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7 de fevereiro de 2025

Gelado de morango.

Tantos meses e tantos gelados depois, este continua a ser o nosso preferido :) E é tão simples :D




Gelado de morango

Ingredientes:

* 200ml de leite gordo; 
* 200ml de natas;
* 40g de leite em pó;
* 100g de açúcar;
* 350g de morangos;
* 50g de açúcar.

Confecção:

* Juntar o leite, as natas, o leite em pó e o açúcar e levar a aquecer ao lume até estar prestes a ferver;

* Deixar arrefecer no frigorífico pelo menos durante quatro horas;

* Deixar os morangos a macerar juntamente com o açúcar (às vezes também junto sumo de meio limão);

* Juntar os morangos à mistura de leite e triturar com a varinha mágica;

* Levar à sorveteira para congelar. 

28 de novembro de 2024

Bolo de morango com suspiros.

Hoje venho em modo preguiça máxima. Em minha defesa, estou doente, passei todo o dia com febre e não tenho paciência para estar aqui a transcrever receitas. A receita está no blog da Sally's Baking Addiction, e as minhas únicas alterações foram acrescentar mais 100g de morangos e cobrir com suspiros esmagados. Pessoalmente achei que ficou um bocado doce demais para o meu gosto, mas as vizinhas gostaram e gabaram e o Pedro também :)



5 de agosto de 2016

Bolo de morango com crumble.

Este bolo foi feito para mais um jantar com a Beatriz e o Samuel. Eles trouxeram o prato principal (uma frittata deliciosa) e uma água aromatizada tão tão boa que a açambarquei quase toda para mim :D Nós fizemos um bolinho que já é habitual cá em casa na sua versão original com mirtilos, e que desta vez foi feito com morangos :D

É uma óptima sugestão para um bolinho de fim-de-semana :D Experimentem :D


14 de março de 2016

Bolo de curd de morango com chantilly de morango

No fim de Fevereiro a minha avó fez 74 anos e eu e o meu irmão ficámos responsáveis por fazer o jantar de aniversário. Ele fez a sua já famosa lasanha, eu fiz o sempre apreciado bolo de chantilly e morangos. E depois de uma versão com nozes e outra com a massa de bolo do nosso coração, desta vez decidi variar a receita usando algumas das ideias do meu próprio bolo de aniversário.

Assim surgiu este bolo de curd de morango com chantilly de morango que desapareceu num instantinho :D


21 de janeiro de 2016

Bolo de lima e limão

Não, eu não como doces a todas as refeições do dia. Nem sequer como doces todos os dias. Na verdade, provavelmente como doces uma vez por semana.

Mas desde o início da gravidez que as nossas refeições principais são extremamente rotineiras (mas não por isso menos deliciosas!) e consistem em esparguete à bolonhesa, arroz de frango, empadão de coisas, salteados, guisados, almôndegas e hambúrgueres caseiros, pizza caseira (ou não), bifes grelhados com batatinhas fritas sem gordura, Boeuf Bourguignon, chili, fajitas, feijoadas ou caril, e tendo em conta a quantidade de hipóteses que já existem no blog para esses pratos parece-me sempre repetitivo estar a publicá-los novamente.

Vai daí, tem havido em comparação um aumento das receitas doces no blog. Desculpem lá malta :)


16 de outubro de 2015

Bolo de limão e frutos vermelhos para um momento bom.

Hold me close and hold me fast,
This magic spell you cast,
This is la vie en rose.

When you kiss me heaven sighs,
And though I close my eyes,
I see la vie en rose.

When you press me to your heart,
I'm in a world apart,
A world where roses bloom.

And when you speak, angels sing from above,
Everyday words seem to turn into love songs.

Give your heart and soul to me,
And life will always be la vie en rose.

Louis Armstrong


5 de agosto de 2015

Cheesecake de frutos vermelhos e limão (paleo, sem glúten, sem açúcar, vegan) para um preconceito!

Now there's never gonna' be an intermission,
But there'll always be a closing night.
Never entertain those visions,
Lest you may have packed your baggages.
First impressions are cheap ambitions,
Sometimes are long goodbyes.
Truth so often to living dormant,
Good luck walks and bullshit flies.

Scissor Sisters


17 de junho de 2015

Limonada de morango e maçã para uma revisão das prioridades! :)

If you're feeling low and lost today,
You're probably doing too much again.
You spend all your hours just rushing around,
Do you have a little time, do you have a little time for me?

Dido


29 de maio de 2015

Bolo de morangos e chantilly para o tempo parar :)

See, I've been traveling, been traveling forever,
But now that I found a home, feels like I'm in heaven.

will.i.am


25 de maio de 2015

Bolo de maracujá com frutos vermelhos e coco! :D

Windmill, windmill for the land,
Turn forever hand in hand.
Take it all in on your stride,
It is sticking, falling down.

Love forever, love is free,
Let's turn forever you and me.
Windmill, windmill for the land,
Is everybody in?

Gorillaz


19 de fevereiro de 2015

Bolo de mousse de chocolate e frutos vermelhos para um aniversário atribulado :D

Barney: Ted what is my one rule?
Ted: You can tell how old a girl is by her elbows?
Barney: My other one rule.
Ted: Flax seed relieves upset stomach?
Barney: My other one rule.
Ted: Always have a fake pair of concert tickets in your pocket in case Lily invites you to something stupid?
Barney: My other one rule.
Ted: Lebanese girls sprint to third base and then stay there?
Barney: My other one rule.
Ted: New is always better?
Barney: New is always better!


Como eu já disse umas 1874256283429 vezes, o meu 25º aniversário teve uma data de peripécias. Estive de banco até à meia-noite, mantive-me incontactável durante todo o dia porque o meu telemóvel decidiu não colaborar, tirei um objecto do rabo de um senhor - pista: não foi lá parar por acidente -, marquei um jantar com um casal amigo e esqueci-me do meu próprio bolo de aniversário em casa, amuei e acabei por fazer um jantar de aniversário com os meus amigos apenas dois meses depois.


Assim sendo, estava decidida a ter um 26º aniversário minimamente razoável. Não criei propriamente expectativas altas, e no fim tive um dia bastante bom: passei o dia a trabalhar, recebi muitas mensagens e telefonemas de parabéns, fui jantar com o Pedro ao Ramiro (tãããããão bom), fiz um jantar de aniversário com os meus amigos uns dias depois e ainda celebrei com a família no fim-de-semana seguinte, com direito a miminhos e à bavaroise de ananás maravilhosa do Casarão do Castelo.

Mas é claro que não podia deixar de acontecer uma hecatombe qualquer: afinal, estamos a falar dos meus anos!


Tinha decidido organizar o meu jantar de anos no 'Real Nepal' - sempre uma receita de sucesso - mas alguns dos meus amigos reclamaram que já o tinha feito em anos anteriores e sugeriram que podia experimentar algo diferente. Andava há semanas curiosa para experimentar um determinado restaurante, por isso acabei por combinar para lá. E segue-se uma lista dos acontecimentos que se seguiram.


O jantar de aniversário da Joana, ou uma tragédia em nove actos

1. Fui recebendo as confirmações por mensagem, pelo facebook e por mail, de tal forma que a dada altura já nem sabia bem quem vinha ao jantar.

2: Como tal, atrasei a reserva do restaurante até ao dia do jantar.

3. Mas ninguém atendia o telefone.

4. Quando finalmente atenderam, depois de horas de tentativas e a uma hora do meu jantar propriamente dito, disseram que não reservavam mesas à Sexta-feira.

5. Como é óbvio, quando lá chegámos não havia mesas suficientes.

6. O meu ar absolutamente aterrorizado não pareceu comover a senhora do restaurante.

7. Liguei para outro restaurante perto e informaram-me que não reservavam mesas à Sexta-feira (what the hell, isto é uma thing agora?).

8. Não sabia bem quem vinha ao jantar, por isso não tinha forma de avisar toda a gente da desgraça que estava a acontecer.

9. Embora esteja bem melhor, ainda sou manifestamente má a lidar com imprevistos deste género.


A dada altura algum dos meus amigos sugeriu ligar ao restaurante nepalês. E foi assim que acabámos, quinze minutos depois, sentadinhos no quentinho, envolvidos por aquela comida deliciosa, ao som de música tradicional ao vivo.

Decididamente, nem sempre o novo é melhor. E naquele momento, rodeada pelas pessoas de quem gosto, a encher a barriga do meu caril de espinafres com camarão e a deliciar-me com lassi de manga, eu soube que não havia sítio mais perfeito para celebrar o meu aniversário.

E passamos para o bolo.


