Vivo nas Caldas da Rainha e vim a águas para Caldas de Felgueira. Quando aqui cheguei e me perguntaram a morada, não pude deixar de notar uma certa surpresa perante a minha resposta. Vir das Caldas, das famosas caldas cá para cima a cerca de 300 quilómetros, a banhos?
Pois é; é triste mas é verdade.
Este é um sítio aprazível, sossegado, de pessoas muito simpáticas e com umas águas, cujo resultado, até então se tem mostrado benéfico.
Pelo que percebi também estas termas passaram por uns tempos mais difíceis, sujeitaram-se a benefícios e cá estão elas a funcionar em pleno. Tem termas e Spa e principalmente utilizadores.
Será assim uma coisa tão difícil de fazer nas Caldas da Rainha?
Porque é que os caldenses se matam a pensar, a ameaçar fazer, e não executam? Era melhor falarem menos naquelas improdutivas discussões relatadas pelos jornais e actuarem mais. Lá vão as termas das Caldas para o "maneta"; vão ou já foram?
Quem pode que actue e reverta a situação custe o que custar! Que interessa elas existirem na posse do estado se estão fechadas?
Fazer termas não é um luxo; é uma necessidade para certas doenças que com a seu utilização se podem debelar, sem a agressividade dos químicos da medicina convencional.
E este problema visto de longe ainda é mais doloroso, porque aqui em Caldas de Felgueira, não encontrei nada que as Caldas não pudesse ter.
E Caldas da Rainha sofre de um mal; tudo leva séculos a ser resolvido e a fazer-se. Dá a sensação que as energias são todas direccionadas para a discussão fátua dos problemas.
Quem me dera a mim, da próxima vez que necessidade de fazer termas, fazê-las nas Caldas, não só por estar em casa, mas principalmente porque era sinal que os caldenses tinham resolvido o grande problema que faz com que a sua cidade vá agonizando pouco a pouco.