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8 de março de 2021

Tarte de amêndoa caramelizada para um regresso a casa.

Este é o sítio, este é o local,
Leça da Palmeira, terra mais bonita de Portugal.
Eu não sei se vou ficar bem assim,
Eu só sei o que vai ser melhor para mim.

Expensive Soul

Para ser rigorosa, a história desta tarte de amêndoa começa com a Carina. A Carina foi da minha turma da faculdade durante cinco anos (mudei para a turma do Pedro no fim do primeiro ano, e a Carina era dessa turma), por isso conhecemo-nos há quatorze anos. Não sei bem se éramos amigas na altura. Sempre nos demos bem e tínhamos algumas características em comum, mas acabávamos por ter círculos restritos distintos. 

Até que eu contei à Carina que estava grávida da Gabriela, e ela respondeu que estava grávida também.

8 de agosto de 2016

Queques de maçã com crumble de aveia e amêndoa.

Antes do Mati nascer dediquei-me a fazer algumas receitinhas de propósito para congelar e comer nos primeiros dias de regresso a casa. A maior parte delas eram pratos principais, mas aproveitei para congelar também fatias de bolo e queques para oferecer às visitas.


5 de fevereiro de 2016

Macarons de chocolate negro e limão

Depois dos macarons de limão que vos mostrei aqui, tenho sido convidada pelos meus amigos para fazer mais experiências. E foi assim que surgiram estes macarons de chocolate negro e limão, que embora tenham ficado um bocadinho mais toscos do que os primeiros ficaram igualmente deliciosos :D Espero que gostem :D

(E hoje vão sair cá da cozinha uns macarons de framboesa para o jantar com a Joana e o Bernardo! Nhom nhom nhom!) :D


28 de janeiro de 2016

Macarons de limão

Tinha convidado a interna pequenina para jantar cá em casa, mas continuo sem conseguir dedicar-me a grandes aventuras culinárias sem acabar deitada no chão com as pernas levantadas. Vai daí, estabeleci um plano: fazer Boeuf Bourguignon para o jantar (que tem a vantagem de ser um prato muito simples que fica no forno enquanto se arrumam as outras coisinhas), usar o curd de limão que tinha sobrado do meu bolo de lima e limão delicioso e aproveitar as claras que sobraram do curd para fazer uma sobremesa.


13 de janeiro de 2016

Crepes com doce de ovos e laranja e amêndoa

Uma das melhores partes de estar de baixa é poder comer o pequeno-almoço devagar. Acabaram-se as torradas devoradas no carro por entre manobras manhosas e o pacotinho de leite bebido no percurso entre o estacionamento e o hospital, acabaram-se as saídas à pressa sem comer, acabaram-se os batidos engolidos antes da primeira consulta do dia. Agora sou só eu e os minutos a passar lentamente no relógio. E a parte difícil é escolher com que pequeno-almoço dos céus me irei presentear nesse dia.


7 de janeiro de 2016

Bolo de massapão e ovos moles

Quando era criança abominava massapão. Achava o massapão demasiado doce e enjoativo, e era por isso uma grande tristeza para mim quando tinha que gramar com aquilo em todos os aniversários da minha mãe, da minha avó e esporadicamente alguns do meu pai e do meu irmão. Com o tempo rendi-me às evidências: ninguém ia deixar de comprar bolos de massapão porque eu não gostava.

(Tal como não deixaram de comer cabrito ou borrego nos dias de festa, ou de fazer arroz de lulas ou costeletas com gordura. Sou a renegada da minha família, eu sei.)


15 de julho de 2015

Barrinhas de frutos secos (paleo) para uma criancinha querida :D

I'ma do the things that I wanna do,
I ain't got a thing to prove to you.
I eat my candy with the pork and beans,
Excuse my manners if I make a scene.

I ain't gonna wear the clothes that you'll like.
I'm fine and dandy with the me inside.
One look in the mirror and I'm tickled pink,
I don't give a hoot about what you think.

