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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

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Se ontem falei da Fittipaldi e da decisão que foi de comprar os restos da Wolf por um desconto, e assim, ficar com uma equipa cheia de bons talentos como Harvey Postlethwaithe, hoje falarei da história de um homem que, nascido no Velho Mundo, mudou-se para o Novo, prosperou e decidiu prosseguir as suas paixões. Uma delas, o automobilismo.

Walter Wolf nasceu em Maribor, na então Jugoslávia - agora, a capital da Eslovénia - a 5 de outubro de 1939. Os seus pais eram de origem austríaca, e ao crescer na pobreza do pós-guerra na Alemanha (seu pai combateu na Wermacht alemã e ficou uma década num gulag soviético), decidiu que quando chegasse a adulto, iria fazer fortuna na América. A família mudou-se para o Canadá em 1958, com Wolf a ter pouco mais de 50 dólares no bolso. 

Como homem de negócios, procurou algo que pudesse dar a tão sonhada prosperidade. Descobriu na comercialização de brocas de ponta de diamante, importantes na perfuração de petróleo quer no seu novo país, quer noutras partes do mundo, e a meio da década de 70, era das pessoas mais ricas do Canadá. E entre imensas paixões, uma delas era o automobilismo. 

Em meados de 1975, Wolf começou a passear pelos "paddocks" dos Grandes Prémios, e começou a pensar seriamente na ideia de investir numa equipa. Tinha dinheiro a "queimar no bolso", e quando conheceu Frank Williams, achou que seria o parceiro ideal para os seus negócios. No final dessa temporada, adquiriu 60 por cento da Frank Williams Racing Cars, com o próprio Frank como "manager". A seguir, aproveitando a falência da Hesketh, adquiriu alguns dos chassis 308, os mecânicos e outra gente como o projetista, Harvey Postlethwaithe. Como piloto, para 1976, foram buscar Jacky Ickx, que tinha saído da Lotus a meio da temporada anterior. 

No inicio de 1976, Wolf comprou também alguns dos bens da Hill F1, depois desta ter fechado as portas por causa do acidente mortal de Graham Hill e de Tony Brise, em novembro do ano anterior. Com todas essas aquisições, partiram para essa temporada a chamarem-se "Wolf-Williams". Mas os resultados não foram fantásticos - não conseguiram qualquer ponto - e a meio do ano, Wolf decidiu reorganizar a equipa, despedindo Frank Williams e construir o seu próprio chassis, batizado de WR1.

Para piloto, foi buscar o sul-africano Jody Scheckter, que tinha estado na Tyrrell nas últimas três temporadas - a última das quais a guiar um carro de... seis rodas - numa jogada que muitos acharam sensacional, e outros julgavam ser um "salto no escuro". A 13 de janeiro de 1977, na pista de Buenos Aires, na Argentina, a Wolf espantou o mundo ao ganhar a corrida, com Scheckter ao volante. 

O WR1 era convencional, mas eficaz. Ao longo dessa temporada, Scheckter ganhou o GP do Mónaco, e mais tarde o GP do Canadá, em Mosport, o que foi simbólico porque Wolf era um canadiano (adotado) e a equipa corria com as cores do Canadá, apesar da sede ser em Reading, no centro do Reino Unido.

Para além disso, Wolf pedira à Dallara para que construísse um chassis para a Can-Am, onde não sendo muito bom, deu a primeira chance a um local que tinha alcançado muito sucesso na Formula Atlantic: Gilles Villeneuve. O diretor desportivo dessa equipa na competição era o neozelandês Chris Amon, que tinha acabado de encerrar a carreira e quando o viu correr, recomendou-o a Enzo Ferrari

No final de 1977, apenas com um piloto, conseguiu 55 pontos, três vitórias, nove pódios, uma pole e duas voltas mais rápidas. Foi quarto no Mundial de Construtores. 

No ano seguinte, a Wolf manteve o esforço de um só carro, para Scheckter, e Postlethwaithe desenhou o WR5, o sucessor do bem-sucedido WR1. Os resultados foram mais modestos - quatro pódios - e com os 24 pontos, acabaram na quinta posição do campeonato. Nas rondas finais, um segundo Wolf foi inscrito, para o americano Bobby Rahal, que conseguiu ali as suas únicas corridas na Formula 1, antes de uma carreira bem-sucedida na CART.

No final do ano, Scheckter foi para a Ferrari, e para o seu lugar apareceu James Hunt. Contudo, o britânico, que tinha vindo da McLaren, estava na sua fase descendente da carreira. E absolutamente desmotivado para continuar, depois do acidente mortal do seu amigo Ronnie Peterson, em Itália - ele foi um dos pilotos que o ajudou a tirar dos escombros do que Lotus 78. 

Hunt disse logo que iria embora da Formula 1 no final de 1979, mas o WR7, um carro com efeito-solo, não era grande coisa. E os resultados foram bem piores: um oitavo lugar em Kyalami foi o melhor resultado. Depois do GP do Mónaco, em maio, Hunt anunciou abruptamente que iria abandonar a Formula 1, com efeito imediato. Tinha 31 anos.

