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segunda-feira, maio 01, 2017

Li e gostei





O meu mundo não é como o dos outros...quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade...sei lá de quê!

Florbela Espanca

quarta-feira, fevereiro 01, 2017

Li e gostei




(...) Pela primeia vez, compreendo o que significava a inexistência do corpo e da alma. Senti um vazio na barriga. Tinha náuseas, mas também estava zangado. Só de pensar que um dia eu vou desaparecer para sempre, não por uma ou duas semanas, quatro ou quatrocentos anos, mas para toda a eternidade, fico furioso.
Que aldrabões! Primeiro oferecem-nos o mundo e dão-nos rocas e combóios para brincarmos. Depois mandam-nos para a escola no Outono. No momento seguinte riem-se de nós e dizem:"Vocês foram enganados!", e arrebatam-nos o mundo das mãos. Sinto-me desamparado.Não tenho nada a que me agarrar. Nada pode salvar-me. Eu não perco apenas o mundo. Perco tudo e todos de quem gosto. Perco-me sobretudo a mim próprio.
E, num ápice, deixo de existir.


domingo, dezembro 23, 2012

Li e gostei


Foto minha


(...) Quem alguma vez amou
e quem ainda sente o amor,
 sabe que ele é uma ALEGRIA

onde também palpita a dor.

Porque o abraço envolve dois.
Não se pode ABRAÇAR sozinho.

(...) Quanto às pessoas, a sua linguagem
dos abraços é muito multicor.
Porque é INFINITA a criatividade
que um abraço contém.

Por exemplo:
Há os que gostam de se abraçar de verdade,
corpo contra corpo,

e os que gostam de se abraçar,
leve, ao-de-leve, nas pontas dos dedos.

Há os que gostam de se abraçar à distância,
ATRAVÉS DOS OLHOS.
O abraço entre eles é discreto, subtil.

abraços tão  LONGOS
que conseguem alcançar os céus
e abraços que nos percorrem dos pés à cabeça.
Em certos abraços as mãos ficam inquietas.
abraços feitos de sorrisos e de risos
e um abraço que conforta e vence a solidão.
E há abraços de alegria
e também abraços onde receamos
a hora em que teremos de nos separar.

Depois de uma briga, é muito consolador e jamais magoa
aquele abraço de reconciliação onde se recupera a paz.

A luz invade o escuro, a noite procura o dia.
Eis o abraço que envolve os contrários.

Um abraço quando se dança,
um abraço dentro do abraço
e, súbito, o abraço de despedida.

Um abraço carinhoso a desejarmos "boa noite"
e um abraço especial que nos diz "olá"
e aquele que nos fala apenas de "adeus".

O abraço que vem de MUITO LONGE NO TEMPO,
repleto de saudades,
mergulha no nosso coração
e jamais o esqueceremos.


sexta-feira, março 16, 2012

Excerto de um livro que gostei


(...) tudo existe com o seu contrário. A noite e o dia. O medo e a coragem. A fome e a saciedade. O frio e o calor. O amor e o ódio. Feitos exactamente da mesma matéria só que ao contrário. Do que é agora frente chega-se ao seu reverso esperando. Como se chegará do que agora é reverso à sua frente esperando. Uma mesma natureza que o tempo se encarregará de mostrar como se fosse outra e depois outra vez como se fosse a mesma. Num jogo de regras aparentemente fáceis (...)

Dulce Maria Cardoso (O Chão dos Pardais)

Foto minha

terça-feira, agosto 30, 2011

Excertos de livros




"É tão estranha a sensação de não viver. De estar só à espera que aconteça. Olhar para trás e ver que em quase meio ano nada aconteceu. Pelo menos comigo. (...) eu estou em stand by. (...) Como os passageiros à espera de um outro destino naquelas salas de aeroporto que são onde melhor se ouve a solidão de estarmos tão perdidos assim como eu aqui, que por momentos nos transformamos em verdadeiros fantasmas, sem sombra sequer, sem nada. Até acontecer alguma coisa. Vai ter de acontecer alguma coisa. E não acontece."