Weezer


16 de junho de 2015

Umm Ali e duas vidas passadas :)

Can't figure out what's the right thing for me,
Guess I'll have to wait and see.
So understanding but so far from the truth.
It's what I have to live with, it's not all I wanted to be,
It's not all I wanted to see. 
I can't keep on leading, I've left what I'm leaving, 
I guess that's just what I believe.

Sum 41


11 de maio de 2015

Queques de amêndoa, limão e canela (paleo, sem farinha, sem açúcar) e as saudades do Natal :)

Oh, the weather outside is frightful,
But the fire is so delightful.
And since we've got no place to go,
Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow!


30 de abril de 2015

Granola de amêndoa e coco para uma praxe :)

People try to put us down,
Talking about my generation.
Just because we get around,
Talking about my generation.
Things they do look awful cold,
Talking about my generation.
I hope I die before I get old.
Talking about my generation.

My generation,
This is my generation, baby.

The Who


26 de fevereiro de 2015

Semana da diabetes #4: Bolinhas de coco, aveia e amêndoa para acordar os mortos! :D

'All you need is love. But a little chocolate now and then doesn't hurt.'
- Charles M. Schulz

'There is nothing better than a friend, unless it is a friend with chocolate.'
- Linda Grayson


No meu primeiro dia como interna da especialidade fiquei a assistir às consultas da interna do terceiro ano. Tinha almoçado ao meio-dia, e eram umas seis da tarde quando ela sugeriu irmos lanchar qualquer coisa ao piso de baixo. Não tinha levado qualquer tipo de comida comigo porque não sabia como iria ser o meu dia e como era a dinâmica do serviço neste aspecto, e por isso quando chegámos às máquinas automáticas e ela tirou um café e um chocolate pensei que era de facto uma boa ideia fazer o mesmo.


Nem sequer me lembrava da última vez que tinha comido um chocolate de compra. Podiam ter passado meses, talvez até anos. E de repente parecia uma criança numa loja de brinquedos, com tantas hipóteses tentadoras: Mars, Twix, Kit Kat, M&M's, Snickers, Bounty, Maltesers e Lion, havia de tudo naquela máquina do demónio.

Tirei os Maltesers. E deliciei-me à brava.


Dois dias depois saí de casa à pressa de manhã e esqueci-me do lanche. Voltei a ir à máquina, desta vez para tirar um Snickers.

Três dias depois tinha o lanche comigo, mas apetecia-me mesmo era um chocolate. E percebi que estava com um problema.


Nesse dia cheguei a casa decidida a cozinhar um snack guloso e saudável. Adaptei a minha receita de No-Bake Energy Bites, usei óleo de coco e amêndoas e acabei com as bolinhas mais bem sucedidas da história, de tal forma que ficarão para sempre com o cognome de 'snack-acorda-mortos'.

Duvido que acordem literalmente os mortos, mas garanto que estas bolinhas dão um boost de energia mesmo nas tardes de consulta mais pesadas! :)


Bolinhas de coco, aveia e amêndoa

Ingredientes (para sete bolinhas):

* Quatro colheres de sopa de flocos de aveia finos;
* Três colheres de sopa de coco ralado;
* Quatro colheres de sopa de óleo de coco amolecido;
* Três colheres de sopa de amêndoa picada;
* Três colheres de sopa de pepitas de chocolate negro (ou chocolate negro ralado);
* Uma colher de sopa e meia de mel;
* Meia colher de chá de essência de baunilha natural.

Confecção:

* Misturar todos os ingredientes numa tigela;

* Cobrir e levar ao frigorífico durante aproximadamente meia hora;

* Fazer bolinhas e conservar no frigorífico.



(Podem ver outra receita de bolinhas de amendoim e aveia aqui)

Até amanhã! :D

13 de outubro de 2014

Queques de pêra e canela com crumble de amêndoa para a chegada do Outono :)

The falling leaves drift by the window,
The autumn leaves of red and gold.
I see your lips, the summer kisses,
The sunburned hands I used to hold.

Since you went away the days grow long,
And soon I'll hear old winter's song.
But I miss you most of all my darling
When autumn leaves start to fall.

