segunda-feira, 30 de abril de 2007
28.ª Página Caldense
27.ª Página Caldense
"A estância termal das Caldas da Rainha é das mais importantes de Portugal. O seu balneário, instalado dentro de uma pequena cidade duns 8 mil habitantes, a cerca de 100 quilómetros de Lisboa, a que a ligam comboios cómodos e excelentes estradas, é enorme e com boas instalações, estando a sofrer grandes modificações que o vão tornar um dos melhores balneários de águas sulfurosas que se conhecem."[...]
domingo, 29 de abril de 2007
26.ª Página Caldense
A CIDADE DE CALDAS DA RAINHA FAZ 20 ANOS
Breve Pausa
25.ª Página Caldense
Pinheiro Chagas
[Impresso na Tipografia Caldense - Rua José Malhoa, 9 e 11 - é publicado pela Gazeta das Caldas, Jornal Regionalista, cujo director é António Leitão. Folheto de 13,80 x 22 cms. Capa com uma cor. Inclui um mapa desdobrável. Contem 16 imagens a preto e branco e uma página de extra-texto reproduzindo o quadro de José Malhoa, "Rainha D. Leonor de Lencastre".]
sábado, 28 de abril de 2007
24.º Página Caldense
23.ª Página Caldense
Dedicatória na folha de rosto:
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Breve Pausa
quarta-feira, 25 de abril de 2007
22.ª Página Caldense
[Páginas 20 e 21]
21.ª Página Caldense
[1942]
“À noite, sem luz (a Foz do Arelho não tinha ainda luz eléctrica nem água canalizada), íamos à escola oficial onde o professor primário tinha o único rádio da terra, ouvir às escondidas a B.B.C. Nesse tempo, ouvir a B.B.C. era um crime de lesa-majestade, que comportava sérios riscos… Crime, aliás que todo o Portugal cometia!
Não resisto a referir um pormenor dessa escola: tinha sido construída num estilo neo-clássico, de gosto muito duvidoso, pelo velho Grandela, republicano dos quatro costados, dos tempos heróicos da Propaganda, que havia feito da Foz do Arelho seu feudo, até com o arremedo de um castelo pseudo-medieval, onde hoje se encontra – sinal dos tempos! – instalada a F.N.A.T.
Durante a guerra de Espanha, fora completamente picado e destruído pelos fascistas das Caldas da Rainha que não podiam sofrer que perdurasse semelhante desaforo a perturbar a inocência das criancinhas! O professor primário, todos os dias, nos mostrava a parede, apontando o vazio deixado pelo painel - vexatório sinal da derrota na nossa guerra...
[Páginas 31, 32 e 33]
20.ª Página Caldense
Editor e Proprietário: João José Batista
Director: Magalhães Lima
Colaboradores: Augusto Rocha, Alexandre da Conceição, Alves da Veiga, António Furtado, Anselmo Xavier, B. Machado, Costa Goodophim, Gomes Leal, G. Benevides, José J. Nunes, J.M. Latino Coelho, Reis Dâmaso, Rodrigues de Freitas, Silva Graça, Silva Lisboa, Teixeira Bastos, Teófilo Braga, Trigueiros de Martel
Fotografias de António Maria Serra
Número 11 – Junho de 1882 – 1.º Ano
Rafael Bordalo Pinheiro
“Assim como na banalidade politica portuguesa há a figura grotesca e eco de Arrobas, o tigre, no jornalismo peninsular há figura eminentemente viva, original e cintilante de Bordalo Pinheiro, um artista, que vale um exército, um propagandista que vale uma revolução. Bordalo Pinheiro é para a sociedade portuguesa contemporânea o que Tácito foi para o império romano, quer dizer, o seu cronista mais justo e mais indignado. Há no poderoso temperamento deste artista a nota alta e vibrante, que faz lembrar as cóleras de Danton e a eloquência de Vergniaud. È assombroso e é único.
“Cada caricatura deste artista é um grito de revolta contra a conspiração secular do espírito monárquico – fradesco, que fez de Portugal esta nação mole e incaracterística, sem vida, e sem alma, que aí anda à matroca no grande mar da civilização europeia, sem rumo e sem individualidade. Bordalo Pinheiro vinga-nos de toda a esta espantosa decadência, demonstrando quotidianamente, pelas cintilações do seu génio artístico, o que pode ser para a elevação da alma d’um povo um espírito vigoroso e fecundo.
“Bordalo Pinheiro é como artista um revolucionário e como revolucionário um criador.
