Diogo Bernardes
(1530 (?) – 1605)
É conhecido pelo “poeta do Lima”, em cujas margens nasceu e passou grande parte da sua vida.
“Exceptuando Camões, Diogo Bernardes é talvez, do ponto de vista formal, o cume mais alto atingido, em Portugal, pelos padrões estilísticos italianos”.
Recordemo-lo com este
Ó límpidas e frescas águas do Lima,
ó verdes prados, onde vacas e bois
se deleitam. Vós testemunhas sois
dos meus cuidados e da profunda estima
pelo nobre D. João, que Deus tem.
Amava o povo e no seu coração
queria que o filho Sebastião
dilatasse o Império mais além.
Com Rei estive em Alcácer – Quibir.
Ele morreu e eu, em cativeiro
doloroso, fiquei por quatro anos.
São lembranças para sempre carpir…
Mas no meu túmulo ponham o letreiro:
“ a intolerância é fonte de danos”.
Obs: respeitei a estrutura de sonetos do Poeta:
(abba cddc EFG e fg)
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra