Propostas Programa Eleitoral CDU Campo Maior

Propostas Programa Eleitoral CDU Campo Maior
cdu.campo.maior.2021@gmail.com
Mostrar mensagens com a etiqueta Nacional. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nacional. Mostrar todas as mensagens

domingo, 1 de setembro de 2024

Festa do Avante! 2024 | 6 - 7 - 8 de Setembro | Atalaia - Amora - Seixal

 


A Festa do Avante, a maior iniciativa político-cultural do nosso País, realiza-se nos próximos dias 6, 7 e 8 de Setembro, na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal, e terá como todos os anos um amplo espaço dedicado à região Alentejo, concebido e organizado pelas organizações do PCP desta região.
Vem daí à Festa do Avante na excursão organizada a partir do concelho de Portalegre! Inscreve te!

https://www.festadoavante.pcp.pt/

segunda-feira, 6 de março de 2023

102º aniversário do Partido Comunista Português | 6 Março de 1921 - 6 de Março de 2023


Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário Geral do PCP, comício do 102º aniversário do PCP

Uma calorosa saudação a todos os presentes, neste grande comício, que assinala o aniversário do nosso Partido, mas que marca também o fim da X Assembleia da Organização Regional de Lisboa. 

Uma grande realização e afirmação do Partido. 

Importantes conclusões tiradas, uma nova direcção eleita e agora o mais exigente, levar por diante todas e cada uma dessas conclusões. 

Intervir, lutar, avançar, um PCP mais forte. Para tomar a iniciativa, reforçar o Partido, responder às novas exigências. 

Temos uma realidade no País e no mundo cujas marcas são as desigualdades e as injustiças. É esta a realidade de todos os dias, a realidade com que se confrontam os trabalhadores, as populações e amplas camadas da sociedade. 

Para estes sobram o aumento dos preços e do custo de vida, sobram baixos salários e pensões, sobra a pobreza, sobra o aumento das rendas, sobram as dificuldades e os sacrifícios. 

Para os grupos económicos sobram os lucros e sobram as decisões políticas em função dos seus interesses e objectivos. 

11 milhões de lucros por dia, 450 mil euros por hora, 7600 euros por minuto. 

São muitos números, muitos zeros, muita massa nos bolsos de muito poucos. 

Concentremo-nos nos 11 milhões de euros por dia. 

O PS acha que isto está bem, PSD, CDS, Chega e IL acham o mesmo, nós achamos que isto não pode continuar. 

Aliás, PS, PSD, CDS, Chega e IL acham o mesmo sempre que toca a defender os grupos económicos e atacar salários. É por opção que o PS não descola da política de direita e das opções de PSD, Chega, IL e CDS. 

Veja-se como exemplo, propusemos a fixação de preços de bens essenciais, uma medida importante e que neste momento se impõe. No caso dos alimentos, soubemos há dias que o cabaz aumentou 4 euros na última semana e nunca esteve tão alto, hoje os mesmos bens custam mais 45 euros que há um ano. 

Esta situação, apesar de representar um assalto às carteiras, não se resolve com medidas policiais, resolve-se isso sim com opções políticas. 

E que opção tiveram face à nossa proposta? 

PS, PSD, Chega e IL votaram contra. Na prática votaram a favor da especulação, do aumento dos preços, votaram a favor dos 2 milhões de euros de lucros por dia do Continente ou do Pingo Doce. 

As desigualdades sociais aumentam, mais de 3 milhões de trabalhadores que ganham menos de 1000 euros brutos por mês. 

2 milhões na pobreza, dos quais 385 mil crianças, enquanto os 5% mais ricos concentram 42% de toda a riqueza criada no País. 

A brutal injustiça e desigualdade, o aumento da exploração e o intenso ataque a tudo o que é público constituem marcas da ofensiva política, económica e social que está em curso. 

Uma campanha sem escrúpulos contra o sector público, os serviços públicos, as empresas públicas, uma campanha que tem como objectivo central pôr a mão em tudo o que lhes possa dar ainda mais lucros, mesmo que à custa das necessidades e dos direitos do povo. Mesmo que os lucros deles impliquem os sacrifícios e a exploração do povo e dos trabalhadores. 

Veja-se o ataque ao SNS. 

A população de Lisboa e os milhares de utentes sem médico de família conhecem bem os problemas do Serviço Nacional de Saúde. 

Problemas aos quais o Governo, por opção, não dá resposta. Pelo contrário, a opção é de estrangular, desinvestir e como se não bastasse, agora a nova versão é a de encerrar serviços. 

É o caso recente, para dar um de muitos exemplos, do fecho da urgência pediátrica do Hospital de Loures à noite, por falta de profissionais. Ou como diz o Ministro, por falta de «disponibilidade» de profissionais. E não, encaminhar as crianças e os pais para Lisboa ou quaisquer outros concelhos não é solução, nem torna encerramentos como este menos graves. 

Tudo isto convive com a transferência para os grupos económicos do negócio da doença de 6 mil milhões do Orçamento do Estado. 

6 mil milhões que faziam e fazem falta ao reforço do SNS, à contratação e valorização dos seus profissionais. 

Profissionais que merecem respeito, condições, carreiras e salários. 

É justa a luta dos enfermeiros, dos técnicos, auxiliares, médicos, mas também dos utentes. 

Aqui deixamos o apelo a que se intensifique a unidade de todos na defesa do Serviço Nacional de Saúde. 

Mas também podemos dizer o mesmo da educação e da necessidade de valorizar também os professores, de atender às suas justas reivindicações, nomeadamente a contagem integral do tempo de serviço, para proteger a escola pública. 

É justa a luta dos professores, que hoje mesmo voltaram às ruas no Porto e em Lisboa, é justa a luta dos auxiliares da educação pelos seus direitos, é justa a luta de todos os que defendem a escola pública. 

O Governo não tem alternativa e vai mesmo ter de dar resposta à justa luta que está em curso. Faça a chantagem que entender e que só demove quem nunca esteve seriamente ao lado desta justa reivindicação. 

E o que dizer das manobras para a privatização da TAP? 

Uma empresa pública, cujos critérios de gestão radicam nas práticas privadas com os resultados que estão à vista. 

Mas há aspectos que, não estando ainda à vista de todos, vão ter de ficar, doa a quem doer, custe o que custar. 

A privatização é um crime com prejuízos para o País e para a sua soberania. 

Um golpe protagonizado por sucessivos governos PS, PSD e CDS, incluindo pelo actual Governo que já veio manifestar intenção de levar a privatização para diante, e por quem, no plano económico, os comanda. Todos eles têm, e vão ser profundamente responsabilizados por este crime, por este golpe. 

Olhemos igualmente para a habitação. 