Com a transcrição destas linhas, quero de antemão, significar aos que me leram que não é meu intuito desenhar aqui o perfil literário de Bordalo pinheiro, mas unicamente criticá-lo sob o ponto de vista revolucionário e demolidor. Será essa a minha missão como homem politico que sou, e é esse também, em meu juízo, o alvo a que certamente mira a Galeria Republicana: - aproveitar dos biografados tudo quanto eles têm produzido de útil e de salutar em favor do ideal moderno, isto é, em favor da justiça e da democracia.
Bordalo Pinheiro e, acima de tudo, um republicano. As suas obras são justamente colossais, pela verdade que encerram e pelo ideal que as inspira. Podia Bordalo Pinheiro ser um sectário ferrenho do monarquismo ou do clericalismo; os seus trabalhos haviam porém, de ressentir-se naturalmente de uma falsa noção de arte, como falsa e mentirosa é também a doutrina monárquica e clerical; o seu génio amortecia irremessivelmente, e a sua faculdade inventiva estiolaria, sem dúvida, à mingua de seiva e de vibração cerebral.
Considerando-se assim, o nosso intento é evidentemente prestar uma homenagem decidida e sincera ao primeiro demolidor português e ao mais ardente e terrível propagandista dos princípios democráticos entre nós.
Insistamos na frase acima transcrita, porque nunca se perde em insistir na verdade: “Bordalo Pinheiro é como artista revolucionário e como revolucionário um criador”.
Data do Calcanhar de Aquiles a celebridade de Bordalo, como o único e já agora inimitável criador da caricatura em Portugal. Na sociedade Portuguesa o seu lugar é perfeitamente correspondente aos ocupados no estrangeiro por Cham, por Gill, por Ortego, por Henry Monier, por Cruiskshand. Em abono da verdade, seja-nos licito notar que, relativamente ao meio, em que vive é a escassez de elementos estéticos, que o rodeiam, Bordalo é superior a qualquer dos supra mencionados artistas, não só pela delicadeza do traço como pela exactidão dos desenhos, não só pela concepção, perfeitamente genial, que preside a todas as suas obras arrojadíssimas, como elo ideal de justiça e de verdade que, em tudo e por tudo, transparece nos seus trabalhos monumentais.
“Depois de alguns meses de correrias artísticas por terras de Espanha – refere conceituadamente o seu inseparável e único companheiro, Guilherme Azevedo – adormecendo ao som de malagueñas e acordando ao ruído das fuziladas, Bordalo Pinheiro volta a Lisboa e desenha então A Lanterna Mágica em que as suas supremas qualidades de caricatura se acentuam definitivamente.
“Da mesma forma que Henry Monier criada em França, dando-lhe formas lineares, sensíveis, o tipo de Joseph Prudhomme, a encarnação do espírito constitucional e burguês da França, Rafael Bordalo cria na lanterna Mágica, o Zé-Povinho, a representação simbólica da ingenuidade lorpa da sua terra.
“Isto é, Bordalo Pinheiro, achara, como um supremo artista, a fórmula exacta, representativa do estado social e político de Portugal, da mesma forma que Henry Monier, achara a da França”.
Da vastíssima galeria de tipos, criados e iluminados pelo lápis cintilante e sempre fecundo de Bordalo Pinheiro, é seguramente Zé-Povinho, um ingénuo, um eterno explorado pela corrupção monárquica e clerical do nosso tempo, o tipo mais completo e mais bem acabado. Zé-Povinho, na sua encarnação lorpa e boçal, não é apenas uma figura qualquer, feita para despertar o riso e a gargalhada das multidões. Longe d’isso, ele por si personifica uma sociedade aviltada pela opressão dos grandes e dos poderosos em que o abuso é lei, a imortalidade norma de vida, e a ignorância e a miséria o único fim dos governos, quer há perto de sessenta anos nos tem espoliado e escravizado em proveito da cúria romana ou do estrangeiro.
Bordalo Pinheiro, criando este admirável tipo, fazendo girar todos os acontecimentos nacionais em redor d’um personagem, tão profundo de verdade como generoso e grande nas intenções e no espírito, provocou por si a anarquia no existente e proclamou bizarramente o realismo na arte e a dignidade na politica.