Frank Sinatra


A que cheira o Outono para vocês?

Para mim o Outono cheira a doce de abóbora, a folhas castanhas e a livros novos. Cheira a bolo acabado de sair do forno e a chá de menta. Cheira a maçã assada, a chocolate quente e a creme de ervilhas.

Para mim o Outono cheira um bocadinho a recomeço.


Durante anos o Outono indicava o regresso à rotina das aulas, o reencontro com os amigos e o fim da preguiça. Mas simbolizava também o início da minha altura preferida do ano - o Inverno. Por isso, para mim o Outono sempre foi como o arco-íris que nos aponta o fim da chuva e o regresso do sol quentinho, como uma espécie de polícia sinaleiro que aponta: Joana, a felicidade é por ali.


E o passar dos dias, das semanas e dos meses fazem-me sorrir de satisfação. Adeus pressão arterial baixa, adeus calor insuportável, adeus silly season. Olá meias quentinhas, pijamas com renas e jantares reconfortantes com a casa recheada de amigos.

Para mim o Outono cheira a esparguete à bolonhesa, a baunilha e a café com leite. Cheira a filmes com pipocas caseiras. E cheira a pêra com canela e amêndoa.


Sabem, já não existem muitas receitas de queques que me surpreendam. Depois de tantos sucessos estrondosamente incríveis conformei-me com a ideia de ter já atingido o limite superior da satisfação das minhas papilas gustativas, e a minha relação com os queques transformou-se de uma paixão tresloucada para um amor sereno e estável.

Mas, tal como me acontece frequentemente com o Pedro - e como acontece sempre que amamos algo que nos preenche a alma e o coração -, há sempre um momento em que voltamos a apaixonar-nos de uma forma inocente e adolescente por algo que já amamos. E isso aconteceu-me novamente, mal provei o primeiro queque de pêra ainda quentinho.

Por isso olá Outono. Sei que te encontro todos os anos,  como uma espécie de polícia sinaleiro que aponta: Joana, a felicidade é por ali. Prometo dar-te em troca muitos, muitos queques deliciosos.


Queques de pêra e canela com crumble de amêndoa

Ingredientes (para nove queques):

* 125ml de leite;
* Duas colheres de chá de vinagre;
* Uma chávena de chá mais uma colher de sopa de farinha de trigo;
* Meia colher de chá de bicarbonato de sódio;
* Meia colher de chá de fermento;
* Uma colher de chá de canela;
* Uma pitada de sal;
* Um ovo;
* Três colheres de sopa de óleo;
* Uma colher de chá de essência de baunilha;
* Três quartos de chávena de chá de açúcar amarelo;
* Uma pêra madura descascada e cortada em pedaços pequenos.

Para o crumble de amêndoa:

* Quatro colheres de sopa de açúcar amarelo;
* Quatro colheres de sopa de amêndoa moída;
* Três colheres de sopa de amêndoa picada;
* Meia colher de chá de canela;
* Uma colher de sopa e meia de manteiga.

Confecção:

* Juntar o leite com o vinagre e deixar actuar durante cerca de cinco minutos;

* Numa tigela grande misturar a farinha, o bicarbonato de sódio, o fermento, a canela e o sal;

* Numa tigela média bater o ovo e juntar o açúcar amarelo, batendo bem até ficar um creme espumoso;

* Acrescentar o óleo, o leite e a essência de baunilha, batendo até ficar tudo misturado;

* Numa tigela pequena juntar o açúcar amarelo, a amêndoa moída, a amêndoa picada e a canela, envolvendo bem;

* Juntar a manteiga e misturar com os dedos até ficar uma mistura semelhante a crumble;

* Misturar os ingredientes líquidos com os ingredientes secos apenas até a mistura ficar combinada - não misturem demasiado, senão os queques ficam pesados!

