dar, na mesma frase, a resposta:
Infelizmente, é bem capaz de ter razão!
Já eu gostaria de perguntar, embora não tenha resposta alguma para acrescentar à pergunta, se o doutor Ulrich, sempre que vomita estas baboseiras provocatórias, aguentaria umas boas chapadas no insolente focinho...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Vítor Constâncio – Será que “regula”?...



Não tinha dado pela notícia... mas há coisas que nunca é tarde saber!
Vítor Constâncio, o hiperactivo “ex-gerente” do Banco de Portugal e, nesse cargo, responsável pela regulação da banca nacional, depois do insuperável trabalho ali feito, sobretudo quanto à dita regulação... foi promovido a “sub-gerente” do Banco Central Europeu.
Saiu-se agora com a brilhosa ideia de que o «BCE deveria regular todos os bancos da Zona Euro».
Os muitos “oliveiras e costas” de uma bela mão-cheia desses bancos estão trémulos de excitação, perante a perspectiva de uma tão competente “regulação” das suas negociatas.
Pressentem-se belos negócios para os fabricantes de iates e condomínios de luxo. Adivinham-se chorudos lucros para os lavadores de fortunas. Crescem em muitas gargantas entusiasmados vivas a Constâncio!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Angela Merkel – A “ajudante”


Só uns poucos ingénuos que acreditam mesmo que a Alemanha está a ajudar a Grécia (ou Portugal), em vez de estar a encher os bolsos aos banqueiros alemães, é que poderão estranhar o facto de a Chanceler(ina) alemã ser persona non grata nesta sua visita à Grécia.
Claro que para os defensores da austeridade a qualquer preço e para algumas bestas da imprensa alemã, os gregos não passam de uns «ingratos»... mas tentemos ver a coisa por um outro prisma.
Se Angela Merkel aterrasse em Atenas, não bolsando umas baboseiras sobre a salvação do Euro e da maravilha dos sacrifícios, mas sim com um famoso cheque na mão... outro galo cantaria. Não, não estou a falar de um chequezinho com mais uma tranche de “ajuda”. Estou a falar de outro, muito mais antigo, muito mais significativo.
Quem se der ao trabalho de ler este texto do principio ao fim, ficará a saber de que cheque estou a falar. Ficará a par da história vergonhosa da recusa alemã, que se mantém até hoje, de pagar à Grécia as reparações a que foi condenada, pela ocupação selvática que fez àquele país, durante a 2ª Guerra Mundial. Pagamento que a Grécia tem vindo a exigir, repetidamente, ao longo de todos estes anos. Embora tenha pago, ainda que parcialmente, a outros países vítimas da sua ocupação, no que respeita à Grécia a Alemanha tem-se recusado sistematicamente a pagar, recorrendo, repetidamente, aos truques mais rocambolescos e desavergonhados, para o “justificar”.
Ficará a saber, também, que há quem tenha feito as contas e, espanto!, a dívida da Alemanha para com a Grécia, a ser paga amanhã, anularia qualquer necessidade grega de ajuda financeira... e ainda sobraria dinheiro.
Pensemos nisso sempre que vierem impingir-nos a treta da “ajuda”!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

UGT – Uma festa!


Já é oficial! O dirigente da UGT-Coimbra e do Sindicato dos Bancários do Centro, Carlos Silva, é o sucessor de João Proença à frente da UGT a nível nacional.
Como já sabíamos, Ricardo Salgado, dono do BES, está muito orgulhoso por ter um “colaborador” à frente da UGT. Os restantes banqueiros não devem estar menos satisfeitos, assim como uma catrefada de outros donos de grandes empresas e patrões em geral.
Parafraseando a inefável “Marilu” Rodrigues... é uma festa para o patronato, é uma festa para a UGT, é uma festa para um certo “sindicalismo, é uma festa...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