É por isso que o António Maria e o Álbum das Glórias, são hoje das publicações mais notáveis do mundo – precisamente porque representam uma obra justa, uma obra verdadeira, uma obra humanitária, uma obra de emancipação política e social. E por isso é também, que o povo – a grande massa produtora e trabalhadora por excelência – consagra a Bordalo pinheiro a mais viva simpatia e o mais desinteressado entusiasmo – precisamente porque ele é apostolo sincero de uma causa santa, e porque é o campeão audacioso dos seus direitos ultrajados e das suas liberdades escarnecidas. Mais tarde, quando a história, no seu juízo recto e inflexível, tomar conta d’esta época, há-de apurarem Rafael Bordalo Pinheiro uma consciência altiva, um espírito soberano, que soube compreender, identificando-se com eles, o ideal dos que sofrem e a aspiração dos que anseiam por um reinado de luz e de bem estar social. E nem mais é preciso para a imortalidade de um artista ante a história e ante a consciência humana! Bordalo Pinheiro conseguiu já o que a poucos tem sido dado conseguir na vida –o ser um imortal perante as gerações presentes e futuras!...
A caricatura no desenho, como a ironia na literatura, como a opera cómica no teatro é perfeitamente do nosso meio e do nosso tempo. Rafael Bordalo é, sobretudo, um artista de uma actualidade palpitante; vivo, rápido; originalíssimo na conversação, amando por igual o imprevisto e o extraordinário, de uma dedicação única, como amigo e como companheiro. É um intransigente, que procura satisfazer a sua consciência, pondo procura satisfazer à sua consciência, pondo invariavelmente de parte os seus interesses e as suas conveniências pessoais. Foi por isso que no Brasil não fez fortuna, e é por isso que em parte alguma do mundo logrará fazê-la, estou convencido.
Impressionável por temperamento, como todo o artista, há nele todavia um traço que o caracteriza salientemente – a compreensão nítida dos seus deveres, como homem e como revolucionário. Para Bordalo, assim como para nós outros, os republicanos, há princípios que se defendem e injustiças que se combatem. E neste sentido, por tal forma ele tem preenchido a sua missão na sociedade portuguesa que conseguiu já ser um homem temido e perigosíssimo, o máximo a que se pode aspirar num pais, bestializado pelo fanatismo religioso e nunca assaz explorado pelos comilões do orçamento monárquico…
Muito ao correr da pena ai fica um dos traços fisionómicos deste grande revolucionário, deste eminente artista, tal e qual o fantasiámos na nossa humildade politica. Não nos pertence a nós certamente o encará-lo por outro lado diverso do que aquele por que o fizemos nesta ligeira apresentação. Escritores abalizados se têm ocupado d’ele com respeitosa admiração. Pertence a história de todos os povos. O que d’ele se tem escrito é nada, relativamente ao que do seu extraordinário trabalho está ainda por escrever.
No dia 13 do corrente mês faz três anos que O António Maria, o valente soldado da revolução portuguesa, saiu pela primeira vez à luz da publicidade. Cabe-nos deste modo a honra de enviar d’aqui d’envolta com a nossa saudade profundíssima por Guilherme de Azevedo, um cronista inimitável e um amigo nunca esquecido, as nossas mais ardentes felicitações ao nosso querido amigo, ao grande e benemérito artista Rafael Bordalo pinheiro. – Que ele as recebe tão sinceras, como sincera é a admiração que lhe consagramos."
Magalhães Lima
[Este texto apresentado a 3 colunas, ocupa a página de rosto e a segunda página. Colocado a meio da página de rosto, uma fotografia de Rafael Bordalo Pinheiro, colada. Cada número deste jornal – dos que nos foi dado consultar – anos de 1882 – 1.º ano e 1883 – 2.º ano, é composto por quatro páginas, todas elas com uma cercadura rectangular que apresenta aos cantos elementos de fantasia decorativa. Dimensão: 25 x 33 cms. Nos exemplares consultados existe uma página de rosto anual para cada ano.]
19.ª Página Caldense
Rainha das Termas de Portugal
Estância termal * Águas Sulfúreas-calcárias * Arte e História
* Centro de Turismo * Belezas Naturais
18.ª Página Caldense
17.ª Página Caldense
Caldas da Rainha
(Distribuição gratuita)
J. A. Ferreira MadailTyp. da Empresa da História de Portugal
1909"A Vila"
Foi pois o Hospital Real no núcleo fundamental da povoação; à sombra d'ele vieram as primeiras trinta famílias que no local se fixaram durante a construção do edifício, à sombra dele medrou e cresceu a vila, e vive ainda hoje uma grande parte dos seus habitantes.
Hoje conta 4.639 habitantes.
A primeira rua foi denominada a Rua Nova e tinha começo junto ao hospital, no largo da Copa, hoje Largo Rainha D. Leonor.
As primeiras casas foram edificadas em terrenos pertencentes ao hospital e dados de aforamento aos colonos.
Esta rua já hoje não tem, infelizmente, a mesma denominação.
E digo infelizmente porque nunca as vantagens da mudança d´estas nomenclaturas compensam os grandes inconvenientes a que muitas vezes dão lugar.
Por isso entendo que não devem ser alteradas, a menos que para tal militem ponderosas razões, e nunca quando sejam elementos curiosos para a história das povoações.
Estão neste caso as primeiras ruas que se traçaram e onde viveram os primitivos habitantes.
A povoação assim criada, recebeu o título simplesmente de Vila."
[Pequeno livro com as dimensões de 11,50 x 18 cms, 72 páginas numeradas, incluindo 21 imagens. O tema é tratado em 3 capítulos: Hospital Real / A Vila / Arredores. Mapa incluído no final do texto.]
16.ª Página Caldense
Crítica de Circunstância
Luiz Pacheco
Editora Ulisseia
Colecção Vária, n.º 6
1.ª Edição, 1966
“O CACHECOL DO ARTISTA”
[…]"O ARTISTA PRECISA DE UM CACHECOL
Pode ser que conheças, Leitor, qualquer artista na necessidade: não o desampares, muito especialmente por estes dias de Inverno. E não conhecendo, e querendo, não faças cerimónia: manda o que quiseres.
Aceitamos tudo:
Dinheiro, cigarros, fatiota, roupas de cama, mercearias, BACALHAU, brinquedos, livros, esferográficas, papel de máquina, vitaminas, uma corneta (para eu tocar num dia que cá sei), viagens pelo continente, estadias em casas de muito sossego, garrafas de vinho, revistas com nus (são para mim), um casaco de abafar (é para a minha senhora), pastéis de nata, salsichas, passas e nozes, tâmaras, um osso com tutano para o caldo da Gèninha, lâminas de barba, o perdão das nossas dívidas, uma assinatura do Jornal de Letras e Artes (minha leitura predilecta), bolo-rei, bolsa da Gulbenkian (proposta: uma biografia de Bocage), uma caixa de bombons, passarinhos assados, orelheira de porco, latas de conserva (gostamos de qualquer marca), etc., etc., etc.
O Artista agradecido
Luiz Pacheco
Sua casa: R. RAPHAEL BORDALLO PINHEIRO n.º 2, r/c – CALDAS DA RAINHA”
[Página 144]
Esta informação foi recolhida de um exemplar cedido pelo amigo Jaime Neves. Os meus agradecimentos.
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Comentários:
Maria disse...
Luiz Pacheco e outros Luises daí de Caldas (ou que estão em Caldas) - frequentadores do Café Central e, nas noites de convívio, do Inferno d'Azenha...Algumas das criancinhas de que ele fala conheci-as na barriga da mãe...
26 de Abril de 2007 20:07
terça-feira, 24 de abril de 2007
Festa na Rua
Gil Vicente, escritor de mil palavras, dava rosas (preferencialmente vermelhas).
Cavaleiras/os, cujo patrono é S. Jorge, evoluíam em passos galantes;
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segunda-feira, 23 de abril de 2007
O Gato (a)
Guillaume Apollinaire
23 de Abril
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Os Direitos Inalienáveis do Leitor
quarta-feira, 18 de abril de 2007
15.ª Página Caldense
[Preço avulso: 20 Réis - Editor: Gomes d'Avellar - Impressão: Imprensa moderna Santos & Moreira - Campo de Santa Clara, 144/146 - Lisboa - N.º de Páginas: 16 numeradas + capa em papel de cor - Dimensão: 12,50 x 18,50 cms]
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[Cavacos das Caldas é publicado entre 1896 e 1898. José Gomes de Avelar, politico, jornalista e ceramista é o seu editor e proprietário. Assina com o nome de Belisário. A capa desta pequena brochura reproduz uma ilustração da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro: Zé Povinho e José Gomes de Avelar em alegre cavaqueira.
Mia Couto - Prémio União Latina
Parabéns Mia.
O Prémio União Latina, foi hoje conferido ao escritor moçambicano Mia Couto.
14.ª Página Caldense
terça-feira, 17 de abril de 2007
Rosas para o Dia Mundial do Livro - Quadras de Fernando Pessoa
Rosa verde é coisa que há ?
É uma coisa que se perde
Quando a gente não está lá...
Trazes a rosa na mão
E colheste-a distraída...