Uma berraria colectiva, laivos de anti-comunismo primário e rasteiro para iludir e nos fazer perder tempo. 

As medidas avançadas, para lá de não resolverem problemas imediatos que aí estão, na prática constituem mais benefícios fiscais, põem o Estado a pagar a factura, não beliscam sequer os interesses da banca e do imobiliário. Em todos estes aspectos PS, PSD, Chega, IL e CDS estão de acordo. 

No passado dia 15 de Fevereiro avançámos medidas para proteger a habitação, travar o aumento de rendas e prestações, afirmámos e reafirmamos que o que se impõe é pôr os lucros da banca a pagar o aumento dessas prestações. 

PS e IL votaram contra, PSD e Chega abstiveram-se. 

Quantos, aqui em Lisboa, não sofrem com este drama, correm o risco de ficar sem casa numa altura em que o número de despejos já é maior do que em 2019? Quantos exigem medidas efectivas ao Governo? Quantos não têm condições de responder aos aumentos das rendas e das prestações por via do aumento das taxas de juro? 

O BCE decreta aumentos e os bancos fazem mais um belo negócio. Mais um de entre muitos, como aquele que faz com que o Estado, desde 2008, tenha transferido para a banca privada mais de 16 mil milhões de euros. 

Assim a banca privada lá vai aumentando astronomicamente os seus lucros, à custa das necessidades e dos sacrifícios do povo. Assim se faz com que os 4 maiores bancos privados tivessem tido de lucros, em 2022, em conjunto, 4,6 milhões por dia. 

É esta realidade que tem de ser atacada, o que se impõe é pôr a banca e os seus escandalosos lucros a assumir o aumento das taxas de juro, acabando com comissões, taxas e outras invenções que nos roubam todos os meses. 

Bem nos podem encher de notícias antecipando a boa nova, de que o pior já passou, de que vai ficar tudo bem, onde já ouvimos isto? 

São anúncios que a economia cresceu, mas a realidade é que as condições de vida das pessoas estão piores. 

Dizem-nos que a inflação está a descer mas a realidade é que, como todos sentimos, os preços não param de subir. 

De forma hipócrita, vêm todos e em coro afirmar que a culpa é da guerra. 

Aí está o novo pretexto, depois da crise, da troika, da epidemia, agora é a guerra. 

Há sempre razões para que a maioria seja empurrada para o acelerado empobrecimento, ao mesmo tempo que os grupos económicos concentrem milhões de euros de lucros, esses mesmos que ganham com a guerra e as sanções e que tudo fazem para que se prolonguem. 

É de ataques aos direitos que falamos. É também de ataques à Constituição que falamos.

Constituição desrespeitada e que enfrenta agora nova tentativa de mutilação. 

Constituição que o que necessita neste momento é de ser concretizada, não revista. 

O que precisamos é de concretização e não de revisão, o que é urgente e necessário é que o texto constitucional tenha tradução na vida de cada um de nós e não de alterações ao texto que só pretendem intensificar o saque e a exploração. 

Querem continuar os ajustes de contas com Abril. Julgam que chegou agora o momento para o golpe final. É verdade que dispõem de muitos meios e recursos. Mas apesar disso, não dispõem da razão, essa está do nosso lado, do lado do trabalho, do lado dos trabalhadores, do povo, de amplas e diversas camadas e sectores também eles prejudicados pela ofensiva em curso. 

Temos razão, por mais investimentos, por mais contrabando, por mais ofensiva, temos razão. Somos o partido da classe operária e de todos os trabalhadores, lutamos contra quem quer cortar o salário aos trabalhadores, conduz ao empobrecimento, rouba direitos, e desregula os horários e a vida. 

Somos o Partido da juventude, estamos ao seu lado pelo direito a estudar, pelo direito à cultura, ao desporto, ao lazer, ao trabalho com direitos, à habitação, ao direito a constituir família. Estamos com a juventude e contamos com a Juventude Comunista Portuguesa, organização da juventude do nosso partido, organização de, com e para a juventude. 

Somos o partido da classe operária e de todos os trabalhadores, partido de protesto e de projecto. Em relação à política de direita, à política de empobrecimento e de assalto à nossa soberania, de nós não esperem outra coisa que não seja um firme e determinado combate. Um combate que é travado onde é e for necessário, nas empresas, nas ruas, mas também nas instituições, um combate que não se esgota na luta contra isto ou aquilo, vai mais além, é uma luta por todos e cada um dos direitos que são nossos. 

Apontem uma linha do nosso projecto ou propostas – uma linha que seja – que esteja desfasada da realidade dos milhares que trabalham ou trabalharam uma vida inteira. 

Apontem uma linha que seja contrária aos interesses dos micro, pequenos e médios empresários e agricultores. Apontem uma linha que seja, uma proposta que seja que esteja desligada dos anseios, direitos e ambições da juventude. 

Não somos nós que estamos parados no tempo, o que está parado no tempo, o que está e há muito ultrapassado é o caminho político que está em curso, a opção pelo empobrecimento e a exploração. 

Pois o que dizemos é que é preciso responder aos problemas, melhorar as condições de vida dos trabalhadores e do povo, dotar o País dos instrumentos necessários ao seu desenvolvimento. 

Estas respostas, estas soluções, como a realidade está todos os dias a demonstrar, não são possíveis de assegurar por um Governo do PS ou pelos que lhes pretendem alternar, sejam de direita ou de bloco central como já se demonstrou e não esquecemos. 

A resposta aos problemas do País exige um governo que assuma o compromisso de uma política patriótica e de esquerda. 

Tudo dependerá da força que derem ao PCP, da força organizada e da luta dos trabalhadores e do povo. É com essa força que estamos e vamos construir a política necessária, é com essa força que iremos responder aos problemas. 

Quanto mais próximo das pessoas estivermos, quanto mais esclarecimento fizermos, quantas mais lutas travarmos pelas reivindicações concretas, menos espaço daremos ao preconceito e ao anti-comunismo. 

Cada passo adiante que damos, mais os que nos atacam ficam a falar sozinhos e mais serão aqueles que se juntarão a nós. É por este caminho, o caminho de profunda ligação aos problemas e anseios dos trabalhadores, das populações, da juventude, dos micro, pequenos e médios empresários, agricultores, gentes da cultura e outras importantes camadas e sectores, quanto mais ligados e actuantes estivermos, menos espaço tem o inimigo de classe de levar por diante a sua ofensiva. 

Porque é aí o nosso lugar, activo, a ouvir os problemas e anseios das populações, a esclarecer e a dar a conhecer as nossas posições, propostas e programa. 