Pedro Paixão in Viver Todos os Dias Cansa
Foto:internet

quarta-feira, agosto 10, 2011

Excertos de livros que gostei

...Por outro lado encontrei magníficos sonhadores, homens e mulheres que porfiadamente acreditam nos seus sonhos. Mantêm-nos, cultivam-nos. Eu, humildemente, à minha maneira também fiz o mesmo."

Luis Sepúlveda in (O Poder dos Sonhos)

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Um conto de Natal (resumo)



Numa grande floresta de pinheiros, tílias,abetos e carvalhos, a norte da Dinamarca, morava um cavaleiro com a família.
Todos os anos festejava alegremente o Natal com a mulher, parentes e criados. Mas, certo Natal, terminada a ceia, declarou que no próximo ano não estaria ali com eles, pois resolvera ir em peregrinação à Terra Santa.
E lá partiu para a demorada e perigosa viagem, como eram as daquele tempo.
Um ano depois estava na Palestina e, no dia de Natal, dirigiu-se para a gruta de Belém.Rezou muito nessa noite e pediu aos Anjos que o protegessem e guiassem na viagem do regresso, para que, daí a um ano, pudesse celebrar o Natal com os seus.
Regressou em fins de Fevereiro na companhia doutros peregrinos, entre os quais um rico mercador de Veneza que o acolheu no seu palácio. mas ele queria partir e, um mês depois, caminhava em direcção a Génova para embarcar num dos navios que navegavam para a Flandres.
Primeiro a doença que o acometeu, depois a falta de barcos obrigaram-no a fazer a viagem por terra, a cavalo.
Só parava para comer e dormir, ansioso de chegar antes do Natal à sua terra. Mas, quando chegou à flandres, já era Inverno e os navios não podiam cruzar os rios e mares gelados. resolveu fazer a viagem por terra e caminhou durante longas semanas. Na antevéspera do Natal, chegou a uma pequena povoação a poucos quilómetros da sua floresta.
Era o dia 24 de Dezembro e ele caminhava apressado através da grande e espessa floresta, indiferente a todos os perigos. A neve caía. Os lobos espreitavam.
Meio perdido, a tremer de frio, não desistiu. Lembrando-se da grande noite azul de Jerusalém rezou a oração dos Anjos e então na massa escura dos arvoredos começou a crescer uma pequena claridade. A luz continuava a crescer e, à medida que crescia, subindo do chão para o céu, ia tomando a forma dum cone. Quando chegou em frente da claridade viu que se tratava do grande abeto escuro coberto de luzes.
Os anjos tinham-no enfeitado com dezenas de pequenas estrelas para guiar o Cavaleiro.
E é por isso que na noite de Natal se iluminam os pinheiros.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Li e gostei



Nenhum de nós possui o passado do outro. A questão é se podemos ter um futuro juntos...

(...) Ohámos um para o outro cerca de meio minuto, talvez para provar a nós próprios que ainda conseguíamos esperar mais um segundo, antes de nos abraçarmos apaixonadamente, talvez, demasiado apaixonadamente...

Foto minha

quarta-feira, julho 28, 2010

Excertos de livros que gostei


“Quando te sentires perdida, confusa, pensa nas árvores, lembra-te da forma como crescem. Lembra-te de que uma árvore com muita ramagem e poucas raízes é derrubada à primeira rajada de vento, e de que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raizes e pouca ramagem. As raizes e os ramos devem crescer de igual modo, deves estar nas coisas e sobre as coisas, só assim poderás dar sombra e abrigo, só assim, na estação apropriada, poderás cobrir-te de flores e de frutos. E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar”


Susanna Tamaro – “Vai aonde te leva o coração”

quarta-feira, junho 23, 2010

Excertos de livros que gostei



(…) Sou extremista em individualismo, em determinação, em teimosia e em solidão. Em egoísmo, em ambição, em amor-próprio. Desafio-me com facilidade para lutas cegas, exijo sempre metas distantes, invejo todo o saber, autorizo-me a qualquer tipo de iniciação. Tudo me urge.


(…)Se eu própria me bastasse, fugiria para sempre. Do teu corpo, das mãos quentes.


