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segunda-feira, 14 de março de 2011

Cascatas e Moinhos de Água em Sampaio (Concelho de Vila Flor)

Sábado, dia 12 de Março de 2011, o destino, levou-me até Sampaio, aldeia esta, bem situado no Vale da Vilariça. A manhã estava de chuva e como o céu não estava do meu agrado (muito nublado/branco), aproveitei para me deslocar até ao Ribeiro de Roios no "felgar" (nome dado ali às propriedades agrícolas), para fazer umas fotografias das quedas de água ao longo do ribeiro e dos Moinhos de ÁguaDepois de sair de Sampaio, virei à esquerda para a EN 102, e uns 500 metros depois virei à direita por um caminho em terra que vai dar ao "felgar". Deixando o carro ao cimo de um amendoeiral, segui a pé, com a bolsa da maquina ao ombro e o guarda-chuva na mão, pois sempre me protegia a mim e à maquina das gotas de água quem caiam do céu. Quando cheguei junto do ribeiro pela margem direita, já os pés estavam completamente encharcados, pois a vegetação estava toda molhada, como era de esperar. 
Desci junto ao ribeiro, para fazer os primeiros registos das quedas de água, depois voltei a subir seguindo pela mesma margem até aos Moinhos de Água, pois ali junto ao ribeiro ainda existem as ruínas dos antigos moinhos. 
Depois de algumas fotografias, voltei para traz até à ponte na EN 102, para poder passar para a outra margem, permitindo-me assim, chegar mais próximo das quedas de água com maior elevação. Descendo ribeiro abaixo, quando dei por mim, já estava junto às hortas, onde o ribeiro corre suavemente.
Ali os terrenos encontram-se cultivados, havendo mesmo pequenas estufas. A seguir voltei a subir pela margem direita em direcção aos moinhos, donde se tem uma vista geral dos terrenos de horta até à Ribeira da Vilariça.
Entrei dentro de um dos moinhos em ruínas, algumas paredes ainda se encontram em pé, mas outras estão completamente destruídas. No interior encostadas às paredes ainda se encontram duas mós (pedras graníticas redondas muito pesadas). Ainda se conservam e são bem visiveis os diques/levadas por onde seguia a água até  ao cubo, que por sua vez ia para os rodizios de madeira,  que estavam ligados a (pedra granítica redonda muito pesada), esta móia o cereal (trigo, milho, cevada, aveia, etc.) transformando-o em farinha, que depois era levada para casa. 
Com o surgir das moagens industriais, os moinhos começaram a deixar de ser utilizados, até que acabaram por ficar abandonados sem a sua principal utilidade, que era moer o grão, transformando-o em farinha.
Os moinhos no "felgar", em tempos foram o sustento de muita gente, quer dos seus proprietários, quer de muitas pessoas do Vale da Vilariça, que ali levavam o grão para ser moído e depois transformado em farinha. 
É pena que este património, não seja recuperado, valorizando assim a história e património da aldeia.
Pois já aqui falei noutros Moinhos de Água, que foram recuperados  e o espaço envolvente transformado em local de lazer, isto no Vilarinho da Castanheira no concelho de Carrazeda de Ansiães (Moinhos de Água no Vilarinho da Castanheira). Sampaio, bem que podia seguir o exemplo, o que atrairia turismo para a aldeia.

Poderá ver esta postagem, também no blogue dedicado a Sampaio, em: http://aprocuradesampaio.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Moinhos de Água no Vilarinho da Castanheira

No dia 27 de Novembro de 2010, depois de  visitar  a Anta ou Pala da Moura, decidi também visitar os Moinhos de Água, que ficam relativamente perto desta. Os Moinhos de Água, bem como a Pala da Mouro, ficam localizados na Freguesia do Vilarinho da Castanheira no concelho de Carrazeda de Ansiães com acesso através da EN 324, entre o Vilarinho da Castanheira e Cabeça de Mouro.
Na berma da estrada encontra-se uma placa em granito indicando a sua localização por um caminho em terra batida, depois de alguns metros da estrada esse caminho divide-se em dois, havendo sinalização a indicar para a esquerda a Pala da Moura e para a direita os Moinhos de Água. Tendo seguido o caminho da esquerda, visitei primeiro a Anta e depois visitei então os moinhos de água, juntos ao ribeiro. 
Para percebermos o que é um moinho de água, podemos seguir a definição dada na   Wikipédia, a enciclopédia livre : "Um moinho de água, ou azenha, é um tipo de moinho movido pela água que permite moer grãos, gerar electricidade, irrigar grandes áreas e drenar terrenos alagados a partir da força da água. Esta é a estrutura mais antiga conhecida de aproveitamento da energia cinética das águas dos rios e ribeiros. Há centenas de anos que o movimento da água é usado nos moinhos. A passagem da água faz mover rodízios de madeira que estão ligados a uma mó (pedra granítica redonda muito pesada). Esta, mói o cereal (trigo, milho, cevada, aveia, etc.) transformando-o em farinha."
O local onde se encontram estes moinhos, noutros tempos, era dominado por “zona industrial”, pelo facto de existirem nesse mesmo local muitos moinhos de água e haver muito movimento, principalmente na altura das ceifas do trigo, aveia, centeio e milho, transportando-se para os moinhos o grão para ser moído e depois o transporte da farinha até casa.
Com o surgir das moagens industriais, estes moinhos começaram a deixar de ser utilizados, até que acabaram por ficar abandonados sem a sua principal utilidade, que era moer o grão, transformando-o em farinha.
Muitos destes moinhos acabaram mesmo por cair, ficando apenas as ruínas. Mas Vilarinho da Castanheira, está de parabéns, por ter recuperado alguns dos moinhos de água, que noutros tempos tão importantes e úteis, foram para a própria localidade, e todo o concelho de Carrazeda de Ansiães, bem como  para outros concelhos vizinhos.
Pois eu, ao chegar junto dos moinhos, fiquei surpreendido, pelo facto de se encontrarem recuperados e o espaço envolvente estar aproveitado como parque de merendas, o que é muito bom, pois assim, a geração mais nova poderá conhecer e valorizar um pouco  o trabalho agrícola e artesanal de outros tempos, antes das fabricas industriais aparecerem.