E que trabalho temos pela frente, camaradas! Muito, árduo, intenso, mas não menos estimulante. Pois é um trabalho que sabemos ser do interesse do povo, da melhoria das suas condições de vida, pelo progresso. 

Um trabalho que precisamos de intensificar, com mais amigos, com mais camaradas, com mais quadros. À realidade cada vez mais difícil com que estamos confrontados tem de corresponder uma intensificação do caudal de luta. 

Nos locais de trabalho, nas escolas, nas empresas, nas ruas. Pelos trabalhadores, pelos utentes, pelos jovens, pelos reformados, pelas mulheres, pelos imigrantes. 

Hoje mesmo, no Porto, uma importante manifestação promovida pelo MDM junta muitas mulheres para assinalar o Dia Internacional da Mulher. Em Lisboa será daqui a uma semana que a luta das mulheres marcará presença e gritará bem alto as suas reivindicações, aspirações e anseios. 

E daqui a duas semanas, no dia 18 de Março, teremos a manifestação nacional convocada pela CGTP, para a mobilização da qual todo o colectivo partidário é chamado tal como muitos outros que fazem das injustiças força para lutar, pelo aumento geral dos salários e das pensões, contra o aumento dos preços, por uma vida melhor. 

Podemos ter a voz mais potente, a proposta mais bem feita, a ideia mais bela. Tudo isto pode ser muito útil. Mas precisa de ser concretizado. Na conversa. No esclarecimento. Na aproximação. No recrutamento. Na mobilização. Na intensificação da luta de massas. É isso que vai ser o determinante. 

Camaradas, assinalamos 102 anos de luta de um Partido necessário, indispensável e insubstituível, que se orgulha do seu percurso como partido comunista que é e quer continuar a ser. 

Um partido que conta na sua história com quase meio século de luta contra o fascismo, agindo com dedicação e empenho revolucionário, apesar das perseguições, prisões, torturas, assassinatos. O único que não capitulou, não cedeu, nem renunciou à luta. 

Que se entregou com audácia na procura e construção dos caminhos da liberdade, apontando a via do levantamento nacional para o derrube da ditadura e que deu um contributo inigualável no exaltante processo da Revolução de Abril e para as suas múltiplas conquistas e valores. 

São 102 anos de luta nos quais não houve avanço ou conquista dos trabalhadores e do povo português que não tivesse a iniciativa, a luta e a intervenção dos comunistas. Assim foi e assim é. 

O capitalismo, com a sua natureza exploradora, opressora, agressiva e predadora, contra o qual lutamos, mostra a cada dia que passa os seus limites e incapacidades para resolver os problemas da humanidade. 

A liberdade, a democracia e o socialismo não são passado, mas o futuro pelo qual vale a pena lutar. 

Aos trabalhadores, aos democratas e patriotas que olham para este Partido, para a sua história e percurso, para o seu ideal e projecto, para o seu papel na sociedade portuguesa, daqui lhes dizemos: podem contar com o PCP. 

Um Partido no qual lutaram e lutam várias gerações de comunistas, um Partido que não prescinde de continuar a empurrar a roda da história no sentido do progresso, da justiça social, da democracia e do socialismo. 

Um Partido que, ontem como hoje, vai continuar a transformar o sonho em vida.

4 de Março de 2023

quarta-feira, 1 de março de 2023

Greve de professores 2 e 3 de Março de 2023 | Manifestação nacional de professores 4 de Março de 2023 | FENPROF



 

Sindicatos reafirmam greves a 2 e 3 de março, contestarão serviços mínimos ilegais nos tribunais e transferem as Manifestações de 2 e 3, no Porto e em Lisboa, ambas para dia 4 de março.

28 de fevereiro, 2023 

Última hora: embora em Conferência de Imprensa, realizada no intervalo da reunião entre as 9 organizações, as manifestações no Porto e em Lisboa tivessem sido anunciadas para 4 e 11 de março, respetivamente, face à gravidade da situação que se está a viver na Educação e aos problemas que afetam os professores (que o governo teima em arrastar), foi decidido realizar ambas as manifestações no dia 4, sábado, antecipando a de Lisboa. A partir deste dia as formas de luta serão as que os professores decidirem no âmbito da consulta que se está a realizar em todo o país. 

Por estranha decisão do colégio arbitral, as greves dos próximos dias 2 e 3 de março terão serviços mínimos. Estranha porque, por um lado, o ME havia desistido do pedido de serviços mínimos; estranha porque, segundo o Acórdão aprovado apenas por maioria, a decisão de decretar serviços mínimos não decorre destas greves, mas de outras às quais estas nove organizações são alheias. 

Independentemente daquela decisão, ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU decidiram manter as greves e as manifestações, neste caso com ajuste de data, dado o teor da última reunião negocial com o ME, na qual se mantiveram alguns dos aspetos mais contestados do diploma de concursos. Ademais, o ME não aceitou calendarizar negociações sobre a recuperação do tempo de serviço, a eliminação das vagas e das quotas, a aprovação de um regime específico de aposentação, a regularização dos horários de trabalho ou a revisão urgente do regime de mobilidade por doença, entre outros assuntos. A esta situação, já de si negativa, junta-se agora mais esta tentativa de parar a luta dos professores com a imposição de serviços mínimos ilegais, luta que, no entanto, não irá parar! 

Irresignados com os serviços mínimos, que consideram ilegal, as organizações sindicais decidiram recorrer aos tribunais. Nesta terça-feira, dia 28, cada organização apresentará uma ação cautelar (intimação ou providência), no sentido de tentar suspender esta decisão; posteriormente, em conjunto, as 9 organizações avançarão com uma ação em tribunal para que estes serviços mínimos sejam declarados ilegais, tal como aconteceu em 2018. 

Quanto à luta a desenvolver de imediato, as organizações sindicais decidiram: 
- Manter as greves de 2 de março (Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra) e 3 de março (Leiria, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa, Setúbal, Beja, Évora e Faro); 

- Caso não sejam suspensos os serviços mínimos, instar os professores e os educadores a, nestes dias, se limitarem ao seu estrito cumprimento desses serviços, não aceitando desenvolver qualquer outro para além daquele (que, por ser cumprido, não poderá ser descontado no salário), usando o autocolante que os identifica como estando em serviços mínimos; 

- Promover, em todo o país, concentrações à porta das escolas no dia da respetiva greve, chamando a comunicação social e enviando às organizações sindicais fotografias desse momento para divulgação, divulgando-as, também, nas redes sociais; 

- Devido aos serviços mínimos, deslocar as duas manifestações para dia 4, próximo sábado, ambas às 15:30 horas; 

- Os pontos de encontro destas manifestações serão: em Lisboa o Rossio com desfile para a Assembleia da República; No Porto a Praça do Marquês deslocando-se para os Aliados; 

- Em 2 de março, requerer junto do ME a negociação suplementar do diploma de concursos; 

- Convocar uma Concentração com Plenário Nacional junto às instalações do Ministério da Educação para o dia em que se realizar a reunião de negociação suplementar; 

- Em 7 de março, à tarde, em Conferência de Imprensa a realizar em Lisboa, divulgar as formas de luta seguintes, decididas a partir da consulta que está a ser realizada junto dos professores e educadores em todo o país, no âmbito dos Dias 4D - Debate Democrático pela Dignificação da Profissão. 

Lisboa, 27 de fevereiro de 2023 

As organizações sindicais 

ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU

GREVE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA | 17 DE MARÇO 2023 | LOCAL - REGIONAL - NACIONAL


Os trabalhadores da Administração Pública vão estar em greve contra a política de empobrecimento que o governo PS quer impor e o brutal aumento do custo de vida. Em luta pelo imediato aumento dos salários e por respostas aos problemas com a negociação da PRC 2023! 

A OFENSIVA É GRANDE, A LUTA DOS TRABALHADORES SERÁ AINDA MAIOR! EXIGIMOS RESPOSTAS AOS PROBLEMAS QUE IDENTIFICAMOS E NÃO VAMOS ESPERAR MAIS!

Manifestação Nacional de Mulheres | 11 de Março de 2023 | Lisboa

 

É com a certeza da luta que travamos todos os dias que faremos do dia 8 de Março de 2023 uma forte jornada de luta em defesa dos direitos das mulheres, um dia de forte ligação do MDM com as mulheres que estudam, trabalham e vivem nas diversas regiões do País e de novo realizaremos a Manifestação Nacional de Mulheres, a 4 e 11 de Março, no Porto e em Lisboa, momentos altos da projecção da força e vontade das mulheres em defender e exercer os seus direitos.


11 de Março há transporte para Lisboa

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Nos "Bastidores" governo escolhe presidente do CGS da ADSE

Ignorando a vontade dos beneficiários expressa nas eleições, oito conselheiros elegem para presidente do CGS a cabeça de lista apurada em penúltimo lugar. 
No dia 10 de Fevereiro tomou posse o Conselho Geral e de Supervisão da ADSE. Este órgão é constituído por: 
. 6 representantes do governo; 
. 2 representantes de autarquias; 
. 9 representantes de trabalhadores beneficiários e aposentados, entre eles, 4 eleitos diretos e 5 indicados por estruturas representativas de trabalhadores e aposentados (MURPI, APRE, Frente Comum, FESAP e STE). 

Para presidente do CGS foi eleita a cabeça de lista da lista que ficou em penúltimo lugar nas eleições realizadas e que é simultaneamente representante do STE/UGT no Conselho Geral e de Supervisão.

Obteve 8 dos 17 votos possíveis. Foi este o "trabalho de bastidores" do governo: impedir que se respeitasse a vontade dos beneficiários que maioritariamente deram o seu voto à Lista B. Lembramos que nas eleições realizadas os resultados obtidos foram: 

Lista B – 13 212 - 2 eleitos 
Lista D – 8 065 - 1 eleito 
Lista A – 4 931 - 1 eleito 
Lista E – 4 422 - 0 
Lista C – 4 417 - 0 
Lista G – 2 007 - 0 
Lista F – 498 - 0 

👉A Frente Comum reafirma a sua determinação na defesa dos interesses dos beneficiários e na defesa da ADSE, direito dos trabalhadores e aposentados da Administração Pública.

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Parabéns CGTP-IN | 50 ANOS

 



A 1 de Outubro de 2020 completam-se 50 anos desde que quatro direcções sindicais, representativas e da confiança dos trabalhadores, dos sindicatos dos caixeiros, dos lanifícios, dos metalúrgicos e dos bancários, todos de Lisboa, convocaram a primeira reunião intersindical, que se viria a realizar a 11 de Outubro de 1970. 

Esta é a história daquilo que somos e de onde vimos - a história que evoca vidas de luta e sobrevivência, a história que traz à memória sacrifícios de gente que resistiu às amarguras do tempo. 

Esta é a história da força e das raízes da coragem que deixaram marca. Esta é a História de luta que não se pode perder. 

É a história da CGTP -INTERSINDICAL NACIONAL na Unidade a Força dos trabalhadores!

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

João Ferreira é candidato às eleições presidenciais | Declaração de Jerónimo de Sousa

 

Sobre a reunião do Comité Central do PCP de 12 de Setembro de 2020



O Comité Central do PCP, no seguimento da decisão já tomada de apresentar uma candidatura própria às eleições presidenciais de 2021, concretiza agora as suas grandes linhas e objectivos e anuncia a candidatura de João Ferreira, membro do Comité Central, reafirmando que esta será a candidatura para dar voz ao projecto e valores de Abril, à defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo e à afirmação da igualdade e justiça sociais e da soberania e independência nacionais. 
As próximas eleições para Presidente da República revestem-se da maior importância, pelo enquadramento nacional e internacional em que decorrem e pelas funções e papel do Presidente da República na vida nacional. 

Eleições que constituem um importante momento para a afirmação e defesa da Constituição da República Portuguesa, nas quais o PCP intervirá de forma autónoma e independente, empenhando-se em colocar na Presidência da República alguém comprometido, nas palavras e nos actos, com a Lei fundamental do País e com o regime democrático e projecto de desenvolvimento que dela emanam. 

A política de direita levada a cabo durante as últimas décadas por PS, PSD e CDS tem as consequências que são conhecidas na situação do País, no agravamento das injustiças e desigualdades sociais, no aprofundamento dos seus défices estruturais e agravamento da dependência externa, na perda da soberania e no comprometimento do seu desenvolvimento. 

Um País que se tornou crescentemente mais dependente, mais injusto, mais desigual, menos democrático, que exigia uma intervenção – que tem faltado – firme, determinada, corajosa de quem exerça as funções de Presidente da República. 

Um País onde o trabalho foi desvalorizado, os serviços públicos e as funções do Estado foram inferiorizados, se acentuou a corrupção com o aprofundamento da submissão do poder político ao poder económico. 

Um País que viu ser destruída a sua capacidade produtiva, cada vez mais na dependência do estrangeiro, fragilizando a soberania e independência nacionais, agravadas por políticas de abdicação de defesa dos interesses do País, tão visível no processo de integração capitalista da União Europeia, de submissão ao Euro e aos ditames e imposições dos centros de decisão do directório de potências. 

O País foi atrelado aos interesses e manobras do imperialismo dos EUA e dos seus aliados na NATO, de participação em operações de ingerência e desestabilização contra povos soberanos. 

Realidades e problemas que permaneceram transversais às sucessivas Presidências da República dos últimos anos. 

O mandato do actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para lá do seu activismo, é marcado pelo seu empenhamento no processo de rearrumação de forças políticas posto em marcha, para branquear o PSD, a política de direita e as suas responsabilidades, reabilitá-los politicamente e reconduzi-lo para um papel de cooperação intensa com o PS, que procura assegurar as condições para a chamada política de “bloco central”, formal ou informalmente assumida, que marcou o País nas últimas décadas, e está inserido nas opções essenciais da política de direita a favor do grande capital e contrários aos trabalhadores, aos pequenos e médios empresários e agricultores, aos jovens, às mulheres. 

Valorizando, como sempre fez, a importância do órgão de soberania Presidente da República, enquanto garante da defesa e cumprimento da Constituição da República, o Comité Central do PCP reafirma que a candidatura que agora acaba de decidir e torna pública é uma candidatura que valoriza este órgão Presidente da República, seja pelo percurso de João Ferreira que a protagoniza – de seriedade, integridade e entrega à causa pública, bem patente na sua acção como dirigente associativo universitário e nos diversos órgãos da Universidade de Lisboa em que participou, como presidente da Associação de Bolseiros de Investigação Cientifica (ABIC), como vereador da Câmara Municipal de Lisboa, com uma meritória actividade a favor da população deste concelho e um profícuo, valioso e volumoso trabalho realizado no Parlamento Europeu, que se distingue na defesa do interesse nacional e na defesa dos direitos dos trabalhadores, dos pequenos e médios empresários e agricultores, das mulheres, dos jovens, dos pensionistas e idosos, de todos os atingidos pela política de direita, dos democratas, patriotas e dos amantes da Paz –, seja também pelos valores que procurará imprimir em toda a batalha eleitoral e que assumirá, sendo eleito, na Presidência da República. 

Uma candidatura e um candidato que estará agora onde sempre esteve e onde faltaram os Presidentes da República: junto dos trabalhadores e do povo, nas suas lutas pelos seus legítimos direitos, interesses e aspirações. 

Uma candidatura que, sendo assumida pelo PCP, será a candidatura de todos os democratas e patriotas, de todos os trabalhadores, de todos os homens e mulheres que lutam por um Portugal mais justo, soberano e desenvolvido. 

Uma candidatura que apela a todos os que tomam a defesa do projecto libertador e emancipador de Abril, para que com o seu apoio à candidatura, assumam uma posição de compromisso com a Constituição da República Portuguesa e com um Portugal com futuro.


DECLARAÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL DO PCP

12 Setembro 2020

sexta-feira, 6 de março de 2020

Os nossos 100

Cem anos é muito tempo. Para uma pessoa, é bem mais do que se espera que viva e não serão particularmente numerosas, no País, as instituições tão longevas. Na História, é um período suficientemente longo para registar impetuosos avanços e dramáticos recuos, períodos de convulsão e outros de acalmia, brutais guerras e frutuosos tempos de paz: a última centúria, no mundo como em Portugal, prova-o como poucas anteriores.

Ora, é precisamente o seu centenário que o PCP começa a comemorar amanhã, no comício em Lisboa. E só poderia ser ele a celebrar tão expressivo aniversário, pois tal feito não está (como de facto não esteve) ao alcance de mais nenhuma força política…

É que comemorar cem anos significa que se nasceu na agonia da Primeira República e se atravessou toda a longa ditadura fascista (a mais duradoura da Europa) e os mais de 45 anos que já leva a nossa democracia, o que só por si já seria notável. Mas dizer isto é dizer pouco, pois os comunistas nunca se limitaram a contemplar o espectáculo do mundo, antes foram dele destacados protagonistas.

Comemorar cem anos significou que o PCP não aceitou a proibição imposta pelo fascismo, que os restantes partidos obedientemente acataram, e que optou pela resistência nas condições mais adversas. E que resistiu quando outros claudicaram e lutou corajosamente quando os demais cederam, pagando um elevado preço por tal ousadia: foram comunistas a grande maioria dos presos políticos, os que cumpriram as mais longas penas e enfrentaram as mais duras privações, a maior parte dos mártires; era o Partido, a sua organização, os seus quadros e militantes os alvos privilegiados da repressão.

Para o PCP, comemorar cem anos significa igualmente que interveio nas mais diversas condições – da rigorosa clandestinidade à exaltante revolução, da acção de massas à intervenção institucional – e respondeu às mil-e-uma mudanças na situação social e política com os necessários acertos tácticos e redifinições estratégicas, consumadas sempre por decisão autónoma e com firmes princípios. Caso contrário, não tinha aqui chegado.

Ao longo destes quase cem anos, o Partido conheceu êxitos e insucessos, alcançou vitórias e sofreu revezes. Por mais de uma vez teve de recomeçar do zero (ou quase) e nenhum obstáculo foi forte o bastante para o impedir. As múltiplas exéquias fúnebres que lhe prepararam soçobraram uma após outra.

Se algo fica claro neste período de quase um século é que o PCP não se deixa condicionar por pressões ou chantagens nem vai atrás de cantos da sereia ou modas (pseudo) ideológicas. Há por isso quem, à direita ou à esquerda, não lhe perdoe e insista na necessidade da sua transmutação. O que espanta é que ainda tentem. Cem anos é tempo mais do que suficiente para perceberem que não vale a pena!

Gustavo Carneiro Avante!º 2414, 5.Março.2020

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

"Os Verdes" vão abster-se na votação do OE 2020 generalidade

O Partido Ecologista "Os Verdes" anunciou hoje (9 de Janeiro de 2020) que os seus dois deputados se vão abster na votação do Orçamento do Estado para 2020 na generalidade, na sexta-feira.

Em conferência de imprensa, na Assembleia da República, o deputado José Luís Ferreira afirmou que o partido decidiu "abster-se na generalidade dando assim uma oportunidade ao PS para refletir e poder perceber as necessidades reais do país e dos portugueses".

Esta abstenção em fase de generalidade "em nada compromete ou condiciona o sentido de voto em votação final global", acrescentou José Luís Ferreira, tendo ao seu lado a deputada do PEV Mariana Silva.

Na quarta-feira, o PCP, primeiro, e o PAN, depois, anunciaram a sua abstenção na votação do Orçamento do Estado para 2020 na generalidade, e hoje o Bloco de Esquerda anunciou que também se irá abster - o que já assegurava a aprovação da proposta do Governo.

PCP, PAN, BE e PEV somam 35 deputados e com estas abstenções poderá haver, no máximo, 87 votos contra das restantes bancadas da oposição, pelo que os votos a favor dos 108 deputados do PS serão suficientes para aprovar a proposta do Governo na generalidade.