BPN, jornais atrasados, Barreto... e uma explicação


Quando, há tempos, o lacaio de banqueiros que estava no Ministério das Finanças e que antecedeu o que lá está agora, quis explicar o facto de terem acudido ao BPN com milhares de milhões de euros, uma das grandes desculpas foi a “defesa dos postos de trabalho” dos funcionários do banco.
Houve muito bom idiota que, então, acreditou. Aí está o resultado:
Como não tinha amanhos de peixe para embrulhar e deitar fora... ainda dei mais uma olhadela à primeira página deste exemplar já com uns dias do Diário Económico, onde António Barreto, essa espécie de bonzo de pechisbeque, “grande pensador” ao serviço de uma cadeia de supermercados, declara solenemente que «há espaço para mais austeridade, se for selectiva», já que, segundo a “socióloga nódoa”, não pode continuar a ser para todos(???), voltando a repetir o argumento indigente de que os portugueses só não concordam com a austeridade... porque esta não é bem explicada.
Adenda: Por vezes perguntam-me se existe alguma razão pessoal que justifique a minha evidente agressividade para com o sociólogo António Barreto.
Existe sim!
Nos tempos que se seguiram ao 25 de Abril, a minha música e, provavelmente, a forma de estar nela, resultaram numa ligação especial à Reforma Agrária, às suas Cooperativas e UCP, aos seus homens e mulheres. Uma relação que se traduziu, entre outras coisas, em centenas de convívios musicais um pouco por toda a parte entre o Alentejo e o Ribatejo. Assim, quando em 1979, no decorrer de mais uma aplicação violenta da “lei” de António Barreto, dois trabalhadores, o Casquinha e o Caravela, foram assassinados pelas “forças da lei” na “Cooperativa Bento Gonçalves”, às porta de Montemor-o-Novo, entre ficar do lado dos trabalhadores, das suas famílias e dos seus camaradas, ou ficar do lado do autor moral e político do seus assassinatos... tomei partido pelos trabalhadores.
Ainda não mudei de opinião.

sábado, 30 de junho de 2012

Não há nada como realmente... sobretudo quando!


Não poderia ter chegado em melhor altura esta notícia de capa do “DN”:
Ora ainda bem! Eu já estava completamente desesperado... sem saber como havia de contribuir...
Valha-nos “santa” Isabel dos Santos, que ao comprar o banco pela fortuna "fabulástica" de 40 milhões de euros, depois de lá termos enterrado milhares de milhões, se recusou a ficar com estes calotes, obrigando o Estado (a que Portugal chegou)... a assumir as dívidas destas e muitas outras figuras e alguns figurões.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Portugal e Espanha – Afinal... a mesma música




E porque diabo é que “preferes” o bando que está no poder na Espanha, ao bando que está no poder em Portugal? – perguntou-me espantado um amigo... muito provavelmente influenciado pelo facto de eu lhe ter confidenciado que "prefiro" o tal bando espanhol ao seu equivalente português.
- Porque o Mariano Rajoy, pelo menos – respondi eu - teve o desassombro de, no meio da recessão, com os números do desemprego bem acima dos 20% e todas as demais tragédias pessoais e colectivas de que vamos tomando conhecimento, ter assumido as suas verdadeiras prioridades enquanto chefe do Governo Espanhol: o resgate de 100.000 milhões de euros... é para ajudar apenas os banqueiros!
Quanto ao resto, a canalhice e a mentira compulsiva são semelhantes. Rajoy tenta impingir a ideia de que: primeiro, não haverá perda de soberania; segundo, que este resgate não irá sair bem caro aos trabalhadores espanhóis... ainda que o ministro das Finanças da Alemanha, e real novo ministro das Finanças de Espanha (e Portugal) já o tenha publicamente desmentido sobre a primeira aldrabice... e Bruxelas tenha rapidamente reposto a verdade em relação à segunda.
Uma espécie de “fado da submissão” a fingir que tem “salero”...


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Bancos – Ó pá lá estás tu! O que é que são 50 euros?!!!