E que é do meu coração
Que colheste mais sabida ?
Tens uma rosa na mão,
Não sei se é para me dar.
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar...
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que é teu...
Antes tivesses o jeito
De amar alguém, que sou eu.
A rosa que se não colhe
Nem por isso tem mais vida.
Ninguém há que te não olhe
Que te não queira colhida.
Roseiral que não dá rosas
Senão quando as rosas vêm,
Há muito que são formosas
Sem que o amor lhes vá bem.
Dona Rosa, Dona Rosa,
De que roseira é que vem,
Que não tem senão espinhos
Para quem só lhe quer bem?
Dona Rosa, Dona Rosa,
Quando eras inda botão
Disseram-te alguma coisa
De a flor não ter coração?
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar...
Tua cabeça anda à roda
Mas sabes-te equilibrar.
domingo, 15 de abril de 2007
Livros com História
Será que sabe ?
- Em que data foi assinado o Compromisso do Hospital?
- De quando é a gravura que mostra o Hospital meses antes do início da reconstrução do edifício?
- Quando é que foi inaugurado o Hospital de Santo Isidoro?
- Quando faleceu Rodrigo Berquó?
- Quando é que nasceu Rafael Bordalo Pinheiro?
- Qual a data da carta régia de D. Manuel instituindo a Vila das Caldas?
[Actual Rua Heróis da Grande Guerra]
Durante os mêses de Abril e Maio a Loja 107 promove a divulgação de obras sobre a história das Caldas da Rainha, denominada LIVROS COM HISTÓRIA.
São mais de 70 títulos, relacionados com a história da nossa cidade/região e/ou sobre personalidades relacionadas. Não esquecemos as obras ficcionadas.
Começando pela clássica obra de Jorge de S. Paulo "O Hospital das Caldas das Caldas da Rainha até ao ano de 1656", passando (entre muito mais) à “Introdução à História das Caldas da Rainha” de João B. Serra, às “Noticias interessantes da Real Vila das Caldas” de autor anónimo, à biografia da “Rainha D. Leonor” do Conde de Sabugosa, ao “Calcanhar de Aquiles” de Bordalo Pinheiro, à “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos” de José Queirós, à “Viagem a Portugal” de José Saramago, até à “Senhora das Tempestades” de Manuel Alegre, nunca até então tinha sido reunido um tão significativo número de obras subordinada ao tema caldense.
partilhamos leituras com cidade
sábado, 14 de abril de 2007
13.ª Página Caldense
[SEGUNDO LIVRO DE CRÓNICAS
António Lobo Antunes
Dom Quixote, 1.ª edição
Outubro de 2002, Pág. 74
Crónica: Sugestões para o lar]
António Lobo Antunes - Café Literário, Loja 107
17 de Novembro de 2006
Para o António com amor.
Isabel
[12 de Abril, de 2007, dia da publicação da Crónica do Hospital, na revista Visão]
quinta-feira, 12 de abril de 2007
12:ª Página Caldense
"Dez anos são decorridos desde que a morte ceifou em Rafael Bordalo Pinheiro o mais genial artista português do século XIX, e a sua perda, hoje tão sentida como no primeiro dia desse luto nacional, é cada vez mais irreparável, mais comovedora, mais pungente.
Bordalo Pinheiro era a constituição artística mais completa, mais extraordinária, mais sublime. O seu lápis prodigioso, incomparável, deixou milhares de provas imorredoiras dum talento inconfundível. Um traço bastava-lhe para afirmar um grandioso rasgo de génio. Como, ao sairem-lhe da concepção privilegiada, se admiravam então as suas caricaturas primorosas, admitindo-se hoje e há-de a posterioridade admirá-las, porque todas elas, vincando um facto, gravando uma impressão, revestem, a mais do seu cunho de instantâneo, uma actualidade permanente, que só a Arte, na surpresa dos seus mais recônditos, tem o poder de garantir.
Tais foram as obras primas do Bordalo, que só obras primas deixou. A sua memória triunfará dos século, enquanto as belas artes forem a pedra de toque da civilização humana. Ele mesmo vive em cada uma das suas produções monumentais, que hão-de servir de pedestal ao glorioso padrão do preito público, neste momento em via de perpetuar, materializando-a no bronze, a sua insigne e gigantesca figura.
Pela nossa parte, fazemos os mais ardentes votos porque se não faça esperar essa justíssima consagração que a pátria portuguesa prepara a Bordalo pinheiro, que tanto a engrandeceu e honrou."