Fonte: SIC, 9 de Janeiro de 2020

sábado, 11 de janeiro de 2020

Falecimento do camarada António Gervásio


É com profundo pesar que o Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português cumpre o doloroso dever de informar o falecimento de António Gervásio, aos 92 anos de idade.

Nascido em São Mateus, Nossa Senhora da Vila, no concelho de Montemor-o-Novo, em 25 de Fevereiro de 1927, começou a trabalhar como operário agrícola ainda muito jovem. Destacado lutador contra o fascismo, desde muito cedo participou e dirigiu na sua terra várias lutas, nomeadamente greve nas ceifas, contra o desemprego, por melhores jornas.

Aderiu ao Partido Comunista Português em 1945 e passou à clandestinidade no Verão de 1952. Participou na direcção, do começo ao fim, da vitoriosa e histórica luta que levou à conquista das 8 horas pelo proletariado agrícola do Sul em 1962.

Foi membro do Comité Central (CC) do PCP de 1963 a 2004. Integrou a Comissão Executiva do CC entre fins de 1966 e princípios de 1967 e foi membro da Comissão Política do CC de 1976 a 1990. Membro da Comissão Central de Controlo eleito no XV Congresso, em 1996, até ao XVI Congresso, em 2000.

Foi preso três vezes, em 1947, 1960 e 1971. No conjunto, passou cinco anos e meio nas prisões fascistas do Aljube, de Caxias e de Peniche. Foi brutalmente torturado nas prisões de 1960 e 1971, com espancamentos até à perda de sentidos e a tortura do sono, sendo impedido de dormir durante 18 noites e 18 dias seguidos, cerca de 400 horas. No julgamento de Maio de 1961, foi espancado em pleno Tribunal da Boa Hora por denunciar as torturas da PIDE.

Participou na célebre fuga de Caxias no carro blindado de Salazar, em Dezembro de 1961, com mais sete camaradas, retomando de imediato a actividade partidária na clandestinidade.

Em Abril de 1974 estava na prisão do Forte de Peniche, após a condenação a 14 anos de cadeia e «medidas de segurança» em 1971, tendo sido um dos presos políticos libertados na madrugada de 27 de Abril.

Após o 25 de Abril foi deputado à Assembleia Constituinte pelo distrito de Portalegre, eleito em 1975, e deputado à Assembleia da República pelo distrito de Évora, eleito em 1979. Integrou a Assembleia Municipal de Montemor-o-Novo.

António Gervásio foi participante directo e incansável em todo o processo da Reforma Agrária nos campos do Sul, na liquidação do latifúndio e na constituição de Unidades Colectivas de Produção, e na luta sem tréguas na sua defesa.

O camarada António Gervásio, militante e dirigente comunista, deixou valiosos testemunhos da sua rica experiência de vida e de luta, nomeadamente o seu mais recente livro, «Histórias da Clandestinidade», contribuindo para preservação da memória do que foi o fascismo e de como o PCP enfrentou a repressão e se constituiu como o partido da classe operário e de todos os trabalhadores, e a força dirigente da oposição antifascista.

António Gervásio dedicou a sua vida à causa revolucionária do seu Partido de sempre, pela emancipação dos trabalhadores e dos povos, pela democracia, na resistência antifascista, na Revolução de Abril e na defesa das suas conquistas, por uma sociedade liberta da exploração e da opressão, pelo socialismo e o comunismo.

***
O corpo de António Gervásio estará em câmara-ardente a partir das 9h00 de amanhã, sábado, no Centro de Documentação e Arquivo da Reforma Agrária (Arquivo Municipal de Montemor-o-Novo) e o funeral realizar-se-á domingo, dia 12 de Janeiro, pelas 10h00, para o cemitério da Paz, em Setúbal, onde ocorrerá a cremação, pelas 12h00.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Sobre a abstenção do PCP no OE para 2020



O PCP adoptará o voto de abstenção na generalidade do Orçamento do Estado para 2020

Não votamos contra o Orçamento porque que o que foi alcançado nos Orçamentos anteriores não anda para trás, não votamos a favor porque se trava o ritmo, a expressão e o alcance de novas medidas positivas, e porque o Governo dá ao excedente o que falta ao país.

Há margem orçamental para dar resposta aos problemas do País. A opção que o Governo faz, no entanto, é a de sacrificar essas medidas de que o povo e o País necessitam em nome das imposições da União Europeia e dos interesses dos grandes grupos económicos.

Não deixaremos de nos bater:
- pela valorização dos salários e dos direitos dos trabalhadores;
- contratação de trabalhadores em falta nos serviços públicos;
- rede pública de creches gratuitas;
- mais justiça fiscal;
- redução do IVA da electricidade e do gás;
- mais investimento público;
- defesa do ambiente;
- apoio à produção nacional;
- fim das portagens;
- transportes públicos mais baratos;
- mais barcos e comboios;
- fim das PPP;
- 1% para a Cultura.

Com a intervenção do PCP estão ainda abertas possibilidades de avançar com medidas de aumento das pensões, dar passos na gratuitidade das creches, de concretização do fim das taxas moderadoras, de redução dos custos da energia, de aumento de prestações sociais como o abono de família ou o subsídio de desemprego, de reforço do Serviço Nacional de Saúde e criação do Laboratório Nacional do Medicamento, entre outras.

A apreciação definitiva sobre o que de concreto resultar de avanço na fase da especialidade, e o quadro político mais geral em que o OE será discutido determinarão o sentido da votação final global que o PCP assumirá.

O PCP intervirá, como sempre fez, com total independência. Apoiando tudo quanto de positivo venha a ser concretizado, combatendo tudo o que de negativo queira ser imposto ao povo português.

Declaração completa em: www.pcp.pt/node/304069

sábado, 4 de janeiro de 2020

Petição de repúdio e exigência de que se trave e abandone a anunciada criação do «Museu Salazar», com esse ou outro nome, em Santa Comba Dão

O projecto da reabilitação da figura de Salazar e do fascismo, que cumpre denunciar já foi travado há anos atrás, na sua primeira versão. Agora, perante a amplitude da indignação que suscitou e suscita, reaparece de novo, encenado e refugiando-se, desta vez, com designação e dimensão pretensamente mais ampla e com contornos de investigação e critérios académicos mas sem iludir o objectivo prosseguido, de sediar em Santa Comba Dão um “museu” ao ditador, adoptando a designação de “Centro de Interpretação do Estado Novo”, projecto que a Assembleia da República já condenou em 2007 e agora, de novo, o reafirma na Comissão Permanente reunida a 11 de Setembro de 2019.