Como sempre, a base do bolo já estava decidida. Mas ainda estava indecisa em relação à cobertura e ao recheio, principalmente porque tenho a tendência para adorar coisas relativamente pouco consensuais (pelo menos entre o meu grupo de amigos) como o limão, o maracujá, a manga, o coco ou os frutos vermelhos. Vai daí, decidi optar por uma escolha segura: fazer um bolo recheado e coberto com mousse de chocolate.

No entanto, a meio da confecção não resisti e acrescentei também frutos vermelhos, tanto no recheio como na cobertura. E só tenho mesmo uma forma de expressar o quanto este bolo é bom:

Oh. Meu. Deus.


O bolo ficou incrivelmente fofinho (decididamente esta receita da Saveurs nunca desilude), a nossa mousse de chocolate habitual ficou uma maravilha e os frutos vermelhos deram um toque ácido absolutamente explosivo a um bolo que já era divinal, mas se tornou esplendidamente perfeito.

Não sobrou quase nada, e o que sobrou teve um pequeno acidente às mãos do Bernardo. Mas ainda consegui salvar uma espécie de mini-fatia para conseguirem espreitar o interior, embora não faça de todo justiça ao aspecto espectacularmente tentador das outras fatias :)


Por isso aqui têm: um bolo de aniversário simplesmente perfeito, para um jantar de aniversário cheio de peripécias. Mas também, o que seria da vida sem um toque de ácido por cima do nosso doce? :D


Bolo de mousse de chocolate e frutos vermelhos

Ingredientes:

Para o bolo:

* Seis ovos;
* 200g de açúcar;
* 100g de farinha.

Para a mousse:

* 250g de chocolate negro com 70% de cacau;
* Quatro colheres de sopa de manteiga sem sal;
* 75g de açúcar;
* Cinco ovos.

Para a cobertura e o recheio:

* 200g de frutos vermelhos congelados (podem usar frescos, mas pessoalmente acho que os congelados são melhores para esta situação em particular porque são mais 'moles' e vão deitando um líquido que se mistura com a mousse).

Confecção:

* Para o bolo bater as claras em castelo e juntar as gemas, continuando sempre a bater;

* Acrescentar o açúcar e a farinha lentamente, sem parar de bater;

* Colocar a massa numa forma untada e levar ao forno pré-aquecido a 180º durante trinta minutos;

* Para a mousse derreter o chocolate com a manteiga no microondas;

* Bater as gemas com o açúcar e juntar lentamente o chocolate derretido;

* Bater as claras em castelo e juntá-las ao preparado anterior, mexendo sempre de cima para baixo bem devagar;

* Reservar no frigorífico;

* Partir o bolo em dois com uma faca e cobrir a metade inferior com metade da mousse e dos frutos vermelhos previamente descongelados;

* Cobrir com a metade superior, com a mousse restante e com frutos vermelhos a gosto.

Teve um pequeno acidente no carro (chamado gula do Bernardo) :D
Tenham um óptimo fim-de-semana :D

2 de janeiro de 2015

Twelve Days of Christmas - 9 - Daiquiri de frutos vermelhos :)

On the ninth day of Christmas my true love sent to me,
nine ladies dancing, eight maids-a-milking, seven swans-a-swimming, six geese-a-laying,
five gold rings, four calling birds, three french hens, two turtle doves and a partridge in a pear tree.


Era o primeiro jantar de Natal do nosso grupo de amigos e fomos todos a um qualquer restaurante com sangria à descrição. Eu e a Joana tirámos umas duzentas fotos a fazer cara de parvas, tu e o André divertiram-se a gozar connosco do outro lado da mesa.

Seguidamente fomos para uma discoteca aleatória e ficámos umas duas horas na fila para entrar. A dada altura o André comentou que não fazia a mínima ideia de como se engatava uma miúda e eu decidi dizer-lhe algumas das coisas que apreciava num rapaz.

Disse-lhe que gostava de rapazes que tocavam instrumentos musicais, tu disseste-me que tocavas piano. Disse-lhe que gostava de rapazes que faziam desporto, tu disseste-me que fazias futsal e judo. Disse-lhe que gostava de rapazes inteligentes, tu disseste os imperadores romanos por ordem cronológica. Disse-lhe que gostava de rapazes com óculos, tu... Bem, acho que já percebeste a ideia.


Eventualmente desistimos de ficar na fila e fomos todos para minha casa. Deitámo-nos ao monte no sofá e no chão, e tu ficaste ao meu lado. E nunca esquecerei a explosão incontrolável de química que senti naquele momento. Queria tocar-te, mas não podia. Não devia. Não queria. Ou queria? Meu Deus.