Mas sou frágil como um grão de neve. Derreto-me com leves sussurros e a ternura estonteia-me. Sofro de constante abstinência de amor."

 
Pedro Paixão in A Noiva Judia

quinta-feira, abril 22, 2010

Excertos de livros que gostei



"...não somos seres suspensos em bolas de sabão, que vagueiam felizes pelos ares; nas nossas vidas há um antes e um depois, e esse antes e esse depois são uma ratoeira para os nossos destinos, pousam-se sobre nós como uma rede se pousa sobre a presa.(...)



O destino possui todo o poder e o esforço da vontade não passa de um pretexto.(...)


...quando o caminho atrás de ti é mais comprido do que o que tens à tua frente, vês uma coisa que nunca tinhas visto antes: o caminho que percorreste não era a direito mas cheio de encruzilhadas, a cada passo havia uma seta que apontava para uma direcção diferente; dali partia um atalho, de acolá um carreiro cheio de ervas que se perdia nos bosques. Alguns desses desvios fizeste-os sem te aperceberes, outros nem sequer os viste; não sabes se os que não fizeste te levariam a um lugar melhor ou pior; não sabes, mas sentes pena. Podias fazer uma coisa e não fizeste, voltaste para trás em vez de seguir em frente.(...)


E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar."


"...a principal qualidade do amor é a força..."



Susanna Tamaro – “Vai aonde te leva o coração”

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Li e gostei




POBRES DOS NOSSOS RICOS



A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.

Mas ricos sem riqueza.

Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.

Rico é quem possui meios de produção.

Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.

Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro, ou que pensa que tem.

Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.

A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos".

Aquilo que têm, não detêm.

Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros.

É produto de roubo e de negociatas.

Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram.

Vivem na obsessão de poderem ser roubados.

Necessitavam de forças policiais à altura.

Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia.

Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade.

Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem (...)


Mia Couto

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Excertos de livros que gostei


(…) A razão porque dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem. Talvez tenhamos vivido milhares de vidas antes desta, e em cada uma delas nos tenhamos reencontrado. E talvez que em cada uma tenhamos sido separados pelos mesmos motivos. (…)


(…) Quando olho para ti vejo a tua beleza e graça, e sei que cresceram mais fortes com cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti, porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas. E assim, por uma razão que nenhum de nós entende, fomos obrigados a dizer-nos adeus.(…)


(…) Adoraria dizer-te que tudo correrá bem para nós, e prometo fazer tudo o que puder para garantir que assim será, mas se nunca nos voltarmos a encontrar outra vez, e isto for verdadeiramente um adeus, sei que nos veremos, ainda noutra vida.(…)


Excerto do Livro de Nicholas Sparks "Diário da nossa Paixão”

quarta-feira, outubro 28, 2009

Explicações de Português…por Miguel Esteves Cardoso


Descrição:


(...) Gosto de sossegar como verbo transitivo. Sossegar só por si não chega. É mais bonito sossegar alguém. Quando se pede “Sossega o meu coração” e se consegue sossegar. Quando se sai, quando se faz um esforço para sossegar alguém. E não é adormecendo ou tranquilizando alguém. E não é adormecendo ou tranquilizando, em jeito de médico a dar um sedativo, que se sossega uma pessoa. É enchendo-lhe a alma de amor, confiança, alegria, esperança e tudo o que mais que é o presente a tornar-se, de repente, futuro. É o futuro que sossega. “Amanhã vamos passear” sossega mais que “Não te preocupes” ou “Deixa lá, que eu trato disso”.



Miguel Esteves Cardoso In “Explicações de Português”
Imagem:internet

sexta-feira, setembro 18, 2009

Quando li recordei o sabor


(…) como muitos europeus que viveram em África, Adelina adoptara a culinária africana que, em boa verdade, era o resultado da adaptação da cozinha levada pelos brancos pobres aos produtos disponíveis em África.
Uma culinária de guisados e estufados que os nativos nunca haviam provado, com refogados fritos em óleo de palma e cozeduras em caldos de dendens, baptizados de moamba de galinha, de peixe, de calulus de carne seca, acompanhados pelos vegetais da terra, os quiabos, a abóbora carneira, as folhas de mandioca, a cangica de milho e feijão, o funge angolano, com farinha lançada em chuva sobre a água a ferver até fazer uma geleia que também podia servir de cola-tudo. Uma comida de encher a barriga, se não de carne e peixe, pelo menos de farináceos e , acima de tudo, de saudades de África. Tudo bem temperado de jindungo.(…)