Nesse sentido, as cidadãs e cidadãos que se identificam e assinam a presente Petição, vêm solicitar ao Senhor Presidente da Assembleia da República e aos Senhores Deputados que, no início da nova legislatura, efectuem as diligências necessárias, no respeito pelos valores inscritos na Constituição da República, para que tal ofensa aos portugueses em geral, e em particular à memória dos milhares de vítimas do regime fascista do «Estado Novo», seja definitivamente travada e abandonada.

Considerando os sinais concretos do desenvolvimento de forças fascistas e fascizantes por toda a Europa (e não só), a criação de um museu como o anunciado em Santa Comba Dão, não será apenas um depósito do espólio do ditador Salazar, mas um centro de conspiração contra a Democracia e o Portugal de Abril.

O “museu” não vai ser “um local de estudo e um centro interpretativo do Estado Novo” como proclamam os seus defensores, mas sim um instrumento para congregar saudosistas do passado e assumir-se como centro de divulgação e acção enquadradas na matriz corporativa/fascista que a maioria do Povo sofreu sob o “Estado Novo”.

Para fazer a história do “Estado Novo” existem já os baluartes e projecto da resistência e luta pela Liberdade em Peniche, no Aljube e outros deverão ser abertos, como a antiga cadeia da PIDE na Rua do Heroísmo, no Porto.

Ao que acrescem razões jurídico-substantivas para que não possa ser uma realidade a criação de tal associação-museu.

De facto, o n.º 4, do artigo 46.º da Constituição da República Portuguesa, proíbe todas as organizações que partilhem a ideologia fascista, esclarecendo a Lei 64/78 de 6 de Outubro, que «são proibidas e não pode exercer toda e qualquer actividade as organizações que mostrem (…) pretender difundir ou difundir efectivamente os valores, os princípios, os expoentes, as instituições e os métodos característicos dos regimes fascistas (…) nomeadamente (…) o corporativismo ou a exaltação das personalidades das mais representativas daqueles regimes.»

Pelo exposto e nos termos do número 1, do artigo 52 da Constituição da República Portuguesa, os abaixo assinados solicitam que a Assembleia da República, em nome do Portugal de Abril, mas também da Constituição da República Portuguesa e da Lei, condene politicamente o processo de criação do “Museu Salazar”, em Santa Comba Dão, e processe as diligências necessárias ao impedimento do intento que tanto ofende a memória dos milhares de vítimas do “Estado Novo” e os Portugueses em geral.

Petição de repúdio e exigência de que se trave e abandone a anunciada criação do «Museu Salazar», com esse ou outro nome, em Santa Comba Dão, para Exmº Senhor Presidente da Assembleia da República foi criada por: URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O 25 DE NOVEMBRO DE 1975 A VERDADE | 40 ANOS DEPOIS | 1975 - 2015

Os acontecimentos de 25 de Novembro de 1975 surgem na sequência de um intenso “verão quente”, da queda do V Governo Provisório e do afastamento do General Vasco Gonçalves dos cargos e estruturas superiores das Forças Armadas e do Movimento das Forças Armadas, objectivo há muito perseguido pela social-democracia, sob a batuta da direcção do PS, pelas forças de direita e por outros reaccionários radicais e fascistas, pelo Grupo dos Nove e por sectores esquerdistas agrupados em torno de Otelo Saraiva de Carvalho.

Trata-se, sem dúvida, de um golpe militar contra-revolucionário, fruto de uma cuidada e longa preparação no quadro de um tumultuoso processo de rearrumação de forças no plano político e militar, com o apoio e o envolvimento activo de potências europeias, dos EUA e da NATO.

Com este dossier, que abrange o período de Agosto a Dezembro de 1975 e contém variados documentos, nomeadamente intervenções de Álvaro Cunhal e comunicados da Comissão Política do PCP, pretende-se, por um lado, clarificar o envolvimento de forças muito diversas associadas num complexo processo de alianças contraditórias em torno do objectivo comum de pôr fim à influência do PCP e ao processo revolucionário e, por outro, sublinhar a acção incansável do PCP para a resolução da crise política, sabendo que esta só teria solução com a resolução da crise militar, com a reaproximação e o entendimento entre os vários sectores do Movimento das Forças Armadas, particularmente entre a Esquerda militar e o Grupo dos Nove.

Sobre o chamado «verão quente» de 1975, António José Rodrigues, Revista «O Militante», edição n.º 338 - Set./Out. de 2015

Sobre o 25 de Novembro de 1975, António José Rodrigues, Revista «O Militante», edição n.º 339 - Nov./Dez. de 2015

8 de Agosto

Nota do PCP
O PCP tomou conhecimento de dois documentos distribuídos na noite do dia 7 para 8. Um assinado por um grupo de oficiais, outro pelo Secretário-Geral do Partido Socialista. Distribuídos à pressa nas vésperas da apresentação do novo governo, essas iniciativas visavam manifestamente tentar ainda evitar, à ultima hora, a sua formação e posse...

Comunicado da Comissão Política do Comité Central do PCP
A formação do novo governo do General Vasco Gonçalves tem lugar num momento particularmente grave da revolução portuguesa...

10 de Agosto

Intervenção de Álvaro Cunhal na Reunião Plenária do Comité Central do PCP
Aos organismos executivos do Comité Central pôs-se a questão de ouvir a opinião do Comité Central quanto às decisões que podem ter que tomar a curto prazo em relação à questão do poder político...

11 de Agosto

Assalto ao Centro de Trabalho em BragaAssalto ao Centro de Trabalho em BragaAssalto ao Centro de Trabalho em BragaAssalto ao Centro de Trabalho em Braga
Assalto ao Centro de Trabalho em Braga
14 de Agosto

Comício do PCP no Pavilhão dos Desportos, em LisboaComício do PCP no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa
Comício do PCP no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa
28 de Agosto

Extractos da declaração da Comissão Política do Comité Central do PCP, apresentada por Álvaro Cunhal em Conferência de Imprensa
A crise político-militar arrasta-se perigosamente (…) existe o perigo real de um avanço reaccionário e da formação de um governo de direita que, no imediato ou a médio prazo, ponha em causa as liberdades e as outras conquistas fundamentais da revolução, como as nacionalizações e a reforma agrária...

Respostas de Álvaro Cunhal às perguntas dos jornalistas
Como foi afirmado, a crise da Revolução Portuguesa é uma crise muito profunda. O aspecto essencial e central desta crise é neste momento a crise do poder político, nas suas estruturas consideradas no conjunto, designadamente MFA e Governo. A solução da crise necessita de ser global. Isto quer dizer que tem de se considerar todos os aspectos do poder político, incluindo o MFA e Governo...