* Acrescentar os bocadinhos de pêra e envolver;

* Colocar a massa em forminhas para queques e cobrir com o crumble;

* Levar ao forno pré-aquecido a 220º durante sete minutos, baixando depois a temperatura do forno para os 180º e deixando cozinhar durante mais treze minutos;

* Deixar arrefecer sobre uma grade;

* Podem congelar os queques e posteriormente basta descongelá-los à temperatura ambiente ou no microondas.


   
Podem fazer sem crumble, ficam deliciosos na mesma :D
Tenham uma óptima semana! :D

5 de agosto de 2014

Iogurtes de nectarina e amêndoa para uma prenda especial :D

Now, hush now, honey here's the word,
My baby's gonna buy me a mockingbird.
And if that mockingbird don't sing
Baby's gonna buy me a diamond ring.

And if that diamond ring won't shine
We'll still have a real good time,
So I'm sitting right here.

Katie Melua


O Pedro não é particularmente bom a oferecer-me prendas. Isto não é segredo nenhum para o próprio ou para quem já nos conhece, e depois de alguns desastres épicos optámos por uma abordagem mais simples: oferecemos um ao outro coisas simbólicas e cheias de carinho.

No Natal há três anos tive umas seis ou sete prendas deste género - todas pequeninas e repletas de significado. E eis que, qual não é o meu espanto, quando abro uma delas e é um secador de cabelo.


Sim, leram bem: o Pedro ofereceu-me um secador de cabelo, daqueles grandes e profissionais cheios de peças para aplicar e fazer os mais variados efeitos. E de todas as prendas que ele me ofereceu nestes seis anos muito felizes, essa é uma das minhas preferidas.


Eu sempre tomei banho de manhã e nunca secava o cabelo. Pouco tempo depois de entrar na faculdade comecei a tomar banho quando chegava a casa, e quando era hora de dormir ainda estava com o cabelo húmido. Depois de meses (anos?) a dormir com o cabelo molhado e a acordar cheia de dores de garganta o Pedro descobriu a solução óbvia: um secador de cabelo. Nunca me tinha ocorrido isso, mas ocorreu-lhe a ele. E ainda hoje me lembro deste gesto tão amoroso sempre que uso o secador.


Há algumas semanas cheguei a casa e o Pedro mostrou-me, com um ar vitorioso, um saco de nectarinas que estava em cima da mesa da cozinha.

'Vi-as quando vinha para casa e estavam com tão bom aspecto que as trouxe para os teus iogurtes.', - disse ele.

E foi assim que aquelas nectarinas tão grandes e sumarentas se tornaram mais uma das minhas prendas preferidas. E certamente tornaram estes iogurtes ainda mais docinhos.


Iogurtes de nectarina e amêndoa

Ingredientes (para sete iogurtes):

* 250g de nectarina descascada e cortada em pedaços pequenos;
* 50g de amêndoa cortada em pedaços;
* 50g de açúcar branco;
* Um litro de leite fresco meio-gordo;
* Três colheres de sopa de leite em pó magro;
* Três colheres de sopa de açúcar branco;
* Um iogurte natural;

Confecção:

* Levar a nectarina, a amêndoa e o açúcar a cozinhar em lume brando até que o molho engrosse;

* Numa panela colocar o leite, o leite em pó e o açúcar e mexer com uma vara de arames;

* Levar ao lume até ferver e deixar arrefecer;

* Quando estiver morno juntar o iogurte, misturando com a vara de arames;

* Colocar a compota no fundo dos copinhos e cobrir com o leite;

* Levar à iogurteira durante cerca de dez horas;

* Transferir para o frigorífico durante pelo menos quatro horas.

  

Até amanhã! :D

21 de julho de 2014

Queques de limão e amêndoa para um dia triste.

Without you now I see
How fragile the world can be.
And I know you've gone away
But in my heart you'll always stay.

I cried for you, and the sky cried for you,
And when you went I became a hopeless drifter.
But this life was not for you,
Though I learned from you,
That beauty need only be a whisper.

Katie Melua


Era Domingo à noite. Eu tinha chegado a casa vinda da minha viagem (na altura semanal) ao Porto. Sentei-me na cama a vestir o pijama, e eis que quando olhei para o chão vi algo extremamente parecido com... Um pequenino cocó.