Fizemos pipocas, bebemos cervejas, vimos episódios da Rua Sésamo na RTP2. Às sete da manhã toda a gente foi embora de minha casa, mas tu nunca mais saíste da minha alma. E esse foi o dia em que me apaixonei por ti.

No dia seguinte fomos todos para o Porto. Deitámo-nos ao monte no chão da minha casa antiga, agora vazia, e tu ficaste ao meu lado. E mais uma vez, aquela química idiota e incontrolável apareceu. Queria tocar-te, mas não podia. Não devia. Não queria. Ou queria? Meu Deus.


Os dias passaram. Conhecemos o Porto, conhecemo-nos um ao outro. Já não me restavam agora dúvidas de que o que sentia por ti era mútuo, por isso fechei os olhos, respirei bem fundo e saltei para o desconhecido - terminei a minha relação de três anos.

No último dia da vossa viagem acordámos abraçados. Queria beijar-te, mas não podia. Não devia. Não queria. Ou queria? Meu Deus.

Foste embora. E eu ali fiquei, a ver o comboio partir e o meu coração a voltar para dentro do meu peito.

Voltámos a encontrar-nos na estação de metro, a caminho para a faculdade no primeiro dia de aulas depois do Natal. Tínhamos passado as férias a trocar mensagens, a sorrir atrás de ecrãs e a partilhar emoções com sorrisos virtuais. 'Gostas de mim?' - escrevi um dia. 'Adoro-te.' - respondeste tu. E naquele momento eu soube que queria. Que podia. Que devia. Meu Deus.


Fomos estudar para a biblioteca: eu, tu e a Joana. Logo a Joana recebeu uma mensagem misteriosa - nitidamente mandada por ti, que sempre foste mau a disfarçar - e desapareceu de cena. Tu perguntaste-me se queria sair para o corredor. E foi ali, no corredor frio das aulas de Bioestatística, em frente da janela através da qual conseguíamos ver o Castelo de São Jorge, que te ajoelhaste com um ramo de flores na mão e me perguntaste se queria namorar contigo.

'Não.' - disse eu. 'Não, Pedro, não, não, não me faças isto'. Beijaste-me. Era o teu primeiro beijo, mas eu só soube disso uma semana depois. Abracei-te. E olhei para esses olhos lindos e profundos e soube que já me tinha perdido neles. Meu Deus.


Hoje o tema pedia uma bebida alcoólica de meninas, ideal para beber na discoteca. Mas foi precisamente por termos evitado a discoteca naquela noite que a nossa linda história de amor começou. E há sete anos certinhos que me fazes perder a cabeça.

Com um morangão ficámos noivos, com um daiquiri de frutos vermelhos te pergunto novamente: 'Gostas de mim?'. E sei que a resposta será 'Adoro-te'. Para sempre.


Daiquiri de frutos vermelhos

Ingredientes (para duas pessoas):

* 90g de frutos vermelhos congelados;
* 25g de açúcar branco;
* 90ml de rum;
* 50ml de sumo de lima;
* Gelo picado q.b.

Confecção:

* Colocar os frutos vermelhos numa panela juntamente com o açúcar e levar aquecer em lume brando até ficarem em compota;

* Triturar com a varinha mágica e coar;

* Juntar 30ml (duas colheres de sopa) do xarope de frutos vermelhos com o rum e o sumo de lima;

* Misturar bem, colocar em dois copos e cobrir com o gelo picado;

* Servir bem frio.


Até amanhã :D

1 de dezembro de 2014

Queques Pai Natal para um passatempo :D

And so I'm offering this simple phrase,
To kids from one to ninety-two.
Although its been said many times, many ways,
Merry Christmas to you.

Frank Sinatra (a melhor versão, na minha opinião!)


Os Natais da minha infância tinham sempre os mesmos protagonistas: o meu avô, a minha avó, os meus pais e eu.

O meu avô vaticinava todos os anos que aquele seria o último Natal que passaria connosco. Nunca nenhum de nós o levava particularmente a sério, obviamente. Na altura de abrir as prendas, o meu avô ficava sempre amuado com a quantidade de presentes que lhe estavam destinados - tal como as crianças, queria ter muitos embrulhinhos para abrir e nunca ficava satisfeito. Também ficava desapontado com o facto de nenhum dos presentes dele ser surpresa, uma vez que ele arranjava sempre forma de descobrir onde escondíamos as prendinhas e espreitava as que tinham o nome dele.


