Fotos minhas
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
sexta-feira, fevereiro 01, 2013
Momento de poesia com Agostinho Fardilha
Foto minha
Fevereiro (signo da Lebre)
Falar de ti, ó Lebre, eu vou:
e(´)s fêmea, ele te encantou,
vives feliz: sempre te amou;
e(´)s honesta e queres viver;
raros conflitos têm que haver
e a calma entre vós tem poder;
inteligente e honesta és,
rosto quase sempre ao viés,
o destro, da cabeça aos pés.
Vocabulário:
Destro= astuto, ágil
Horóscopos Chineses (segundo Rita Danylink)
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
quarta-feira, janeiro 30, 2013
Um olhar
Aqui, tudo é paz, rodeada pelas verdes montanhas resguardadas por um manto de nuvens, transmitindo uma serenidade que se funde com o profundo silêncio ao redor.
segunda-feira, janeiro 28, 2013
sexta-feira, janeiro 25, 2013
terça-feira, janeiro 22, 2013
sábado, janeiro 19, 2013
quarta-feira, janeiro 16, 2013
Momento de poesia com Agostinho Fardilha
João Penha
(João Penha de Oliveira Fortuna)
(1838 – 1919)
“Nasceu em Braga e licenciou-se em Direito pela Universidade
de Coimbra. O vate bracarense fundou a revista “ A Folha”, onde colaboraram
vultos como Cândido de Figueiredo, Teófilo Braga, Gonçalves Crespo, Sousa
Viterbo, Guerra Junqueiro, etc.
Esta revista
pode considerar-se como o ponto de partida da poesia parnasiana e realista. A
sua influência foi muito importante como reacção contra o ultra-romantismo.
Como poeta, João Penha recupera, sobretudo, o
soneto da escola italiana e a camoniana oitava rima, levando ao excesso o
aprumo formal e a atitude antilírica, mordaz programaticamente contra toda a
herança do romantismo e da sua degenerescênca ultra-romântica.
Albino Forjaz de Sampaio resume o seu epicurismo acintoso
numa frase: “ A sua musa, vulgada pelas Rimas, cantava duas coisas: o
vinho e as mulheres”.
Lembremo-lo com as composições poéticas que se seguem.
I
Pecados
1
Entre agrestes
penhascos alcandorada
p’ros lados do Marão
labuta o povo
numa rude aldeola
mourejada
nos trabalhos da terra,
seu renovo.
Por falta de higiene
era empestada,
oh! Céus, não de mau
cheiro, mas de novo
vinho só feito c’uva da
“ex matre”,
tão bom que torna fofo
o duro catre.
2
Um cura pastoreia os
crentes em Deus,
de barriga qual dorna
sempre cheia
de saboroso vinho e
trajes seus
manchados por frequente
bebedeira,
emborca, de manhã, com
bons pitéus,
enorme canjirão: uma
braseira
parecem as bochechas.
Mas fregueses
gostam dos seus
sermões, embora soezes.
3
Em certa Missa, o frade
criticou
quem tiver relações
sexuais fora
do casamento: Adão só
Eva amou.
Mas um paroquiano, sem
demora,
o frei interpelando,
perguntou:
apanho uma piela a toda
a hora.
Pecado beber tanto?
Cura, então:
traz calma ao nosso
corpo. Assim, é Não.
Vocabulário:
Renovo= horta
“ex matre” = só da
videira (sem mistura)
Soez = estúpido
II
O Vinho
(soneto de versos com sete sílabas)
Vinho primeiro que nós?
Talvez recepção divina,
augurando boa sina
saída da Sua Voz.
Abel e Caim feroz
luta aos dois os
desatina:
o vinho foi a ruína
e a morte veio após.
Horácio , em ode
sublime,
elogia vinho puro,
que o coração sempre
anime
por mais qu’ele seja
duro.
A sua falta deprime
Canaá que fica em
apuro.
III
Qual dos dois?
1
Sou feliz p’la minha
amada.
Comprei, porém, um
cacete
e de reforço um porrete
para quebrar a ossada
a quem deitou uma
olhada
para a linda Dulcineia,
a mais esbelta da
aldeia.
Ele é rico, mas
labrego;
parece mais um borrego,
sempre de barriga
cheia.
2
Fico sempre todo em
brasas,
se maravilhada vês,
quando esse porco
montês
diz ter numerosas
casas.
É com elas que te
aprazas?
Ser feliz tem mais
valor:
olha p’ra este trovador
e dá-lhe o teu coração:
farás um ajuste bom,
e em meu jardim serás
flor.
3
Vou dizer quem somos
nós.
Depois ajuizarás
e quem vale mais dirás.
De uma vida é a foz
casar. Não sejas veloz.
Oh! Vem aí o jumento.
Sem chapéu o
cumprimento.
Todo ele exibe riqueza
com a falta de limpeza:
é cara sem escarmento!
4
Entrou na enfeitada
sala,
mostrando dourados
estribos,
cabeleira como os
chibos.
O dono olha, mas se
cala,
porém dona deita fala,
atalhando verborreia,
mandando servir a ceia.
Com lábio enxuga nariz;
Não come, engole o
infeliz.