29 de Agosto

Nota acerca da Conferência de Imprensa do PCP do dia 28.8.75
Em relação com a proposta feita pelo PCP na Conferência de Imprensa do camarada Álvaro Cunhal do dia 28 de Agosto, têm sido feitas numerosas perguntas à Secção de Informação e Propaganda do PCP...

1 de Setembro

Nota sobre Secretariado Provisório saído do acordo de 25 de Agosto
No dia 25 de Agosto de 1975, numa reunião realizada entre representantes dos seguintes partidos e organizações políticas: FSP, LCI LUAR, MES, MDP/CDE, PCP, PCP-BR e 1º DE MAIO, chegou-se a várias conclusões, entre as quais...

16 de Setembro

Discurso de Álvaro Cunhal no comício do PCP na Praça do Campo Pequeno
Quando tempos atrás foi desencadeada contra o nosso Partido a grande ofensiva das forças reaccionárias, conservadoras e oportunistas de direita e de esquerda conjugadas (campanha anticomunista, atentados, assaltos, agressões), os nossos inimigos cá dentro e no estrangeiro gritaram que o Partido não poderia resistir...

26 de Setembro

Entrevista de Álvaro Cunhal à Reuter
Greves e manifestações são formas de acção reconhecidas e habituais em numerosos países, incluindo os países capitalistas com regimes democráticos. Não são pois, em si, formas de acção revolucionárias. Em Portugal, como noutros países, é reconhecido por lei o direito à greve e o direito de manifestação...

1 de Outubro

Comissão Política do Comité Central do PCP
Hoje, dia 1 de Outubro, pela tarde, no norte e centro do país, o PS (em alguns casos seguido pelo PPD) distribui papéis e faz grande agitação dizendo estar planeado para esta noite um golpe revolucionário...

7 de Outubro

Comunicado sobre a situação política
Os factos estão confirmando dia a dia que o PCP tinha razão nas suas análises e advertências. A crise não pode ser resolvida por uma remodelação direitista dos órgãos superiores do poder político (MFA e Governo) e pela tentativa duma viragem a direita da política portuguesa...

9 de Outubro

Nota do PCP sobre os últimos acontecimentos políticos
Na noite de 8 para 9, o PPD revelou uma vez mais a sua directa responsabilidade nas violações da ordem democrática, na provocação de violentos conflitos de rua, no esforço para conduzir a confrontos armados entre militares e para abrir o caminho à guerra civil...

Intervenção de Álvaro Cunhal na Sessão de esclarecimento em Moscavide
O nosso Partido considera que a crise que a Revolução portuguesa atravessa é uma crise profunda e perigosa. Esta crise atingiu praticamente todos os sectores da vida nacional. Temos dito que esta crise é uma crise política, é uma crise militar, é uma crise social, é uma crise económica, é uma crise ideológica e é uma crise em que apanhamos ainda a ressaca das dificuldades da descolonização, particularmente em Angola...

10 de Outubro

Nota sobre o comunicado do Governo, de 9 de Outubro
A Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Portugueses tomou conhecimento do comunicado do governo, aprovado na sessão do dia 9. O PCP diverge radicalmente das apreciações feitas neste comunicado acerca da situação actual e dos últimos acontecimentos, designadamente dos incidentes no Porto...

3 de Novembro

O embaixador dos EUA em Lisboa, Frank Carlucci
O embaixador dos EUA em Lisboa, Frank Carlucci, faz uma viagem pelo norte do país, que se prolonga até ao dia 7, visitando Porto, Braga, Viseu, Vila Real, Chaves, Viana do Castelo. Manteve conversações com os governadores civis de Viseu, Vila Real e Chaves e com os bispos de Viseu, Vila Real e o representante do Arcebispo de Braga.

12 de Novembro

Nota do PCP sobre a actual situação política
A constituição do VI Governo Provisório foi precedida de discussões políticas que conduziram a uma plataforma governamental. O PCP considerou que esta plataforma era aceitável e que alguns dos seus pontos permitiam a realização duma política progressista...

16 de Novembro

´
Manifestação de apoio às conquistas da revolução no Terreiro do Paço, Lisboa
Manifestação de apoio às conquistas da revolução no Terreiro do Paço, Lisboa
25 de Novembro

Nota do PCP sobre a situação política
A situação política e militar degrada-se hora a hora. O pais corre o risco de ser mergulhado em confrontos sangrentos entre forças e sectores que têm estado com o processo revolucionário. Tais confrontos só podem aproveitar à reacção e facilitar a instauração duma mova ditadura...

28 de Novembro

Nota da Comissão Política do Comité Central do PCP
Os acontecimentos dos últimos dias representam uma pesada derrota das forças da esquerda militar e das forças revolucionárias no seu conjunto e um avanço das forças da reacção, que tomam fortes posições no aparelho militar e no sistema do poder..

29 de Novembro

Nota do Secretariado do Comité Central do PCP
Alguns sectores políticos, assim como jornais do Norte e jornais estrangeiros estão lançando uma campanha contra o PCP em tomo das recentes sublevações militares...

Extractos de documentos do PCP abrangendo o período de 10 de Agosto a 28 de Novembro, anexos à nota do Secretariado do Comité Central de 29 de Novembro de 1975
30 de Novembro

Editorial do jornal «Avante!»
A revolução portuguesa passa uma curva difícil e perigosa. A pesada derrota das forças da esquerda militar reflectir-se-á sem dúvida, nos tempos mais próximos, no enfraquecimento das forças revolucionárias e do movimento popular.

5 de Dezembro

Entrevista de Álvaro Cunhal a O Jornal
A primeira coisa a dizer é que, na base dos elementos disponíveis, os acontecimentos do 25 de Novembro não se podem considerar um «golpe» ou uma «insurreição», como se diz, mas a convergência de várias sublevações militares, cada qual com o seu processo próprio e os seus objectivos próprios e imediatos...

7 de Dezembro

Comício do PCP no Campo Pequeno
Comício do PCP no Campo Pequeno
Discurso no Comício do PCP no Campo Pequeno, em Lisboa
A todos os membros do Partido, às juventudes comunistas, aos operários, empregados, camponeses, pescadores, intelectuais, estudantes, aos homens, mulheres e jovens que, nestes dias de ameaça e inquietação, estiveram e continuam estando com o Partido, seguindo a sua orientação, firmes e esperançosos, transmito a confiança do Comité Central do Partido Comunista Português, a afirmação de que a luta continua e a confirmação da certeza de que a vitória é difícil, mas será nossa...

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Solidariedade com os trabalhadores da cervejaria Galiza | PCP

DECLARAÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL

Solidariedade com os trabalhadores da cervejaria Galiza

19 Novembro 2019, Porto