Pensei que estava a alucinar de cansaço.

Alguns minutos depois sentei-me no sofá, e enquanto esperava que o meu portátil ligasse vi pelo canto do olho algo a mexer-se.

'Está ali um rato!' - gritei.


Os nossos gerbos da Mongólia tinham escavado um buraco na caixa e tinham passado todo o fim-de-semana a passear-se alegremente pela nossa casa. À excepção do Tomás, claro, que sempre foi o rato cocó tímido.

Seguiram-se horas de caça aos ratinhos, aspiração do chão e recuperação da casinha deles.


Em Novembro do ano passado um dos nossos ratinhos morreu de repente. Embora tecnicamente todos já tivessem ultrapassado a esperança média de vida típica da espécie, a verdade é que eram tão animados (à excepção do Tomás, pronto) que aquilo apanhou-nos completamente desprevenidos.

Em Janeiro o Tomás morreu também de repente, possivelmente assassinado pelo outro ratinho em circunstâncias muito suspeitas. 'Foste um rato mono, mas eras querido', foram as palavras que o Pedro lhe dedicou antes de o enterrarmos. E começámos a preparar-nos para o pior: afinal já só tínhamos o Jorge, e sempre nos disseram que um ratinho sozinho morria de solidão.


Não foi isso que aconteceu. O ratinho assassino sobrevivente ficou aparentemente mais feliz e animado do que nunca, e todos os dias podíamos vê-lo a saltitar e a correr de um lado para o outro o que ainda aumentou mais as minhas suspeitas da morte do Tomás não ter sido propriamente acidental.

Isso mudou há algumas semanas. O Jorge começou a desequilibrar-se, a ficar mais parado e a ter uma enorme dificuldade em subir as escadinhas para a comida. Pensámos que ele estava a ficar bem velhinho e tratámos logo de o deixar mais confortável, mas o estado dele piorou de repente. O que se seguiu foi uma longa noite e um dia ainda mais longo, até o Jorge decidir parar de lutar e entregar-se ao peso do cansaço da idade.


Enterrámo-lo debaixo de uma árvore no jardim em frente à nossa casa, embrulhado na sua caminha de algodão e feno. Com a emoção esquecemo-nos das sementes de sésamo, mas não faz mal: aposto que o céu dos ratinhos está cheio delas. Já em casa chorámos abraçados, esmagados pelo peso da morte do último dos bichinhos que nos acompanharam durante cinco anos. E depois o Pedro limpou-me as lágrimas e disse:

- E daquela vez que os ratinhos fugiram da casinha e o Tomás ficou para trás com medo?

E sorrimos. Os nossos ratinhos estavam novamente juntos, a correr livres pelo céu dos gerbos. À excepção do Tomás, que certamente tinha ficado para trás com medo de qualquer coisa.


Queques de limão e amêndoa

Ingredientes (para seis queques):

* 140g de farinha de trigo;
* Uma colher de chá de fermento;
* Meia colher de chá de bicarbonato de sódio;
* Uma pitada de sal;
* Duas colheres de sopa de amêndoa picada;
* Duas colheres de sopa de coco ralado (opcional);
* Um ovo;
* 60g de açúcar amarelo;
* Uma colher de chá de raspa de limão;
* 120ml de sumo de limão;
* Duas colheres de sopa de leite;
* Três colheres de sopa de óleo vegetal.

Confecção:

* Juntar a farinha, o fermento, o bicarbonato de sódio, o sal e a amêndoa picada (e o coco, se assim optarem);

* Noutra tigela bater o ovo com um garfo e juntar o açúcar amarelo, a raspa e o sumo de limão, o leite e o óleo vegetal, batendo bem entre cada ingrediente;

* Juntar a mistura líquida aos ingredientes secos e misturar com uma colher de sopa apenas até os ingredientes ficarem ligados;

* Colocar em forminhas para queques e cobrir com amêndoa picada;

* Levar ao forno pré-aquecido a 220º durante sete minutos, após os quais se baixa a temperatura para os 190º e se deixa cozinhar durante treze a quinze minutos.
  