Na corrida seguinte, o lugar foi ocupado pelo finlandês Keke Rosberg, mas por esta altura, Wolf estava cansado e desmotivado. Os resultados não melhoraram com o finlandês ao volante - podia ter pontuado no GP dos Países Baixos, mas o motor explodiu quando seguia na quarta posição - e no final do GP dos Estados Unidos desse ano, decidiu vender os seus bens a um "preço camarada". Os irmãos Fittipaldi compraram tudo e herdaram uma equipa com potencial - e pedigree - vencedor. 

O legado de Wolf, agora com 85 anos, no automobilismo, é grande. Está no Canadian Motorsport Hall of Fame, e os seus carros andam nas corridas de Formula 1 históricos.       

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Noticias: Felix da Costa não correrá na Rahal em 2022


A ideia de António Félix da Costa poder correr na IndyCar em 2022 é altamente improvável, O próprio piloto afirmou esta quinta-feira à motorsport.com que tem 90 por cento de certeza que não correrá na IndyCar em 2022. Do lado da equipa, Bobby Rahal mostra alguma amargura por não ter convencido o português a alinhar na sua equipa, e de uma certa maneira, foi por isso que convenceu o dinamarquês Christian Lundgaard a juntar-se na equipa. 

Não correrei com a IndyCar no próximo ano, ou pelo menos se ainda houver algo em jogo, tenho 90 por cento de certeza que não correrei com a IndyCar no próximo ano.", começou por dizer o piloto português, que neste final de semana, lutará pelo título na formula E em Berlim.

Definitivamente não [correrei] com a equipa de Bobby, à qual tenho que agradecer muito por ter me dado o teste e então eles realmente buscaram a oportunidade de estar em um carro em tempo integral no próximo ano. Mas infelizmente as coisas não deram certo entre nós, principalmente por causa do tempo, para ser honesto. Eles queriam uma resposta em um momento em que eu não poderia dar e, infelizmente, eles tiveram que se mover em uma direção diferente. É algo que, pelo menos com o Bobby, não vai acontecer no próximo ano.

Rahal disse ao Motorsport.com que continuaria interessado em contratar o piloto português num futuro proximo.

"Obviamente, ele é muito bom, não é? Mas acho que ele tem oportunidades na Europa, e não necessariamente na Fórmula E, que são interessantes para ele. E eu acho que se você faz uma série em particular por um tempo, você está sempre procurando por algo diferente, e talvez algo que também seja melhor do que o que você já fez.", começou por dizer.

Acho que IndyCar é definitivamente interessante para ele, mas é uma das poucas séries que o interessam, e ele tem oportunidades porque seu histórico fala por si. Ele é um piloto muito procurado por várias equipes em várias séries e por um bom motivo. Então, sim, estou desapontado por não termos conseguido colocar algo junto com ele. Ele fez um bom teste para nós na Barber, ele é um jovem muito pessoal - ele basicamente verifica todas as caixas do que um dono de equipe está procurando em um piloto, certo? Mas nunca se sabe: talvez um dia possamos fazer um acordo.", concluiu.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Rumor do Dia (II): AFC correrá na IndyCar?


Que António Félix da Costa (AFC) é um dos talentos atuais do automobilismo, disso não há dúvidas. Atual piloto da DS Techeetah, campeão em 2020 e lutando pelo título em 2021, numa equipa que tem Jean-Eric Vergne como companheiro de equipa, e do qual ele o bate frequentemente, para além da competição elétrica, compete também na Endurance, ao volante do Oreca LMP2 da Jota Sport, e no qual competirá a meio do mês que vêm nas 24 horas de Le Mans.

Contudo, a sua temporada poderá não ficar por aí. Para além da Formula E e da Endurance, poderá ter uma chance de se estrear na IndyCar. Mais concretamente, no carro numero 45 da Rahal-Letterman, que neste momento está a ser corrido pelo americano Santino Ferrucci. Mas como ele tem uma temporada parcial na NASCAR, poderá haver colisões em termos de calendário, e com boa parte da sua agenda mais aliviada a partir de agosto, quando acabar a temporada elétrica, em Berlim, e realizar as 24 Horas de Le Mans, ele poderá estar disponível para correr, e ainda por cima, a própria Rahal pretende correr com três carros a tempo inteiro em 2022.

A noticia de AFC ser uma hipótese foi ventilada pelo site motorsport.com, e por agora, ninguém quer comentar a chance. Mas mesmo que não seja agora, a hipótese é bem forte para 2022, quando a Rahal terá a certeza de que alinhará com três carros num pelotão cada vez mais atraente e mais internacional.

Mas agora, ele corre no próximo fim de semana em Londres, para tentar assaltar o comando do campeonato da Formula E, um título que ambiciona renovar.   

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

IndyCar: Félix da Costa vai testar pela Rahal


O atual campeão da Formula E testará no próximo dia 2 de novembro pela Rahal Letterman Lanigan Racing, uma das equipas mais prestigiadas da IndyCar, na Barber Motorsports Park, um dos circuitos convencionais usados na temporada americana. 