Para começar (mal) o dia, duas “pequenas” notícias sobre bancos e banqueiros no seu "habitat" natural... algo ainda pior do que borrar um pé todo logo ao sair de casa.
1. Uma família economicamente destroçada, que se veja obrigada a vender a sua casa para conseguir liquidar a dívida ao banco... tem que estar bem atenta. Em condições normais, caso se tratasse de gente séria, os banqueiros ficariam com o dinheiro em dívida até ao dia dessa operação de liquidação do empréstimo... e adeus.
Nada disso! Se, por exemplo, as vítimas estiverem a liquidar a dívida no dia cinco do mês, mas a prestação fosse paga apenas no próximo dia 25... o banco cobra juros pela “dívida” até ao dia 25, mesmo tendo já recebido todo o dinheiro emprestado.
2. Uma família ainda não destroçada economicamente, mas com um orçamento estrangulado e em grandes dificuldades para conseguir pagar as despesas mensais pode, se o desejar, obter condições mais favoráveis na inscrição dos filhos num infantário ou escola, se a escolha da instituição recair, por exemplo, sobre uma das muitas IPSS. Assim à vista desarmada, nada mais simples, não é?
Errado! Para obter esse apoio necessita de várias provas que atestem a sua situação económica difícil, como por exemplo, uma declaração do banco em que esteja a pagar a sua habitação. Ora, os banco estão a cobrar até 52 euros por esse mísero papel.
Claro que os banqueiros têm “a seu favor” o facto de não fazerem a menor ideia do que é estar em pânico para pagar contas de vinte ou trinta euros... ou a prestação da casa. Fazem ainda menos ideia de qual possa ser a diferença entre ter mais, ou ter menos 52 euros na hora de ir ao supermercado.
Mesmo com essa “atenuante” eu não deixo de pensar e dizer que os bancos, quando não estão nas mãos de simples bandidos e canalhas, estão nas mãos das velhas famílias de fascistas/salazaristas que bem conhecemos... o que só por si já os classificaria igualmente como bandidos e canalhas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

UE – Cimeira




Este título de imprensa não poderia retratar melhor o espírito desta grande e tão aguardada cimeira europeia. Exactamente como o cartoon aqui em cima.
Ainda haverá alguns “bombeiros” realmente convencidos de estarem a trabalhar para o bem comum?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Angela Merkel e Passos Coelho – Um aumento de ordenado a caminho?


A “primeira-ministra” de Portugal, Angela Merkel, acha que o dinheiro de que os contribuintes são espoliados na saúde, na educação, nos vencimentos, nas reformas, nos aumentos brutais de impostos... dinheiro roubado que é depois enterrado nos bancos e nos bolsos dos banqueiros e acionistas... é dinheiro «bem empregue».
A “primeira-ministra” de Portugal, Angela Merkel, ciente do carinho que o seu “conselho de administração” para o nosso país, dirigido pelo seu dócil secretário Passos Coelho, nutre pela capitalização da banca e pelos banqueiros, elogia publicamente o seu desempenho.
Não sei o que me irrita mais; se a realidade que está por detrás destas notícias, se a boçal parolice e deslumbramento com que os nossos órgãos de comunicação social dão a notícia dos elogios de Angela Merkel.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Caixa Geral de Depósitos – “BPNnização à vista?


O sonso ministro das Finanças, Vítor Gaspar, confrontado com o pantanal de interesses privados e ostensivas incompatibilidades individuais que invadiu a “gerência” da Caixa Geral de Depósitos, com a entrada em cena destes novos figurões, ao invés de explicar ou refutar essas legítimas questões, resolveu responder como responderia qualquer garoto malcriado, de forma insolente: «Estou orgulhoso da constituição dos ógãos da Caixa Geral de Depósitos.»
Portanto, pouco lhe interessa que Rebelo de Sousa se vá sentar na direção da Caixa, continuando como advogado de negócios, nomeadamente representando os interesses de empresas que têm litígios de muitos milhões com aquele banco. Pouco lhe importa que Nogueira Leite ocupe o lugar, tendo como principal “aptidão” para o cargo, ser conselheiro nacional do PSD e conselheiro pessoal do primeiro-ministro. Pouco lhe importa que, outro dos recém chegados, Nuno Fernandes Thomaznão seja mais do que o “homem do CDS”. Pouco lhe importa que, a fazer fé no que se diz, até o novo presidente, José de Matos, esteja ali como “homem de mão” de Cavaco Silva.
Enquanto vou imaginando coisa melhor e mais assertiva para passar a chamar a este ministro das Finanças, em vez de “sonso”... fico a pensar se não estaremos a correr o risco, com esta fantástica concentração de gente diretamente ligada ao governo de Passos Coelho, ao PSD e a Cavaco Silva, de ver a Caixa Geral de Depósitos transformada num novo BPN... mas em tamanho gigante e com consequências ainda mais trágicas para o país.
Não me levem a mal. Eu sei que estes senhores são todos “gente muito fina”... mas isso também o eram os amigos de Cavaco, ex-ministros do PSD, um ex-secretário de estado das Finanças e até um Conselheiro de Estado, que roubaram de forma grotesca o BPN e os contribuintes portugueses.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