Fala-me de África
Carlos Vale Ferraz

sexta-feira, agosto 28, 2009

Explicações de Português…por Miguel Esteves Cardoso


“Gosto muito de palavrões”

"Quando um palavrão é usado literalmente é repugnante. Dizer «A sanita está entupida de merda» ou «Tenho uma verruga na ponta do caralho» é inadmissível. No entanto, dizer que um filme é uma «merda» ou que comprar uma casa em Massamá não lembra ao «caralho», não mete nojo a ninguém. Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado. Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam, é simplesmente um exercício de libertação. Quando uma esferográfica pode ser puta («... não escreve!»), desagrava-se a mulher que se prostitui. Quando um exame de Direito Administrativo é «fodido», há alguém, algures, deitado numa cama, que escusa de se foder. "


Miguel Esteves Cardoso in” Explicações de Português”

domingo, março 15, 2009

Lar é...



Lar é onde se acende o lume e se partilha mesa e onde se dorme à noite o sono da infância.

Lar é onde se encontra a luz acesa quando se chega tarde.

Lar é onde os pequenos ruídos nos confortam: um estalar de madeiras, um ranger de degraus, um sussurrar de cortinas.

Lar é onde não se discute a posição dos quadros, como se ali estivessem desde o princípio dos tempos.

Lar é onde a ponta desfiada do tapete, a mancha de humidade no tecto, o pequeno defeito no caixilho, são imutáveis como uma assinatura conhecida.

Lar é onde os objectos têm vida própria e as paredes nos contam histórias.

Lar é onde cheira a bolos, a canela, a caramelo.

Lar é onde nos amam.


O Sétimo Véu
Rosa Lobato Faria
(Foto:internet)

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Ainda acreditamos nos sonhos



(…)”Creio que não há sonho mais belo do que o de um mundo onde o pilar fundamental da existência seja a fraternidade, onde as relações humanas sejam sustentadas pela solidariedade, um mundo onde todos compartilhemos da necessidade de justiça social e actuemos com coerência”.
(…)”Tenho muito mundo, muita estrada debaixo dos pés, e em todos os lugares onde estive ou descobri as marcas de outros sonhadores como nós, encontrei mulheres e homens que são como o próprio prolongamento dos nossos sonhos, porque nós também sonhamos os deles”.
(…)”Se não formos audazes, o que não é sinónimo de irresponsabilidade, se não formos terrivelmente audazes como os nossos sonhos e não acreditarmos neles até os tornar realidade, então os nossos sonhos murcham, morrem, e, com eles nós também”.

Luís Sepúlveda
(O poder dos sonhos)
Foto:internet

quarta-feira, outubro 22, 2008

Mais 10 dos " 100 Segredos das pessoas felizes "

  • Os acontecimentos são temporários.
  • Desligue a televisão.
  • Nunca troque seus princípios por um objectivo.
  • Não finja ignorar as atitudes que incomodam nas pessoas a quem você ama.
  • Não se culpe.
  • Compre aquilo de que você gosta.
  • Faça do seu trabalho uma vocação.
  • Você é uma pessoa, não um estereótipo.
  • Tenha um objectivo.
  • Você ainda não terminou a melhor parte de sua vida.

( Do livro: "100 Segredos das Pessoas Felizes"de David Niven)

sexta-feira, setembro 19, 2008

Mais 10 dos " 100 Segredos das pessoas felizes "

  • Não enfrente os seus problemas sozinha.
  • Diga aos outros como eles são importantes para você.
  • Seja razoável.
  • Aceite-se tal como é- incondicionalmente.
  • Sorria.
  • Goste daquilo que você tem.
  • Seja flexível.
  • Faça algo todos os dias.
  • Seja seu próprio fâ.
  • Junte-se a um grupo.

(Do livro " 100 Segredos das pessoas felizes" de David Niven)

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