Deixo aqui, mais um pouco desta magnífica obra, infelizmente de autor desconhecido.
"Poema para a Negra"
Deixa que os outros cantem o teu corpo que dizem feiticeiro e sedutor, e, na volúpia vã do pitoresco, entoem madrigais à tua dor.
Deixa que os outros cantem teus requebros nos passos de massemba e quilapanga, e teus olhos onde há noites de luar, e teus beiços que têm sabor de manga.
Deixa que os outros cantem os teus usos como aspectos formais da tua graça, nessa conquista fácil do exotismo que dizem descobrir na nossa raça.
Deixa que os outros cantem o teu corpo, na captação atónita do viço e fiquem sempre, toda a vida, a olhar um muro de mistério e de feitiço...
Deixa que os outros cantem o teu corpo - que eu canto do mais fundo do teu ser, ó minha amada, eu canto a própria África, que se fez carne e alma em ti, mulher!
Faleceu, ontem, um dos maiores compositores de origem francesa e nacionalidade americana. Criador de várias bandas sonoras para filmes. Destaco a que mais me marcou: O "Tema de Lara" , do filme "Doutor Jivago".
Quero um beijo sem fim, que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo! Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo, beija-me assim! O ouvido fecha ao rumor do mundo, e beija-me, querida! Vive só para mim, só para a minha vida, só para o meu amor! Fora, repouse em paz dormindo em calmo sono a calma natureza, ou se debata, das tormentas presa, beija inda mais! E, enquanto o brando calor sinto em meu peito de teu seio, nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio, com o mesmo ardente amor!... Diz tua boca: "Vem!" Inda mais! diz a minha, a soluçar... exclama todo o meu corpo que o teu corpo chama: "Morde também!" Ai! morde! que doce é a dor que me entra as carnes, e as tortura! Beija mais! morde mais! Que eu morra de ventura, morto por teu amor!
O Eng. Sócrates e o primeiro-ministro de Cabo Verde chegaram meia hora atrasados a uma ópera no CCB. Em países ligeiramente mais civilizados, ficavam ambos à porta. E entravam no intervalo, caso houvesse um. Pelos vistos, este procedimento normal e ‘democrático’ não aconteceu. E o restante auditório, cansado de esperar, desatou em vaias quando os governantes entraram na sala. Um erro. A vaia, inteiramente compreensível, devia ter ido para o próprio CCB, que não respeita o seu público, e nunca para os governantes que têm todo o direito de chegar atrasados. Esta lembrança não serve apenas para a ópera. Serve para tudo: para a justiça, para o ensino, para a política e para a mera civilidade. Só teremos um país do Primeiro Mundo quando todas as regras forem uniformemente aplicadas.
João Pereira Coutinho, Colunista In “Correio da Manhã” 29/03/2009
O teatro foi uma manifestação cultural criada pela Civilização da Antiga Grécia. Nasceu em Atenas, associado ao culto de Dionísio, Deus do vinho e das festividades.
As representações teatrais tinham lugar em recintos ao ar livre, construídos para o efeito. Havia dois géneros de representações: a tragédia e a comédia.
Hoje, o teatro é uma arte muito rica e variada.
Em Portugal, Gil Vicente é considerado o fundador do Teatro, no século XVI.
De entre a imensa variedade teatral destaco os seguintes géneros: comédia, drama, ópera, revista, infantil, de rua e musical (o meu preferido). Foto:internet
Dos chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de arte circense há pelo menos 4000 anos. No entanto, o circo como o conhecemos hoje, só começou a tomar forma durante o Império Romano. A palavra circo tem origem na forma circular dos picadeiros do Coliseu Romano. O primeiro a tornar-se famoso foi o Circus Maximus, inaugurado no século VI a.C.
A atracção principal eram as corridas de carruagens, mas com o tempo foram acrescentadas as lutas de gladiadores, as apresentações de animais selvagens e de pessoas com habilidades incomuns.
Com o fim do império dos Césares e o início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar as suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas.
