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quarta-feira, julho 08, 2009

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Só mesmo vinda de uma criança...



Definição de AvóArtigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo. Uma delícia!
“Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.

Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão”

terça-feira, janeiro 27, 2009

Ok! Do you want something simple?


Hoje, há pouco veio-me o título desta música à memória, assim meio do nada.

Esta letra fascina-me pela veracidade do que é proferido, escrito, pensado, sentido.

Do you want something simple? The love,the friends, the sex, the words,the job, the life, the family,the money,the songs,the cloths,the looks
, the fun...

Há uma constante ambiguidade no que muitas vezes pensamos, sentimos e na forma como agimos. Queremos atingir o amor perfeito, encontrar O homem ideal, aquela pessoa com quem temos tudo o que não teríamos com outra pessoa, o êxtase da paixão, a cumplicidade, a química, a sintonia, o companheirismo.

Não queremos o simples, o banal, o atingível mesmo de sempre, a repetição de todas as histórias do passado, de todas as experiências falhadas...queremos ter a love story improvável, a intensidade desmedida, a relação inabalável, a felicidade indescritível e duradoura, a certeza de um sempre.

Passamos a vida a medir, a quantificar, a comparar com o que já tivemos, com o que poderíamos ter tido e não tivemos, com os «ses» que nos esmagam e nos imobilizam; pensamos e não agimos, agimos sem pensar, pensamos em demasia e vivemos a conta-gotas.

Exigimos a perfeição sem que nós próprios alcancemos essa perfeição, vivemos em harmonia com os nossos defeitos, falhas, mas queremos a antítese no resto, nos namorados que tivemos e nos que ainda iremos ter, nos amigos que temos e nos que já tivemos, na realização profissional pela qual esperamos, mas nem sempre lutamos; nas escolhas que fazemos, mas pelas quais nem sempre damos a cara.

Vivemos na busca constante de um estado zen constante, de um equilíbrio estável entre nós e todas as pessoas que fazem o nosso mundo girar e esquecemo-nos de simplificar o que parece complexo e de viver livres e despidos da nossa própria complexidade.

Joana Pargana
(uma amiga)

domingo, janeiro 25, 2009

O laço



Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço…uma fita dando voltas? Enrosca-se mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braços. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando…devagarinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. Ah! Então, é assim o amor, a amizade? Tudo que é sentimento? Como um pedaço de fita? Enrosca, segura um pouquinho, mas pode-se desfazer a qualquer momento, deixando livre as duas pontas do laço. Por isso é que se diz: laço afectivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então diz-se: romperam-se os laços. E saem as duas partes iguais, os meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor é isso…não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca uma vez que, quando vira nó, já deixou de ser laço.

(Autor desconhecido)
(Foto:internet)

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