Não merece uma tareia?
5
Mas tu, formosa menina,
bem me conheces: nos
dias
alegres em que taça
enchias;
tristes, quaresma
domina,
mas sem zanga
pequenina.
Com monóculo a doçura
dos olhos cubro. Ela é
alvura.
Sou culto p’ros
portugueses
e o mais puro dos
burgueses.
Face magra tem
brandura.
6
Minhas cantigas são
lindas
e apreciadas também
p’las moças, que, sem
desdém,
dizem que mais são
benvindas.
Sou o homem que não
rescindas.
Pensa e diz: seu
carroção
queres, mais currais e
chão,
caxemiras e mais
presentes
ou minha choça sem
gentes:
só eu e o meu coração?
Vocabulário:
Ver= prever
Aprazar= ajustar
Escarmento = vergonha
Atalhar= interromper
Quaresma =abatimento
Chão= propriedade
rústica
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
segunda-feira, janeiro 14, 2013
sábado, janeiro 12, 2013
um olhar
Foto minha
É fim de tarde. Tudo lembra o " Toque a Recolher".
O dia adormece. As nuvens vestem-se de negro, acordando a noite. As gaivotas recolhem-se ao aconchego do lar.
quinta-feira, janeiro 10, 2013
segunda-feira, janeiro 07, 2013
Um olhar
Foto minha
A vida é uma luta constante
em busca do pão de cada dia.
Todos anseiam, mesmo à porfia,
fazer parte da classe importante.
Com o tempo já em agonia,
a pé, de carro, sem abulia,
ao lar regressam, qual emigrante.
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
sexta-feira, janeiro 04, 2013
Um olhar
Fotos minhas
(...)
Já sem o receio de outras eras
Os meus tempos foram outros
Terminei a minha faina habitual
Não sei se estou pior se mais feliz
Sou um símbolo do passado nacional
Dei ao mundo a conhecer o meu país
Agora sou um souvenir de Portugal
(André Moa)
(...)
terça-feira, janeiro 01, 2013
Momento de poesia com Agostinho Fardilha
Foto minha
Janeiro (signo do Tigre)
Já conheço virtudes tuas:
amor, coragem e até aventura;
no orgulho, porém, não recuas
e a teimosia, ela perdura:
inflexível muitas vezes és,
rareando ,em ti, o revés;
o tigre e tu, de lés-a-lés.
Horóscopos Chineses (segundo Rita Danyliuk)
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
domingo, dezembro 30, 2012
Li e gostei (mensagem de fim de ano)
Foto minha
Para você ganhar belíssimo Ano Novo...
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
(...)
Para ganhar um Ano Novo que mereça
este nome, você, meu caro, tem de
merecê-lo, tem de fazê-lo novo,
Eu sei que não é fácil mas tente,
experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
dorme e espera desde sempre.
(autor desconhecido)
quinta-feira, dezembro 27, 2012
Um olhar
Foto minha
Inverno, tens peculiar beleza.
Não faltam enamorados com certeza:
lembram-se dos desportos e da caça?
Há germinação p'ra que a seguir nasça!
O pinheiro não se despe e o alegra;
candeeiro raro cenário integra:
um refresca o ar com sua cor,
d'outro, o frio ilude, a luz e calor.
Agostinho Fardilha (o meu pai)
Coimbra
terça-feira, dezembro 25, 2012
domingo, dezembro 23, 2012
Li e gostei
Foto minha
(...) Quem alguma vez amou
e quem ainda sente o amor,
sabe que ele é uma ALEGRIA
onde também palpita a dor.
Porque o abraço envolve dois.
Não se pode ABRAÇAR sozinho.
(...) Quanto às pessoas, a sua linguagem
dos abraços é muito multicor.
Porque é INFINITA a criatividade
que um abraço contém.
Por exemplo:
Há os que gostam de se abraçar de verdade,
corpo contra corpo,
e os que gostam de se abraçar,
leve, ao-de-leve, nas pontas dos dedos.
Há os que gostam de se abraçar à distância,
ATRAVÉS DOS OLHOS.
O abraço entre eles é discreto, subtil.
Há abraços tão LONGOS
que conseguem alcançar os céus
e abraços que nos percorrem dos pés à cabeça.
Em certos abraços as mãos ficam inquietas.
Há abraços feitos de sorrisos e de risos
e um abraço que conforta e vence a solidão.
E há abraços de alegria
e também abraços onde receamos
a hora em que teremos de nos separar.
Depois de uma briga, é muito consolador e jamais magoa
aquele abraço de reconciliação onde se recupera a paz.
A luz invade o escuro, a noite procura o dia.
Eis o abraço que envolve os contrários.
Um abraço quando se dança,
um abraço dentro do abraço
e, súbito, o abraço de despedida.
Um abraço carinhoso a desejarmos "boa noite"
e um abraço especial que nos diz "olá"
e aquele que nos fala apenas de "adeus".
O abraço que vem de MUITO LONGE NO TEMPO,
repleto de saudades,
mergulha no nosso coração
e jamais o esqueceremos.
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Inverno...um convite ao aconchego
quarta-feira, dezembro 19, 2012
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