No entanto foi só em Inglaterra no século XVIII que surgiu o circo moderno, com o picadeiro circular e a reunião das atracções que compõem o espectáculo, ainda hoje. O circo inglês foi imitado no resto do continente europeu e em todo o mundo.
Inseri vídeo de uma amostra do exterior do circo de hoje.
"Para uns, ler é um prazer, um vício. Para outros, uma necessidade ou uma imposição desagradável, uma verdadeira dor de cabeça”.
O livro, tem contribuído ao longo dos séculos para a evolução do saber e do ser da Humanidade, como grande veículo promotor da cultura, da educação, da ciência e de uma verdadeira e autêntica democratização.
O livro é a terapia ideal para combater a solidão e pode ser passaporte para quem gosta de viajar e não pode sair de casa...
A um Livro
No silêncio de cinzas do meu Ser Agita-se uma sombra de cipreste, Sombra roubada ao livro que ando a ler, A esse livro de mágoas que me deste.
Estranho livro aquele que escreveste, Artista da saudade e do sofrer! Estranho livro aquele em que puseste Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!
Leio-o, e folheio, assim, toda a minh’alma! O livro que me deste é meu, e salma As orações que choro e rio e canto! …
.. Poeta igual a mim, ai que me dera Dizer o que tu dizes! ... Quem soubera Velar a minha Dor desse teu manto! ...
Fui desafiada pela minha amiga Carla “uma artista”, do blog cor-e-vontade, a mostrar outra faceta minha, que não era divulgada e que presentemente já está“enterrada”. Aceitei o desafio e aqui está!
Abri o baú e retirei de lá uma toalha feita por mim, em croché (linha fina). Sou suspeita!... Acho-a linda!...
Foi escritor e ensaísta. Tornou-se famoso com obras onde a aventura e as grandes descobertas científicas eram o tema do enredo. Foi considerado um visionário já que muito antes da viagem do homem à lua, colocava ao dispor dos seus leitores, novas tecnologias.
Júlio Verne escreveu obras de aventura e ficção científica que influenciaram gerações como "Cinco Semanas em um Balão" (1863), "Viagem ao Centro da Terra" (1864), "Da Terra à Lua" (1865), "Vinte Mil Léguas Submarinas" (1869) e "A Volta ao Mundo em 80 Dias" (1872). Inseri vídeo com uma homenagem ao escritor. Recordem!
Cantiga de mestria pastorela (de 7 sílabas, segundo o esquema a b b a a c a c )
Pelos campos da Lousã a pastora bem talhada velava pela manada desde o romper da manhã. De donzela mui louçã, de rosto tão formosinho, se tornou em coisa vã, qual ave sem ter um ninho.
Desmaiou, caindo na erva. Assim esteve e sonhou que o seu amigo tardou ao perseguir uma cerva. Co’ele trazia outra serva e os dois foram à ermida, que fica ao longe, na serra, pedir a Deus longa vida.
A pastora, olhando o amigo, fala-lhe que é um malvado, que é um falso namorado. Ó flores do monte, eu vos digo: nesta coita não consigo amar outro entendedor; era mais um inimigo a zombar do meu amor.
Mas a pastora os sentidos recobrou. Porém os olhos, fixos e peados de antolhos, de tanto olhar são feridos. Como o melhor dos maridos, fala que está ali agora e, segredando aos ouvidos, diz não haver mais demora.
Agostinho Alves Fardilha ( o meu pai) Coimbra
talhada= formosa, bela, de corpo delgado entendedor=namorado
Voltei ao dossier das recordações escolares e tirei de lá um trabalho feito pelos meus alunos do 2-º ano, que leccionei em 2000, alusivo ao Dia Mundial da Água.
O texto foi lido e trabalhado. Foi-lhes pedido que escrevessem algumas frases sobre o tema, dizendo o motivo porque gostavam da água e que o ilustrassem em banda desenhada.
Inseri fotos do trabalho da Sofia Teixeira.
O desenho original era colorido. Este é uma cópia que consta do meu dossier.
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido... e, torturadas, As árvores sangrentas, revoltadas, Gritam a Deus a bênção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede: - Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água!