FEEF/FMI – Ajuda, sim... mas primeiro para "quem mais precisa"


Sérgio Ribeiro faz uma série de (in)pertinentes perguntas sobre quais os reais beneficiários da “pesada ajuda” europeia que aí vem. À questão sobre se a “ajuda” se destina aos desempregados, aos pensionistas a quem cortaram as pensões, aos funcionários públicos a quem cortaram os vencimentos, aos doentes a quem tiraram as credenciais para os transportes e os centros de saúde na sua terra, às famílias a quem prometeram a facilidade de casa, carro e férias a crédito... para agora os terem presos pelo pescoço e de garrote bem apertado... o Sérgio Ribeiro responde aquilo que só não vê quem não quer: a “ajuda” é para beneficiar em primeiro lugar... e em segundo, em terceiro, em quarto, quinto... ... os credores de toda esta gente. Os bancos!
A crua realidade não demorou a confirmar esta “má vontade” do economista comunista. As notícias não tardaram: mesmo antes de acontecer seja o que for... os bancos portugueses já estão a ganhar muito dinheiro, com as cotações das suas ações a subir no mercado de capitais. Sobretudo, os bancos dos dois banqueiros que mais engrossaram a voz para ordenar a Sócrates que pedisse a “ajuda”, a saber, Carlos Santos Ferreira, pelo BCP e Ricardo Salgado, em nome da família Espírito Santo e do BES, cujos títulos, em apenas um dia valorizaram cerca de 5 por cento.
É assim como que uma espécie de recompensa pela sua intransigente defesa dos “valores” nacionais... o que, particularmente no caso do Dr. Ricardo Salgado é um desígnio que já inspira a família há muitas décadas. Pelo menos desde o tempo em que o avô Espírito Santo, também ele Ricardo, trabalhava estreita e diretamente com Oliveira Salazar e colaborava ativamente com os nazis, simpatia essa que lhe valeu muitos negócios e muito, muito dinheiro.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