A minha avó passava o dia na cozinha, entre a aletria (o doce preferido do meu avô, que nunca mais fizemos) e os bolinhos de abóbora que ninguém comia. Nunca ficava satisfeita com o bacalhau que tinha feito - ou porque era desenxabido, ou porque estava demasiado salgado. Em retrospectiva, acho que herdei dela o meu perfeccionismo doentio na cozinha.

Divertia-se a contar como no tempo dela uma sardinha servia três pessoas e como a sua prenda de Natal habitual quando era criança era um saco com algumas nozes. Depois sentava-se no sofá, assistia pacientemente enquanto nós abríamos as nossas prendas e entretia-se a pegar nos papéis rasgados e nos laços abandonados e a dividi-los em três sacos: o lixo, a reciclagem e os enfeites que podiam ser reaproveitados para o ano seguinte. Só no fim a minha avó abria as prendas dela, com um desapego que apenas pode ser compreendido pelo facto de para ela o Natal ser simplesmente uma festa de afectos.



A minha mãe fazia listas de compras infindáveis e altamente pormenorizadas e passava horas no supermercado a comprar todos os ingredientes para os nossos docinhos de Natal. Durante o resto do dia choramingava pelos cantos porque o pudim Molotof não tinha ficado perfeito visualmente. Depois fazia mais listas de compras, ia ao supermercado e repetia o pudim, por isso havia sempre dois pudins Molotof lá em casa - um feio e outro menos feio que todos garantíamos ser o pudim mais lindo de sempre. Eventualmente a minha mãe desaparecia misteriosamente para o quarto, certamente para tratar de embrulhar os meus últimos presentes.


O meu pai ia fazer as compras de última hora ou visitar a minha avó paterna e só chegava a meio da tarde. Chegada a hora do jantar, acusava consistentemente o bacalhau de estar demasiado salgado. Quando já estávamos sentados no sofá à espera da meia-noite fingia-se ensonado e sugeria sempre a mesma coisa: que fôssemos todos dormir e que só abríssemos os presentes no dia seguinte. E todos os anos eu morria de medo que ele estivesse a falar a sério.

O meu pai queria sempre escolher o filme que víamos enquanto esperávamos pela hora de abrir os presentes, mas escolhia filmes sem graça e nós ficávamos aborrecidos e amuados. Eventualmente ele fartava-se de ser o Grinch da família e rezingava que nós podíamos mudar para o filme que quiséssemos - e nós não esperávamos nem um segundo e fazíamos precisamente isso. E assim era a vez dele de ficar amuado.


Eu estava feliz. Tinha passado o dia a ajudar na cozinha, a ver filmes, a cantar e a dançar ao som de músicas de Natal e a vestir roupinhas natalícias às Barbies. Já sabia quais iam ser todas as minhas prendas: umas porque encontrava escondidas pelos cantos nos diferentes armários da casa, outras porque o meu avô sabia e me contava. Provavelmente herdei dele a minha dificuldade em guardar segredos e fazer surpresas - a sério, o meu avô era tão mau nisto de guardar segredos que me contou que o Pai Natal não existia quando eu ainda tinha uns cinco anos!


Hoje os nossos Natais são diferentes. O meu irmão nasceu, o meu avô morreu, eu comecei a ter um papel mais interventivo na confecção dos doces de Natal. Tudo o resto se mantém inalterado pelo tempo, como se naqueles dias vivêssemos todos numa redoma imperturbável de carinho, quentinho e docinhos bons.


Este ano temos mais uma pessoa dentro da nossa redoma de felicidade: o meu Pedro. E espero que ele veja nos meus Natais tudo aquilo que eu vejo: o amor, as gargalhadas, as conversas que se repetem, as eternas discussões sobre o filme da noite... E a família. Porque no fim a minha avó sempre teve razão: o Natal é apenas e só uma festa de afectos.

Mas isso não quer dizer que não esperemos na mesma pelo Pai Natal. 


Queques Pai Natal

Ingredientes (para seis queques):

* A vossa receita preferida de queques de chocolate com pepitas de chocolate da Vahiné (usei esta);
* Açúcar dourado da Vahiné;
* Lápis de pasteleiro com sabor a baunilha da Vahiné;
* Seis morangos.

Confecção:

* Colocar um morango sobre cada queque e rodear com o lápis de pasteleiro branco;

* Cobrir com o lápis de pasteleiro branco;

* Polvilhar com o açúcar dourado.