A natureza vestiu-se para a sua chegada. Há Vida, Cor, Alegria, Música! Despontam as cores das flores, salpicando os verdejantes bosques com suas árvores vestidas de novo. Os pássaros, acabados de nascer, ensaiam suas vozes. Coloridas borboletas rodeiam as flores, ao som do canto dos pássaros.
É a Primavera que chega, qual deusa coroada, dançando embalada pelo canto universal.
Escritora portuguesa de origem alemã, nascida em Hanôver, de ascendência judia, veio para Portugal em 1934, fugindo à perseguição nazi.
É conhecida principalmente pelos seus livros para crianças e pelo seu livro sobre as memórias das perseguições aos judeus com o título "O Mundo em que vivi” (1943).
Recebeu, em 1991 o" Grande Prémio de Livros para Crianças", atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Dos livros infantis destaco “Beatriz e o Plátano”…tão do agrado dos meus alunos.
Inseri um pequeno excerto do livro, que todos os adultos e em particular os nossos governantes, deveriam ler, pois trata da luta de uma menina, a Beatriz, contra as autoridades da sua cidade, que pretendiam cortar um velho plátano, em nome da” modernidade”.
(…) Beatriz todos os dias vê diante da sua janela um enorme plátano, de tronco grosso e copa farta. Para ela, aquela árvore fazia parte da sua vida, tal como um bom amigo. Ora, certo dia, as autoridades decidem deitar o plátano abaixo, a pretexto de árvore tão antiga não se enquadrar na moderna paisagem que elas tinham planeado para a cidade. E é a determinação da Beatriz em defesa do seu "velho amigo" que acaba por dissuadir as ditas autoridades de levarem a cabo o seu plano…
Inseri vídeo de uma canção que Roberto Carlos dedicou a seu pai. Faço minhas as suas palavras, dedicando-a a todos os pais do mundo, especialmente ao MEU.
O Museu Abade Pedrosa, em Santo Tirso, acolheu a VIII Expocamélia , uma mostra que surgiu associada ao programa” A poesia está na rua”.
Apreciem a junção da beleza das camélias à dos versos.
Camélia, planta de origem distante,
prefere a sombra à luz da manhã,
povoando os jardins públicos e privados
de Santo Tirso desde há muitas décadas.
Pelos fins do século XIX, marcados pela crise,
perdeu muito da sua popularidade,
mas soube iludir o esquecimento e,
nada a fez desistir de florir entre as ruínas de
castelos, casas solarengas e jardins de casas antigas.
Em princípios do século XX, marcados pela guerra,
perdeu admiradores e o título de “rainha”,
mas recuperou o prestígio – a beleza,
essa, nunca a perdeu.
Foi uma intelectual e activista social de origem açoriana, autora de extensa e variada obra publicada, com predominância para a poesia. Deputada à Assembleia da República (1980-1991), interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.
Ficou conhecida pela sua personalidade livre de convenções sociais, vigorosa e polémica, que se reflecte na sua escrita. A sua obra está traduzida em várias línguas.
Criador do romance passional. Nas suas mãos o romance transforma-se na alegria e na sátira. E é na alegria e na sátira que ele triunfa. Ninguém mais do que ele teve o dom do choro e da hilaridade contagiosa, a capacidade das evoluções burlescas ou trágicas, o talento de carpir ou insultar.
Que bonito: o país caminha para a bancarrota e o Parlamento discute o sal no pão. Sal em excesso faz mal, dizem os deputados, que trataram de reduzir os níveis da coisa. Sem esquecer, claro, outras ‘recomendações’ para combater a obesidade nos petizes. Nada disto espanta: nos últimos anos, e com a bênção de Bruxelas, infantilizar os portugueses tem sido o propósito do poder político. O que espanta é o governo não ir mais longe: instalando, por exemplo, funcionários do Estado na casa de cada um, dispostos a vigiar os nossos hábitos. Se comemos, ou não comemos, frutas e legumes; se fumamos, ou não fumamos, em frente a crianças e animais; se fornicamos, ou não fornicamos, cumprindo as regras de segurança. Num país que sempre apreciou a servidão, a liberdade já deu o que tinha a dar.