José Mourinho – Mais um “bispo” para muitos peões *


Se há coisa que me tira do sério é ver trabalhadores, assalariados, explorados, juntarem-se aos milhares em grandes auditórios e pavilhões, para escutar discursos dos patrões... e aplaudi-los como se estes fossem estrelas do espetáculo. É uma imagem patética: “vamos aumentar os lucros em “n” milhões” (aplausos) “vamos abrir mais um call-center a pagar 500 euros a licenciados” (mais aplausos) “comprei um quadro para o meu gabinete, por um milhão de euros” (ainda mais aplausos) “montei um apartamento no Parque das Nações à minha amante” (aplausos frenéticos).
Deve haver uma qualquer mensagem subliminar nos discursos dos patrões, que nós não conseguimos descodificar, mas que os faz aplaudir tudo. Mesmo que as frases do patrão já viessem “traduzidas”, tipo: “O nosso gabinete de Planeamento Fiscal conseguiu desviar para um offshore, 50 milhões de euros que teríamos que pagar de impostos, impostos esses que iriam servir para para financiar os serviços de segurança pública, transportes, estudos dos vossos filhos, cuidados de saúde para vós e para os vossos pais e avós... mais as suas pensões, etc.,”... mesmo assim, o aplauso seria frenético. Tudo pela empresa! Nada contra a empresa!
Ainda há poucos anos, estas manifestações de seitas seguidoras da “Teologia de Mercado”, estavam confinadas aos EUA... mas, desgraçadamente, já vão tendo congregações espalhadas por todo o mundo.
E assim chegamos à reunião de alguns milhares de “fieis” do Millennium BCP, que teve lugar no Pavilhão Atlântico. Aí, perante os entusiásticos aplausos dos “colaboradores” do maior banco privado português, o “sumo sacerdote” da seita anunciou a contratação milionária, pelo banco, do treinador de futebol José Mourinho... não desvendando quantos milhões estão envolvidos nessa contratação. Mourinho, como já se pode ver por aí, é a nova “cara” do Millennium BCP. Diz o “sumo sacerdote” e diz o próprio José Mourinho, que se trata de apoiar e, sobretudo, motivar a “equipa”.
Depois de anunciar a milionária aquisição, o “sumo sacerdote” informou os milhares de “fieis” do facto de não irem receber os seu esperados bónus pelos resultados do ano passado... apesar dos fabulosos lucros do banco.
Espero que todos os cerca de sete mil papalvos se tenham sentido suficientemente apoiados e, sobretudo, muito motivados!
* Post dedicado aos muitos milhares de trabalhadores bancários que não vão para lado nenhum aplaudir os patrões.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Os mercados em voo picado


De passagem pela frente de um aparelho de televisão, decidi ficar um pouco, assistindo à amena cavaqueira entre o meu deputado António Filipe e Nuno Melo, deputado europeu pelo CDS. Realmente, não há nada mais fácil do que ficar em amena cavaqueira com alguém inteligente, quando o assunto é Sócrates, as suas políticas, a forma miserável como executa os seus próprios programas, enfim... Sócrates, “o grande unificador”.
Passe a brincadeira do primeiro parágrafo, é evidente que, embora de acordo em muitas das justas caneladas que foram dando no primeiro-ministro e nas suas políticas, há todo um mundo a separar António Filipe de Nuno Melo. Por exemplo, na posição dos “mercados” em relação à compra de dívida portuguesa.
Enquanto o António Filipe chamava a atenção, mais uma vez – e nunca é demais – para a verdadeira burla e assalto aos cofres públicos que é o facto de “os mercados” (alcunha adoptada pelos bancos alemães, franceses e, claro, até portugueses) poderem ir financiar-se ao Banco Central Europeu, pagando um juro de um a um e meio por cento, para depois emprestarem a Portugal com juros que chegam a ultrapassar os sete por cento... Nuno Melo respondeu que não senhor, não se trata de assalto ou agiotagem, mas sim de “cumprir os tratados”, já que o BCE está impedido de financiar diretamente os estados. Acrescentou ainda que “os mercados” exigem os tais sete por cento, ou outros juros quase igualmente exorbitantes, não porque sejam bandidos, mas porque se trata de uma operação de elevadíssimos riscos, tal a incerteza que por aí anda sobre a capacidade de algum dia pagarmos esses empréstimos.
É aqui que, mais uma vez – e nunca é demais – entra em cena a minha já proverbial vasta ignorância económico-financeira.
Pelo amor da santa, alguém é capaz de me explicar, de preferência muuuito de-va-gar... porque é que, ao contrário de outros leilões aparentemente tão interessantes que por aí existem, em que se leiloa de tudo, desde preciosas e únicas obras literárias, a peças de “lingerie” de estrelas “pop”, não aparecendo por lá clientes em quantidade que se veja, nestes leilões de dívida pública portuguesa, a dar crédito às notícias, várias vezes a procura excedeu em três e quatro vezes a oferta, tendo “os mercados” mergulhado como verdadeiros abutres sobre a “carcaça” dos títulos em venda?
Não é por nada... mas é que saber exatamente qual a resposta a estas perguntas, é meio caminho andado para um dia destes dizermos a esta cambada: Vocês vejam lá como nos respondem... ou ficam sem os bancos!