Tenham uma boa Segunda-feira do queque (sim, agora são oficialmente queques!) :)

5 de março de 2014

Tarte de amêndoa da minha infância.

When she was just a girl
She expected the world,
But it flew away from her reach,
So she ran away in her sleep.

And dreamed of paradise
Every time she closed her eyes.

Coldplay


Vivi naquela casa desde que me lembro e até aos meus dezasseis anos. Quando sonho, aquela ainda é a minha casa. Foi naquela casa, já vazia, que eu e o Pedro nos apaixonámos quando fui ao Porto com os meus amigos da faculdade.

À nossa frente vivia um casal já com alguma idade e sem filhos, a dona A. e o senhor O. Quando eu era pequena a dona A. costumava dar-me bolachas recheadas com chocolate, e eu comia-as deliciada e feliz. Também era relativamente frequente ir com eles a um café ao lado de casa - o Frente a Frente, que nem sei se ainda existe - onde eles me ofereciam fatias pequenas de tarte de amêndoa. 

E só vos digo, que delícia era aquela tarte de amêndoa! 


Soltava gritinhos de expectativa sempre que a dona A. me chamava para irmos ao café, onde nunca comia mais nada que não fosse aquela tarte de amêndoa do céu. 

Eventualmente os anos passaram e os meus pais chatearam-se com a dona A. e o senhor O. (ou eles chatearam-se connosco, honestamente não me recordo). Deixei de ir ao Frente a Frente, e passei uns bons anos sem comer uma tarte de amêndoa tão boa. 


Um dia voltei a encontrá-la, desta vez num dos meus restaurantes preferidos: o Casarão do Castelo, em Leça da Palmeira. E desde então, sempre que vou ao restaurante (o que não acontece com tanta frequência como gostaria) peço uma fatia pequena de tarte de amêndoa e mato saudades de ser criança. 

Esta não é tão boa como a do Frente a Frente, mas chega bem lá pertinho. Espero que gostem :) 


Tarte de amêndoa (receita adaptada do blog 'Ananás e Hortelã')

Ingredientes: 

Base:

* 80g de manteiga sem sal;
* 100g de açúcar branco; 
* Um ovo; 
* Três colheres de sopa de leite;
* 150g de farinha de trigo; 
* Meia colher de chá de fermento;

Cobertura:

* 125g de amêndoa palitada ou picada;
* 100g de açúcar;
* 125g de manteiga;
* Três colheres de sopa de leite;
* Canela q.b. para polvilhar.

Confecção: 

* Amolecer a manteiga no microondas e misturar com o açúcar e o ovo, batendo bem;

* Juntar o leite, a farinha e o fermento e envolver;

* Colocar a massa numa tarteira e levar ao forno pré-aquecido a 180º durante quinze minutos;

* Retirar e deixar arrefecer ligeiramente;

* Para a cobertura juntar os ingredientes numa panela e aquecer em lume brando, mexendo sempre;

* Deixar ferver durante cinco a sete minutos, até o molho engrossar;

* Colocar a cobertura por cima da base, polvilhar com a canela e levar novamente ao forno durante cerca de quinze minutos;

* Desenformar ainda quente.


Até amanhã! :D 

29 de julho de 2013

Massapão e uma reflexão sobre a Lei de Murphy (ou como tudo correu mal com este bolo!)

Rise up this morning,
Smile with the rising sun.
Three little birds
Each by my doorstep,
Singing sweet songs
Of melodies pure and true.
Saying, this is my message to you.

Singing: don't worry about a thing, 
'Cause every little thing gonna be all right! 

Bob Marley


A Lei de Murphy (que na verdade é um epigrama) define que 'se alguma coisa puder correr mal, então vai correr mal'. E foi exactamente isso que se verificou com o bolo de aniversário da minha mãe.