Os temas, dos azulejos, oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma extensa gama de elementos decorativos (geométricos, vegetalistas, etc.) aplicados a paredes, pavimentos e tectos de palácios, jardins, edifícios religiosos, de habitação e públicos.
Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos.
Este material convencional foi usado pelo seu baixo custo e pelas fortes possibilidades de qualificar esteticamente um edifício de modo prático.
De forte sentido cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje como uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dá a conhecer não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época.
Inseri vídeo com azulejos da cidade de Aveiro.
Pesquisa: internet Fotos: recebidas por e-mail Video: Meu
Manuel da Fonseca, foi poeta, romancista, contista e cronista. Toda a sua obra retrata, como poucas ,a vida dura do Alentejo e do seu povo.
Foi um dos maiores escritores do neo-realismo literário português. Fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e, através da sua arte, manteve uma intervenção social e política muito importante, retratando a fortuna e as vicissitudes do povo.
Da sua obra como poeta destacam-se "Rosa-dos-ventos" (1940) e "Planície" (1941).
Da sua obra como romancista destacam-se "Cerromaior" (1943) e "Seara do Vento" (1958), duas das obras que melhor representam o neo-realismo português.
Inseri vídeo com o seu poema “Tejo que lavas as águas” (um dos meus preferidos), cantado pela voz inesquecível de Adriano Correia de Oliveira.
«Tejo que levas as águas correndo de par em par lava a cidade de mágoas leva as mágoas para o mar.
Lava-a de crimes espantos de roubos fomes terror lava a cidade de quantos do ódio fingem amor.
Lava bancos e empresas dos comedores de dinheiro que dos salários de tristeza arrecadam lucro inteiro.
Lava palácios vivendas casebres bairros de lata leva negócios e rendas que a uns farta a outros mata.
Leva nas águas as grades de aço e silêncio forjadas deixa soltar-se a verdade das bocas amordaçadas.
Lava avenidas de vícios vielas e amores venais lava albergues e hospícios cadeias e hospitais.
Afoga empenhos favores vãs glórias ocas palmas leva o poder de uns senhores que compram corpos e almas.
Das camas de amor comprado desata abraços de lodo rostos corpos destroçados lava-os com sal e iodo.
Tejo que levas as águas correndo de par em par lava a cidade de mágoas leva as mágoas para o mar».
A 9 de Março de 1959, foi apresentada ao mundo numa feira de brinquedos, em Nova Iorque, a primeira Barbie, a boneca mais famosa e mais vendida do mundo.
Barbie, que revolucionou o mundo das crianças, reflecte o comportamento e desejo das garotas de todo o mundo. É rica, bonita, famosa, inteligente e está sempre na moda.
Nunca brinquedo algum reflectiu tão bem o comportamento de uma época, como esta boneca, que acompanhou todas as mudanças destas últimas 5 décadas.
Veterinária, pediatra e domadora de animais marinhos, são os modelos para 2009.
Ouvi num canal televisivo e li no jornal Expresso , esta notícia , que me deixou estupefacta e desanimada! Fui docente do 1-º ciclo durante 36 anos, por isso a minha indignação. Cliquem e leiam.
A RTP1 é o primeiro canal de televisão da Rádio e Televisão de Portugal, a empresa pública de rádio e televisão.
As suas emissões experimentais iniciaram-se em 1956, nos estúdios da Feira popular, em Lisboa.
No entanto, as emissões regulares só se iniciariam a partir de 7 de Março de 1957.
As emissões a cores iniciaram-se em 7 de Março de 1980.
Outras datas de relevo
!968: Criação da RTP 2 (25/12) 1972:Criação da RTP Madeira (06/08) 1975: Criação da RTP Açores (10/08) 1992: Iniciam-se as transmissões da RTP Internacional (10/06) 1998: Iniciam-se as transmissões regulares da RTP África /07/01)