O piloto português terá finalmente a chance de um monolugar equipado com um motor V6 de 2.2 litros e cerca de 700 cavalos de potência. Naturalmente, está satisfeito com o esta oportunidade.

"Nunca escondi o sonho e a vontade de correr na IndyCar.", começou por dizer. "Sou um grande fã do campeonato e da mentalidade das corridas nos Estados Unidos. Conheço o Bobby Rahal há alguns anos e sempre que nos víamos em brincadeira eu dizia que tinha de ir experimentar os carros da equipa dele, e quando ele me ligou com este convite para conhecer e testar com a Rahal, foi impossível recusar.", continuou. 

"Estou desde Domingo nos Estados Unidos a conhecer a equipa, também a fazer o banco para o teste e a trabalhar no simulador para me preparar da melhor forma, vai ser um desafio totalmente diferente para mim. Estou muito entusiasmado com este teste, mas o meu foco total é a Fórmula E, onde quero defender o meu título de Campeão Mundial, de qualquer forma quero fazer um bom trabalho, deixar a minha marca na equipa e nunca se sabe o que o futuro nos pode reservar.", concluiu.

domingo, 10 de junho de 2012

IndyCar: Rahal erra, Wilson vence no Texas

Depois de Indianápolis, Texas passa a ser a segunda oval das quatro existentes no calendário de uma IndyCar - falta Milwaukee e Fontana - onde este ano estão reduzidas ao mínimo após os eventos de Las Vegas, no ano passado. E uma das razões porque esta corrida ficou no calendário é pelo facto de ser corrida no sábado à noite, madrugada de domingo na Europa. Nestas bandas, só os que não tem sono é que vêm esta corrida.

Contudo, houve drama na corrida e um final eletrizante onde o melhor foi um piloto "underdog", Justin Wilson, numa equipa tradicional - mas sempre a raspar o fundo da panela, uma Minardi da vida - a Dale Coyne, conseguiu uma vitória surpresa, batendo Graham Rahal e dando à Honda a sua terceira vitória consecutiva, depois de quatro vitórias seguidas da Chevrolet no inicio da temporada.

As coisas começaram com drama... mas boxes. Simona de Silvestro, ainda a última piloto a correr com motor Lotus, ficava nas boxes e não saia, enquanto que a mesma coisa acontecia a Rubens Barrichello, vítima de um problema mecânico. Após uma largada sem incidentes, com o poleman Alex Tagliani a ficar na frente, Scott Dixon seguiu-o, à distância que podia permitir, até à volta 31, altura em que Charlie Kimball bateu no muro e causou a primeira situação de bandeiras amarelas. Toda a gente foi ás boxes, com alguns incidentes, como Will Power e Tony Kanaan, que tiveram problemas com os pneus, e Simon Pagenaud, que levou um toque de Justin Wilson e que por causa disso, foram penalizados com um drive-through.

A corrida recomeçou na volta 40, para voltar a ser interrompida 26 voltas depois, com Takuma Sato a ser nova vítima. Os carros pararam de novo nas boxes para novos reabastecimentos, e na relargada, na volta 71, Dixon estava na frente, pressionado por Graham Rahal. Apesar de tudo, o neozelandês da Ganassi manteve a liderança, chegando a alargá-la para seis segundos até perto da volta 110, altura em que Justin Wilson chegou ao segundo lugar e começou a apanhar Dixon ao ritmo de meio segundo por volta.

Os pilotos pararam para reabastecimento a partir da volta 117, com Dixon a ir às boxes e entregar o comando para Wilson. Depois, o neozelandês ficou com a liderança, enquanto que Wilson caia para quinto. Na volta 131, um lento Ernesto Viso causou nova situação de bandeiras amarelas, o que foi aproveitado para nova paragem nas boxes. Quando voltou o sinal verde, o canadiano James Hintchcliffe tinha a liderança, mas Dixon pressionou-o, passando ao comando na volta 142, e lá se manteve até à 175, quando Dixon... bateu no muro, ao atrapalhar-se com um piloto retardatário e bateu na curva 2.

Sem o líder e com bandeiras amarelas, o pelotão entrou nas boxes para um último reabastecimento. A partir dali, estava tudo em aberto, mas quem saiu melhor, após a bandeira verde, na volta 184, foi Will Power, mas com Ryan Briscoe muito próximo. Helio Castro Neves aproximou-se, bem como Graham Rahal e Justin Wilson. O brasileiro perdeu rendimento e caiu no pelotão, enquanto que Rahal subia posições até ao comando da prova. Wilson estava atrás dele e pressionou-o até que ele cometesse um erro, o que aconteceu na volta 198, quando o americano tocou ao de leve no muro e Wilson aproveitou para o passar e ficar com a vitória, a primeira do ano para si e para a sua equipa. Rahal, mesmo assim, foi o segundo e Ryan Briscoe o terceiro.