No dia 19 de Março, fiz mais um passeio a pé pela Linha do Tua, desta vez do São Lourenço até à Foz Tua.
Já tinha programado este passeio para o dia 14 (Sábado), mas surgiu-me um imprevisto e tive que adiar para o dia 19.Como tinha que ir a Codeçais, pensei então fazer este percurso pela linha. Tinha planeado levar o carro até ao Pombal e sair daí às 10:30 h, descer a pé até ao São Lourenço e partir dali às 11:30 h, pois sabia que iria demorar um pouco a tirar algumas fotos até ao São Lourenço e junto às termas. Tinha que estar na Foz Tua às 18 horas, uma vez que tinha que apanhar o táxi que saia às 18:15 h, levando-me até ao Pombal onde deixara o carro. Tinha então seis horas e meia para fazer este passeio pela linha.
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Como nem tudo corre como a gente quer já saí de Codeçais um pouco tarde atrasando-me meia hora, cheguei então ao Pombal às 11 horas e não à hora que tinha planeado, mas não seria por meia hora que não conseguiria chegar a tempo de apanhar o táxi. Coloquei a mochila com alguns mantimentos às costas, câmara de filmar ao ombro e máquina fotográfica na mão, estava assim pronto para mais uma caminhada pela Linha do Tua. Antes de seguir para o São Lourenço ainda tirei algumas fotos à igreja do Pombal e à aldeia, descendo de seguida em direcção ao São Lourenço.
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Já perto do São Lourenço avista-se uma paisagem magnífica com o rio Tua bem lá no fundo, consegue-se ver o apeadeiro do Tralhão, por onde já passeio num dos outros passeios pela linha. Ao longo da estrada vêem-se calçadas com vinha e oliveiras e algumas figueiras as quais já com o fruto (figo) bem visível. Nas bermas da estrada vi algumas campainhas entre outras espécies de flores.
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Mais abaixo já se via o São Lourenço e a Estação, tirei algumas panorâmicas daquele lugar, pois dalí tem uma vista maravilhosa.
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Ao Chegar ao São Lourenço deparei-me com uma pereira cheia de flor, tirando umas fotos à mesma, à capela e à aldeia deitada ao abandono. Além de uns turistas franceses a acampar ali, não vi mais ninguém. Segui então para a Estação donde iria começar mais uma caminhada.
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Cheguei à Estação, eram 12 horas, tinha então 15,6 quilómetros para andar e seis horas para chegar à Foz Tua, a tempo de apanhar o táxi. Depois de filmar e tirar algumas fotos à Estação pus pés a caminho.
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Alguns metros depois de deixar a Estação, deparo eu com um monumento (rochedo) ao lado da linha, bem conhecido por quem por ali já passou. Como ainda estava em jejum, tiro da mochila uma sande e uma garrafa de água, para ganhar energias podendo continuar a caminhada.
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Depois do quilómetro 14 avistei a aldeia do Amieiro bem lá no meio da montanha, pedindo para ser fotografada, sendo bastante fotogénica. O Amieiro fica do outro lado do rio de frente para a Estação de Santa Luzia. Neste local existia um teleférico permitindo a passagem do lado do Amieiro para a Estação de Santa Luzia. Aqui fiquei um pouco a admirar a aldeia e a tirar-lhe algumas fotografias. Deixei a Estação de Santa Luzia e segui caminho, parando aqui e ali tirando fotografias à vegetação e flores nas bermas da linha, não esquecendo as borboletas que voavam de flor em flor, pois está aí a Primavera, tornando assim a linha mais bonita.
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Ao quilómetro 11 fica a Ponte de Paradela tendo um enorme rochedo ao seu lado.
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Ao longo do rio pode-se ver alguns monomentos (esculturas naturais) como mostra a figura abaixo.
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Ao quilómetro 9 encontro o primeiro túnel em curva – Túnel da Falcoeira, sendo o maior de todos, onde seu interior mal se via, parecendo noite.
Por cada túnel que entrava ao sair dele parecia que estava a entrar noutro mundo, pois a paisagem é magnífica de se ver.