Este é apenas um exemplo do que se pretende que vocês façam no meu passatempo de Natal: uma receita de queques onde utilizem um (ou mais) produtos da Vahiné e onde contem uma história do vosso Natal :) Pode ser um queque normalíssimo, um queque com um sabor mais natalício ou um queque decorado de forma mais pomposa: o que importa é que participem :D

Podem ver as regras todas aqui! 

20 de outubro de 2014

Queques de frutos vermelhos paleo (sem açúcar) e a minha experiência paleo! :)

'Worst-case scenario: You spend a month without some foods you like. 
Best-case scenario: You discover you are able to live healthier and better than you ever thought possible.'

Robb Wolf, The Paleo Solution: The Original Human Diet


Quando li sobre a dieta paleo pela primeira vez achei aquilo a maior parvoíce de todos os tempos. Sempre me irritaram argumentos como 'devíamos viver como viviam os nossos antepassados' (que morriam de peste e de neurossífilis e tomavam um banho por ano) ou 'os outros animais não comem estas coisas e não bebem leite' (mas também não têm escolas, hospitais e saneamento básico). Achei tudo aquilo uma ideia muito estranha, mas como não me compete julgar as opiniões dos outros simplesmente encolhi os ombros e pensei 'estes romanos são loucos'.

Parecem queimados, mas na verdade a massa era tão escura que isto é apenas o aspecto deles mais tostadinhos :)
Até que a dieta paleo passou a aparecer consistentemente nos artigos científicos que líamos, bem como o papel prejudicial do excesso de hidratos de carbono na nossa saúde cardiovascular. Mal o Pedro encontrou artigos que relacionavam a dieta paleo com a melhoria do acne decidiu converter-se durante algumas semanas, e confesso que vi ali uma oportunidade para fazer algo engraçado no blog: uma semana de estudo em nós próprios ao estilo do 'Super Size Me' (mas mais saudável, vá).

Vai daí, passei uma semana inteira a seguir religiosamente a dieta paleo. Comecei a um Sábado para evitar os efeitos do sugar craving durante um dia de trabalho, terminei na Sexta quando me presenteei com uma bela feijoada de tamboril e camarão ao jantar.


Apesar dos meus preconceitos prévios, a verdade é que actualmente a dieta paleo está bastante bem fundamentada a nível cientifico (como vão poder comprovar com o guest post do Pedro), e por isso foi relativamente fácil segui-la sem ficar com medo que me achassem tolinha. A semana foi divertida, inventei receitas novas e originais e senti-me sempre bem, e quando chegou a Sexta-feira confesso que senti alguma vontade de continuar a experiência.


Não o fiz de um modo restrito. Não pretendo incluir-me em nenhum grupo específico e não gosto de rótulos alimentares, por isso tornar-me 'paleo' parece-me demasiado drástico para alguém que sempre gostou de comer um pouco de tudo. Apesar disso, aprendi muito com esta experiência e não tenho dúvidas que alguns destes conhecimentos serão aplicados a partir de agora (até porque o Pedro continua a fazer alimentação paleo, por isso muitas vezes partilhamos as refeições dele!) :)


Deixo-vos com uma receita bem sucedida e surpreendente: queques de frutos vermelhos paleo. Sem glúten e sem açúcares refinados, mas cheios de sabor. Saudáveis e deliciosos. Naturais como a alimentação dos nossos antepassados, mas sem aquelas chatices todas da peste e da neurossífilis :D


Queques de frutos vermelhos paleo (receita adaptada do blog 'Bravo for Paleo')

Ingredientes (para seis queques):

* Uma chávena mais cinco colheres de sopa de farinha de amêndoa (amêndoa moída);
* Uma pitada de sal;
* Meia colher de chá de bicarbonato;
* Dois ovos;
* Duas colheres de sopa de mel;
* Uma colher de chá de essência de baunilha natural;
* Duas colheres de sopa de manteiga;
* Duas colheres de sopa de leite de amêndoa;
* Meia chávena de frutos vermelhos;
* Uma colher de chá de canela.

Confecção:

* Juntar a farinha de amêndoa, o sal e o bicarbonato e misturar bem;

* Noutra tigela bater bem os ovos com o mel e juntar a baunilha, a manteiga derretida e o leite de amêndoa, misturando bem;

* Misturar cuidadosamente os ingredientes líquidos com os ingredientes secos e envolver os frutos vermelhos e a canela;

* Colocar em forminhas e levar ao forno pré-aquecido a 180º durante vinte minutos.

  

Espero que gostem! :D