Há vários anos que encomendamos um bolo simples com recheio de doce de ovos e cobertura de massapão numa pastelaria próxima de nossa casa. O bolo é delicioso e caseirinho, e conseguiu a proeza de me tornar uma apreciadora (mais do que isso, uma fã!) de massapão.

Este ano decidi ser eu a fazer o bolo de aniversário. Afinal, era só um bolo simples (não devia ser difícil, certo?) com recheio de doce de ovos (que eu já tinha feito) e com cobertura de massa de amêndoa (que eu nunca tinha feito, mas os meus pais sim!). Decisão tomada, pus mãos à obra.


Segui religiosamente uma receita que vi recomendada num blog que sigo, e estava bastante confiante quando o bolo entrou no forno.

Quando o bolo saiu do forno estava um desastre. Estava completamente colado na forma (culpa da forma), abateu totalmente quando o desenformei (algo que nunca me tinha acontecido) e quando o cortei ao meio estava enqueijado por dentro (culpa talvez do facto da receita levar bastantes ovos, não sei). Fiquei parada a entrar em pânico analisar as minhas opções, e eis que a minha mãe telefona para dizer que afinal dois dos clientes do trabalho dela também vinham cantar os parabéns e comer bolo.

Que bom. Ou não.


Juro-vos, naquele momento pensei em ligar à pastelaria e implorar para que me fizessem um bolo até ao fim da tarde. Mas o meu irmão insistiu muito para que eu parasse de ser caguinchas fizesse um novo bolo, e por isso entrei em acção novamente.

Novo bolo, nova receita seguida à risca. Quando o bolo saiu do forno não estava colado nem abateu, mas cresceu pouco e ficou mais consistente do que o que eu pretendia. Bem, ia ter de chegar.


Recheei e cobri o bolo com uma quantidade bem generosa de doce de ovos na tentativa de o tornar mais leve, e comecei a fazer o massapão. Tudo correu bem, até ao momento de esticar a massa e cobrir o bolo: a massa quebrava-se mal tentava esticá-la com o rolo. Fui juntando algumas gotas de água e muitas orações, e num processo que se assemelhou bastante a uma operação cirúrgica consegui esticar a massa, levantá-la da bancada e cobrir o bolo (esta última parte teve de ser feita a seis mãos!).

Coberto com açúcar em pó ficou com novo.


Quando abrimos o bolo as opiniões foram unânimes: o massapão estava simplesmente delicioso, mas o bolo estava consistente demais. Não foi por isso que não se comeu todo, mas nesse dia aprendi várias lições.

Não testar uma receita nova num dia em que temos convidados estranhos em casa. Ser mais criteriosa em relação às receitas que encontro noutros blogs (principalmente em ocasiões importantes como esta!). Encomendar um bolo é uma atitude muito sensata em algumas situações. Não perder a receita deste massapão delicioso.

(Cinco dias depois esqueci a primeira lição e fiz um bolo novo para o aniversário do meu irmão. Mas isso já é outra história!) :D


Massapão (receita adaptada do blog 'ratatui dos pobres')

Ingredientes (para cobrir um bolo médio):

* 250g de amêndoas peladas;
* Uma colher de sopa de sumo de limão;
* 150g de açúcar em pó;
* Uma clara;
* Uma colher de sopa de mel;
* Uma colher de sopa de água;
* 200g de açúcar em pó para juntar no fim.

Confecção:

* Picar a amêndoa no robot de cozinha;

* Adicionar o sumo de limão, o açúcar em pó, a clara, o mel e a água e misturar bem;

* Aquecer a mistura em lume brando durante cinco minutos, ou até descolar das mãos;

* Retirar do lume, juntar os 200g de açúcar em pó e amassar bem;

* Esticar com um rolo (se necessário podem juntar algumas gotas de água);

* Cobrir o bolo;

* É necessário cobrir o bolo antes de colocarem o massapão, para que este adira à massa. Para este efeito podem usar compota, geleia, doce de ovos ou manteiga - eu usei doce de ovos.


Apesar das peripécias a verdade é que este bolo me vai deixar boas recordações :D 

Tenham uma boa semana :D