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Entre o quilómetro 7 e 8 encontra-se o Apeadeiro de Castanheiro, logo a seguir a este vi no rio um bando de patos que levantaram voo, pena não estar a filmar nesse preciso momento, já antes tinha visto uma garça a sobrevoar as águas do Tua.
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Logo a seguir vê-se que houve obras na linha, local onde ocorreu o acidente de 12 de Fevereiro de 2007, onde perderam a vida três pessoas. Aqui colocaram travessas novas, um pequeno muro e uma rede de protecção com a finalidade de segurar alguma pedra que venha em direcção à linha, uma vez que ali o local é bastante montanhoso e perigoso como tantos outros ao longo de todo o percurso do São Lourenço até a Foz Tua.
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Mais à frente encontro outro Túnel a seguir ao quilómetro 6, o Túnel das Fragas Más II, seguido do Viaduto das Fragas Más construído em betão e logo depois o Túnel das Fragas Más I.
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Este local é assustador devido à altura que se encontra desde o nível das águas do rio até à linha. Logo depois de passar o túnel avista-se do outro lado do rio uma cascata de água, vindo esta ao encontro das águas do rio.
Entre o quilómetro 4 e 5 encontra-se o Túnel de Tralhariz e logo a seguir o Apeadeiro de Tralhariz, existindo também um tanque em cimento, presumo eu que seria onde lavam a roupa. Aqui a paisagem já não é tão agreste, mas já no quilómetro 3 volta o rio a ficar estreito a uma altura assustadora de enormes rochedos, parece que é aqui que pretendem construir a barragem. A partir daqui a câmara de filmar começou a dar sinal de falta de bateria, a máquina fotográfica também já pouca tinha, era necessário aguentar as baterias até chegar à Foz Tua, para assim poder registar esta caminhada.
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Avistava-se já a ponte sobre o tua, que liga a estrada de Alijó ao Tua ao mesmo tempo que avistava o Túnel e a Ponte das Presas. Este Túnel é em linha recta, ao entrar nele avista-se a luz bem lá no fundo na outra ponta, começando aí a Ponte das Presas.
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Andando mais um pouco comecei a ver as casas do Tua, estava eu próximo da Estação do Tua.
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Cheguei ao quilómetro 0, batia no relógio da Estação 17:50 h. Boa Hora! Depois de fazer algumas fotografias e acabar de gastar a bateria da câmara de filmar, dirigi-me ao táxi que já estava estacionado em frente ao restaurante, onde o taxista me disse para tirar o bilhete na bilheteira. Fui tirar o bilhete regressando ao restaurante para tomar um refresco enquanto o taxista esperava pelo composição que chegava do Porto e do Pocinho, esperando que viesse mais alguém para apanhar o táxi, quando foi meu espanto ao vê-lo vir
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sozinho. Eu era o único passageiro. Abandona-mos o Tua eram já 18:25 h. Segundo o taxista, assim acontecia praticamente todos os dias, nenhum, um ou poucos mais. Cheguei ao Pombal eram já quase 19 horas, metendo-me no carro que ali tinha deixado, regressando a Codeçais e posteriormente a Vila Flor ao meu lar. Lar doce lar!
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O balanço desta caminhada foi positivo, apesar daquela meia hora que tinha planeada chegar ao Pombal às 10:30 h e só lá ter chegado às 11:00 h, o que fez com que a partir do quilómetro 5 tivesse que apertar um pouco mais o passo, se queria chegar a tempo de apanhar o táxi. Mas além disso correu tudo bem, fiquei impressionado com a paisagem, nunca pensei que fosse de tanta beleza, é daqueles locais onde apetece parar, apreciar e ficar durante bastante tempo, esquecendo os problemas do quotidiano, escutando apenas o som da água do rio e os pássaros a cantar, nada mais a incomodar.
Onde será que nossos Governantes têm os olhos, que não vêm que vão dar fim a uma das paisagens mais lindas que o Norte de Portugal tem.